Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
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Orbe escreveu:Que seja. A questão permanece: Na sua opinião ( e de outros contrários ao aborto), porque um embrião gerado em um estupro tem menos direito a vida que um embrião gerado em uma relação sexual comum?
Pergunte isto a quem disse que o embrião gerado por estupro tem menos direito a vida, o que não fui eu.
A questão permanece. Você continua a enrolar e não responde...
Se vocês acham aceitável uma vítima de estupro abortar, significa que em algum momento vocês consideram as vontades dela acima do direito do embrião à vida.
Eu continuo confuso e esperando resposta. E sem citação de leis ou "lógica do direito", porque eu estou me referindo a coisas como valores, moral e opinião.
Editado pela última vez por Orbe em 17 Abr 2008, 00:36, em um total de 1 vez.
Orbe escreveu: A questão permanece. Você continua a enrolar e não responde...
Na verdade continuo não dando a resposta que você quer.
Orbe escreveu: Se vocês acham aceitável uma vítima de estupro abortar, significa que em algum momento vocês consideram as vontades dela acima do direito do embrião à vida.
Eu disse isto?
Orbe escreveu: Eu continuo confuso e esperando resposta. E sem citação de leis ou "lógica do direito", porque eu estou me referindo a coisas como valores, moral e opinião.
Pois neste caso vai continuar confuso. Quem decide o que eu cito ou deixo de citar em minhas respostas sou eu e não você.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Acho que houve confusão por numa hora estar se defendendo opiniões/valores pessoais, e em outras explicando o embasamento de uma lei que é incompatível com esses valores pessoais.
zumbi filosófico escreveu:Acho que houve confusão por numa hora estar se defendendo opiniões/valores pessoais, e em outras explicando o embasamento de uma lei que é incompatível com esses valores pessoais.
Para quem não é relativista moral, valores morais são absolutos. A confusão surge, de novo, quando se analisa e julga a abordagem de uma das partes na discussão a partir de premissas de outros.
Dentro das premissas do absoluto moral, se dois valores morais absolutos e inalienáveis entram em conflito, então não há solução moral aplicável. O Direito, por outro lado, admite e deve admitir o relativismo, assim, se o problema não tem solução como conflito moral absoluto, tem como conflito de direitos. Como dito antes, em uma realidade imperfeita é o melhor que se pode conseguir.
Nós, Índios.
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zumbi filosófico escreveu:Acho que houve confusão por numa hora estar se defendendo opiniões/valores pessoais, e em outras explicando o embasamento de uma lei que é incompatível com esses valores pessoais.
Também acho.
Para algumas pessoas parece que basta estar na lei para ser "moralmente aceitável".
Depois ainda querem estabelecer uma lógica quanto a moral, e ainda associam-na com o estado como único requesito necessário para justifica-la.... bla bla bla bla....
Samael escreveu:Como é que se pode obrigar uma pessoa a prestar socorro a um inocente na rua e não se pode fazer o mesmo com um inocente que só depende dela para sobreviver?
Bem colocado, mas a obrigacao de prestar socorro so existe mediante duas condicoes: voce e parcial ou totalmente responsavel pelo incidente ou voce nao sofrera prejuizos maiores praticando o socorro. E o crime de omissao de socorro so e configurado para causadores de acidente ou para autoridades responsaveis em socorrer acidentados.
Ninguem e obrigado em entrar num predio em chamas, ou em pular no mar para salvar outra pessoa, exceto o bombeiro e o salva-vidas. Ninguem e obrigado a fazer massagem cardiaca numa pessoa infartada, exceto o profissional de medicina. Nem mesmo e obrigado a dar uns centavos ou um cobertor velho para o mendigo que passa fome e frio.
Da mesma forma pode-se entender que nenhuma mulher deve ser obrigada a levar adiante uma gestacao dolorosa, custosa, cansativa e potencialmente perigosa pela virtude de salvar a vida do filho do seu estuprador, mesmo sendo esta crianca inocente e tendo ela o direito inerente a vida.
Todos temos direito a vida no tocante em que ninguem pode atentar contra a nossa existencia. Mas o nosso direito a vida nao implica que outras pessoas devam assumir a responsabilidade por nosso sustento.
Imagine o caso onde existe um unico doador identificado, compativel com um determinado paciente. O doador nao tem qualquer vinculo de responsabilidade com relacao ao estado do paciente nem e um parente do mesmo. E imagine que a operacao de doacao envolva riscos e sequelas. Dentro dessas condicoes, o doador pode praticar um ato de altruismo e salvar a vida do paciente, mas ninguem pode esperar isso dele, na medida que nao e sua obrigacao moral faze-lo. Independente do direito inalienavel a vida do outro paciente, forcar a realizacao dessa doacao e um ato totalitario.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
