Filosofia: catolicismo X espiritismo

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Fenrir
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Fenrir »

Topico antigo ressuscitado!

Nao vejo muita filosofia nem no catolicismo, muito menos no espiritismo.

O Alter Ego citou nomes como Sto Agostinho e Sto Tomas de Aquino, dentre outros, como prova de que no catolicismo havia filosofos.

Estes pensadores foram teólogos e filósofos a um só tempo. E nem sempre é fácil separar a figura do filósofo da do teólogo, principalmente no caso dos pensadores anteriores ao sec XII.

Entretanto, teologia e filosofia nao se misturam muito bem.
Prova disso é que o maior dos filósofos ligados a ICAR, Tomás de Aquino, deixou bem clara a separacao entre teologia e filosofia e afirmou a impossibilidade de explicar o dogma racionalmente, pois que o dogma seria artigo de fé.

Aqueles filósofos foram católicos, certamente; e digo que num período de 6 séculos (sec VIII a sec XIV) não sei de nenhum filósofo no ocidente que não tenha tido ligação com o catolicismo, o judaismo (ex Maimonides) ou o islamismo (ex Avicena).

Mas disso podemos dizer que ha filosofia no catolicismo?
Creio que possa haver uma filosofia do catolicismo, do catolicismo enquanto religiao.

Mas filosofia catolica seria algo um pouco diferente, pois nao ha como falar de catolicismo sem falar do dogma e nao ha como explicar racionalmente o dogma, assim o dogma é artigo de fé e não de investigação racional! Logo como explicar o dogma racionalmente, digo como prova-lo racionalmente?

Uma hipotetica filosofia catolica teria que explicar os pressupostos do catolicismo racionalmente.
E nao ha como fazer isto, embora muitos tenham tentado (ex: explicar a trindade de forma racional), pois que sao dogmas.

Ha como analisar o dogma enquanto dogma, o que faz uma doutrina ser um dogma e quais caracteristicas os diversos dogmas compartilham entre si, o que os faz serem o que sao e isto deve estar no escopo da filosofia da religiao e nao de uma filosofia catolica.

Ja quanto ao espiritismo, posso dizer que nunca tive conhecimento de um so nome de alguma importancia na filosofia que tenha sido espirita ou tenha feito alguma escolastica do espiritismo.
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Botanico
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Botanico »

Vendo toda essa discussão sobre Filosofia Espírita X Filosofia Católica, trocentos filósofos católicos x 0 filósofo espírita, não pude deixar de lembrar certas coisas.

Primeiro uma gozação minha: Astrologia, Ufologia, Teologia, Paraspsicologia, Filosofia, Pedagogia e principalmente a Sociologia são culturas absolutamente inúteis. Se alguém ainda não sabe o porquê de eu dizer isso, pergunte e depois eu explico.

Mas no fim das contas, qual é o problema? E daí que não há, ou se há, não é dos eminentes, filósofos no meio do Espiritismo? A bem da verdade, é melhor não ter filósofo nenhum do que ter eminentes filósofos cujas idéias tenham efeitos desastrosos no final por conta de quem se diz seguidor dessas idéias.
Hitler era mais fã no Nietzche do que do filósofo oficial do Partido Nazista (o Alfred Rosemberg). O Marx e o Engels foram filósofos que deram origem a outros filósofos, como Sartre e Beauvoir, e que produziram e/ou enalteceram o Socialismo. Isso só para falar dos ateus, que segundo se crê, são mais sábios, perspicazes e inteligentes pelo simples fato de serem ateus, certo?

Bem, ao que parece uma certa religião, corrente de pensamento, ou que valha, ter em seus quadros filósofos eminentes não é lá muito do que se possa vangloriar-se. A Filosofia Socialista, por exemplo, FOI ABSOLUTAMENTE INCAPAZ DE PRODUZIR PESSOAS INTELIGENTES E BOAS PENSANTES. Aqui mesmo na UFSCar, há uns cartazetes lembrando o Allende, seus feitos, sua luta em favor do povo e contra os poderosos e que isso deve "induzir-nos a uma reflexão". A única coisa que me fez refletir é que o panaca do Allende mexeu em casa de marimbondo, bagunçou a economia do seu país e o final desse filme a gente já sabe. Em TODOS os países onde seus dirigentes se declararam socialistas o resultado foi a socialização da miséria, a tirania, milhões de mortos por ação direta e/ou negligência.
E nenhum adepto do Socialismo é capaz de perceber isso. No máximo, quando cobrados, falam que "foi uma burocracia que tomou conta do poder e que não era para acontecer", ou "foi um desvio", ou foi...
Já notaram que essas são as mesmas desculpas que os clérigos dão quando se falam dos abusos e crimes cometidos pelas suas respectivas igrejas?

Só me interessa saber das idéias de algum filósofo, grande, médio, pequeno ou micro, se elas contribuíram por uma sociedade melhor e mais justa. Se não serviram para isso, então é como eu disse: uma cultura absolutamente inútil.

É isso.

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Fenrir
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Fenrir »

Botanico escreveu:Vendo toda essa discussão sobre Filosofia Espírita X Filosofia Católica, trocentos filósofos católicos x 0 filósofo espírita, não pude deixar de lembrar certas coisas.

Primeiro uma gozação minha: Astrologia, Ufologia, Teologia, Paraspsicologia, Filosofia, Pedagogia e principalmente a Sociologia são culturas absolutamente inúteis. Se alguém ainda não sabe o porquê de eu dizer isso, pergunte e depois eu explico.

Mas no fim das contas, qual é o problema? E daí que não há, ou se há, não é dos eminentes, filósofos no meio do Espiritismo? A bem da verdade, é melhor não ter filósofo nenhum do que ter eminentes filósofos cujas idéias tenham efeitos desastrosos no final por conta de quem se diz seguidor dessas idéias.
Hitler era mais fã no Nietzche do que do filósofo oficial do Partido Nazista (o Alfred Rosemberg). O Marx e o Engels foram filósofos que deram origem a outros filósofos, como Sartre e Beauvoir, e que produziram e/ou enalteceram o Socialismo. Isso só para falar dos ateus, que segundo se crê, são mais sábios, perspicazes e inteligentes pelo simples fato de serem ateus, certo?

Bem, ao que parece uma certa religião, corrente de pensamento, ou que valha, ter em seus quadros filósofos eminentes não é lá muito do que se possa vangloriar-se. A Filosofia Socialista, por exemplo, FOI ABSOLUTAMENTE INCAPAZ DE PRODUZIR PESSOAS INTELIGENTES E BOAS PENSANTES. Aqui mesmo na UFSCar, há uns cartazetes lembrando o Allende, seus feitos, sua luta em favor do povo e contra os poderosos e que isso deve "induzir-nos a uma reflexão". A única coisa que me fez refletir é que o panaca do Allende mexeu em casa de marimbondo, bagunçou a economia do seu país e o final desse filme a gente já sabe. Em TODOS os países onde seus dirigentes se declararam socialistas o resultado foi a socialização da miséria, a tirania, milhões de mortos por ação direta e/ou negligência.
E nenhum adepto do Socialismo é capaz de perceber isso. No máximo, quando cobrados, falam que "foi uma burocracia que tomou conta do poder e que não era para acontecer", ou "foi um desvio", ou foi...
Já notaram que essas são as mesmas desculpas que os clérigos dão quando se falam dos abusos e crimes cometidos pelas suas respectivas igrejas?

Só me interessa saber das idéias de algum filósofo, grande, médio, pequeno ou micro, se elas contribuíram por uma sociedade melhor e mais justa. Se não serviram para isso, então é como eu disse: uma cultura absolutamente inútil.

É isso.


Nao se pode culpar Nietzsche nem Marx pelo (mal) uso que fizeram das ideias deles.

Se voce tivesse lido a vida de Nietzsche saberia que o mesmo nunca foi anti-semita e nem via o anti-semitismo com bons olhos.

Falar que filosofia é uma cultura absolutamente inútil é ir longe demais.
Basta apenas lembrar que:
A ciencia nasceu no seio dela
A logica nasceu no seio dela
A etica e a politica devem muito a filosofia
O direiro deve muito a filosofia
e trocentas outras coisas que passaria o dia inteiro enumerando.

Alias a unica maneira de disutir moral e etica de forma racional, livre de dogmas, e faze-lo no ambito da filosofia. Os filosofos sempre, repito SEMPRE buscaram pensar racinalmente, procuraram ativamente o conhecimento, foram pessoas extrememente cultas (Aristoteles, Leibniz, Kant), éticas e honestas (em quase 3000 anos de filosofia so tenho notica de uns 3 filosofos que pisaram na bola)

A unica maneira de discutir politica de forma livre de ideologias, livre de qualquer vies seja de esquerda, seja de direita e faze-lo filosoficamente. Nao considero Marilena Chaui, nem Olavo de Carvalho, nem os esquerdistas uspianos como filosofos, Passam longe, muito longe do que e FILOSOFIA.
Praticam no maximo uma especie de escolastica ideologica-propagandistica e pseudo-filosofica.
NAO GENERALIZE A PARTIR DESTES EXEMPLOS. REPITO QUE A FILOSOFIA DIGNA DESTE NOME PASSA ANOS LUZ DE DISTANCIA DESTAS FIGURAS.
Nunca mais, digo nunca mais, confunda ideologia politiqueira com filosofia. Nao admito que a rebaixem desta forma. Estas pessoas deveria ser educadas na base do porrete.

ATREVA-SE a fazer este tipo de comparacao novamente e serei forcado a dar vazao ao meu lado mais troll e grosseiro e vou ACABAR COM A RACA DO ESPIRITISMO.
NAO DUVIDE DE QUE SOU CAPAZ DISSO! NAO DUVIDE! PARE O ABUSO JA!
FACA ISTO NOVAMENTE E VOU ACIONAR CADA NEURONIO DO MEU CEREBRO PARA DESTRUIR O ESPIRITISMO.
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Flavio Checker
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Flavio Checker »

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Fenrir escreveu:
Ja quanto ao espiritismo, posso dizer que nunca tive conhecimento de um so nome de alguma importancia na filosofia que tenha sido espirita ou tenha feito alguma escolastica do espiritismo.

Voce leu o que o Bennet escreveu sobre a repressao brutal que o espiritismo sofreu não só na Europa, com o auto de fe de Barcelona, como também no Brasil, o maior país espirita do mundo, na época do Presidente Getulio Vargas? Queria que mesmo assim brotassem filosofos espiritas de uma fonte que foi reprimida em varias instancias? Falar é facil, né?

Voce leu em que bases imensamente diferentes essas duas religiões floreceram para que pudessem surgir condições favoraveis a cada religião? Como se pode comparar o catolicismo com quase 2.000 anos para cuspir quantos filosofos que a igreja quisesse, e com toda a liberdade de expressao, pois quem mandava e desmandava era a igreja mesmo, com o espiritismo que mal tem 150 anos e com toda a repressao que sofreu nesse período todo?

Não leu os 3 enormes posts do Bennet na pagina anterior, explicando tudo? Nao leu o debate dele com o Acauan? Alias, parece que Benett aceitou, no 4º round, a desistencia do Velho e bom Indio ...




Fenrir escreveu:
...E VOU ACIONAR CADA NEURONIO DO MEU CEREBRO PARA DESTRUIR O ESPIRITISMO.

Vai usar o Tico-e-Teco? Hiiiiiiiii nao vai sobrar mais nada para contar a historia depois ... :emoticon12:




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Fenrir
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Fenrir »


Ora vejam.
O espiritismo nao ofereceu nada que prestasse em um seculo e meio por causa da repressao.
Que comovente.

O Cristianismo primitivo sofreu mais repressao nos seus 150 anos iniciais que o espiritismo (eles nao eram perseguidos por um Vargas e sim por gente do naipe de Caracalla, Nero e Domiciano - perto deles Vargas era um santo) e, nao obstante, posso citar pelo menos tres figuras importantes neste inicio: Justino, Panteno e Origenes.

Arranje outra desculpa.
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Flavio Checker
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Flavio Checker »

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Mas ainda tem gente que confunde cristianismo com catolicismo.

Sera possivel que é tao difícil entender o que foi postando, logo antes, na página anterior?

NÃO FOI TRATADO A QUESTÃO DO CRISTIANISMO ANTES DE CONSTANTINO, TIRANO RAPOSA QUE INAUGUROU A IGREJA CATOLICA.

O QUE FOI TRATADO TEM A VER COM O CATOLICISMO, MAIS DE 300 ANOS DEPOIS DE CRISTO, QUANDO A IGREJA FOI OFICIALMENTE FUNDADA, NO CONCÍLIO POR ELE PRESIDIDO.

E NESSA ÉPOCA JÁ TINHA CESSADO TOTALMENTE A REPRESSÃO CONTRA O CRISTIANISMO.

Presta mais atençao e arrume voce outra desculpa.


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Botanico
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Botanico »

Fenrir escreveu:Nao se pode culpar Nietzsche nem Marx pelo (mal) uso que fizeram das ideias deles.

Olha, meu caro, eu penso que QUALQUER FILÓSOFO não pode ter a menor idéia do que farão com suas idéias e pensamentos que publica. Pode ter alguma intenção, mas no que é que vai ser o frigir dos ovos, só Deus sabe (ou nem ele). O filósofo divulga o que pensa, o que acha, o que acredita. Se quem ler o que ele escreveu vai tirar alguma conclusão certa ou errada, aí já não é mais com o filósofo.

Fenrir escreveu:Se voce tivesse lido a vida de Nietzsche saberia que o mesmo nunca foi anti-semita e nem via o anti-semitismo com bons olhos.

O tal de Hitler tirou ALGUMAS CONCLUSÕES dos pensamentos de Nietzche, certas ou erradas, sobre o valor e a importância de se manter a humanidade em pé de guerra. Mas não o anti-semitismo, que ele tirou de suas vísceras ou dos pensamentos de filósofos franceses ou russos ou sabe-se lá de onde. Nem vou tentar descobrir, pois segundo me disseram o Minha Luta é pra lá de indigesto. Nem os nazistas conseguiam lê-lo. Da mesma forma, ninguém aguentava ler os livros transcendentalmente aborrecidos e pretensiosos de Alfred Rosemberg.

Fenrir escreveu:Falar que filosofia é uma cultura absolutamente inútil é ir longe demais.
Basta apenas lembrar que:
A ciencia nasceu no seio dela
A logica nasceu no seio dela
A etica e a politica devem muito a filosofia
O direiro deve muito a filosofia
e trocentas outras coisas que passaria o dia inteiro enumerando.

Como eu já disse logo de início: era uma GOZAÇÃO. Lógico que não falei a sério. Como vou trabalhar a ciência se não tiver filosofia? Quando digo que a Parapsicologia é uma cultura inútil, digo isso para prestar uma homenagem ao Padre Quevedo e sua cupinchada. Quando digo que a Filosofia é cultura inútil é para homenagear a Marilena Chauí e a TODOS os filósofos esquerdistas do Brasil e do Mundo. Com relação à Pedagogia é para homenagear esse bando de pedagogos que dizem que você não pode aplicar provas, nem exames, nem avaliar os estudantes e muito menos reprová-los, pois isso vai "desestimulá-los" e provover a evasão escolar... Quer dizer aprove a todos por decreto e vamos em frente. E o resultado é aluno saindo do terceiro colegial sem nem saber escrever o seu próprio nome... E quanto à Sociologia, é para homenagear o nosso eminente sociólogo Fernando Henrique O Garboso, que disse "esqueçam o que escrevi". Quanto à utilidade da Astrologia, Ufologia e Teologia, isso dispensa comentário.

Fenrir escreveu:Alias a unica maneira de disutir moral e etica de forma racional, livre de dogmas, e faze-lo no ambito da filosofia. Os filosofos sempre, repito SEMPRE buscaram pensar racinalmente, procuraram ativamente o conhecimento, foram pessoas extrememente cultas (Aristoteles, Leibniz, Kant), éticas e honestas (em quase 3000 anos de filosofia so tenho notica de uns 3 filosofos que pisaram na bola)

Eu sempre fico com pés atrás quando me falam de uma ÚNICA MANEIRA... Isso é coisa para donos da verdade e eu não gosto dessa gente. E quanto a filósofos pisarem na bola, ora, se eles são "omanos", que mais esperaria?

Fenrir escreveu:A unica maneira de discutir politica de forma livre de ideologias, livre de qualquer vies seja de esquerda, seja de direita e faze-lo filosoficamente. Nao considero Marilena Chaui, nem Olavo de Carvalho, nem os esquerdistas uspianos como filosofos, Passam longe, muito longe do que e FILOSOFIA.
Praticam no maximo uma especie de escolastica ideologica-propagandistica e pseudo-filosofica.
NAO GENERALIZE A PARTIR DESTES EXEMPLOS. REPITO QUE A FILOSOFIA DIGNA DESTE NOME PASSA ANOS LUZ DE DISTANCIA DESTAS FIGURAS.
Nunca mais, digo nunca mais, confunda ideologia politiqueira com filosofia. Nao admito que a rebaixem desta forma. Estas pessoas deveria ser educadas na base do porrete.

Bem, meu caro, conforme eu disse, FOI DE GOZAÇÃO que falei que a Filosofia é coisa inútil, exatamente por conta dessas e outras ilustres figuras que se apresentam como filósofos e dizem filosofar. Só que aí vá discutir com elas. Cá comigo eu sou capaz de perceber a INUTILIDADE de suas idéias filosofadas só pelo fato de produzirem resultados exatamente opostos ao que propõe. E confirmo a burrice dessas figuras pelo simples fato de não admitirem que tais idéias estão erradas e não tem qualquer valor prático.

Fenrir escreveu:ATREVA-SE a fazer este tipo de comparacao novamente e serei forcado a dar vazao ao meu lado mais troll e grosseiro e vou ACABAR COM A RACA DO ESPIRITISMO.
NAO DUVIDE DE QUE SOU CAPAZ DISSO! NAO DUVIDE! PARE O ABUSO JA!
FACA ISTO NOVAMENTE E VOU ACIONAR CADA NEURONIO DO MEU CEREBRO PARA DESTRUIR O ESPIRITISMO.

Então vou fazer muitas vezes essa comparação, pois quero ter o prazer de ver mais um grande herói assumir o papel de paladino e destruir o Espiritismo. Olha meu, vou te dizer uma coisa: eu já li mais de 50 livros anti-espíritas, todos eles se apresentando, uns mais escancaradamente, outros mais humildemente, mas todos dando-se a entender como obras de grande sabedoria que iam dar um golpe de morte no Espiritismo, etc e tal. E isso já vem desde os tempos de Kardec. E tamos nós aqui, ainda numa boa.

A pior ironia nessa estória é que estragou com o Espiritismo foram os próprios espíritas! Eu discordo das colocações do Benneton sobre perseguição aos espíritas por governos. Exceto pela Espanha Franquista, tivemos bem poucos problemas desse tipo. Não foi por causa disso que não se surgiu "GRANDES" filósofos no meio espírita. Também não sei porque isso seria necessário.

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Botanico
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Botanico »

Fenrir escreveu:
Ora vejam.
O espiritismo nao ofereceu nada que prestasse em um seculo e meio por causa da repressao.
Que comovente.

O Cristianismo primitivo sofreu mais repressao nos seus 150 anos iniciais que o espiritismo (eles nao eram perseguidos por um Vargas e sim por gente do naipe de Caracalla, Nero e Domiciano - perto deles Vargas era um santo) e, nao obstante, posso citar pelo menos tres figuras importantes neste inicio: Justino, Panteno e Origenes.

Arranje outra desculpa.

Ah! O Espiritismo não ofereceu NADA QUE PRESTASSE. Interessante essa proposição. Então já que está comparando o Catolicismo como o Espiritismo, então me diga porque, em termos doutrinários, a fé católica é melhor que o Espiritismo. Em termos teóricos, que consequências tiraríamos de uma e do outro.

Manda ver.

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cyrix
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por cyrix »

Botanico escreveu:A pior ironia nessa estória é que estragou com o Espiritismo foram os próprios espíritas! Eu discordo das colocações do Benneton sobre perseguição aos espíritas por governos. Exceto pela Espanha Franquista, tivemos bem poucos problemas desse tipo. Não foi por causa disso que não se surgiu "GRANDES" filósofos no meio espírita. Também não sei porque isso seria necessário.


Que acha desses textos sobre o assunto, Botânico? Eles me deram a entender que os problemas ocorriam mais com as práticas mediúnicas do que com a religião em si.

http://geocities.yahoo.com.br/falhasespiritismo/religiao_brasileira/reg_brasileira42-43.jpg

http://geocities.yahoo.com.br/falhasespiritismo/religiao_brasileira/reg_brasileira44-45.jpg

Extraidos de "Espiritismo - uma religião brasileira", José Luiz dos Santos, Moderna, 1997
Onde há dúvida,há liberdade!
Reencarnação na Bíblia

Flavio Checker
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Flavio Checker »

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Botanico escreveu: Eu discordo das colocações do Benneton sobre perseguição aos espíritas por governos. Exceto pela Espanha Franquista, tivemos bem poucos problemas desse tipo. Não foi por causa disso que não se surgiu "GRANDES" filósofos no meio espírita. Também não sei porque isso seria necessário.

Acho que ele nao estava se prendendo so' ao fato de se produzir filosofos. Ele tava se referindo a total falta de condiçoes para se produzir qualquer coisa. Senao vejamos ( os grifos sao meus ) :



Acauan escreveu:3. O Espiritismo não produziu filósofos por ter sofrido repressão.

Benetton escreveu:Não produziu muitas coisas devido à repressão, inclusive os segmentos da arte e Filosofia. Se as bases da D.E não podiam contar nem com o mínimo necessário para se consolidar como Religião/Doutrina, como poderia se dar ao luxo de produzir Filósofos?




Um dos motivos :


Benetton escreveu:Durante esse período [ era Vargas ], muitas Sociedades Espíritas foram fechadas ( Hess, D. 1991. Spiritists and Scientists. Ideology, Spiritism, and Brazilian Culture. Pennsylvania: The Pennsylvania State University Press ).



Se muitas Sociedades Espiritas eram fechadas, como poderiam se consolidar a DE naquela epoca, com a tranquilidade necessaria ao seu desenvolvimento e divulgaçao? Produzir filosofos entao, seria um luxo!


Bom, acho que e' isso.


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Botanico
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Botanico »

cyrix escreveu:
Botanico escreveu:A pior ironia nessa estória é que estragou com o Espiritismo foram os próprios espíritas! Eu discordo das colocações do Benneton sobre perseguição aos espíritas por governos. Exceto pela Espanha Franquista, tivemos bem poucos problemas desse tipo. Não foi por causa disso que não se surgiu "GRANDES" filósofos no meio espírita. Também não sei porque isso seria necessário.


Que acha desses textos sobre o assunto, Botânico? Eles me deram a entender que os problemas ocorriam mais com as práticas mediúnicas do que com a religião em si.

http://geocities.yahoo.com.br/falhasespiritismo/religiao_brasileira/reg_brasileira42-43.jpg

http://geocities.yahoo.com.br/falhasespiritismo/religiao_brasileira/reg_brasileira44-45.jpg

Extraidos de "Espiritismo - uma religião brasileira", José Luiz dos Santos, Moderna, 1997


Bem, Cyrix, a coisa é mais complexa do que imagina, mas como eu disse, os piores inimigos do Espiritismo estavam dentro dele mesmo.
1) Logo depois que Kardec faleceu, a direção da sociedade que ele fundou passou a ser feita pelo seu gerente, Pierre Gaetan Leymarie. Ele era uma boa pessoa, mas desusadamente liberal e sem firmeza para dirigir a coisa como se deveria. Ele abriu espaço na Revista Espírita para vários autores, de correntes de pensamento esotérico diverso, até contrários ao próprio Espiritismo. Então lá figuravam artigos de teosofistas, hinduístas, esotéricos, rustainguistas, etc e tal, fazendo com que a revista se descaracterizasse como uma Revista Espírita. Pior para ele foi quando, ingenuamente deixou-se iludir por um fotógrafo que produzia "imagens espirituais" e descoberta a fraude, Leymarie foi a julgamento e pegou um ano de cana. Tá certo que não foi um julgamento justo, pois o advogado tinha de lutar contra o promotor e o juiz. Este último só permitia que falassem as testemunhas que complicavam a vida do Leymarie, mas se falavam a favor dele, imediatamente as mandava calar-se. De qualquer forma, por conta deste julgamento, espírita virou sinônimo de canalha.
Grandes nomes, como Denis, Delanne, Meyer, etc, seguraram as pontas do Espiritismo na França enquanto puderam, mas depois que eles se foram, seus sucessores só fizeram a coisa rolar montanha abaixo. E enterro final veio com André Dumas. Este queria que o Espiritismo SÓ TIVESSE ASPECTO CIENTÍFICO, despojando-o dos aspectos filosóficos e religiosos. Detentor do direito ao título "Revista Espírita", ele simplesmente parou de publicá-la com este nome, e a fundiu com uma outra e criou uma nova publicação de caráter parapsicológico. O resultado de tal empenho é que o Espiritismo nem era mais conhecido por esse nome e não havia mais que mil espíritas em toda a França.
Nos anos 1980, Roger Perez conseguiu tirar de Dumas o direito ao título Revista Espírita e a relançou. Além disso batalha pelo retornou ao Espiritismo nos moldes de Kardec. Para a ira de Dumas.

Aqui no Brasil o Espiritismo teve inicialmente versões diferentes, que visavam aspectos diferentes, mas como a FEB queria ter hemegonia absoluta, fez um passa-moleque nesses outros grupos, convidando-os a fazer parte dela, garantindo-lhes que seus pontos de vista seriam absolutamente respeitados. Eles aceitaram e só então perceberam a armadilha: só quem fosse rustainguista roxo é que podia ser da diretoria e só quem fosse rustainguista roxo poderia ter textos publicados em nome da FEB. Resultado, eles ali eram só figuras decorativas, mas voltar a ser o que eram antes, não conseguiram.
O rustainguismo é só um catolicismo disfarçado de Espiritismo. Nele tem o Jesus-Cristo (quase) Deus, tem a Nossa Senhora, tem as rezas, a adoração a Roustaing, etc e tal, que no meio de um povo católico como o nosso, até fazia alguma boa impressão. Mas apesar de seus esforços, a FEB não conseguiu que o rustainguismo fosse assim uma coisa aceita de forma doutrinária plena. Graças a isso, a essência do Espiritismo sobreviveu quase intacta.

Quanto aos textos que me apresentou, deve ter notado que mesmo quando se iniciaram processos contra os médiuns, esses goraram por falta de consistência. Os juristas católicos fizeram até leis para enquadrar o Espiritismo. Havia uma delas que punia com prisão e multa de tantos mil réis, a pessoa que fizesse gestos junto à cabeça de um doente com a intenção de curá-lo. Não é uma graça? O sujeito pode bracejar à vontade em torno de um doente, mas não o fizer com intenção de curá-lo, então isso não é crime, mas será um criminoso se quiser curá-lo... Só que quem é que pode saber qual a intenção na cabeça de um sujeito nesta hora?

O único médium espírita que sei que foi preso mesmo, mas ainda assim foi um vexame, foi o Arigó. Imagine que os doentes iam lá na cadeia para que ele tratasse deles! E os carcereiros se viram impotentes para impedir isso.

Quanto aos "Grandes Médicos do Brasil", que é como os autores católicos e protestantes chamam os psiquiatras que denunciavam que o Espiritismo causava loucura, o fato é que NADA PROVARAM do que disseram. Seus trabalhos eram medíocres, tendenciosos e sem qualquer valor probante. Mas isso não era culpa só da capenga medicina brasileira não. Na França também se apresentaram estatísticas que denunciavam que o Espiritismo enlouquecia as pessoas. E o gozado é que chegavam a apresentar dados que simplesmente superavam a TOTALIDADE de internados nos hospícios da França.

Se mora em São Paulo e quiser saber mais, vá à Biblioteca da FEESP e procure os livros de Carlos Imbassahy: Espiritismo e Loucura e Espiritismo à luz dos fatos. De quebra veja este, do mesmo autor: Mediunidade e a Lei.

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Botanico
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Botanico »

Flavio Checker escreveu:.

Botanico escreveu: Eu discordo das colocações do Benneton sobre perseguição aos espíritas por governos. Exceto pela Espanha Franquista, tivemos bem poucos problemas desse tipo. Não foi por causa disso que não se surgiu "GRANDES" filósofos no meio espírita. Também não sei porque isso seria necessário.

Acho que ele nao estava se prendendo so' ao fato de se produzir filosofos. Ele tava se referindo a total falta de condiçoes para se produzir qualquer coisa. Senao vejamos ( os grifos sao meus ) :



Acauan escreveu:3. O Espiritismo não produziu filósofos por ter sofrido repressão.

Benetton escreveu:Não produziu muitas coisas devido à repressão, inclusive os segmentos da arte e Filosofia. Se as bases da D.E não podiam contar nem com o mínimo necessário para se consolidar como Religião/Doutrina, como poderia se dar ao luxo de produzir Filósofos?




Um dos motivos :


Benetton escreveu:Durante esse período [ era Vargas ], muitas Sociedades Espíritas foram fechadas ( Hess, D. 1991. Spiritists and Scientists. Ideology, Spiritism, and Brazilian Culture. Pennsylvania: The Pennsylvania State University Press ).



Se muitas Sociedades Espiritas eram fechadas, como poderiam se consolidar a DE naquela epoca, com a tranquilidade necessaria ao seu desenvolvimento e divulgaçao? Produzir filosofos entao, seria um luxo!


Bom, acho que e' isso.

Continuo discordando dele, pois ao que me consta, não fecharam a FEB, nem a FEESP, nem nenhuma outra federação espírita proeminente, que produziam publicações espíritas. Se Chico Xavier, já por essa época produzia livros e estes eram publicados, assim como vários outros autores espíritas também o faziam, o que estava impedindo os filósofos de fazer o mesmo?
Não li, nem sei desse livro do D. Hess, mas quais eram essas MUITAS sociedades espíritas das quais ele fala? Que documentos de prova ele apresenta? Nem sei se naquela época havia tantas sociedades espíritas assim. Vai ver que eram centros de terreiro e o autor, como bom desconhecedor da realidade brasileira, achou que eram centros espíritas...

Flavio Checker
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"

Mensagem por Flavio Checker »

.

Nao e' questao de ficar discordando ou concordando com ele.

E' fato que houve repressao naquela epoca, e a ditadura Vargas influenciou a comunidade medica que publicava um monte de teorias contra os Espiritas, o que, depois, verificou-se serem inveridicas. Mas ditadura e' ditadura...

Com certeza isso desestimulava o crescimento do Espiritismo naquela epoca, independente da FEB ou de Chico Xavier.

E repito : Nao se visava a "produçao" de filosofos. Qualquer religiao nao cresceria em sentido nenhum, nessas condiçoes. E muito menos se teria ambiente para surgir pensadores ou filosofos simpatizantes dessa relgiao.



Por outro lado, no catolicimo, os nomes de relevancia na filosofia, sao Sto. Agostinho e Thomas de Aquino. Ou seja, em quase 2.000 anos produziu-se DOIS Filosofos de importacia historica, isto e', UM FILOSOFO a cada 1.000 anos. Bela merd...


.

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Acauan
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Acauan »

Benetton escreveu:
Acauan escreveu: The Spanish Inquisition, de Henry Kamen.


Por favor, poderia me dizer a ordem de gradeza de quantos foram os mártires da inquisição, segundo Karmen?


O mérito dos pesquisadores como Karmen, e outros de sua geração, foi analisar criticamente as fontes sobre a Inquisição Espanhola, o que levou à desqualificação de informações aceitas há séculos sobre aqueles eventos, principalmente as descrições e dados vindos da Inglaterra da época, provadas como produto de propaganda política de quando os dois países se confrontavam seriamente.

Nisto Karmen fixa os mortos de séculos de Inquisição Espanhola, a mais brutal de todas, em por volta de vinte mil vítimas.
Como o morticínio espanhol era frequentemente usado como base de projeção para muitas estimativas sobre mortos totais na Inquisição, as que multiplicavam as até então aceitas cifras que chegavam a centenas de milhares se provaram inconsistentes, independente do fato de que um evento tão particular não poderia caracterizar o geral.

No mais, algumas estimativas atribuem à Inquisição todos os mortos em conflitos religiosos da Europa, desde a queda do Império Romano do Ocidente até a Revolução Francesa, incluindo aí revoltas heréticas como a Albigense, as Cruzadas e as guerras religiosas pós-Reforma, eventos que tem, cada qual, sua própria História, independente da Inquisição, que se define como ações de combate a heresia e só se aplicava aos católicos que viviam em reinos católicos ou suas possessões.

Considerando que a repressão às revoltas heréticas possam ser incluídas nas contas da Inquisição, a estimativa máxima de mortos se situa na casa da centena de milhar, embora tal seja considerada absurda pelos historiadores mais recentes, que não arriscam números superiores à metade disto.

Concluindo, a idéia de tribunais de exceção invadindo feudos, aprisionando camponeses e artesãos às centenas ou milhares e os executando no atacado é completamente fantasiosa e incompatível com a estrutura sócio-política feudal, onde o papado estava muito longe de ser a autoridade absoluta e inconteste que alguns acham que era.


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Botanico
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Re: "

Mensagem por Botanico »

Flavio Checker escreveu:.

Nao e' questao de ficar discordando ou concordando com ele.

E' fato que houve repressao naquela epoca, e a ditadura Vargas influenciou a comunidade medica que publicava um monte de teorias contra os Espiritas, o que, depois, verificou-se serem inveridicas. Mas ditadura e' ditadura...

Com certeza isso desestimulava o crescimento do Espiritismo naquela epoca, independente da FEB ou de Chico Xavier.

E repito : Nao se visava a "produçao" de filosofos. Qualquer religiao nao cresceria em sentido nenhum, nessas condiçoes. E muito menos se teria ambiente para surgir pensadores ou filosofos simpatizantes dessa relgiao.



Por outro lado, no catolicimo, os nomes de relevancia na filosofia, sao Sto. Agostinho e Thomas de Aquino. Ou seja, em quase 2.000 anos produziu-se DOIS Filosofos de importacia historica, isto e', UM FILOSOFO a cada 1.000 anos. Bela merd...


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Meu caro, o fator multiplicador de fiéis de uma religião é diretamente proporcional à vacuidade de seus dogmas (não exigem pensar) e na baixa exigência de reforma pessoal. Então tem a fé cristã um tal de Cristo salvador, que nos perdoa dos pecados (passados, presentes e futuros), e só exige que creiamos nele e ai de você se não crer. Coisa simples e fácil isso, não? É muito mais barato dar dinheiro para a igreja reformar sua fachada do que o fiel reformar-se a si próprio, deixando de ser egoísta, safado, tarado ou o que seja... E por essa caridade, deus nos perdoa dos pecados...

E é por conta disso que o Espiritismo não faz sucesso: não há um deus bravo e furioso que vai lhe perguntar se arceditou nele, nas elucubrações teológicas das igrejas cristãs, etc e tal. O que se quer saber é: que você fez de bom o que evitou de mal? Fez coisa boa? Que ótimo, ganhou amigos, que foram os beneficiários de sua bondade. Fez besteira? Azar seu: tem agora um bando de inimigos que vão lhe cobrar pelos seus erros. Mas não tem Céu nem Inferno? Não tem perdão que transforma todas as nossas burradas em nada só porque formos crentes? Não, não tem! Ou seja, o que se cobra no Espiritismo é a nossa reforma íntima. Isso é coisa cara e incômoda. Muito pouca gente vai gostar disso. Daí então nossos números insignificantes. O que não nos incomoda nem um pouco.

Sacou qual é a raiz do problema?

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Fenrir
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Fenrir »


Primeiro, nao li nada e nem vou ler.
Segundo, nao posto mais neste topico. Talvez nem mesmo neste ou em outros forums.

Pense o que quiser. Pense que venceu o "argumento", se te agrada.
Mas adianto que nao e grande coisa vencer, neste caso.

Tenho vergonha do que escrevi, por ter se portado como um perfeito idiota.

Quem tem massa cinzenta suficiente para debater decentemente nao precisa de recorrer a expedientes tao infantis como os que usei aqui e em outras ocasioes, em outros topicos, em outros foruns.
Se tais expedientes sao usados, entao quem os usa e uma besta que perderia menos ficando quieto no seu canto.
E se ainda gasta tempo, que de outra forma poderia ser util, acessando a net para se portar como um imbecil, entao que tipo de besta deve ser?

Dizem que a ignorancia e uma bencao, nao e? Ela so e uma bencao no caso do ignorante completo, do 100% ignorante que nao tem consciencia de seu status de ignorante.
Para os semi-ignorantes nao ha bencao alguma porque eles convivem cada segundo do seu dia com uma pessoa que os detesta.

O unico consolo é que uma pequena parcela de inteligencia, a que me possibilita enxergar a situacao tal como é (Fenrir é um estúpido), é tambem suficiente para me manter longe das muletas e das tolices a que voces espiritas, crentes, cristaos, etc recorrem e acreditam.

Ria se quiser (ao menos fara bem ao seu humor), Ignore (melhor opcao), responda seriamente (ruim), responda como te respondi antes (pior de todas), nao vai fazer diferenca alguma. Dane-se.

Me pergunto por que os moderadores de RV permitem este tipo de coisa.
Eu teria merecido no minimo uma advertencia por poluir o forum com linhas inuteis.
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Acauan
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Re: "

Mensagem por Acauan »

Flavio Checker escreveu:Por outro lado, no catolicimo, os nomes de relevancia na filosofia, sao Sto. Agostinho e Thomas de Aquino. Ou seja, em quase 2.000 anos produziu-se DOIS Filosofos de importacia historica, isto e', UM FILOSOFO a cada 1.000 anos. Bela merd...


Consideradas a Patrística, a Escolástica e o Tomismo, temos muito mais que dois filósofos de importância histórica, como qualquer História da Filosofia pode comprovar.
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Benetton
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Benetton »



Acauan escreveu:
Benetton escreveu:
Acauan escreveu: The Spanish Inquisition, de Henry Kamen.


Por favor, poderia me dizer a ordem de gradeza de quantos foram os mártires da inquisição, segundo Karmen?


O mérito dos pesquisadores como Karmen, e outros de sua geração, foi analisar criticamente as fontes sobre a Inquisição Espanhola, o que levou à desqualificação de informações aceitas há séculos sobre aqueles eventos, principalmente as descrições e dados vindos da Inglaterra da época, provadas como produto de propaganda política de quando os dois países se confrontavam seriamente.

Nisto Karmen fixa os mortos de séculos de Inquisição Espanhola, a mais brutal de todas, em por volta de vinte mil vítimas.
Como o morticínio espanhol era frequentemente usado como base de projeção para muitas estimativas sobre mortos totais na Inquisição, as que multiplicavam as até então aceitas cifras que chegavam a centenas de milhares se provaram inconsistentes, independente do fato de que um evento tão particular não poderia caracterizar o geral.

No mais, algumas estimativas atribuem à Inquisição todos os mortos em conflitos religiosos da Europa, desde a queda do Império Romano do Ocidente até a Revolução Francesa, incluindo aí revoltas heréticas como a Albigense, as Cruzadas e as guerras religiosas pós-Reforma, eventos que tem, cada qual, sua própria História, independente da Inquisição, que se define como ações de combate a heresia e só se aplicava aos católicos que viviam em reinos católicos ou suas possessões.

Considerando que a repressão às revoltas heréticas possam ser incluídas nas contas da Inquisição, a estimativa máxima de mortos se situa na casa da centena de milhar, embora tal seja considerada absurda pelos historiadores mais recentes, que não arriscam números superiores à metade disto.

Concluindo, a idéia de tribunais de exceção invadindo feudos, aprisionando camponeses e artesãos às centenas ou milhares e os executando no atacado é completamente fantasiosa e incompatível com a estrutura sócio-política feudal, onde o papado estava muito longe de ser a autoridade absoluta e inconteste que alguns acham que era.


A inquisição, com seus rituais de julgamento, condenação e execução, nos moldes propostos bela Bula de "Licet ad capiendos" e ""extirpanda", promulgadas pelos papas Gregório IX e Inocêncio IV, respectivamente, nem tinham mesmo condições estruturais de JULGAR, CONDENAR E MATAR milhões de pessoas, sob os ritos que então estavam estabelecidos. Não haveria tempo, paciência e papeladas para tanta cerimônia.

O termo Inquisição talvez tenha sido usado para resumir TODAS as atrocidades promovidas, direta ou indiretamente, pela Igreja católica. As Cruzadas, embora não tenham sido instituídas sob a égide dos Tribunais do "Santo" Ofício, e de seu aparato jurídico, também eram patrocinados pela Igreja, mais especificamente iniciadas pelo papa Urbano II, duraram do século XI ao XIV.

Adiciona-se a isso, a Noite de São Batolomeu, também não estruturada sob os ditames da inquisição, matou milhares e milhares de protestantes, chamados de huguenotes, em poucos dias, e a côrte papal recebeu as "boas" novas com grande regozijo. O papa Gregório XIII, com enorme procissão, foi à Igreja de S. Luís para agradecer a essa vitória dos católicos sobre os protestantes. E veja, Gregório XIII ordenou que a casa da moeda papal fizesse moedas comemorando este acontecimento! As moedas mostraram um anjo com uma espada numa mão e uma cruz na outra, diante de um grupo de huguenotes, com horror nas faces, que estavam fugindo. ( WOODROW, Ralph. Babilônia: a Religião dos Mistérios. Cap. 13, pág. 113-114 ).

Com isso, refiro-me não só a inquisição e seus tribunais constituídos, mais toda a sorte de desmandos e morticínios, acima descritos promovidos pelos "santos" papas, que na verdade, objetivavam eliminar os não-católicos, independentes se eram sob as bulas da inquisição, sob a espada das cruzadas ou sob as estacas da Noite de São Bartolomeu, organizadas pela casa real francesa e Catarina de Médici.

É possível que, somadas todas as habilidades políticas papais durante o domínio teocrático católico, que durou mais de 1.500 anos, as cifras alcancem a casa dos milhões de assassinatos promovidos por esses "dignos" representantes de Deus na terra, como ainda insistem em dizer, os desinformados ou fanáticos seguidores dessa religião.

Apenas para constar, Rastro de Sangue, Carról, pág. 26, reafirma que o papado eliminou milhões de não-catolicos. O Dr. J. M. Carroll, autor deste livro, nasceu no Estado de Arkansas em 8 de janeiro de 1858 e faleceu em Texas em 10 de janeiro de 1931. Como se vê, nao foi só um autor que afiança essas cifras de milhões de mortos pela igreja.




Editado pela última vez por Benetton em 22 Set 2008, 12:26, em um total de 1 vez.

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Acauan
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Acauan »

Benetton escreveu:As Cruzadas, embora não tenham sido instituídas sob a égide dos Tribunais do "Santo" Ofício, e de seu aparato jurídico, também eram patrocinados pela Igreja, mais especificamente iniciadas pelo papa Urbano II, duraram do século XI ao XIV.


Quando da convocação da Primeira Cruzada, o Islã já atacava militarmente o Ocidente há quinhentos anos, conquistando e dominando territórios cristãos e impondo a eles a fé muçulmana como religião de Estado. Já ocupavam a Península Ibérica e estavam prontos para marchar contra a França e dominar toda a Europa. Neste quadro, mostrar as Cruzadas como um ato de barbárie do Papado é mais um simplismo partidário.

Benetton escreveu:Adiciona-se a isso, a Noite de São Batolomeu, também não estruturada sob os ditames da inquisição, matou milhares e milhares de protestantes, chamados de huguenotes, em poucos dias, e a côrte papal recebeu as "boas" novas com grande regozijo. O papa Gregório XIII, com enorme procissão, foi à Igreja de S. Luís para agradecer a essa vitória dos católicos sobre os protestantes. E veja, Gregório XIII ordenou que a casa da moeda papal fizesse moedas comemorando este acontecimento! As moedas mostraram um anjo com uma espada numa mão e uma cruz na outra, diante de um grupo de huguenotes, com horror nas faces, que estavam fugindo. ( WOODROW, Ralph. Babilônia: a Religião dos Mistérios. Cap. 13, pág. 113-114 ).


Massacres houve de parte a parte e perseguições idem, particularmente na França. Na Inglaterra Crommwell fez gato e sapato dos católicos e nos principados alemães protestantes os católicos simplesmente não podiam existir.

Benetton escreveu:É possível que, somadas todas as habilidades políticas papais durante o domínio teocrático católico, que durou mais de 1.500 anos, as cifras alcancem a casa dos milhões de assassinatos promovidos por esses "dignos" representantes de Deus na terra, como ainda insistem em dizer, os desinformados ou fanáticos seguidores dessa religião.


Falar em domínio teocrático católico reflete uma visão errada da ordem medieval, onde frequentemente o papado era simples refém das aristocracias dominantes em determinado período.

Benetton escreveu:Apenas para constar, Rastro de Sangue, Carról, pág. 26, reafirma que o papado eliminou milhoes de nao-catolicos. O Dr. J. M. Carroll, autor deste livro, nasceu no Estado de Arkansas em 8 de janeiro de 1858 e faleceu em Texas em 10 de janeiro de 1931. Como se ve, nao foi so um autor que afianc,a essas cifras de milhoes de mortos pela igreja.


Apresentei um breve resumo dos fundamentos que tornavam os estudos de Kamen confiáveis. Quais os fundamentos de Carroll?
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Benetton »



Acauan escreveu:
Benetton escreveu:Adiciona-se a isso, a Noite de São Batolomeu, também não estruturada sob os ditames da inquisição, matou milhares e milhares de protestantes, chamados de huguenotes, em poucos dias, e a côrte papal recebeu as "boas" novas com grande regozijo. O papa Gregório XIII, com enorme procissão, foi à Igreja de S. Luís para agradecer a essa vitória dos católicos sobre os protestantes. E veja, Gregório XIII ordenou que a casa da moeda papal fizesse moedas comemorando este acontecimento! As moedas mostraram um anjo com uma espada numa mão e uma cruz na outra, diante de um grupo de huguenotes, com horror nas faces, que estavam fugindo. ( WOODROW, Ralph. Babilônia: a Religião dos Mistérios. Cap. 13, pág. 113-114 ).

Massacres houve de parte a parte e perseguições idem, particularmente na França. Na Inglaterra Crommwell fez gato e sapato dos católicos e nos principados alemães protestantes os católicos simplesmente não podiam existir.

O que está sob debate, é a veracidade dos números de mártires que sucumbiram sob o papado. Ficar dizendo que os protestantes também mataram católicos, o que não é novidade nenhuma, parece mais um simplismo partidário, como você mesmo disse.




Acauan escreveu:
Benetton escreveu:É possível que, somadas todas as habilidades políticas papais durante o domínio teocrático católico, que durou mais de 1.500 anos, as cifras alcancem a casa dos milhões de assassinatos promovidos por esses "dignos" representantes de Deus na terra, como ainda insistem em dizer, os desinformados ou fanáticos seguidores dessa religião.

Falar em domínio teocrático católico reflete uma visão errada da ordem medieval, onde frequentemente o papado era simples refém das aristocracias dominantes em determinado período.

O papado era refém das aristrocracias dominantes em determinado período? Eles estavam unidos até os dentes, desde que um satisfizesse os interesses do outro.

Ainda no início da Idade Média, Igreja e Império entrelaçaram-se. Ao término do século V, o papa Gelásio I pôde escrever ao imperador Anastácio: “Duas são as coisas pelas quais esse mundo é principalmente governado: a autoridade sagrada dos papas e o poder real”.

A autoridade do papa em termos religiosos é absoluta, bem como o poder do rei sobre os súditos. Em um aspecto muito específico da chamada teoria dos dois poderes – potestas e auctoritas, havia a convergência : apenas Deus é detentor da plenitudo potestatis, o poder supremo.

O embrião da atual Europa surge em tal contexto, nele encontrando terreno fértil para proliferar. O reinado de Carlos Magno (768-813) é decisivo para a conjuminação de anseios religiosos e políticos. Ele considerava ter recebido de Deus a sua autoridade, como o rei Davi na Escritura, obrigando-se, assim, a “conduzir seu povo nos caminhos do Senhor” (Gilson, 2007, p. 223). Um rol de autores começa a cogitar, a partir dali, o advento de um imperium christianum, de um regnum Europae, ou, eventualmente, de uma societas.

No ocidente, com o declínio do Império Romano, a igreja teve mais liberdade de um controle direto pelas autoridades civis, o que, entre outros fatores, contribuiu para o fortalecimento do papado. Em parte por causa da liderança imperial ineficaz e em parte devido à autoridade inerente atribuída à igreja de Roma, os bispos romanos tiveram de assumir a responsabilidade por questões judiciais, defesa militar e outras matérias seculares.

Em outras palavras, existem duas esferas separadas, a igreja e o estado, nenhuma exercendo os direitos da outra. Todavia, a esfera espiritual é superior à temporal, e nos conflitos o papa e o bispo prevalecem sobre o imperador porque são responsáveis pela salvação deste. Essa teoria foi utilizada insistentemente pelos papas medievais.

O grande imperador Justiniano (527-565) ignorou solenemente a teoria dos dois poderes, colocando a igreja dentro do sistema estatal. Sua grande coleção e restauração da lei romana, as Institutas de Justiniano, incorporou conceitos cristãos, deu garantias legais à fé ortodoxa, penalizou heresias e apoiou a obra missionária. O papa, os bispos e os clérigos deviam ser nomeados para os seus cargos e regulados em suas vidas particulares; os concílios eclesiásticos foram limitados em sua liberdade. Ver Barry I, 142-47.



WOLIN, Sheldon (1960), Politics and Vision: Continuity and Innovation in Western Political Thought.
Boston, Little, Brown and Company.

GILSON, Étienne (2007), A Filosofia Política na Idade Média. São Paulo, Martins Fontes

CAIRNS, Earle E. O cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1988.





Acauan escreveu:
Benetton escreveu:Apenas para constar, Rastro de Sangue, Carról, pág. 26, reafirma que o papado eliminou milhoes de nao-catolicos. O Dr. J. M. Carroll, autor deste livro, nasceu no Estado de Arkansas em 8 de janeiro de 1858 e faleceu em Texas em 10 de janeiro de 1931. Como se ve, nao foi so um autor que afianc,a essas cifras de milhoes de mortos pela igreja.


Apresentei um breve resumo dos fundamentos que tornavam os estudos de Kamen confiáveis. Quais os fundamentos de Carroll?

As pesquisas de Carrol conduziu-o a muitos lugares e habilitou-o a adquirir uma das maiores bibliotecas sobre a Historia da Igreja. Esta biblioteca foi oferecida após a sua morte ao Seminário Teológico do Sudoeste, em Fort Worth, Texas, Estados Unidos da América.








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Acauan escreveu:
Flavio Checker escreveu:Por outro lado, no catolicimo, os nomes de relevancia na filosofia, sao Sto. Agostinho e Thomas de Aquino. Ou seja, em quase 2.000 anos produziu-se DOIS Filosofos de importacia historica, isto e', UM FILOSOFO a cada 1.000 anos. Bela merd...


Consideradas a Patrística, a Escolástica e o Tomismo, temos muito mais que dois filósofos de importância histórica, como qualquer História da Filosofia pode comprovar.

Acauan, poderia citar, os nomes de, pelo menos, uma meia dúzia de Filósofos Católicos, de importância histórica, e como Você disse, como qualquer História da Filosofia pode comprovar ?

Obrigado.






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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Acauan »

Benetton escreveu:O que está sob debate, é a veracidade dos números de mártires que sucumbiram sob o papado. Ficar dizendo que os protestantes também mataram católicos, o que não é novidade nenhuma, parece mais um simplismo partidário, como você mesmo disse.


Se o que houve foi um conflito entre grupos, no qual os dois lados se massacravam entre si, então não cabe chamar os mortos de um dos lados de martíres que sucumbiram sob o papado. Além do que, o contexto político daquele conflito - em particular o fortalecimento dos Estados Nacionais europeus - pesava no mínimo tanto quanto o religioso.

Benetton escreveu:O papado era refém das aristrocracias dominantes em determinado período? Eles estavam unidos até os dentes, desde que um satisfizesse os interesses do outro.

Ainda no início da Idade Média, Igreja e Império entrelaçaram-se. Ao término do século V, o papa Gelásio I pôde escrever ao imperador Anastácio: “Duas são as coisas pelas quais esse mundo é principalmente governado: a autoridade sagrada dos papas e o poder real”.


Um modo rápido e simples de aferir o quanto a autoridade dos papas era relativa é checar a quantidade de antipapas que houve durante a Idade Média e os conflitos que construíram estes personagens.
No mais, por boa parte da Idade Média, o rei não mandava nada dentro da ordem feudal reinante.


Benetton escreveu:As pesquisas de Carrol conduziu-o a muitos lugares e habilitou-o a adquirir uma das maiores bibliotecas sobre a Historia da Igreja. Esta biblioteca foi oferecida após a sua morte ao Seminário Teológico do Sudoeste, em Fort Worth, Texas, Estados Unidos da América.


Apresentei um fundamento de pesquisa específico, a análise crítica das fontes inglesas sobre a Inquisição Espanhola e a apresentação de provas históricas de que os números destas fontes foram exagerados por motivos políticos.
Dizer que Fulano tinha uma biblioteca grande é muito vago para defender uma tese.
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Re: Re:

Mensagem por Acauan »

Benetton escreveu:Acauan, poderia citar, os nomes de, pelo menos, uma meia dúzia de Filósofos Católicos, de importância histórica, e como Você disse, como qualquer História da Filosofia pode comprovar ?

Obrigado.


Bertrand Russel, em sua História da Filosofia Ocidental, dedicou um volume inteiro para a Filosofia Católica, sendo que Russel não morria de amores pelo cristianismo, como todo mundo sabe.
Como não tenho mais a coleção em mãos, vai o que consta da Wiki, e se consta até da Wiki é porque não precisa se pesquisar muito para chegar a estes nomes:

Anselmo de Cantuária, Alberto Magno, Robert Grosseteste, Roger Bacon, Boaventura de Bagnoreggio, Pedro Abelardo, Bernardo de Claraval, João Escoto Erígena, João Duns Scot, Jean Buridan e Nicole Oresme.
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Re: Filosofia: catolicismo X espiritismo

Mensagem por Benetton »



Acauan escreveu:
Benetton escreveu:O que está sob debate, é a veracidade dos números de mártires que sucumbiram sob o papado. Ficar dizendo que os protestantes também mataram católicos, o que não é novidade nenhuma, parece mais um simplismo partidário, como você mesmo disse.


Se o que houve foi um conflito entre grupos, no qual os dois lados se massacravam entre si, então não cabe chamar os mortos de um dos lados de martíres que sucumbiram sob o papado. Além do que, o contexto político daquele conflito - em particular o fortalecimento dos Estados Nacionais europeus - pesava no mínimo tanto quanto o religioso.

Reitero que, as dúvidas surgiram quanto aos "milhões" ou "milhares" de mortos pelo papado. Ficar agora tomando as dores um lado ou outro, não vai levar a lugar nenhum. E nem de longe pode-se comparar a quantidade de gente assasinada pelos papas com a quantidade de pessoas mortas pelos Protestantes. A primeira é imensamente maior do que a segunda.





Acauan escreveu:
Benetton escreveu:O papado era refém das aristrocracias dominantes em determinado período? Eles estavam unidos até os dentes, desde que um satisfizesse os interesses do outro.

Ainda no início da Idade Média, Igreja e Império entrelaçaram-se. Ao término do século V, o papa Gelásio I pôde escrever ao imperador Anastácio: “Duas são as coisas pelas quais esse mundo é principalmente governado: a autoridade sagrada dos papas e o poder real”.

Um modo rápido e simples de aferir o quanto a autoridade dos papas era relativa é checar a quantidade de antipapas que houve durante a Idade Média e os conflitos que construíram estes personagens.
No mais, por boa parte da Idade Média, o rei não mandava nada dentro da ordem feudal reinante.

Para os homens de antigamente, a diferença entre uma esfera religiosa e outra não-religiosa não faria qualquer sentido, pois tudo estava profundamente impregnado pelo sagrado.

Na Grécia, como em outras cidades, não havia diferença entre o religioso e o secular. A união entre religião e estado que caracterizava as cidades repúblicas da Grécia era a de um estado dominante e uma religião atuante. O cidadão ateniense, enquanto livre para cultuar os seus deuses particulares, tinha o dever de participar do culto a Zeus e Apolo do modo prescrito pela lei.

Em Roma, o imperador era também o Pontíficie Maximus ou sumo-sacerdote da religião do Estado. Demonstrando interesses políticos, César Augusto ordenou a restauração dos templos e do antigo culto aos deuses. Ele também deu início à verdadeira religião da Roma antes do cristianismo : O culto ao imperador. Mais tarde, quando esse culto tornou-se totalmente institucionalizado, a recusa em reverenciar a César passou a ser encarada como um ato de desobediência, atraindo a ira do Estado.







Acauan escreveu:
Benetton escreveu:As pesquisas de Carrol conduziu-o a muitos lugares e habilitou-o a adquirir uma das maiores bibliotecas sobre a Historia da Igreja. Esta biblioteca foi oferecida após a sua morte ao Seminário Teológico do Sudoeste, em Fort Worth, Texas, Estados Unidos da América.


Apresentei um fundamento de pesquisa específico, a análise crítica das fontes inglesas sobre a Inquisição Espanhola e a apresentação de provas históricas de que os números destas fontes foram exagerados por motivos políticos.
Dizer que Fulano tinha uma biblioteca grande é muito vago para defender uma tese.

Essa Biblioteca não apareceu da noite para o dia. Foi um trabalho que reuniu os maiores historiadores, Títulos selecionados, encartes, referências bibliográficas meticulasamente eleitas sob rigoroso processo de qualificação daquilo que se podia ter como base de estudos à história das religiões.






" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "

Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.

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Benetton
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Re: Re:

Mensagem por Benetton »



Acauan escreveu:
Benetton escreveu:Acauan, poderia citar, os nomes de, pelo menos, uma meia dúzia de Filósofos Católicos, de importância histórica, e como Você disse, como qualquer História da Filosofia pode comprovar ?

Obrigado.


Bertrand Russel, em sua História da Filosofia Ocidental, dedicou um volume inteiro para a Filosofia Católica, sendo que Russel não morria de amores pelo cristianismo, como todo mundo sabe.
Como não tenho mais a coleção em mãos, vai o que consta da Wiki, e se consta até da Wiki é porque não precisa se pesquisar muito para chegar a estes nomes:

Anselmo de Cantuária, Alberto Magno, Robert Grosseteste, Roger Bacon, Boaventura de Bagnoreggio, Pedro Abelardo, Bernardo de Claraval, João Escoto Erígena, João Duns Scot, Jean Buridan e Nicole Oresme.

Acauan,

Sinceramente, não acho que uma lista dessa, possa afiançar muito do que disse.

Para citar um exemplo, Roger Bacon não poderia figurar nesse elenco, haja vista sua inclinação pela alquimia, astrologia e principalmente por ter sido combatido pela própria Igreja. Segundo a citada Wikipedia, em 1277, proposições relacionadas à astrologia de Bacon foram condenadas por Tempier, bispo de Paris. Sob a suspeita de ter colocado em questão as obras aristotélicas de Santo Alberto Magno e de Santo Tomás de Aquino, é aprisionado no período de 1277 a 1292. Ou seja, a própria igreja católica não o tinha entre seus filósofos.





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