O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros nega-se?

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zencem
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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

Mensagem por zencem »

Apo escreveu:
André escreveu:
Apo escreveu:
O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros nega-se?


***

O momento era péssimo para ter um filho. Passei 3 dias pensando ( sei lá se aquilo é pensar, é meio que uma enxurrada de coisas ao mesmo tempo ). No terceiro dia eu nem cogitei mais abortar. Estava grávida, era fato e eu teria um filho.
O que quero dizer com isto? Que mesmo tendo decidido assim, EU decidi. É muito íntimo. SE eu tivesse um motivo ou vários para mim intransponíveis ( não previstos em lei - na lei do meu país ), eu abortaria nem que tivesse que atravessar a fronteira. Não tem lei que me segure.


Taí uma coisa pra ser levada em conta por aquele que gosta de demonizar os que pedem respeito ao livre arbítrio, como se eles tivessem esta posição, por serem monstros, ou pessoas sem ética.

Muito ao contrário, é muito mais fácil para um alienado da fé tomar um decisão desse calibre, já que a ignorância cega a consciência.

Os que defendem a liberdade são, por excelência, muito mais vulneráveis à própria consciência.


Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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Apo
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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

Mensagem por Apo »

zencem escreveu:
Apo escreveu:
André escreveu:
Apo escreveu:
O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros nega-se?


***

O momento era péssimo para ter um filho. Passei 3 dias pensando ( sei lá se aquilo é pensar, é meio que uma enxurrada de coisas ao mesmo tempo ). No terceiro dia eu nem cogitei mais abortar. Estava grávida, era fato e eu teria um filho.
O que quero dizer com isto? Que mesmo tendo decidido assim, EU decidi. É muito íntimo. SE eu tivesse um motivo ou vários para mim intransponíveis ( não previstos em lei - na lei do meu país ), eu abortaria nem que tivesse que atravessar a fronteira. Não tem lei que me segure.


Taí uma coisa pra ser levada em conta por aquele que gosta de demonizar os que pedem respeito ao livre arbítrio, como se eles tivessem esta posição, por serem monstros, ou pessoas sem ética.

Muito ao contrário, é muito mais fácil para um alienado da fé tomar um decisão desse calibre, já que a ignorância cega a consciência.

Os que defendem a liberdade são, por excelência, muito mais vulneráveis à própria consciência.




Exatamente. A liberdade faz a consciência tomar decisões muito mais ponderadas. O problema é estabelecer justamente o que é ponderado. Para alguns o simples fato de ter cogitado fazer um aborto já é um crime moral contra a vida. Eu digo que obrigar a ter um filho sob qualquer circunstâncias desatrosas pode ser um crime muito pior, visto que a sociedade moralista não assume as conseqüências advindas do nascimento de mais um ser humano.
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André
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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

Mensagem por André »

Apo escreveu:
A melhor é o direito livre ao voto. E não o legitimado por demagogia.

Livre, neste caso, significa que sou contra campanhas.



Reduzindo quotes hehe.

Mas se são livres as pessoas não seriam livres para fazer campanha pelo que defendem? Deve haver espaço para todos os lados da questão, e depois de debatida, a decisão se amadurece e é realizada. Se depois de algum tempo se chegar a conclusão que foi equivocada as pessoas peticionam democraticamente para que haja uma nova votação para reverter a decisão.

A política tem a vantagem de ter a experiência e a prática para avaliarmos uma escolha.

Como evitar campanhas? Se um jornal tomar posição por exemplo, é livre para faze-lo, mesmo que claro não possa obrigar os seus jornalistas a mesma posição.

O Governo deve permitir a disputa e o debate livre, e para mim livre significa que cada grupo tem a liberdade de fazer campanha em prol da posição que entende como sendo melhor.Demagogia e as merdas não são fruto das campanhas, e sim das pessoas envolvidas nas campanhas que infelizmente recorrem a estratégias pouco louváveis para fazer valer sua posição.

P.S Para quem ainda não reparou eu gosto de um eufemismo, é uma das figura de linguagem( e de pensamento) que mais gosto. Cada um com seu estilo. :emoticon13:
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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André
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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

Mensagem por André »

Apo escreveu:
zencem escreveu:
Apo escreveu:
André escreveu:
Apo escreveu:
O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros nega-se?


***

O momento era péssimo para ter um filho. Passei 3 dias pensando ( sei lá se aquilo é pensar, é meio que uma enxurrada de coisas ao mesmo tempo ). No terceiro dia eu nem cogitei mais abortar. Estava grávida, era fato e eu teria um filho.
O que quero dizer com isto? Que mesmo tendo decidido assim, EU decidi. É muito íntimo. SE eu tivesse um motivo ou vários para mim intransponíveis ( não previstos em lei - na lei do meu país ), eu abortaria nem que tivesse que atravessar a fronteira. Não tem lei que me segure.


Taí uma coisa pra ser levada em conta por aquele que gosta de demonizar os que pedem respeito ao livre arbítrio, como se eles tivessem esta posição, por serem monstros, ou pessoas sem ética.

Muito ao contrário, é muito mais fácil para um alienado da fé tomar um decisão desse calibre, já que a ignorância cega a consciência.

Os que defendem a liberdade são, por excelência, muito mais vulneráveis à própria consciência.




Exatamente. A liberdade faz a consciência tomar decisões muito mais ponderadas. O problema é estabelecer justamente o que é ponderado. Para alguns o simples fato de ter cogitado fazer um aborto já é um crime moral contra a vida. Eu digo que obrigar a ter um filho sob qualquer circunstâncias desatrosas pode ser um crime muito pior, visto que a sociedade moralista não assume as conseqüências advindas do nascimento de mais um ser humano.


Os quotes ficaram estranhos. Qual o caso?
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Apo
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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

Mensagem por Apo »

André escreveu:
Apo escreveu:
A melhor é o direito livre ao voto. E não o legitimado por demagogia.

Livre, neste caso, significa que sou contra campanhas.



Reduzindo quotes hehe.


Sim. :emoticon16:



André escreveu:Mas se são livres as pessoas não seriam livres para fazer campanha pelo que defendem? Deve haver espaço para todos os lados da questão, e depois de debatida, a decisão se amadurece e é realizada.


Sim. Mas justamente. Numa sociedade heterogeneamente composta por indivíduos e grupos que dominam, são dominados ou se deixam dominar porque culturalmente não se dão o respeito, que contam com a esmola alheia e se vitimizam por tudo, há todo tipo de campanha, inclusive a mais calhorda possível. Ela sobrevive, é acolhida sob o dogma da liberdade( quando na verdade é criminosa) e se apóia na fragilidade do sistema corrompido e vulnerável. Neste meio pútrido, nada amadurece verdadeiramente. O mais safado vence.

André escreveu:Se depois de algum tempo se chegar a conclusão que foi equivocada as pessoas peticionam democraticamente para que haja uma nova votação para reverter a decisão.


André...caia na real, pelo amor do santo cristo...

André escreveu:A política tem a vantagem de ter a experiência e a prática para avaliarmos uma escolha.


Isto quando ela não está corrompida.

André escreveu:Como evitar campanhas? Se um jornal tomar posição por exemplo, é livre para faze-lo, mesmo que claro não possa obrigar os seus jornalistas a mesma posição.


Um povo consciente e desenvolvido, com amplas condições de discernimento sobre o que é ser livre e o que é se deixar acreditar que é livre e na verdade é escravo, não admite propaganda enganosa e vira-lhe a cara. O que não acontece com culturas baseadas na fé cega, na ingenuidade e na falta de auto-estima, que aceita esmola e vende seu voto. A mídia partidária simplesmente seria ignorada.

André escreveu:O Governo deve permitir a disputa e o debate livre, e para mim livre significa que cada grupo tem a liberdade de fazer campanha em prol da posição que entende como sendo melhor.Demagogia e as merdas não são fruto das campanhas, e sim das pessoas envolvidas nas campanhas que infelizmente recorrem a estratégias pouco louváveis para fazer valer sua posição.


Sim. Devem ser livres. Mas um povo bem informado não se ajoelhará para os que usam de má fé. O que acontece no Brasil é justamente o contrário.

André escreveu:P.S Para quem ainda não reparou eu gosto de um eufemismo, é uma das figura de linguagem( e de pensamento) que mais gosto. Cada um com seu estilo. :emoticon13:


HAHAHAHHAHAH

Põe eufemismos nisto. É o tal "outro mundo" ao que o Acauan se referiu. Espero que sejam apenas figuras literárias. A verdade é bem mais bruta. :emoticon16:
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Apo
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Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros nega

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André,
Quote errado de quote errado = quote errado. :emoticon12:
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André
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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

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Apo escreveu:André,
Quote errado de quote errado = quote errado. :emoticon12:


Eu vi que tinha coisa estranha.
:emoticon12:
Vou ver um filme depois eu volto.
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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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André
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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

Mensagem por André »

Apo escreveu:
André escreveu:
Apo escreveu:
A melhor é o direito livre ao voto. E não o legitimado por demagogia.

Livre, neste caso, significa que sou contra campanhas.



Reduzindo quotes hehe.


Sim. :emoticon16:



André escreveu:Mas se são livres as pessoas não seriam livres para fazer campanha pelo que defendem? Deve haver espaço para todos os lados da questão, e depois de debatida, a decisão se amadurece e é realizada.


Sim. Mas justamente. Numa sociedade heterogeneamente composta por indivíduos e grupos que dominam, são dominados ou se deixam dominar porque culturalmente não se dão o respeito, que contam com a esmola alheia e se vitimizam por tudo, há todo tipo de campanha, inclusive a mais calhorda possível. Ela sobrevive, é acolhida sob o dogma da liberdade( quando na verdade é criminosa) e se apóia na fragilidade do sistema corrompido e vulnerável. Neste meio pútrido, nada amadurece verdadeiramente. O mais safado vence.

André escreveu:Se depois de algum tempo se chegar a conclusão que foi equivocada as pessoas peticionam democraticamente para que haja uma nova votação para reverter a decisão.


André...caia na real, pelo amor do santo cristo...

André escreveu:A política tem a vantagem de ter a experiência e a prática para avaliarmos uma escolha.


Isto quando ela não está corrompida.

André escreveu:Como evitar campanhas? Se um jornal tomar posição por exemplo, é livre para faze-lo, mesmo que claro não possa obrigar os seus jornalistas a mesma posição.


Um povo consciente e desenvolvido, com amplas condições de discernimento sobre o que é ser livre e o que é se deixar acreditar que é livre e na verdade é escravo, não admite propaganda enganosa e vira-lhe a cara. O que não acontece com culturas baseadas na fé cega, na ingenuidade e na falta de auto-estima, que aceita esmola e vende seu voto. A mídia partidária simplesmente seria ignorada.

André escreveu:O Governo deve permitir a disputa e o debate livre, e para mim livre significa que cada grupo tem a liberdade de fazer campanha em prol da posição que entende como sendo melhor.Demagogia e as merdas não são fruto das campanhas, e sim das pessoas envolvidas nas campanhas que infelizmente recorrem a estratégias pouco louváveis para fazer valer sua posição.


Sim. Devem ser livres. Mas um povo bem informado não se ajoelhará para os que usam de má fé. O que acontece no Brasil é justamente o contrário.

André escreveu:P.S Para quem ainda não reparou eu gosto de um eufemismo, é uma das figura de linguagem( e de pensamento) que mais gosto. Cada um com seu estilo. :emoticon13:


HAHAHAHHAHAH

Põe eufemismos nisto. É o tal "outro mundo" ao que o Acauan se referiu. Espero que sejam apenas figuras literárias. A verdade é bem mais bruta. :emoticon16:


O que vc sugere, objetivamente para o caso digamos na próxima eleição presidencial, conjuntamente haver um plebiscito sobre aborto? No mesmo dia, mesma votação, não gosto da idéia de ficar fazendo plebiscito fora de hora, o momento da eleição é adequado.

Assim como proibir campanhas? Não se cercearia a liberdade de imprensa, ou dos indivíduos em defender o que acreditam.

Como fazer?

Devo dizer que sou contrario, mas fiquei curioso. Tb acho demagogia e as safadezas de campanha uma merda e regulação do Estado é importante, mas não proibir.
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Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros nega

Mensagem por Apo »

André,

O problema não está muito nos formatos. Isto são detalhes de logística, mas em sociedades manipuláveis, se transformam em armas fatais. O problema está no que se faz com a técnica e o método. Por exemplo: sou a favor de fazer plebiscitos separados de eleições, sim. Juntar as coisas e causas pode resultar em " venda casada". O que seria um desastre e uma fraude totalmente legitimizados como democráticos. Esperar eleição presidencial para resolver ou fazer engolir assuntos extra-administrativos e políticos é juntar o demônio à vela para o anjo. Não dá coisa boa. É como aproveitar eleição de nova gestão do condomínio para debater sobre o portão a ser trocado. Melhor separar os assuntos.

Mas isto em se tratando se sociedades pouco conscientes e manipuláveis é pior ainda. O problema dos formatos aumenta e se acirra quando a confusão na mente das pessoas menos esclarecidas ou ingênuas vira uma forma de aproveitar-se da situação. A maioria nem sabe muito bem o que foi fazer na urna e ainda se acham o máximo por estar "contribuindo" com seu dever cívico. Coitados...imagina o peso da moral para assuntos como aborto, eutanásia e outros...

Quanto à liberdade de imprensa, sou totalmente a favor. O problema é que num país onde a TV aberta veicula valores comos os nossos, o que se esperar sobre a consciência política? É uma desgraça sempre. Aqui se mistura liberdade com desfaçatez e má-fé. Só porque eu quero anunciar remédios com falsas promessas ou até que matam, devo ter este direito? Depende. Se o próprio povo não acreditasse que o dízimo volta em bençãos, os programas religiosos teriam tanto espaço na mídia? Não. Mas acreditam e é isto que querem ouvir. Se não acreditassem que é Deus quem manda os filhos, as pessoas iriam para a TV dizer isto e ainda pedir ajuda e aceitar esmola? Não. Mas é isto que fazem e a mídia mostra, reproduzindo assim estas "verdades" e criando um ciclo vicioso, que culmina com os Criança Esperança da vida, devidamente patrocinados.

O problema, André, é que numa sociedade burra dependente e vulnerável, tanto faz quem regula, mas o Estado tem muito mais poder para exercer sua tirania, vestindo-se de amigo, quando na verdade estará é cerceando. E fica difícil escapar dele, depois que se instala em cada célula. Quando temos liberdade individual aprendemos na porrada a separar joio do trigo.
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André
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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

Mensagem por André »

Apo escreveu:André,

O problema não está muito nos formatos. Isto são detalhes de logística, mas em sociedades manipuláveis, se transformam em armas fatais. O problema está no que se faz com a técnica e o método. Por exemplo: sou a favor de fazer plebiscitos separados de eleições, sim. Juntar as coisas e causas pode resultar em " venda casada". O que seria um desastre e uma fraude totalmente legitimizados como democráticos. Esperar eleição presidencial para resolver ou fazer engolir assuntos extra-administrativos e políticos é juntar o demônio à vela para o anjo. Não dá coisa boa. É como aproveitar eleição de nova gestão do condomínio para debater sobre o portão a ser trocado. Melhor separar os assuntos.

Mas isto em se tratando se sociedades pouco conscientes e manipuláveis é pior ainda. O problema dos formatos aumenta e se acirra quando a confusão na mente das pessoas menos esclarecidas ou ingênuas vira uma forma de aproveitar-se da situação. A maioria nem sabe muito bem o que foi fazer na urna e ainda se acham o máximo por estar "contribuindo" com seu dever cívico. Coitados...imagina o peso da moral para assuntos como aborto, eutanásia e outros...

Quanto à liberdade de imprensa, sou totalmente a favor. O problema é que num país onde a TV aberta veicula valores comos os nossos, o que se esperar sobre a consciência política? É uma desgraça sempre. Aqui se mistura liberdade com desfaçatez e má-fé. Só porque eu quero anunciar remédios com falsas promessas ou até que matam, devo ter este direito? Depende. Se o próprio povo não acreditasse que o dízimo volta em bençãos, os programas religiosos teriam tanto espaço na mídia? Não. Mas acreditam e é isto que querem ouvir. Se não acreditassem que é Deus quem manda os filhos, as pessoas iriam para a TV dizer isto e ainda pedir ajuda e aceitar esmola? Não. Mas é isto que fazem e a mídia mostra, reproduzindo assim estas "verdades" e criando um ciclo vicioso, que culmina com os Criança Esperança da vida, devidamente patrocinados.

O problema, André, é que numa sociedade burra dependente e vulnerável, tanto faz quem regula, mas o Estado tem muito mais poder para exercer sua tirania, vestindo-se de amigo, quando na verdade estará é cerceando. E fica difícil escapar dele, depois que se instala em cada célula. Quando temos liberdade individual aprendemos na porrada a separar joio do trigo.


Não respondeu a minha pergunta, o que sugere?

Sendo que discordo do plebiscito ter que ser separado. É ótima oportunidade para discutir questões época de eleição e força os políticos a posições e não apenas a discursos vagos. O debate passa a refletir mais os programas e perspectivas, e foge do personalismo tão comum e venenoso das campanhas eleitorais.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

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zencem
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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

Mensagem por zencem »

André escreveu:
Apo escreveu:
zencem escreveu:
Apo escreveu:
André escreveu:
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O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros nega-se?


***

O momento era péssimo para ter um filho. Passei 3 dias pensando ( sei lá se aquilo é pensar, é meio que uma enxurrada de coisas ao mesmo tempo ). No terceiro dia eu nem cogitei mais abortar. Estava grávida, era fato e eu teria um filho.
O que quero dizer com isto? Que mesmo tendo decidido assim, EU decidi. É muito íntimo. SE eu tivesse um motivo ou vários para mim intransponíveis ( não previstos em lei - na lei do meu país ), eu abortaria nem que tivesse que atravessar a fronteira. Não tem lei que me segure.


Taí uma coisa pra ser levada em conta por aquele que gosta de demonizar os que pedem respeito ao livre arbítrio, como se eles tivessem esta posição, por serem monstros, ou pessoas sem ética.

Muito ao contrário, é muito mais fácil para um alienado da fé tomar um decisão desse calibre, já que a ignorância cega a consciência.

Os que defendem a liberdade são, por excelência, muito mais vulneráveis à própria consciência.




Exatamente. A liberdade faz a consciência tomar decisões muito mais ponderadas. O problema é estabelecer justamente o que é ponderado. Para alguns o simples fato de ter cogitado fazer um aborto já é um crime moral contra a vida. Eu digo que obrigar a ter um filho sob qualquer circunstâncias desatrosas pode ser um crime muito pior, visto que a sociedade moralista não assume as conseqüências advindas do nascimento de mais um ser humano.


Os quotes ficaram estranhos. Qual o caso?


Xiih! Deve ter baixado algum ispiritu malígrino! :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

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André escreveu:
Apo escreveu:André,

O problema não está muito nos formatos. Isto são detalhes de logística, mas em sociedades manipuláveis, se transformam em armas fatais. O problema está no que se faz com a técnica e o método. Por exemplo: sou a favor de fazer plebiscitos separados de eleições, sim. Juntar as coisas e causas pode resultar em " venda casada". O que seria um desastre e uma fraude totalmente legitimizados como democráticos. Esperar eleição presidencial para resolver ou fazer engolir assuntos extra-administrativos e políticos é juntar o demônio à vela para o anjo. Não dá coisa boa. É como aproveitar eleição de nova gestão do condomínio para debater sobre o portão a ser trocado. Melhor separar os assuntos.

Mas isto em se tratando se sociedades pouco conscientes e manipuláveis é pior ainda. O problema dos formatos aumenta e se acirra quando a confusão na mente das pessoas menos esclarecidas ou ingênuas vira uma forma de aproveitar-se da situação. A maioria nem sabe muito bem o que foi fazer na urna e ainda se acham o máximo por estar "contribuindo" com seu dever cívico. Coitados...imagina o peso da moral para assuntos como aborto, eutanásia e outros...

Quanto à liberdade de imprensa, sou totalmente a favor. O problema é que num país onde a TV aberta veicula valores comos os nossos, o que se esperar sobre a consciência política? É uma desgraça sempre. Aqui se mistura liberdade com desfaçatez e má-fé. Só porque eu quero anunciar remédios com falsas promessas ou até que matam, devo ter este direito? Depende. Se o próprio povo não acreditasse que o dízimo volta em bençãos, os programas religiosos teriam tanto espaço na mídia? Não. Mas acreditam e é isto que querem ouvir. Se não acreditassem que é Deus quem manda os filhos, as pessoas iriam para a TV dizer isto e ainda pedir ajuda e aceitar esmola? Não. Mas é isto que fazem e a mídia mostra, reproduzindo assim estas "verdades" e criando um ciclo vicioso, que culmina com os Criança Esperança da vida, devidamente patrocinados.

O problema, André, é que numa sociedade burra dependente e vulnerável, tanto faz quem regula, mas o Estado tem muito mais poder para exercer sua tirania, vestindo-se de amigo, quando na verdade estará é cerceando. E fica difícil escapar dele, depois que se instala em cada célula. Quando temos liberdade individual aprendemos na porrada a separar joio do trigo.


Não respondeu a minha pergunta, o que sugere?

Sendo que discordo do plebiscito ter que ser separado. É ótima oportunidade para discutir questões época de eleição e força os políticos a posições e não apenas a discursos vagos. O debate passa a refletir mais os programas e perspectivas, e foge do personalismo tão comum e venenoso das campanhas eleitorais.


Como assim o que eu sugiro? Eu disse que sou a favor de plebiscito em separado. Mas isto não quer dizer que a nossa solução democrática esteja apenas nas urnas porque a urna é um sintoma também de manipulação.
Você quer uma solução para o Brasil sair da ignorância? Eu não tenho. Eu apenas constato a ignorância em quase´meio século de vida. E não nutro esperança alguma.
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André
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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

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zencem escreveu:
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O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros nega-se?


***

O momento era péssimo para ter um filho. Passei 3 dias pensando ( sei lá se aquilo é pensar, é meio que uma enxurrada de coisas ao mesmo tempo ). No terceiro dia eu nem cogitei mais abortar. Estava grávida, era fato e eu teria um filho.
O que quero dizer com isto? Que mesmo tendo decidido assim, EU decidi. É muito íntimo. SE eu tivesse um motivo ou vários para mim intransponíveis ( não previstos em lei - na lei do meu país ), eu abortaria nem que tivesse que atravessar a fronteira. Não tem lei que me segure.


Taí uma coisa pra ser levada em conta por aquele que gosta de demonizar os que pedem respeito ao livre arbítrio, como se eles tivessem esta posição, por serem monstros, ou pessoas sem ética.

Muito ao contrário, é muito mais fácil para um alienado da fé tomar um decisão desse calibre, já que a ignorância cega a consciência.

Os que defendem a liberdade são, por excelência, muito mais vulneráveis à própria consciência.




Exatamente. A liberdade faz a consciência tomar decisões muito mais ponderadas. O problema é estabelecer justamente o que é ponderado. Para alguns o simples fato de ter cogitado fazer um aborto já é um crime moral contra a vida. Eu digo que obrigar a ter um filho sob qualquer circunstâncias desatrosas pode ser um crime muito pior, visto que a sociedade moralista não assume as conseqüências advindas do nascimento de mais um ser humano.


Os quotes ficaram estranhos. Qual o caso?


Xiih! Deve ter baixado algum ispiritu malígrino! :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:



:emoticon12:
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

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http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Re: Re.: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros

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André escreveu:
Apo escreveu:André,

O problema não está muito nos formatos. Isto são detalhes de logística, mas em sociedades manipuláveis, se transformam em armas fatais. O problema está no que se faz com a técnica e o método. Por exemplo: sou a favor de fazer plebiscitos separados de eleições, sim. Juntar as coisas e causas pode resultar em " venda casada". O que seria um desastre e uma fraude totalmente legitimizados como democráticos. Esperar eleição presidencial para resolver ou fazer engolir assuntos extra-administrativos e políticos é juntar o demônio à vela para o anjo. Não dá coisa boa. É como aproveitar eleição de nova gestão do condomínio para debater sobre o portão a ser trocado. Melhor separar os assuntos.

Mas isto em se tratando se sociedades pouco conscientes e manipuláveis é pior ainda. O problema dos formatos aumenta e se acirra quando a confusão na mente das pessoas menos esclarecidas ou ingênuas vira uma forma de aproveitar-se da situação. A maioria nem sabe muito bem o que foi fazer na urna e ainda se acham o máximo por estar "contribuindo" com seu dever cívico. Coitados...imagina o peso da moral para assuntos como aborto, eutanásia e outros...

Quanto à liberdade de imprensa, sou totalmente a favor. O problema é que num país onde a TV aberta veicula valores comos os nossos, o que se esperar sobre a consciência política? É uma desgraça sempre. Aqui se mistura liberdade com desfaçatez e má-fé. Só porque eu quero anunciar remédios com falsas promessas ou até que matam, devo ter este direito? Depende. Se o próprio povo não acreditasse que o dízimo volta em bençãos, os programas religiosos teriam tanto espaço na mídia? Não. Mas acreditam e é isto que querem ouvir. Se não acreditassem que é Deus quem manda os filhos, as pessoas iriam para a TV dizer isto e ainda pedir ajuda e aceitar esmola? Não. Mas é isto que fazem e a mídia mostra, reproduzindo assim estas "verdades" e criando um ciclo vicioso, que culmina com os Criança Esperança da vida, devidamente patrocinados.

O problema, André, é que numa sociedade burra dependente e vulnerável, tanto faz quem regula, mas o Estado tem muito mais poder para exercer sua tirania, vestindo-se de amigo, quando na verdade estará é cerceando. E fica difícil escapar dele, depois que se instala em cada célula. Quando temos liberdade individual aprendemos na porrada a separar joio do trigo.


Não respondeu a minha pergunta, o que sugere?

Sendo que discordo do plebiscito ter que ser separado. É ótima oportunidade para discutir questões época de eleição e força os políticos a posições e não apenas a discursos vagos. O debate passa a refletir mais os programas e perspectivas, e foge do personalismo tão comum e venenoso das campanhas eleitorais.


Como assim o que eu sugiro? Eu disse que sou a favor de plebiscito em separado. Mas isto não quer dizer que a nossa solução democrática esteja apenas nas urnas porque a urna é um sintoma também de manipulação.
Você quer uma solução para o Brasil sair da ignorância? Eu não tenho. Eu apenas constato a ignorância em quase´meio século de vida. E não nutro esperança alguma.


Vc quis dizer que "as urnas podem ser objeto de manipulação", não?

Acho que faz mais sentido.

Enfim, defende o plebiscito em separado como a melhor solução nesse caso. Eu perguntava sobre o caso particular de aborto, por exemplo, não uma coisa ampla como solução do Brasil. Solução do Brasil seria uma pergunta vaga e se perderia objetividade.

Entendi que a solução nesse caso ou a melhor solução, obviamente não ataca outros problemas, que diminuem a eficácia da consulta. Concordo com isso. E tb concordo que o melhor é plebiscito, mas gosto da idéia de fazer no período das eleições, para ver os políticos mostrando a cara em diversas questões e o debate ser mais voltado para programa ou perspectivas, do que o usual " eu sou mais competente, mais honesto, mais...." que eu acho ridículo, e depois de um tempo acredito que todo mundo fica um pouco de saco cheio dessa autopromoção personalista.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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o anátema
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Re: O que dá a uns o direito a vida, enquanto a outros nega-

Mensagem por o anátema »

Ah, mas essa conversa de novo, diomio..

NadaSei escreveu:Essa questão envolve diversas coisas.
Como garantir e justificar o direito a vida e ao mesmo tempo tentar justificar a negação desse direito a outros seres, sem que isso se volte contra nós?


Eu sigo o Darwinismo, ou melhor, Herbert-Spencerismo (Darwin era frutinha), vivo pela lei do mais forte. Se posso matar ou pagar para que matem, quiser fazê-lo, e isso não implicar em problemas para mim por eu ser mais forte, o farei. Presentemente, somos mais fortes que os animais, nós homens dominamos o planeta. E dentre os homens há disputas de força que envolvem a lei e coisas do tipo. Um dia tudo isso acabará, pois eu dominarei o mundo com mãos de ferro, num reino de terror e sombras que durará 3000 anos. Com o fim do meu reinado os sobreviventes perceberão que tudo isso de lei do mais forte é muito trágico se levado aos extremos - como ninguém antes de mim teve os intestinos para fazer - e serão um bando de hippies pacifistas maricas, que morrerão ou de inanição por não quererem matar nem plantas para comer, ou até antes, por alguma infecção. E a Terra será novamente palco para que a lei do mais forte volte a imperar.


Já existiu e ainda existe o argumento religioso da consciência (alma).
Existe o argumento da razão, que produz a consciência e por isso a liberdade e o direito.
Animais, por exemplo, não teriam razão e por isso, não teriam consciência nem liberdade, sendo como maquinas poderiam ser usados como mercadorias.
Existe o argumento de que embriões não tem SNC completamente formado e assim, são não possuem consciência.

Eles são todos semelhantes, o 1 e o 2 não tem muita diferença, só que dá a razão como causa da consciência.
O argumento da razão e consciência, tenta defender que pessoas burras ou bebes que não usam a razão, ainda assim tem o "potencial", sendo assim mantém o direito.
O argumento do SNC, admite que o ser tem o "potencial", mas como ainda não é consciente, pode ser descartado.



Eu ao menos, nem acho que ninguém, defende o argumento do SNC por "potencial de consciência", ou "potencial de razão"; se trata mais da inversão da morte cerebral, meio que uma "vida cerebral". Vida cerebral especificamente de seres da espécie humana, por pragmatismo mesmo, apenas.

Para tentar inventar uma espécie de moral universal que de alguma forma abranja todas as formas de vida existentes, extintas e hipoteticamente plausíveis, dando um modo de vida aceitável, razoável para todo mundo, acho que vão ter que andar por muito chão.

Se bobear vão se perguntar coisas como "por que temos que nos perguntar sobre os direitos de preservação da vida, mas nunca nos perguntamso dos direitos de preservação de uma pedra no lugar onde ela está? Será que não estamos sendo biocentristas, ao nos perguntarmos apenas sobre os direitos dos seres dos reinos animal, vegetal e hominal, e nos esquecendo dos seres do reino mineral, dos átomos e etc? E os direitos das idéias? Muitas vezes damos direitos autorais como se os criadores tivessem direitos sobre suas criações, mas isso não é de certa forma similar à escravidão? Muitas vezes a obra é maior que o autor, teria então a obra direitos sobre o autor? E quem falaria por ela?"

E coisas do tipo.

Me chamem quando acabar, e me mostrem um pequeno resumo, e a conclusão.

Ou não.

Até mais.
Boa sorte a todos que ficam, boa "viagem".
Sem tempo nem paciência para isso.

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