Samael escreveu:Alexandre escreveu:Samael escreveu:SickBoy escreveu:Samael escreveu:SickBoy escreveu:Tiger escreveu:A minha opiniao é que o ser humano utiliza certas situaçoes para expor as suas ideologias.
e sua opinião curiosamente combina com a minha assinatura.entao que se faça criaçao de foquinhas em quintas... e que se vendam essas focas para que gosta do desporto de lhes dar paulada..
algo perfeitamente aceitável de se fazer com escravos, no passado.
Ei sick, esse seu aforisma nietszcheano na assinatura é um dos grandes momentos de brilho do Bigode.
eu tirei de humano demasiado humano, tou lendo agora. todo o segundo capítulo que fala sobre a história dos sentimentos morais é brilhante. não que eu concorde com tudo, mas a "ótica" que ele apresenta é fustigante.
pena as vezes me perder quando ele fala de schopenhauer
Os dois já foram meus filósofos favoritos. Depois eu mudei bastante de opinião. Atualmente tenho muitas reservas quanto a ambos.
Por quê?
Porquê o Schopp é um idealista romântico que parece confundir a realidade com sua própria noção de imobilidade. E a sua solução aos males do mundo é "evitar a dor", entrando simplesmente num nilismo absoluto. Me parece tão preocupado com esse tipo de questão mais pelo efeito estético que ela gera do que pelo "problema humano" em si. Ao contrário do nobre homem do seu avatar, por exemplo, assim como Camus e Sartre, da mesma forma.
Já o bigode me parece um canastrão com ligeiros lances de genialidade. Erra citações, xinga e é louvado por um pensamento bem banal: "superemos o homem a partir de uma reinvenção do próprio homem, uma superação do homem estagnado schoppenhouriano". Meu Zeus, a filosofia oriental trata da transcendência humana com mitos análogos envolvendo divindade há milênios! Ataca Rosseau sendo tão utopista e romântico quanto o próprio, banca o irracionalista quando lhe convém, odeia a linguagem e a critica o tempo todo, mas não diz no que exatamente nossa linguagem seja tão falha e, acima disso, onde ela deve ser mudada, ama aforismas (que são recursos até legais, mas bem reducionistas, na minha opinião), e é ultra-individualista, tendo ódio dos socialistas.
Estes são os meus dois filósofos predilectos, aos quais junto o Sam Harris. Concordo com tudo o que expuseste, especialmente relativamente a Nietzsche. Este autor consegue ser surpreendentemente individualista no seu raciocinio, fugindo excessivamente daquilo que condena, as idealogias. Devido a isso invoca discordias quando elas não existem, ataca ferozmente grandes autores onde as discrepâncias de raciocinio são meros promenores. Condeno o seu sexismo, assim como a sua visão de que a saude mental e de raciocinio é incompativel com alcool. Tenta fugir tanto a idealogias que comete erros de ser contra elas apenas por elas o serem. Contudo a sua honestidade intelectual, simplesmente quase inalcansável, coloca-o numa posição elevadissima da filosofia. Muitos grandes filosofos perdem a corrida na hierarquização filosófica por adequarem as palavras ao contexto socio-politico. As suas filosofias politicamente e socialmente correctas simplesmente se tornam algo quase excelente, quase honesto, quase clarividente. Ao moldarem os pensamentos ao factores extrinsecos perdem em muito para o Nietzsche. Não gosto de malabarismos de palavras por forma a tentar colocar honestidade num pensamento ao mesmo tempo que se auto-censuram. É esta a minha resumida opinião.