Ah, mas essa conversa de novo, diomio..
NadaSei escreveu:Essa questão envolve diversas coisas.
Como garantir e justificar o direito a vida e ao mesmo tempo tentar justificar a negação desse direito a outros seres, sem que isso se volte contra nós?
Eu sigo o Darwinismo, ou melhor, Herbert-Spencerismo (Darwin era frutinha), vivo pela lei do mais forte. Se posso matar ou pagar para que matem, quiser fazê-lo, e isso não implicar em problemas para mim por eu ser mais forte, o farei. Presentemente, somos mais fortes que os animais, nós homens dominamos o planeta. E dentre os homens há disputas de força que envolvem a lei e coisas do tipo. Um dia tudo isso acabará, pois eu dominarei o mundo com mãos de ferro, num reino de terror e sombras que durará 3000 anos. Com o fim do meu reinado os sobreviventes perceberão que tudo isso de lei do mais forte é muito trágico se levado aos extremos - como ninguém antes de mim teve os intestinos para fazer - e serão um bando de hippies pacifistas maricas, que morrerão ou de inanição por não quererem matar nem plantas para comer, ou até antes, por alguma infecção. E a Terra será novamente palco para que a lei do mais forte volte a imperar.
Já existiu e ainda existe o argumento religioso da consciência (alma).
Existe o argumento da razão, que produz a consciência e por isso a liberdade e o direito.
Animais, por exemplo, não teriam razão e por isso, não teriam consciência nem liberdade, sendo como maquinas poderiam ser usados como mercadorias.
Existe o argumento de que embriões não tem SNC completamente formado e assim, são não possuem consciência.
Eles são todos semelhantes, o 1 e o 2 não tem muita diferença, só que dá a razão como causa da consciência.
O argumento da razão e consciência, tenta defender que pessoas burras ou bebes que não usam a razão, ainda assim tem o "potencial", sendo assim mantém o direito.
O argumento do SNC, admite que o ser tem o "potencial", mas como ainda não é consciente, pode ser descartado.
Eu ao menos, nem acho que ninguém, defende o argumento do SNC por "potencial de consciência", ou "potencial de razão"; se trata mais da inversão da morte cerebral, meio que uma "vida cerebral". Vida cerebral especificamente de seres da espécie humana, por pragmatismo mesmo, apenas.
Para tentar inventar uma espécie de moral universal que de alguma forma abranja todas as formas de vida existentes, extintas e hipoteticamente plausíveis, dando um modo de vida aceitável, razoável para todo mundo, acho que vão ter que andar por muito chão.
Se bobear vão se perguntar coisas como "por que temos que nos perguntar sobre os direitos de preservação da vida, mas nunca nos perguntamso dos direitos de preservação de uma pedra no lugar onde ela está? Será que não estamos sendo biocentristas, ao nos perguntarmos apenas sobre os direitos dos seres dos reinos animal, vegetal e hominal, e nos esquecendo dos seres do reino mineral, dos átomos e etc? E os direitos das idéias? Muitas vezes damos direitos autorais como se os criadores tivessem direitos sobre suas criações, mas isso não é de certa forma similar à escravidão? Muitas vezes a obra é maior que o autor, teria então a obra direitos sobre o autor? E quem falaria por ela?"
E coisas do tipo.
Me chamem quando acabar, e me mostrem um pequeno resumo, e a conclusão.
Ou não.
Até mais.
Boa sorte a todos que ficam, boa "viagem".