Há momentos neste fórum em que preciso ser pedantemente didático. Este é um deles. Em geral desagrado alguns quando faço isto, mas não ligo a mínima.Pedro Reis escreveu: Essa discussão Anna x Acauan pode parecer fruto de "ruído na comunicação" mas talvez não seja. Acauan define normal a partir de conceitos naturalistas, estatísticos ou sócio-culturais para determinar que a homossexualidade não é normal. E daí? O que esta informação acrescenta à discussão presente? Absolutamente nada! É um comentário tão deslocado quanto supérfluo.
E o que nestas postagens em fórum de Internet não é deslocado e supérfluo? Alguém aqui tem a ilusão de que vai mudar o mundo escrevendo em tópicos do Religião é Veneno? Ou apenas estamos trocando idéias despretensiosamente visando no fim, quando muito, entender melhor porque temos tais idéias e se elas de fato são as melhores?Pedro Reis escreveu: A não ser que ele fosse índio-tupi-heterossexual-macho o bastante para dar o próximo passo e agregar a isto algum juízo de valor e talvez dar a cara à tapa de dizer que o que não é normal ( segundo as definições acima ) é errado, imoral ou patológico. Aí sim, teríamos algo para discutir.
Esta é a tua opinião, para a qual não ligo a mínima.
Tenho centenas de textos espalhados pela Internet nos quais expresso clara e explicitamente opiniões que afrontam muita gente, religiosos hipócritas, esquerdistas, politicamente corretos, abortistas, coitadistas militantes, relativistas morais, falsos defensores de direitos humanos e tutti quanti.
Em quase dez anos falando o que quero pela Internet de Deus e todo mundo, o resultado é que ninguém, nunca, me encheu o saco além de postar uma ou outra resposta malcriada. Ou seja, eu não ligo a mínima em falar deles e eles não ligam a mínima que eu fale deles, uma insignificância compartilhada na qual eu acabo em desvantagem.
Dentro desta insignificância, se eu tivesse a mínima intenção de fazer algum julgamento pejorativo sobre os gays faria nos termos nada sutis que me são estilo. Se não faço é porque meu único interesse neste assunto feio, chato e bobo é denunciar a ideologia do Politicamente Correto, que quer impor a tirania das palavras proibidas como vanguarda de coisa pior.Pedro Reis escreveu:Porém contrariando a nobre tradição dos guerreiros tupis ele imediatamente se esquiva e se apressa em dizer que,
de acordo com as definições por ele preferidas, "anormalidade" nada tem a ver com juízo de valor, no entanto sabendo perfeitamente que essa é uma palavra com uma carga de conotação pejorativa muito forte. Explorando essa dubiedade ele endossa, legitimiza e estimula o uso do termo no discurso homofóbico, hostilizante. Porque evidentemente ninguém se sente elogiado - nem mesmo ele - em ser taxado de anormal.
UAU!
Chamem a Polícia do Pensamento.
Acauan dos Tupis se vale de discurso homofóbico e hostilizante. Coitadinhos de suas vítimas que vão correr chorando para debaixo de suas camas porque eu usei palavras que não gostam.
Já me chamaram de coisa muito pior na Net e respondi a altura.
Sou o que sou e faço saber isto. Se algum idiota me chama por palavrinhas que não são elogiosas – e chamaram de coisa muito ruim – esteja certo que não me tira o sono.Pedro Reis escreveu: Mas é claro que nada do que ele colocou defende essa intenção explicitamente, porém, como eu disse, se não há esta intenção que outra há? É um comentário tão pertinente e que acrescenta tanta informação quanto um boletim metereológico que dissesse: " Amanhã chove ou então não chove. "
Se eu fosse um cara sutil não estranharia que especulassem sobre minhas intenções.
Já especular sobre as intenções de um bugre famoso por andar com a borduna a tiracolo e pronto prá usá-la é ridículo.Pedro Reis escreveu: Mas o cérebro humano, especialmente os mais afiados, têm como vício procurar sentido e propósito em tudo, portanto é NORMAL E NATURAL que o cérebro da Anna tenha encontrado no comentário uma intenção e uma consequência, porque sem elas seria uma afirmação tão vazia quanto despropositada.
O mundo é mesmo cheio de gente muito esperta, como por exemplo estes que conhecem as intenções de um e o cérebro de outro só lendo postagens na Internet. Melhor que os próprios um e outro, claro, que não são dotados do mesmo dom da esperteza.Pedro Reis escreveu: Ato contínuo ela demonstra que nada há de errado, anti-natural ou patológico no comportamento homossexual, pois estas são as interpretações mais comuns ( e mais imediatas para o senso comum ) para o termo "anormal". Significados que também podem ser encontrados no dicionário, mas seletivamente omitidos pelo Acauan que prefere outras definições.
Cago e ando para as interpretações mais comuns.
Explicitei, classifiquei e expliquei com todas as letras e paciências as definições e acepções usadas por mim.
Quem não gostou gostasse ou não, não tô nem aí, mas tendo deixado claro o que queria dizer, é muita desonestidade querer me imputar o mais comum.Pedro Reis escreveu: Obviamente o Acauan replica: "Mas eu não disse nada disso! Só falei que o comportamento homossexual é observado com menos frequência que o heterossexual, razão pela qual o segundo se constitui na norma." E a coisa esquentaria embora talvez eu possa esfriar com essa providencial análise ( hehehe! )
Riu de que?
Não escreveu nada engraçado.Pedro Reis escreveu: Mas tá certo, é menos frequente. E daí? E daí nada. Podemos passar ao próximo comentário se ele tiver alguma relevãncia.
Podemos ou não conforme se queira ou não. Este é um fórum de Internet em que se escreve o que quer (dentro dos limites sabidos) e dar a um assunto o rumo ideológico que alguns queiram que tome não é de modo algum obrigação aqui.Pedro Reis escreveu: Mesmo sendo menos frequente os homossexuais são uma minoria bem grandinha da população. Alguns falam em 10%, outros em 4%, eu não tenho idéia, o que eu sei é que quando eu vejo aquela passeata na Av. Paulista o mar de gente impressiona. E a maioria daquelas pessoas é formada apenas por residentes da cidade de São Paulo. Se for 10% estamos falando de 18 milhões de brasileiros, se for 4% estamos falando de algo em torno de 7 milhões e meio. Uma coisa é certa: é muita gente.
O mesmo papo furado de sempre. Ninguém apresenta estatísticas confiáveis elaboradas por institutos isentos sob metodologias reconhecidas, mas todo mundo quer dar palpite em cima de números que desconhecem completamente.
E Parada Gay virou carnaval em SP, na qual vai muita gente que não tem o que fazer no dia, facilitado por ser ao lado de estações do metrô, mas nem morta, como dizem os paradistas, os números do desfile são os divulgados pelos organizadores por isto ser uma impossibilidade física já demonstrada detalhadamente. Prá quem não entendeu, não cabem aqueles alegados tantos milhões de pessoas na Paulista.Pedro Reis escreveu: O bastante para se dizer que a discriminação é um grande problema social que dificulta a vida de milhões de pessoas neste país. É muita gente infeliz, com problemas no relacionamento familiar, social e profissional e tantas outras dificuldades que acabam afetando a saúde mental destas pessoas. E tudo isto por quê? Por conta de um paradigma social arbitrário que se fosse mudado não faria diferença alguma. Nem pro mal e nem pro bem.
Quer que eu chore com este discurso piegas?
Se quer saber de gente sofrida poderia falar de casos muito mais graves que os gays, um grupo genérico no qual se incluem desde artistas, intelectuais, estilistas e outros que convivem em ambiente extremamente simpático ao seu modo de vida até prostitutos travestis pobres que passam o diabo nas ruas.
Um grupo tão heterogêneo só é citado como se fosse uma única e igualitária massa de vítimas injustiçadas porque uma militância política organizada produziu este mito conveniente. O resto é conversa mole prá boi dormir.Pedro Reis escreveu: Em se tratando de um problema dessa dimensão o uso das palavras importa. Não é a mesma coisa se referir a alguém numa cadeira de rodas como aleijado ou como deficiente físico.
De novo a tentativa de impor a ditadura das palavras.
Por décadas a AACD foi a Associação de Assistência à Criança Defeituosa. Quer dizer que nos anos em que a instituição tinha aquele nome, seus fundadores que se dedicaram abnegadamente a coletar recursos para crianças com problemas físicos eram na verdade monstros terríveis porque escolheram uma palavra feia para denominar aquele grupo?
NOSSA AÇÕES NOS DEFINEM COMOS INDIVÍDUOS, não as palavras que escolhemos. Gente de fala mansa está levando este país à ruína e muitos idiotas úteis estão mais preocupados em impor a fala mansa desta corja do que em avistar o abismo em que nos lançam.Pedro Reis escreveu: E não adianta vir dizer que ambos os termos apontam para a mesma definição.
Como seu eu fosse me preocupar em dizer isto...Pedro Reis escreveu: Quando defendo que se estimule comportamentos e atitudes sociais que combatam a discriminação de homossexuais faço isso em causa própria, por interesse pessoal. Não, eu não sou homossexual, mas é uma questão de inteligência, por pertencer À MAIORIA, e saber que a maioria nada mais é que um conjunto de minorias. Todas se discriminando mutuamente.
Palmas prá ele, que ele merece...
Acorda, você está apenas fazendo um post no RéV.
Nenhum gay vai ter a vida melhorada pelo que escreveu ou piorada pelo que eu escrevi, caia na real.Pedro Reis escreveu: É isso mesmo! Somos tão burros...
Cada um sabe de si.Pedro Reis escreveu: Todos nós somos minoria, você que está me lendo é minoria.
Nenhuma destas minorias, claro, tem o charme de ser da minoria Tupi.Pedro Reis escreveu: Ou por ser muito gordo, ou muito magro, por ter uma religião esquisita ou não ter nenhuma, por morar com os pais aos 30 anos ou pintar o cabelo de verde, por torcer para o América ou fazer coleção de tampinhas. Não importa, todos são minoria em alguma particularidade e precisam lidar com o desconforto social de serem diferentes. Mesmo quando essa diferença em si nada representa, de bom ou de ruim.
Juro que tentei escrever uma resposta espirituosa, mas aí ficou difícil... Dá-lhe pieguice!Pedro Reis escreveu: Portanto é do interesse de todos construir uma sociedade que respeite as diferenças, onde cada um possa se sentir à vontade com as suas idiossincrasias. Que no final das contas, todos temos.
Desça do palanque, olhe em torno e veja o monumento que quiser.