CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

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Fernando Silva
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Fernando Silva »

Lordakner escreveu:Não Fernando. Não se trata da "disputa dos mais capazes! Nunca será.
Ou você acha que o filho do Antonio E. de Moraes está numa disputa honesta com o Filho do Zeferino do Piauí?
É como numa corrida de maratona, onde os ricos só precisam correm os últimos 100 metros!

Será sim, numa sociedade justa onde todos tiverem as mesmas chances.
O Brasil ainda está longe disto e não serve para se testar nenhuma teoria.

Repetindo: o teste de capitalismo x socialismo e a comprovação já foram feitos nas Alemanhas e nas Coréias, sem falar em China x Hong Kong e Taiwan. Mesmo povo, mesmo país, mesma cultura, mesma condição inicial, resultados diferentes.

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Fernando Silva
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Fernando Silva »

joaomichelazzo escreveu:Então não existe pobreza, existe inveja?
O cara só não está incluido no sistema porque não quer. Ele prefere passar fome e invejar o rico para que este não tenha sucesso.

Ninguém quer passar fome, mas há muitos (e eu conheci vários) que não querem se esforçar e têm raiva de quem se esforça. Em vez de se esforçar também, torcem para que os outros quebrem a cara.
E culpam os bem-sucedidos por seus problemas.

Tenho colegas que começaram como eu, com as mesmas chances, e hoje não têm nada. A culpa é minha? Não, é deles, que preferiram aproveitar a vida e deixar o futuro para depois.

Todos têm chances no Brasil? Não, mas nem por isto vamos criticar os que conseguiram alguma coisa honestamente.
Em vez de exigir uma igualdade artificial, vamos exigir que a justiça seja aplicada. Um bom lugar para começar seria com os políticos.

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Lordakner
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Lordakner »

Fernando Silva escreveu:
Lordakner escreveu:Não Fernando. Não se trata da "disputa dos mais capazes! Nunca será.
Ou você acha que o filho do Antonio E. de Moraes está numa disputa honesta com o Filho do Zeferino do Piauí?
É como numa corrida de maratona, onde os ricos só precisam correr os últimos 100 metros!

Será sim, numa sociedade justa onde todos tiverem as mesmas chances.
O Brasil ainda está longe disto e não serve para se testar nenhuma teoria.


Sociedade justa é o socialismo. Ou pelo menos se propõe a tal!

Voce esta´analisando pela quantidade de riqueza produzida. Eu, pela forma como esta riqueza é distribuída!

Se o Brasil, oitava economia do mundo, não consegue fazer uma sociedade justa... Imagine o resto.
“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

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joaomichelazzo
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por joaomichelazzo »

Acauan escreveu:
joaomichelazzo escreveu: Esse é o problema. Nem todos no Brasil tem vida digna. Mais de 30 milhoes não teem certeza se farão sequer uma refeição no dia. Isso no Brasil. Há países piores.


Com os programas sociais do governo não se pode mais falar em dezenas de milhões de potenciais famintos no Brasil.


• O Brasil é o 9º país com maior número de pessoas com fome no mundo, com 8% de sua população consumindo alimentos em qualidade e quantidade insuficientes;

• Cerca de 21% da população vive com menos de 2 dólares por dia;

• 45% das crianças com menos de 5 anos sofrem de anemia crônica por falta de ferro na alimentação;

• 50 mil crianças nascem todos os anos com algum tipo de comprometimento mental devido à falta de iodo na alimentação;

• A agricultura familiar é responsável pela produção de mais de 70% dos alimentos consumidos internamente no Brasil: 24% da pecuária de corte; 49% do milho; 46% do trigo; 58% da banana; 54% da pecuária de leite; 40% das aves e ovos; 72% da cebola; 67% do feijão; 58% dos suínos e 84% da mandioca (Consea).

Fontes: (1) Relatório 2007/2008 do Programa de Desenvolvimento da Onu; (2) Séries Fome no Mundo, ONU.

Além disto, um catador de papelão em São Paulo, extrato mais baixo do subemprego, se for dedicado e eficiente no trabalho ganha o suficiente para garantir segurança alimentar para a família, incluída razoável ingestão de proteína animal - conseqüência direta da queda contínua do preço dos alimentos motivada pela expansão da fronteira agrícola promovida pelo agro-negócio, tão demonizado pelas esquerdas.


Dar de comer, não é inclui-lo so sistema capitalista. Continuam à margem catando papelão.

joaomichelazzo escreveu:Mas que há um abismo sei-la-oque enorme, você há de concordar. Não precisa de dados estatísticos para saber isso. Basta ler jornal ou ver TV


[color=yellow]No Brasil existe distância social e não abismo social.

Abismo é uma palavra que sugere um espaço intransponível entre um ponto de partida e outro de chegada, o que sugere que no Brasil não há mobilidade social, o que é absolutamente falso.
A sociedade brasileira apresenta uma das maiores mobilidades sociais do mundo, como as estatísticas provam e é para isto que estatísticas existem, para nos dar entendimento mais abrangente e profundo dos problemas do que seria possível apenas pela limitada experiência pessoal de cada um.


a.bis.mo - Michaelis
s. m. 1. Cavidade geralmente vertical, cuja abertura está na superfície da terra e cujo fundo é desconhecido; lugar profundo, precipício, voragem. 2. Tudo o que é imenso. 3. O mar. 4. O inferno.


Abismo social


O Brasil é vice-líder mundial de concentração de renda

OSWALDO RIBAS


Foto: Célia Thomé

A sociedade brasileira torna-se, a cada dia, uma candidata mais forte a entrar no livro dos recordes como a mais desigual e contrastante do século 21. Nenhum outro país do mundo ostenta a capacidade de produzir, num único ano, aproximadamente 7 mil supermilionários e, ao mesmo tempo, ver a massa de excluídos do sistema econômico avançar para cerca de um terço da população.

Uma pesquisa do banco de investimentos norte-americano Merrill Lynch, realizada em parceria com a empresa de serviços financeiros Capgemini e divulgada no primeiro semestre deste ano, descobriu um filão maravilhoso para seus negócios, exatamente no Brasil. Só em 2004, o contingente de super-ricos no país cresceu à velocidade de 7%, saltando para aproximadamente 100 mil indivíduos, pessoas físicas, com recursos aplicados no mercado financeiro superiores a US$ 1 milhão. Enquanto isso, outra fonte internacional, desta vez da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), apurava que, nesse mesmo período, o coeficiente de desigualdade social no Brasil, no que diz respeito à distribuição de renda, numa escala que vai de zero a 1, registrava o placar bem pouco confortável de 0,6 para o time da casa. Ou seja, no mundo todo, segundo a ONU, a sociedade brasileira, em termos de concentração de renda, é vice-líder inconteste. Só perde mesmo para a de Serra Leoa, na África subsaariana, país classificado entre os cinco mais pobres do globo.

Embora o Brasil seja apenas mais um entre as dezenas de nações com amplo contingente populacional pobre ou remediado, o que diferencia o país dos demais é o fato de ele não só ser extremamente rico em recursos naturais, mas também ter um considerável poder de geração de riqueza. "O problema é que vivemos sob um sistema que distribui essa renda de forma absolutamente desequilibrada", avalia o economista Ademir Figueiredo, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). "A desigualdade brasileira é estrutural e histórica", acrescenta.

No Relatório da Riqueza Mundial, da Merrill Lynch, no entanto, o Brasil é avaliado pelo seu volume de milionários, independentemente da massa de pobres, e vem se tornando um atrativo para Wall Street. Destinada a rastrear o movimento de capitais de 8,3 milhões de super-ricos em todo o mundo para sua divisão de administração de fortunas, o private bank, a pesquisa revelou que 98 mil deles têm domicílio no Brasil (o que não quer dizer que seus investimentos estejam também dentro das fronteiras brasileiras).

"A taxa de crescimento do número de indivíduos de alta riqueza líquida no Brasil, de 7,1% em 2004, acompanhou a elevação mundial no período, que ficou em 7,3%, e atribuímos a dois fatores principais essa extraordinária criação de riqueza: expansão econômica e capitalização de mercado", afirma James Gorman, vice-presidente da Merrill Lynch & Co. e diretor da divisão de Aquisições Corporativas, Estratégia e Pesquisa. "Esses dois fatores combinados", acrescenta o executivo, "levaram a pesquisa a apurar o maior crescimento em volume de riqueza líquida (excluído, portanto, o patrimônio em imóveis) observado nos últimos anos."

O estudo destaca que as economias emergentes - Brasil, Rússia, Índia e China, conhecidas pela sigla Bric - continuaram a se expandir como "força econômica, criando riqueza nesse processo". Hoje, respondem por 41% do total da população mundial e 8% do Produto Interno Bruto (PIB) de todo o planeta. "Essas economias são importantes devido ao seu tamanho e ao acelerado ritmo de crescimento", diz a pesquisa. Para a Merrill Lynch, o PIB desses países emergentes superará o do G-7 - grupo dos mais ricos - até 2040 (excluídos Estados Unidos e Japão). "Essas nações têm enorme área geográfica e são ricas em recursos, com um crescimento alimentado por vastos fluxos de investimento estrangeiro. E, à medida que perseguem uma ambiciosa agenda de reformas, estão rapidamente se transformando em potências econômicas regionais", diz o estudo.

Segundo Petrina Dolby, vice-presidente da área de Gestão de Riqueza Global da consultoria Capgemini, o Brasil, em mais um indicador de sua pujança econômica, foi o maior responsável pelo avanço dos milionários na América Latina. No continente, eles cresceram 6,3% em 2004, bem acima do 1,3% registrado em 2003. A riqueza acumulada pelos milionários, ao mesmo tempo, apresentou elevação de 7,9% na região, o dobro do ritmo registrado na Europa (3,7%). "Assim como já havia sido evidenciado, houve uma grande concentração de riqueza e foram as políticas monetária e fiscal que levaram à expansão do número de milionários brasileiros", avalia Dolby. "Os três pilares do seu programa econômico - taxa de câmbio flutuante, regime de metas de inflação e austera política fiscal - permitiram que o Brasil superasse metas fiscais e reduzisse o endividamento do governo em 2004", destaca o estudo, realizado em 68 países responsáveis por 98% da renda mundial e 99% da capitalização de mercado global.

De acordo com pesquisas de outras duas fontes internacionais, as revistas norte-americanas "Fortune" e "Forbes", o Brasil também tem seus representantes no seletíssimo clube de bilionários em escala mundial, integrado por 500 pessoas físicas. Entre os mais ricos, os destaques vão para o banqueiro Aloysio de Andrade Faria, ex-dono do Banco Real e atual proprietário do Banco Alfa, e os empresários Jorge Paulo Lemann e Antônio Ermírio de Moraes, respectivamente do setor da indústria de bebidas e da construção civil, todos com um patrimônio superior a US$ 2 bilhões.

Transferência de renda às avessas

Para os especialistas do mercado financeiro, as constatações das fontes internacionais não são exatamente uma novidade. Conforme estudos de grandes consultorias nacionais, como a Tendências, de São Paulo, reside nas políticas monetária e fiscal adotadas pela equipe econômica brasileira a explicação para o fenômeno financeiro que está sendo chamado, ironicamente, de "maior programa de transferência de renda do governo federal", ou seja, o pagamento, a cada ano, de cerca de R$ 100 bilhões para cerca de 7 milhões de pessoas que estão entre as mais ricas do Brasil e aplicam em títulos públicos.

Esses dados, certamente, estão sendo colocados para servir de contraponto aos programas sociais do Estado, cujos recursos destinados ao Bolsa Família, a maior e mais ampla iniciativa de transferência de renda em curso no país, por exemplo, variam em torno de R$ 5 bilhões anuais e atendem a 6,7 milhões de famílias, mais de 50 milhões de pessoas. Na outra ponta, a dos ricos com aplicações em papéis do governo, a representatividade é de cerca de 4% da população do país.

"Os gastos com juros da dívida interna, pagos para todos aqueles que investem em títulos públicos, constituem o núcleo do crescente aprofundamento do abismo social no Brasil", comenta André Campos, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento. Citando fontes do mercado financeiro, ele enfatiza que o fantástico ganho da aplicação é resultado de seu atrelamento à tabela Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, considerada, em termos reais, isto é, descontada a inflação, a mais alta do mundo.

Segundo dados do Tesouro Nacional e do Banco Central, 92% dos títulos em circulação no mercado estão nas carteiras de bancos e de fundos de investimento. De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a entidade que monitora e fiscaliza todas as operações financeiras e seus agentes, os fundos de investimento, como os de renda fixa e de ações, contam com 6,75 milhões de cotistas.

Chamados de rendeiros, por obter ganhos com renda fixa, são eles os credores do governo, que tem de canalizar recursos para o pagamento dos juros da sua dívida, estimada em R$ 830 bilhões, com essa fatia da população. Daí, avaliam os economistas, sai perdendo o investimento produtivo, justamente o que cria riqueza e empregos. Nesse cenário, os pobres perdem três vezes: uma porque não têm aplicações financeiras; outra porque empregos novos e salários melhores ficam ainda mais distantes e, finalmente, porque, sem recursos, o governo acaba oferecendo minguadas políticas públicas, insuficientes para resgatar a dívida social.

Economistas como André Campos avaliam que a desigualdade causada pelos juros, por si só astronômica, vem acompanhada de outros agravantes, que aprofundam ainda mais o abismo social, como a estrutura tributária. A carga de tributos, no Brasil, é concentrada de tal forma em impostos indiretos que, perversamente, acaba pesando muito mais no bolso da população de baixa renda. "Ou seja, o governo pune o pobre na arrecadação e transfere o dinheiro para os ricos", resume o economista, ressaltando que quem aplica em títulos públicos já possui elevado grau de poupança, ao passo que a massa apenas sobrevive.

Dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2002-03, revelam que, entre os 10% mais ricos da população (com renda individual superior a R$ 957,96 por mês), os empregados têm seus rendimentos pessoais abocanhados por tributos diretos da ordem de 16%, enquanto os empregadores, em 8%. Entre os 10% mais pobres (com renda mensal per capita de até R$ 40,89), os trabalhadores pagam 4%, e os patrões cerca de 2%.

Segundo o IBGE, na pesquisa, que conta com o apoio do Ipea e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), o detalhamento mostra que 9,5% da renda total das pessoas físicas no país é destinada ao pagamento de tributos diretos como Imposto de Renda (IR) da pessoa física, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e contribuições previdenciárias. O estudo considera sempre a tributação direta sobre as pessoas físicas, separando as famílias pela espécie de rendimento predominante e pelas faixas de renda per capita. No caso dos empregadores, não estão, contudo, computados os tributos pagos pela pessoa jurídica.

Pior, no entanto, que a tributação direta, na maior parte das vezes feita já na origem, no contracheque mensal, a população pobre brasileira, de acordo com o estudo, sofre de uma drenagem de recursos ainda mais severa: a carga da tributação indireta, isto é, aquela que é repassada ao cidadão no preço dos bens de consumo. Também técnico e especialista do Ipea, Fernando Gaiger Silveira destaca que, se considerado o fato de que a tributação indireta continua punindo mais as famílias dos estratos inferiores de renda, definidas como as que gastam praticamente tudo o que recebem em bens de consumo, o grau de progressividade da tributação direta - alíquotas maiores do IR para quem ganha mais - é insuficiente para alcançar a eqüidade tributária.

Segundo o pesquisador, países como a Suécia, por exemplo, têm níveis menores de progressividade na tributação direta do que o Brasil, mas o resultado final não é tão preocupante, porque a menor desigualdade de renda e o maior peso dos tributos diretos na arrecadação total contribuem para corrigir essa distorção. "A grande injustiça", diz ele, "é que, de um lado, a pessoa que produz, como trabalhadora ou empresária, tem altíssima carga tributária; já quem vive da especulação financeira, diretamente do seu capital, está em um paraíso fiscal."

Números do "Radar Social", uma radiografia da sociedade brasileira produzida pelo Ipea, mostram que cerca de 1% dos brasileiros mais ricos (1,7 milhão de pessoas) detêm uma renda equivalente à dos 50% mais pobres (86,5 milhões). Esse dado, segundo a instituição, ilustra bem a situação da desigualdade social no país.

Como se ainda não bastasse, num ranking de 15 países ricos e emergentes, o Brasil é o que mais cobra impostos no setor de alimentos. A média da carga tributária nacional embutida nos preços desses produtos atinge 18,35% - se considerados ICMS, PIS e Cofins, que correspondem a quase 70% do peso dos tributos. Segundo especialistas do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), os impostos elevam os preços dos alimentos, afetando diretamente o bolso das famílias. Na vizinha Argentina, essa taxa é alta, mas menor (17,44%). Na comparação com os Estados Unidos, o descompasso é ainda maior: a carga brasileira é quase o dobro da norte-americana (9,75%).

Pelas contas do instituto, se considerados todos os tributos do setor, incluindo IR, contribuição social, IPI, INSS e CPMF, a carga tributária do Brasil é ainda mais pesada, chegando a 26,52%. E os menos favorecidos são os mais onerados, já que a política tributária estabelece que ricos e pobres paguem o mesmo imposto para se alimentar. O macarrão, por exemplo, tem uma carga de 35,2%, em média - quem quiser comprá-lo, não importa se faz parte do grupo com US$ 1 milhão investidos ou está na lista do Bolsa Família, pagará a mesma coisa, o que estimula a distorção social.

Instrumentos da eqüidade

Para avançar no combate à desigualdade, todos os especialistas, incluindo Ademir Figueiredo, do Dieese, afirmam que o Brasil precisa adotar um modelo de desenvolvimento que viabilize inserir a população no mercado de trabalho e alcançar um nível sustentável de crescimento econômico, colocando ao mesmo tempo em prática um conjunto de políticas públicas para atacar a atual situação de desequilíbrio. Que políticas seriam essas? Entre as sugestões dominantes estão a aceleração da reforma agrária, a ampliação da rede de proteção social, a implementação de programas de transferência de renda, a elevação dos padrões de educação e o combate à discriminação racial e sexual.

Durante o atual governo, o "Radar Social" constatou alguns avanços, como a diminuição do contingente de pobres no país, apontando como causas dessa redução a estabilização econômica, a ampliação de políticas sociais e o aumento do valor real do salário mínimo. Segundo o relatório, em que pese o ainda elevado número de pobres, é possível afirmar que há uma tendência de queda, embora persistam flagrantes disparidades regionais. Dos oficiais 53,9 milhões de pobres do Brasil, Alagoas é o estado com o maior índice de brasileiros que vivem nessa situação (62,3%). No outro extremo está Santa Catarina, com cerca de 12%.

Foram consideradas pobres as pessoas que vivem com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo. E como muito pobres ou indigentes aquelas que têm renda de até um quarto do salário mínimo, categoria em que estão enquadrados cerca de 21,9 milhões de brasileiros. O estudo do Ipea também comprovou que a pobreza é maior entre a população negra. Em 2003, cerca de 44,1% dos negros viviam com renda inferior a meio salário mínimo. Entre os brancos, esse percentual foi de 20,5%.

Sonho possível

Mesmo estrutural e histórica, a desigualdade social, dependendo de vontade política, pode ser revertida a níveis mínimos aceitáveis do ponto de vista humanitário. Quem defende essa idéia é o economista nascido no Canadá e radicado nos Estados Unidos John Kenneth Galbraith. Em sua obra A Sociedade Justa, ele diz ser perfeitamente possível que todos os cidadãos desfrutem de liberdade pessoal, de bem-estar básico, de igualdade racial e étnica, da oportunidade de uma vida gratificante. Embora pareçam utópicas, Galbraith considera que essas são metas plausíveis, mesmo sem descartar características humanas, que deverão ser respeitadas nessa sociedade, como a motivação pela busca de dinheiro que impele os homens de formas diferenciadas. O que não pode ser aceito como fato consumado é que posições privilegiadas sejam sempre justificadas por políticas, ideologias e doutrinas econômicas e sociais que levam em conta apenas seus interesses, deixando de lado medidas para o bem-estar social geral, sob a alegação de que são ações politicamente inviáveis. A distribuição de renda também deriva da distribuição do poder, ao passo que este muitas vezes pode ser fruto da distribuição da renda. Como resposta a isso, deve haver uma proteção pública dos que não têm poder. Os trabalhadores precisam ter o direito de se associar e afirmar sua autoridade, por intermédio de sindicatos. O Estado deve fornecer provisões, como o seguro-desemprego, seguro-saúde e um salário mínimo socialmente digno.

joaomichelazzo escreveu: Compare Zimbabue de hoje com Zimbabue de 100 anos atras. Moçambique de hoje com Moçambique de 100 anos atras.

Você se deu conta que tomou para exemplo dois países socialistas que, não por acaso, foram levados à ruína por seus governos?


HISTÓRIA DA REPÚBLICA DO ZIMBÁBUE

A antiga cidade de Zimbábue é a sede de uma desenvolvida civilização (Império de Monomotapa) que floresce no sudeste africano entre os séculos IX e XIII.

Portugueses traficantes de escravos adentram a região no século XVI. Tentam ocupá-la para unir os territórios lusitanos de Moçambique (vizinho de Zimbábue) e Angola.

Exploradores britânicos frustram o plano de Portugal. No século XIX, o britânico Cecil John Rhodes obtém concessão para a exploração mineral do território. Tropas do Reino Unido esmagam a resistência das tribos nativas mashona e matabele e em 1888 transformam a região em seu protetorado.

A Rodésia é entregue à administração da Companhia Britânica da África do Sul, fundada por Rhodes, que a controla até 1923, quando passa à tutela direta das autoridades britânicas.

A região é dividida em Rodésia do Norte e Rodésia do Sul (atual Zimbábue). Colonos brancos instalam-se na Rodésia do Sul, onde formam um governo autônomo que exclui a população negra.

Em 1953, as duas Rodésias e Niassalândia (atual Malauí) formam uma federação sob tutela britânica. Em 1961, a Rodésia do Sul adota uma Constituição que garante o domínio dos brancos, em termos semelhantes aos do apartheid sul-africano.

A federação é dissolvida em 1963. O Reino Unido concede independência da Rodésia do Norte (atual Zâmbia) e da Niassalândia (Malauí) em 1964, mas recusa-se a dá-la à Rodésia do Sul.

O conflito favorece a ascensão da Frente Rodesiana, partido racista branco. Seu líder, Ian Smith, torna-se primeiro-ministro e proclama a independência da Rodésia em 1965. A iniciativa não é aceita pelo Reino Unido...

O nome Rodésia deriva do nome do britânico Rhodes. A antiga colônia passou a designar-se simplesmente Rodésia após a independência dos outros dois países e da declaração unilateral de independência pela minoria branca.

A ONU condena o governo racista de Smith e lhe impõe sanções econômicas em 1968. O regime rodesiano recebe o apoio da África do Sul e de Moçambique, na época sob domínio português.

Nos anos 70, movimentos guerrilheiros aumentam a pressão sobre o governo. Apesar disso, a Rodésia obtém um dos mais elevados padrões de vida do continente.

Em 1978 é assinado o Acordo de Lancaster House. Ele marca o início da transição pacífica para um governo democrático, com direito a voto para todos os habitantes. Também garante à minoria branca o direito de propriedade e o de cidadania.

Mas é rejeitado pela Frente Patriótica (PF), organização guerrilheira que une a União Nacional Africana do Zimbábue (Zanu), de Robert Mugabe, e a União Africana do Povo do Zimbábue (Zapu), de Joshua Nkomo.

Eleições são realizadas em abril de 1979 com a vitória do Congresso Nacional da África Unida, do bispo Abel Muzorewa. Ele se torna primeiro-ministro do Zimbábue-Rodésia, nome com o qual o país passa a se intitular.

Mas o resultado é contestado pela PF. Em dezembro, o Parlamento eleito se dissolve. Muzorewa renuncia e o país volta a ser colônia britânica.

É estabelecido um período de transição para a independência, com base em uma Constituição democrática. A PF endossa o Acordo de Lancaster House.

As eleições realizam-se em fevereiro de 1980, dando maioria à Zanu, de Robert Mugabe que, assume o cargo de primeiro-ministro. A independência é proclamada em abril e o país é admitido na ONU.

Nkomo passa para a oposição. Guerrilheiros ligados a seu partido atacam o governo de Mugabe, com o apoio da África do Sul. As eleições de 1985 ampliam a maioria da Zanu no Parlamento.

Em 1987, a Constituição é emendada, eliminando as vagas reservadas aos brancos no Parlamento. Naquele ano, Mugabe e Nkomo decidem fundir a Zanu e a Zapu em um mesmo partido, que adquire o controle político de Zimbábue. Em 1988, Mugabe amplia seu poder e acumula os cargos de presidente e primeiro-ministro.

A oposição rearticula-se em 1990, quando o Movimento pela Unidade de Zimbábue (ZUM), formado por dissidentes da Zanu, estabelece uma coligação com a Aliança Conservadora, do ex-primeiro-ministro Ian Smith, apoiados pela elite branca.

Mugabe é reeleito em 1990 e a Zanu-Zapu mantém folgada maioria parlamentar. Fortalecido, Mugabe desapropria terras de fazendeiros brancos e os indeniza em moeda local, violando o Acordo de Lancaster House.

Em 1991, Mugabe muda sua política e adota o plano de ajuste econômico exigido pelo FMI, com privatização de estatais, liberalização de preços e estímulo a investimentos estrangeiros. A aplicação do plano provoca vários protestos em 1992. O conflito com os fazendeiros de origem européia ressurge em 1993.

Mugabe ameaça deportar os brancos que resistam à distribuição de suas terras aos negros, prevista pela Lei da Reforma Agrária de 1992. Em maio de 1994, denúncias de que membros do governo haviam adquirido terras destinadas à reforma agrária levam à suspensão do plano.

Em novembro, os fazendeiros que entraram na justiça contra a desapropriação perdem a causa. A reforma agrária continua em 1995, apesar da falta de financiamento para os novos proprietários. A dívida do setor público, maior que o PIB, e a inflação de 22% ao ano criam insatisfação popular.

Em 1995, a coligação Zanu-Zapu obtém 118 das 120 cadeiras do Parlamento. Em março de 1996, Mugabe é reeleito presidente. Em junho ameaça não indenizar os fazendeiros brancos, caso o Reino Unido não forneça empréstimo para pagá-los. O governo britânico oferece US$ 47 milhões e propõe uma conferência para discutir o assunto. Mugabe rejeita.

Na metade do ano, cerca de 65 mil famílias negras haviam sido beneficiadas com a reforma agrária. Em agosto, uma greve dos funcionários públicos por aumento salarial deixa o país paralisado. O governo a considera ilegal, demite os grevistas, mas recua e concede aumento de 20% - parte de uma elevação de 60%, a ser implementada em três anos.

Em junho de 1997, Harare recebe uma cúpula de chefes de Estado que cria a Comunidade Econômica Africana, área de livre comércio abrangendo grande parte do continente. Em julho, o Zimbábue, com Namíbia e Botsuana, consegue derrubar parcialmente a proibição do comércio de marfim na África, em vigor desde 1990 para evitar a extinção dos elefantes...
“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar” (Carl Sagan)

"Há males que vem pra fuder com tudo mesmo"

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Lordakner
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Lordakner »

Fernando Silva escreveu:Em vez de exigir uma igualdade artificial, vamos exigir que a justiça seja aplicada. Um bom lugar para começar seria com os políticos.


Não se trata de "igualdade Artificial" o Estado tratar seus cidadãos da mesma forma.
Se você é banqueiro, chupa o sangue da nação durante a temporada das vacas gordas. Não se propõe a pagar 0,001% a mais de imposto.
Quando chega a época das crises (criada pela sua mesma especulação), aí você se lembra do Estado.
Muda seu discurso, vai na bolsa da viúva, consome Bilhões para continuar na Orgia.
Esquecem rápidamente que viviam clamando pela não-intervenção do estado nos negócios privados.
“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

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user f.k.a. Cabeção
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Herf escreveu:
Fedidovisk escreveu:/ "O filósofo francês Raymond Aron disse que o marxismo é o ópio dos intelectuais. Isso porque lhes oferece a ilusão de que são donos de um saber maior: o do fim da história. É natural que uma ideologia que afirme isso os seduza" /

Taí.



No seu livro The Fatal Conceit, Hayek tambem comenta algo parecido, sobre porque o socialismo e comum entre as pessoas mais educadas e inteligentes.

O socialista inteligente cre que a funcionalidade das regras sociais decorrem do design intencional de alguma inteligencia, e que por essa razao ele nao deve se submeter a um status em vigor ja que ele proprio pode conceber da mente dele regras sociais melhores. Sua crenca racionalista lhe sugere que ele esta autorizado a realizar seus experimentos de engenharia social para construir do nada a sociedade perfeita.

Aparentemente, lhe escapa completamente o mecanismo de evolucao das regras sociais e o fato de que o que emerge no longo prazo, apesar de funcionar de maneira intrincada, nao foi obra intencional de ninguem, mas simplesmente permaneceu enquanto aproximacao do Bem abstrato e incognoscivel em sua totalidade, dada a incontornavel natureza imperfeita do homem.

A tradicao e algo que se localiza entre o instinto e a razao, que depende da imitacao involuntaria de habitos dos antigos, mas tambem da reflexao e do exame cauteloso de novas possibilidades de modesta melhora. Proteger a tradicao e se posicionar de maneira menos audaciosa diante de todas as geracoes passadas, onde provavelmente muitas pessoas tiveram os mesmos "insights" revolucionarios que nos fascinam, mas que por diversas razoes, menos evidentes, nao deram certo.

Exatamente por isso que as pessoas mais inteligentes acabam tendo tendencias revolucionarias globais: elas superestimam as proprias capacidades de uma maneira tao arrogante que chegam ao ponto de afirmar que toda a reflexao e consideracao de seus predecessores nao passa de lixo descartavel.

O socialismo tal qual doutrina de planejamento racional da sociedade vem bem a calhar a essas pessoas vaidosas o suficiente para se acharem mais inteligentes nao so que a soma de todos os seus contemporaneos que age atraves do mecanismo de livre mercado, mas tambem que a soma de todos os seus antepassados, que estabelecaram com o tempo os mecanismos sociais institucionais transmitidos pela tradicao.
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joaomichelazzo
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por joaomichelazzo »

Fernando Silva escreveu:
joaomichelazzo escreveu:Então não existe pobreza, existe inveja?
O cara só não está incluido no sistema porque não quer. Ele prefere passar fome e invejar o rico para que este não tenha sucesso.

Ninguém quer passar fome, mas há muitos (e eu conheci vários) que não querem se esforçar e têm raiva de quem se esforça. Em vez de se esforçar também, torcem para que os outros quebrem a cara.


Sim, esses merecem se ferrar. Isso é inveja.
Mas não são esses, os tipos de pessoas que nascem abaixo da linha da pobreza. Estas são pessoas que viviam no mesmo nível que você e por opção ou vagabundice, não foram adiante. Lamentável.

To falando do cara que nasce num lugar com esgoto a céu aberto, com uma familia desestruturada, que não tem o que comer. Esse não tem e dificilmente terá as oportunidades que eu e você tivemos.
E seu eu e você não os ajudarmos, continuarão gerando famintos e excluidos.

Tenho colegas que começaram como eu, com as mesmas chances, e hoje não têm nada. A culpa é minha? Não, é deles, que preferiram aproveitar a vida e deixar o futuro para depois.


Exato. Mas não são eles que formam o nivel mais baixo da nossa população.

Todos têm chances no Brasil? Não, mas nem por isto vamos criticar os que conseguiram alguma coisa honestamente.


Nunca. Tudo que foi consquistado digna e honestamente merece nosso aplauso e nos deve servir de exemplo.
Devemos sim interceder para que os que não tiveram essas chances, no futuro passem a te-las.

Em vez de exigir uma igualdade artificial, vamos exigir que a justiça seja aplicada. Um bom lugar para começar seria com os políticos.


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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por O ENCOSTO »

Lordakner escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Lordakner escreveu:Não Fernando. Não se trata da "disputa dos mais capazes! Nunca será.
Ou você acha que o filho do Antonio E. de Moraes está numa disputa honesta com o Filho do Zeferino do Piauí?
É como numa corrida de maratona, onde os ricos só precisam correr os últimos 100 metros!

Será sim, numa sociedade justa onde todos tiverem as mesmas chances.
O Brasil ainda está longe disto e não serve para se testar nenhuma teoria.


Sociedade justa é o socialismo. Ou pelo menos se propõe a tal!

Voce esta´analisando pela quantidade de riqueza produzida. Eu, pela forma como esta riqueza é distribuída!

Se o Brasil, oitava economia do mundo, não consegue fazer uma sociedade justa... Imagine o resto.




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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por O ENCOSTO »

joaomichelazzo escreveu:
Fernando Silva escreveu:
joaomichelazzo escreveu:Então não existe pobreza, existe inveja?
O cara só não está incluido no sistema porque não quer. Ele prefere passar fome e invejar o rico para que este não tenha sucesso.

Ninguém quer passar fome, mas há muitos (e eu conheci vários) que não querem se esforçar e têm raiva de quem se esforça. Em vez de se esforçar também, torcem para que os outros quebrem a cara.


Sim, esses merecem se ferrar. Isso é inveja.
Mas não são esses, os tipos de pessoas que nascem abaixo da linha da pobreza. Estas são pessoas que viviam no mesmo nível que você e por opção ou vagabundice, não foram adiante. Lamentável.

To falando do cara que nasce num lugar com esgoto a céu aberto, com uma familia desestruturada, que não tem o que comer. Esse não tem e dificilmente terá as oportunidades que eu e você tivemos.
E seu eu e você não os ajudarmos, continuarão gerando famintos e excluidos.

Tenho colegas que começaram como eu, com as mesmas chances, e hoje não têm nada. A culpa é minha? Não, é deles, que preferiram aproveitar a vida e deixar o futuro para depois.


Exato. Mas não são eles que formam o nivel mais baixo da nossa população.

Todos têm chances no Brasil? Não, mas nem por isto vamos criticar os que conseguiram alguma coisa honestamente.


Nunca. Tudo que foi consquistado digna e honestamente merece nosso aplauso e nos deve servir de exemplo.
Devemos sim interceder para que os que não tiveram essas chances, no futuro passem a te-las.

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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por joaomichelazzo »

O ENCOSTO escreveu:
joaomichelazzo escreveu:
Fernando Silva escreveu:
joaomichelazzo escreveu:Então não existe pobreza, existe inveja?
O cara só não está incluido no sistema porque não quer. Ele prefere passar fome e invejar o rico para que este não tenha sucesso.

Ninguém quer passar fome, mas há muitos (e eu conheci vários) que não querem se esforçar e têm raiva de quem se esforça. Em vez de se esforçar também, torcem para que os outros quebrem a cara.


Sim, esses merecem se ferrar. Isso é inveja.
Mas não são esses, os tipos de pessoas que nascem abaixo da linha da pobreza. Estas são pessoas que viviam no mesmo nível que você e por opção ou vagabundice, não foram adiante. Lamentável.

To falando do cara que nasce num lugar com esgoto a céu aberto, com uma familia desestruturada, que não tem o que comer. Esse não tem e dificilmente terá as oportunidades que eu e você tivemos.
E seu eu e você não os ajudarmos, continuarão gerando famintos e excluidos.

Tenho colegas que começaram como eu, com as mesmas chances, e hoje não têm nada. A culpa é minha? Não, é deles, que preferiram aproveitar a vida e deixar o futuro para depois.


Exato. Mas não são eles que formam o nivel mais baixo da nossa população.

Todos têm chances no Brasil? Não, mas nem por isto vamos criticar os que conseguiram alguma coisa honestamente.


Nunca. Tudo que foi consquistado digna e honestamente merece nosso aplauso e nos deve servir de exemplo.
Devemos sim interceder para que os que não tiveram essas chances, no futuro passem a te-las.

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E a direita foi capaz?
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Discernimento »

As consciências mágicas tem a incrível capacidade de endeusar o patronato. A coletividade, segundo estes, é menos capaz que uma instituição de interesse particular.
E alguns se dizem ateus.

Não há premissa que lastreie a ignorância desses seres humanos em transe.

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Fernando Silva
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Fernando Silva »

Discernimento escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Discernimento escreveu:O defeito do capitalismo é que a lei do compulsório permite aos bancos emitirem moeda.

Depósito compulsório:
Porcentagem do dinheiro dos bancos que tem que ser depositado no banco central.
Com este dinheiro, o banco central controla a liquidez.

Na época do Proer, foi este dinheiro que foi usado para salvar os clientes dos bancos falidos.

E os antigos donos e acionistas foram julgados e condenados.

Você perde a (já pouca) credibilidade ao afirmar que "bancos emitem dinheiro".


Quem foi julgado e condenado? Estão cumprindo pena aonde?

Alguns casos:

Ângelo Calmon de Sá - Banco Econômico - condenado a 13 anos:
http://www.conjur.com.br/2007-out-03/do ... do_13_anos

Salvatore Cacciola - bancos Marka e Fonte Cindam - atualmente preso

Marcos Magalhães Pinto - Banco Nacional - condenado a 28 anos:
http://www.citadini.com.br/auditoria/veja020206b.htm
http://veja.abril.com.br/060202/p_044.html

Magalhães Pinto e Calmon de Sá estão soltos? Sim, mas não por serem banqueiros e sim porque estamos no Brasil, onde só se vai preso quando acaba o dinheiro para pagar aos advogados.

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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Lordakner escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:E bonito colocar no discurso que toda pessoa tem direitos e garantias a um certo numero de viveres e de luxos. Todos concordam com essa facil afirmacao. Mas quando chegou a hora de organizar um regime de cima para baixo que produzisse as garantias propagandeadas, todos os socialistas fracassaram.
[/b][/color]


Sua visão capitalista se restringe a uns poucos países (provavelmente ao G8).
O restante dos países você ignora.

Países pobres sofrem 93% das doenças no mundo, segundo a OMS

da Efe, em Monterrey
Os países subdesenvolvidos sofrem 93% das doenças registradas no mundo e consomem menos de 11% da despesa global em saúde, afirmou nesta terça-feira um funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Philippe Lamy, representante da OMS para o México, participou dos Diálogos do Fórum Universal das Culturas 2007, que esta semana se concentram no problema da saúde.
"Os países menos desenvolvidos concentram 84% da população mundial e sofrem 93% da carga global de doenças", afirmou Lamy na cidade de Monterrey, que desde 20 de setembro sedia o Fórum.
Ele acrescentou que os países do terceiro mundo consomem menos de 11% dos gastos mundiais em saúde. No mundo subdesenvolvido, estimou, existem 52 milhões de pessoas sem acesso à água potável e a serviços básicos.
Além disso, há 120 milhões de pessoas sem acesso a serviços de saúde por razões econômicas e 107 milhões por razões geográficas.


Vai contar para os 52 milhões que o capitalismo vai dar um Nike para cada um. Aproveita e promete um I-pod também.




E o tipico argumento de socialista ignorante. A miseria do mundo subdesenvolvido e culpa do capitalismo.

O capitalismo nao tem nada a ver com esses miseraveis. A miseria, o estado das coisas onde nada se tem, e a condicao natural do homem. Ter alguma coisa depende de trabalhar para produzir e acumular riquezas.

Os paises miseraveis subdesenvolvidos o sao nao porque foram explorados por capitalistas, mas porque apenas muito tardiamente vieram a entrar em diminuto contato com as instituicoes e valores eticos tais como a liberdade individual e a propriedade privada, que sao o "cimento basico" com o qual se pode construir a prosperidade. Muitos dele ate hoje sao hostis a esses "valores ocidentais", e continuam sua miseravel trajetoria tribal de guerras interminaveis e exploracao de todos contra todos, muitas vezes embaladas por doutrinas socialistas de origem tao ocidental quanto o proprio capitalismo, embora nao tenham cativado mais do que os sedizentes intelectuais do mundo livre, enquanto na maior parte do tempo e dos lugares foram mantidas a uma segura distancia.

Todo pais mequetrefe tem sua gangue de revolucionarios marxistas (ou trotskistas, maoistas e o diabo a quatro) que volta e meia chega ao poder para produzir apenas mais miseria.

E voce acha que a culpa e do capitalismo liberal, que simplesmente passou a leguas de distancia desses fins de mundo, mas que quando foi assimilado em seus principios basicos, como nos Tigres Asiaticos e mais tarde na India e na China, rapidamente se encarregou de aumentar a prosperidade das pessoas para niveis nunca antes imaginados.
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Acauan
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Acauan »

joaomichelazzo escreveu:
Acauan escreveu: Com os programas sociais do governo não se pode mais falar em dezenas de milhões de potenciais famintos no Brasil.


• O Brasil é o 9º país com maior número de pessoas com fome no mundo, com 8% de sua população consumindo alimentos em qualidade e quantidade insuficientes;
• Cerca de 21% da população vive com menos de 2 dólares por dia;
• 45% das crianças com menos de 5 anos sofrem de anemia crônica por falta de ferro na alimentação;
• 50 mil crianças nascem todos os anos com algum tipo de comprometimento mental devido à falta de iodo na alimentação;
• A agricultura familiar é responsável pela produção de mais de 70% dos alimentos consumidos internamente no Brasil: 24% da pecuária de corte; 49% do milho; 46% do trigo; 58% da banana; 54% da pecuária de leite; 40% das aves e ovos; 72% da cebola; 67% do feijão; 58% dos suínos e 84% da mandioca (Consea).

Fontes: (1) Relatório 2007/2008 do Programa de Desenvolvimento da Onu; (2) Séries Fome no Mundo, ONU.


Chequei suas fontes no site das Nações Unidas, direto dos Relatórios do Programa de Desenvolvimento da ONU de 2007 e 2008 e as únicas citações ao Brasil são as que constam abaixo:
United Nations Development Programme – ANNUAL REPORT 2008

As decentralization raises the role of local governments in serving their constituencies, UNIFEM is supporting local gender-responsive budget initiatives. Local initiatives have been carried out in six Latin American countries – Argentina, Brazil, Bolivia, Ecuador, Mexico and Peru – as well as in India, Morocco, the Philippines and Uganda.


United Nations Development Programme – ANNUAL REPORT 2007

To strengthen UN and civil society partnerships, given the critical inputs civil society organizations can make to UN programmes, in 2006, UNDP continued leading the appointment of civil society focal points on a number of UN country teams. In 2007, UNDP began leading the establishment of a global UN Civil Society Trust Fund, on behalf of the UN Development Group. This fund, established by the then Secretary-General in response to the 2004 report of the Panel of Eminent Persons on UN-Civil Society relations led by former president of Brazil, Fernando Henrique Cardoso, will advance UN coordination by providing seed money to UN country teams pursuing innovative initiatives with civil society organizations.

UNDP’s ongoing support for public policy research includes the International Poverty Centre in Brazil. The centre is a joint venture with the Institute for Applied Economic Research, a leading economic policy organization affiliated with the Brazilian Government.
A hub for the exchange and generation of the latest ideas on policies and practices related to poverty, especially from developing countries, the centre offers lectures and fellowships, and produces research papers by top development practitioners and scholars.


A citada "Série Fome no Mundo" que seria da ONU não foi localizada no site oficial da entidade.

Os dados que apresentou só aparecem publicados em um artigo de uma ONG obscura, que cita as fontes da ONU sem dar maiores detalhes.

Estes números são completamente absurdos quando comparados aos dados do IBGE, que possui o acervo estatístico mais completo sobre a sócio-economia brasileira.


joaomichelazzo escreveu: Dar de comer, não é inclui-lo so sistema capitalista. Continuam à margem catando papelão.


Ninguém "dá de comer" ao catador de papelão, que ganha seu sustento com seu próprio trabalho, primeiro requisito para se considerar integrado no sistema capitalista – ter acesso a trabalho e renda.

joaomichelazzo escreveu: a.bis.mo - Michaelis
s. m. 1. Cavidade geralmente vertical, cuja abertura está na superfície da terra e cujo fundo é desconhecido; lugar profundo, precipício, voragem. 2. Tudo o que é imenso. 3. O mar. 4. O inferno.


Não contesta o dado fornecido e comprovado pelo IBGE de que o Brasil apresenta alta mobilidade social.

joaomichelazzo escreveu: HISTÓRIA DA REPÚBLICA DO ZIMBÁBUE


Não contesta em nada o fato de que o governo do Zimbábue é uma ditadura comunista liderada há décadas por Robert Mugabe, que levou o país à ruína, como prova o índice de desemprego de 80% da população economicamente ativa.
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Lordakner »

Discernimento escreveu:As consciências mágicas tem a incrível capacidade de endeusar o patronato. A coletividade, segundo estes, é menos capaz que uma instituição de interesse particular.
E alguns se dizem ateus.

Não há premissa que lastreie a ignorância desses seres humanos em transe.

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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por joaomichelazzo »

Acauan escreveu:
joaomichelazzo escreveu:
Acauan escreveu: Com os programas sociais do governo não se pode mais falar em dezenas de milhões de potenciais famintos no Brasil.


• O Brasil é o 9º país com maior número de pessoas com fome no mundo, com 8% de sua população consumindo alimentos em qualidade e quantidade insuficientes;
• Cerca de 21% da população vive com menos de 2 dólares por dia;
• 45% das crianças com menos de 5 anos sofrem de anemia crônica por falta de ferro na alimentação;
• 50 mil crianças nascem todos os anos com algum tipo de comprometimento mental devido à falta de iodo na alimentação;
• A agricultura familiar é responsável pela produção de mais de 70% dos alimentos consumidos internamente no Brasil: 24% da pecuária de corte; 49% do milho; 46% do trigo; 58% da banana; 54% da pecuária de leite; 40% das aves e ovos; 72% da cebola; 67% do feijão; 58% dos suínos e 84% da mandioca (Consea).

Fontes: (1) Relatório 2007/2008 do Programa de Desenvolvimento da Onu; (2) Séries Fome no Mundo, ONU.


Chequei suas fontes no site das Nações Unidas, direto dos Relatórios do Programa de Desenvolvimento da ONU de 2007 e 2008 e as únicas citações ao Brasil são as que constam abaixo:


http://www.onu-brasil.org.br/
Cheque-as novamente

A citada "Série Fome no Mundo" que seria da ONU não foi localizada no site oficial da entidade.

Os dados que apresentou só aparecem publicados em um artigo de uma ONG obscura, que cita as fontes da ONU sem dar maiores detalhes.

Tirei os dados do próprio site da ONU
Há um campo busca. Digite fome no mundo e pressione entre ou clique em busca

Estes números são completamente absurdos quando comparados aos dados do IBGE, que possui o acervo estatístico mais completo sobre a sócio-economia brasileira.


São dados da ONU.

Ninguém "dá de comer" ao catador de papelão, que ganha seu sustento com seu próprio trabalho, primeiro requisito para se considerar integrado no sistema capitalista – ter acesso a trabalho e renda.


Continuam à margem do sistema. Não tem acesso a renda. Catam lixo para sobreviver.

Não contesta o dado fornecido e comprovado pelo IBGE de que o Brasil apresenta alta mobilidade social.


Esse não era o foca. Era apenas uma argumentação de que você disse que no Brasil não existe abismos. Te mostrei com dados do Ipea (que trabalhou em conjunto com o IBGE no estudo) que há.
joaomichelazzo escreveu: HISTÓRIA DA REPÚBLICA DO ZIMBÁBUE


Não contesta em nada o fato de que o governo do Zimbábue é uma ditadura comunista liderada há décadas por Robert Mugabe, que levou o país à ruína, como prova o índice de desemprego de 80% da população economicamente ativa.


Comunismo apoiado pelo Grã-Bretanha?
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Discernimento »

joaomichelazzo escreveu:Comunismo apoiado pelo Grã-Bretanha?


O cérebro neo-liberal funciona à prestação. É por causa da retórica pra justificar a ficção financeira, dá muito trabalho, não sobra neurônio pra ligar os nomes às pessoas.

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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Acauan »

joaomichelazzo escreveu:
Acauan escreveu:
joaomichelazzo escreveu:
• O Brasil é o 9º país com maior número de pessoas com fome no mundo, com 8% de sua população consumindo alimentos em qualidade e quantidade insuficientes;
• Cerca de 21% da população vive com menos de 2 dólares por dia;
• 45% das crianças com menos de 5 anos sofrem de anemia crônica por falta de ferro na alimentação;
• 50 mil crianças nascem todos os anos com algum tipo de comprometimento mental devido à falta de iodo na alimentação;
• A agricultura familiar é responsável pela produção de mais de 70% dos alimentos consumidos internamente no Brasil: 24% da pecuária de corte; 49% do milho; 46% do trigo; 58% da banana; 54% da pecuária de leite; 40% das aves e ovos; 72% da cebola; 67% do feijão; 58% dos suínos e 84% da mandioca (Consea).

Fontes: (1) Relatório 2007/2008 do Programa de Desenvolvimento da Onu; (2) Séries Fome no Mundo, ONU.


Chequei suas fontes no site das Nações Unidas, direto dos Relatórios do Programa de Desenvolvimento da ONU de 2007 e 2008 e as únicas citações ao Brasil são as que constam abaixo:



http://www.onu-brasil.org.br/
Cheque-as novamente


Desnecessário checar novamente, pois dei o link da íntegra dos relatórios originais citados, extraídos do site oficial da ONU, sendo que os dados em questão não constam neles.

Cabe a você o ônus da prova pelas afirmações que fez.


joaomichelazzo escreveu:
Acauan escreveu: A citada "Série Fome no Mundo" que seria da ONU não foi localizada no site oficial da entidade.
Os dados que apresentou só aparecem publicados em um artigo de uma ONG obscura, que cita as fontes da ONU sem dar maiores detalhes.


Tirei os dados do próprio site da ONU
Há um campo busca. Digite fome no mundo e pressione entre ou clique em busca


Sua busca retornou 0 ocorrência(s) para '\"fome no mundo\"'



joaomichelazzo escreveu:
Acauan escreveu: Estes números são completamente absurdos quando comparados aos dados do IBGE, que possui o acervo estatístico mais completo sobre a sócio-economia brasileira.


São dados da ONU.


Mesmo que fossem, uma vez que os documentos originais até agora não foram apresentados, o simples fato de serem dados da ONU não os provam verdadeiros.
Tais dados entram em conflito direto com os do IBGE, órgão muito mais especializado e interado da realidade brasileira do que as Nações Unidas.


joaomichelazzo escreveu:
Acauan escreveu: Ninguém "dá de comer" ao catador de papelão, que ganha seu sustento com seu próprio trabalho, primeiro requisito para se considerar integrado no sistema capitalista – ter acesso a trabalho e renda.


Continuam à margem do sistema. Não tem acesso a renda. Catam lixo para sobreviver.


No seu ponto de vista.
Do ponto de vista do catador de papelão ele pode ser um trabalhador autônomo da indústria de reciclagem, que trabalha dignamente para sustentar a família. Muitos destes trabalhadores constituem cooperativas, estabelecem parcerias com fontes de matéria prima e conseguem rendas superiores a quatro salários mínimos.


joaomichelazzo escreveu:
Acauan escreveu: Não contesta o dado fornecido e comprovado pelo IBGE de que o Brasil apresenta alta mobilidade social.


Esse não era o foca. Era apenas uma argumentação de que você disse que no Brasil não existe abismos. Te mostrei com dados do Ipea (que trabalhou em conjunto com o IBGE no estudo) que há.


Não há abismo no sentido de não existir barreiras sociais instransponíveis, como foi explicitamente posto.

joaomichelazzo escreveu:
Acauan escreveu: Não contesta em nada o fato de que o governo do Zimbábue é uma ditadura comunista liderada há décadas por Robert Mugabe, que levou o país à ruína, como prova o índice de desemprego de 80% da população economicamente ativa.

Comunismo apoiado pelo Grã-Bretanha?


Como se todo o processo de desmonte do sistema de apartheid da antiga Rodésia (diferente do sul-africano, mas igualmente racial-segregacionista), herdada da colonização britânica e pela qual, portanto, a Inglaterra se considerava moralmente responsável, pudesse ser simplificado em uma frase de efeito.

No mais, a natureza comunista do regime de Robert Mugabe é evidente para qualquer um que consultar as fontes disponíveis, inclusive as suas, como provam inequivocamente vários trechos do texto que copiou e colou.
Nós, Índios.

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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Acauan »

Acauan escreveu:
joaomichelazzo escreveu:
Acauan escreveu: Estes números são completamente absurdos quando comparados aos dados do IBGE, que possui o acervo estatístico mais completo sobre a sócio-economia brasileira.


São dados da ONU.


Mesmo que fossem, uma vez que os documentos originais até agora não foram apresentados, o simples fato de serem dados da ONU não os provam verdadeiros.
Tais dados entram em conflito direto com os do IBGE, órgão muito mais especializado e interado da realidade brasileira do que as Nações Unidas.


40,6% dos brasileiros estão acima do peso

Contrariamente à idéia bastante alardeada, mesmo dentro do governo federal, a fome não é mais um problema relevante para a grande maioria dos brasileiros adultos. Ela está circunscrita a um segmento minoritário, concentrado nas mulheres do Nordeste rural. O mais grave agora, na população com 20 anos ou mais, é o excesso de peso.

Dados da 2ª etapa da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelam que o excesso de peso atinge 40,6% da população adulta, ou 38,8 milhões de brasileiros. Desses, 10,5 milhões são obesos (8,9% dos homens e 13,1% das mulheres).

"A pobreza no Brasil não se manifesta por meio da fome, mas sim em termos de qualidade de vida e de desigualdade de rendimentos", disse Eduardo Pereira Nunes, presidente do IBGE. A pesquisa foi feita entre julho de 2003 e junho deste ano em 48.470 domicílios, um em cada mil, de todas as regiões. Além dos gastos com alimentação e outros tópicos do orçamento doméstico, foi feito pela primeira vez um levantamento antropométrico -peso e altura dos entrevistados-, o que permitiu calcular com precisão o IMC (Índice de Massa Corporal).

O IBGE também colheu dados sobre a situação nutricional das crianças e adolescentes, mas eles ainda estão sendo analisados e serão divulgados posteriormente. A pesquisa permitiu detectar a dimensão estatística, entre os adultos, da insuficiência de peso que pode estar associada à desnutrição. São 3,8 milhões de pessoas (4% do total da população) com o chamado déficit de peso -2,8% dos homens e 5,2% das mulheres.

Esse retrato foi possível porque o Ministério da Saúde financiou a parte da pesquisa que mediu peso e altura dos entrevistados. Os dados do IBGE permitem medir o declínio do déficit de peso nas regiões metropolitanas e principais capitais. Em 1975, ele vitimava 7,2% dos homens nessas regiões. Hoje, atinge 2,8%. Nesse mesmo intervalo, as mulheres das regiões metropolitanas passaram de 10,2% para 5,4% com registro de de déficit de peso.

Nem toda magreza é sinônimo de desnutrição. Indicadores internacionalmente aceitos indicam que em 3% a 5% dos casos ela existe por questões genéticas. Carlos Augusto Monteiro, pesquisador em nutrição da USP que assessorou o IBGE na pesquisa, cita em seu relatório exemplos de países em que a fome existe como problema crônico. No Haiti, 19% das pessoas têm déficit de peso. Na Etiópia são 38%, e na Índia, 49%. São os últimos dados da Organização Mundial da Saúde, de 1995.


Quanto ao excesso de peso e à obesidade, as progressões, segundo os especialistas, são alarmantes. Em 1975, 2,8% dos homens e 7,8% das mulheres eram obesos nas regiões metropolitanas e capitais. Na pesquisa de agora, atingiu 8,8% dos homens e 12,7% das mulheres.
Márcia Quintslr, coordenadora do IBGE, ressalta que o ganho de peso da população está fortemente relacionado ao aumento da urbanização. "No campo, os trabalhos tendem a ser mais pesados."

Para Marília Leão, assessora técnica do Ministério da Saúde, o Brasil vive um processo de "engorda" que aconteceu em países desenvolvidos. Entre os motivos, cita o aumento da renda, que leva as pessoas a comerem alimentos com mais açúcar e gordura.

O excesso de peso e a obesidade geram problemas de saúde que estão mudando o perfil da mortalidade. O país está consumindo quase o dobro de açúcar na dieta diária (obesidade, diabetes) e mais sal (hipertensão). Há ainda um excesso de proteínas de origem animal ou frituras (colesterol ruim, condição para futuros problemas cardíacos).

De acordo com o IBGE, o brasileiro ingere, em média, 1.811 kcal nas refeições feitas no domicílio -fora dele, o IBGE não fez medição. Nas áreas rurais, o consumo é de 2.402 kcal -acima do mínimo estabelecido pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) para o Brasil, de 2.300 kcal.

A pesquisa também apurou que a altura mediana do brasileiro é de 1,69 m para homens e 1,58 m para mulheres. Já o peso mediano dos homens é de 69,4 kg. No caso das mulheres, é de 59,6 kg. Nas áreas urbanas, a altura é de 1,70 m entre homens e 1,59 m nas mulheres. Já o peso é de 70,6 kg e 59,8 kg, respectivamente.

(Folha de S. Paulo)
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Herf
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Herf »

Acauan escreveu:
Acauan escreveu:
joaomichelazzo escreveu:
Acauan escreveu: Estes números são completamente absurdos quando comparados aos dados do IBGE, que possui o acervo estatístico mais completo sobre a sócio-economia brasileira.


São dados da ONU.


Mesmo que fossem, uma vez que os documentos originais até agora não foram apresentados, o simples fato de serem dados da ONU não os provam verdadeiros.
Tais dados entram em conflito direto com os do IBGE, órgão muito mais especializado e interado da realidade brasileira do que as Nações Unidas.


40,6% dos brasileiros estão acima do peso

Hmmm... nesse caso, "é culpa do capitalismo" que as pessoas estejam em situação de sobrepeso, pois são "forçadas pelo mercado" a consumir alimentos altamente gordurosos e açucarados, "forçadas" pelo Mc Donalds a consumir o maior volume de refrigerante e o maior hambúrguer possível, são "forçadas" a passar o fim de semana em frente à tv, "forçadas" a usufruir de todos os confortos que as permitem se movimentar pouco, etc, etc.

Desculpa para atacar o capitalismo não faltará nunca.

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Apo
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Apo »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Lordakner escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:E bonito colocar no discurso que toda pessoa tem direitos e garantias a um certo numero de viveres e de luxos. Todos concordam com essa facil afirmacao. Mas quando chegou a hora de organizar um regime de cima para baixo que produzisse as garantias propagandeadas, todos os socialistas fracassaram.
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Sua visão capitalista se restringe a uns poucos países (provavelmente ao G8).
O restante dos países você ignora.

Países pobres sofrem 93% das doenças no mundo, segundo a OMS

da Efe, em Monterrey
Os países subdesenvolvidos sofrem 93% das doenças registradas no mundo e consomem menos de 11% da despesa global em saúde, afirmou nesta terça-feira um funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Philippe Lamy, representante da OMS para o México, participou dos Diálogos do Fórum Universal das Culturas 2007, que esta semana se concentram no problema da saúde.
"Os países menos desenvolvidos concentram 84% da população mundial e sofrem 93% da carga global de doenças", afirmou Lamy na cidade de Monterrey, que desde 20 de setembro sedia o Fórum.
Ele acrescentou que os países do terceiro mundo consomem menos de 11% dos gastos mundiais em saúde. No mundo subdesenvolvido, estimou, existem 52 milhões de pessoas sem acesso à água potável e a serviços básicos.
Além disso, há 120 milhões de pessoas sem acesso a serviços de saúde por razões econômicas e 107 milhões por razões geográficas.


Vai contar para os 52 milhões que o capitalismo vai dar um Nike para cada um. Aproveita e promete um I-pod também.




E o tipico argumento de socialista ignorante. A miseria do mundo subdesenvolvido e culpa do capitalismo.

O capitalismo nao tem nada a ver com esses miseraveis. A miseria, o estado das coisas onde nada se tem, e a condicao natural do homem. Ter alguma coisa depende de trabalhar para produzir e acumular riquezas.

Os paises miseraveis subdesenvolvidos o sao nao porque foram explorados por capitalistas, mas porque apenas muito tardiamente vieram a entrar em diminuto contato com as instituicoes e valores eticos tais como a liberdade individual e a propriedade privada, que sao o "cimento basico" com o qual se pode construir a prosperidade. Muitos dele ate hoje sao hostis a esses "valores ocidentais", e continuam sua miseravel trajetoria tribal de guerras interminaveis e exploracao de todos contra todos, muitas vezes embaladas por doutrinas socialistas de origem tao ocidental quanto o proprio capitalismo, embora nao tenham cativado mais do que os sedizentes intelectuais do mundo livre, enquanto na maior parte do tempo e dos lugares foram mantidas a uma segura distancia.

Todo pais mequetrefe tem sua gangue de revolucionarios marxistas (ou trotskistas, maoistas e o diabo a quatro) que volta e meia chega ao poder para produzir apenas mais miseria.

E voce acha que a culpa e do capitalismo liberal, que simplesmente passou a leguas de distancia desses fins de mundo, mas que quando foi assimilado em seus principios basicos, como nos Tigres Asiaticos e mais tarde na India e na China, rapidamente se encarregou de aumentar a prosperidade das pessoas para niveis nunca antes imaginados.


Perfeito.
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Fernando Silva
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Fernando Silva »

Lordakner escreveu: Sociedade justa é o socialismo. Ou pelo menos se propõe a tal!

Fracassou em todos os lugares em que foi imposto.
Lordakner escreveu:Voce esta´analisando pela quantidade de riqueza produzida. Eu, pela forma como esta riqueza é distribuída!

Distribuição não se impõe. Onde o fruto do trabalho honesto é distribuído à força, acaba o incentivo para que os que trabalham continuem trabalhando. Por que se esforçar mais se, no fim, todos, vagabundos e esforçados, vão receber a mesma coisa?
Lordakner escreveu: Se o Brasil, oitava economia do mundo, não consegue fazer uma sociedade justa... Imagine o resto.

Pesquise sobre os países escandinavos, onde a população parou de crescer e onde as leis são aplicadas.
O Brasil ainda pode chegar lá, apesar de as condições aqui serem muito piores. Já avançamos muito nas últimas décadas.

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Fernando Silva
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Fernando Silva »

Lordakner escreveu:
Fernando Silva escreveu:Em vez de exigir uma igualdade artificial, vamos exigir que a justiça seja aplicada. Um bom lugar para começar seria com os políticos.


Não se trata de "igualdade Artificial" o Estado tratar seus cidadãos da mesma forma.
Se você é banqueiro, chupa o sangue da nação durante a temporada das vacas gordas. Não se propõe a pagar 0,001% a mais de imposto.
Quando chega a época das crises (criada pela sua mesma especulação), aí você se lembra do Estado.
Muda seu discurso, vai na bolsa da viúva, consome Bilhões para continuar na Orgia.
Esquecem rápidamente que viviam clamando pela não-intervenção do estado nos negócios privados.

Conforme os links na minha resposta ao Discernimento, os banqueiros no Brasil foram condenados e perderam suas ações. Só um deles (Cacciola) está preso, mas aí já é outra história. Estão soltos, não por serem banqueiros, mas porque no Brasil nem assassino confesso vai preso.

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Fernando Silva
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Fernando Silva »

joaomichelazzo escreveu:Continuam à margem do sistema. Não tem acesso a renda. Catam lixo para sobreviver.

Li uma notícia interessante ontem: os moradores de rua de Nova York ganharam na justiça o direito de continuar morando na rua.

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Fernando Silva
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Re: CHE: HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA

Mensagem por Fernando Silva »

joaomichelazzo escreveu: Dar de comer, não é inclui-lo so sistema capitalista. Continuam à margem catando papelão.

O que você chama de "estar à margem" ?
Catar papelão para vender é um trabalho honesto e tão válido como outro qualquer. O que se pode questionar é se a renda obtida é suficiente para uma vida digna.

Trancado