clara campos escreveu:Alexandre escreveu:clara campos escreveu:Alexandre escreveu:Essa lei é tão idiota! Em 21 anos, eu não me lembro de uma única vez em que eu estivesse em um restaurante, shopping, cafeteria, ou até mesmo na fila de um cachorro-quente e algum idiota acendesse um cigarro próximo a mim e soltasse baforadas na minha cara.
Viva o Brasil.
Ainda há 3 dias isso me aconteceu. Na verdade, se bem me lembro, aconteceu-me quase todos os dias da minha ida: no café, na paragem de autocarro, no restaurante... até quando eu fumava me incomodava  a a despreocupação de muitos fumadores.
 
Lendo isso, até consigo imaginar os céus de Portugal serem tomados por uma espessa nuvem de nicotina que tapa o sol e mergulha em trevas tudo o que estiver ao alcance dos olhos. Deixa de ser fresca!
 
O que quer exeactamente dizer "fresca"? Não estou a par desse vocabulário, mas o contexto indica que estás a por a minha palavra em dúvida, será este o caso?
 
O Ápate já resumiu a figura de linguagem do termo. Apenas não precisa tomar isso como ofensa.
clara campos escreveu:Alexandre escreveu:clara campos escreveu:Alexandre escreveu:Só é prejudicado pelo fumo passivo aquele que convive com fumantes dentro da própria casa.
Disparate, conheço pessoalmente dezenas de contra-exemplos.
 
Pessoas que convivem com fumantes em casa têm boas chances de adquirirem problemas renais ou um câncro. Bebês cujas mães fumaram durante a gestação, e crianças e adultos expostos à fumaça de cigarro durante longos períodos, também. A relação entre esses grupos é que os fumantes passivos são prejudicados pelos fumantes ativos, que são familiares e parentes, ou indivíduos de seu próprio meio ou círculo social. Por conviverem diretamente com estes durante um significativo período de tempo, podem desenvolver algum tipo de efeito colateral. Não há possibilidades de se qualificar alguém como fumante passivo, que não se encaixa em alguma das situações que citei. De resto, ninguém morre de câncer por beijar alguém com hálito de nicotina.
 
Lamento informar-te a mas que eu saiba não és tu quem decide quem é ou não um fumador passivo.
Definições idealizadas por ti com base em "factos" muito duvidáveis e em ideias muito pouco realistas ou cientificamente comprovadas não têm qualquer validade.
Como já referi, até esta parte em Portugal fumava-s em todo o lado. A única forma possível de um não fumador não ser um fumador passivo era não ter vida social. Talvez isto para ti seja uma escolha, mas a loose-loose situation dificilmente é uma escolha aceitável.
 
Me corrija se estiver errado, mas a porcentagem de fumantes em Portugal gira entre 30% para homens e 20% para mulheres. Não são números tão assustadores. Se com "vida social" você se refere a fazer parte de um determinado grupo, em que parte dele é composta por tabagistas, você, voluntariamente, pode não fazer mais parte desse grupo. Pode escolher também, desfrutar suas horas de lazer em locais onde seja proibido o fumo. Num país com mais de 90.000 km² não é possível não haver uma boate onde não se seja importunado por fumantes inconvenientes.
clara campos escreveu:Alexandre escreveu:Qual o "motivo de ser" de uma lei que decreta a proibição do ato de fumar, mas não proíbe a venda de cigarros?
Não tenho conhecimento de nenhum país onde seja proibido fumar tabaco.
Mas a acontecer, tal coisa seria realmente disparatada.
 
Que eu saiba, na França a nova proibição se estende a quaisquer locais públicos, para além de bares, restaurantes, boates, etc. Causaria menos transtornos ao fumante se o cigarro fosse proibido logo de uma vez. Nesse ponto, tenho que concordar com o xexelento do Procedure. O dono de um estabelecimento deveria ter autonomia de decidir se deve ou não permitir o consumo do tabaco em seu comércio. Esse tipo de proibição objeta não restringir o fumante a um determinado local público alternativo, mas rechaçá-lo do convívio em sociedade.