betossantana escreveu:o anátema escreveu:A escola tem o papel de ensinar, apenas. Não é um centro de estudos sociológicos sobre grupos ou indivíduos, com alunos como cobaias.
Se há algum serviço de psicólogos ou psiquiatria público, talvez até na escola (?), deveriam ser mandados para lá também, mas sem prejudicar o andamento daqueles que não tem nada a ver com os problemas deles.
Tsc, tsc. Pobre Brasil, até quando?
Bjs.
Poxa, me convenceu.
A escola não deve meramente ser um sistema de ensino de massas, mas um centro de interação de indivíduos valorizados como tal, indivíduos. Se há alunos problemáticos, o currículo ortodoxo de ensino deveria ser posto de lado, para todos, pelo bem maior que é compreender aqueles indivíduos problemáticos que atrapalham o andamento curricular da turma.
Ora, o currículo ortodoxo, com português, matemática, ciências, etc, é não é a única coisa que se pode aprender, como ser humano. Ao interrompê-lo para discussão em classe dos problemas pessoais dos alunos, estão sendo oferecidas inigualáveis oportunidades dos alunos crescerem como pessoas.
Opor-se a isso é pura ortodoxia, conservadorismo ranzinza, típico dessas separações de classe por desempenho, que não seriam as únicas coisas arcaicas que deveriam ser abandonadas, trocadas pelo ousado, moderno.
Por exemplo, por que segregar os alunos em "anos letivos", primeira, segunda, terceira série? Deveria-se dar a oportunidade de interação de pessoas de todas as idades, que são todas detentoras dos mesmos direitos. Sem elites etárias e culturais, que não se misturam com a ralé - o que é uma tremenda hipocrisia, pois todos já pertenceram a essa ralé, e deveriam se enxergar e abandonar esse perfil psicótico e narcisista.
As matérias convencionais também, deveriam ser abandonadas, dando lugar a uma interdisciplinaridade total; simplesmente
ensino puro, sem classificações, estereótipos, e divisões artificiais, preconceituosas e elitistas. Assim a vida do aluno problemático não seria uma fuga ao currículo, pois esse seria dinâmico, espontâneo, LIVRE.
E por fim, abandonaria-se a clássica relação professor-e-aluno, uma hierarquização totalitária e elitista, que coloca os alunos como seres inferiores. É quase um clichê ouvir de professores que eles aprendem muito com os alunos. Esse aprendizado não é necessariamente no sentido do currículo ortodoxo/arcaico e rígido, mas de âmbito mais diverso. Abandonando-se essa relação de superior e subordinado/inferior, as escolas seriam um lugar onde todos vão para aprender, sem preconceitos, com respeito a liberdade, igualdade e a individualidade de todo SER HUMANO.
Se opor a essas coisas é nazismo. Classificavam em séries com conteúdos diferenciados para faixas etárias ontem, classificam por desempenho hoje, amanhã estarão colocando câmaras com banheiros coletivos "especiais" para os alunos das classes "F".