E no mundo real...

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Fabi
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

NadaSei escreveu:
André escreveu:Estupro é um crime hediondo e a mulher não deve ser obrigada pelo Estado a ter um filho desse homem desprezível que a violentou.

Sim, vejo o problema do estupro como um caso digno de discussão, assim como outros casos especiais.
Só acho que a criança também não tem culpa, dessa forma, não deve pagar o mais alto preço, pagar com a vida.

É um crime hediondo e no caso de uma gravidez resultar disso, é pior ainda para essa mulher. Mesmo assim, penso que o melhor seria ter o filho e, se quiser, dá-lo a adoção.
O trauma da mulher definitivamente é o que torna isso digno de discussão, só não estou convencido de que o fato de minimizar esse trauma, eliminando uma vida, seja a melhor solução.
Parece que algumas mulheres passam por isso sem que o agravante traumático seja assim tão grande.

Que opnião machista....

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

Fabi escreveu:
Acauan escreveu:
Fabi escreveu:Falsa analogia... primeiro o aborto é permitido nos EUA mas não é incentivado...


O número de abortos aumentou nos Estados Unidos após a legalização, ao contrário do que dizem os pró. Logo, a legalização agiu como incentivo.

Fabi escreveu:não tem campanhas em outdoor escritos: Faça aborto que é legal....


O simples fato de deixar claro que algo é permitido já é um incentivo, particularmente quando comparado à uma situação em que era proibido. Outdoors não são necessários.

Fabi escreveu:o porte de armas é permitido no Brasil...mas não existem campanhas com o slogan: tenha uma arma em casa...e por aí vai...


O porte de armas é permitido no Brasil em situações extremamente restritas, tanto quanto o aborto é permitido em situações extremamente restritas - estupro e risco de vida da mãe.

Fabi escreveu:ou você acha que pisar na grama é tão polemico quanto o aborto?


Eu disse isto?


Me mostre esses números de aumento, e me conte como eles fizeram pra contar quantos abortos tinha antes da legalização...


Fabi, Fabi, Fabi...,

Sua reação é emblemática.
Impressionante como você e outros defensores do aborto repetem exaustivamente dados e números vindos de fontes que jamais se deram ao trabalho de questionar porque são favoráveis à sua opinião e mesmo quando se prova que tais números são como completamente indignos de credibilidade, como divulguei atrás, continuam se apegando a eles sem qualquer senso crítico.

Mas basta que dados contrários à sua posição sejam postos para que toda crítica que faltou no caso anterior exploda, acompanhada de exigências de comprovação condescendentemente esquecidas quanto os dados são pró-aborto.

Pior, vou dar o que pediu, citar minhas fontes e deixá-la comparar quais dados são mais confiáveis e mesmo assim isto de nada adiantará, pois é certo que por mais que se comprove objetivamente que as bases da ideologia pró-abortista são frágeis, mentirosas ou forjadas, seus adeptos continuarão sempre as defendendo, por algum tipo de auto-convencimento não fundamentado em qualquer tipo de lógica.

Pois bem, vamos.
Antes da legalização do aborto nos Estados Unidos, seus defensores brandiam um número de um milhão de abortos ilegais e dez mil mortes em decorrência por ano.

Sobre este número, o Dr. Bernard Nathanson, autor do livro Aborting América na época um dos líderes do movimento pró-aborto, posteriormente mudou de lado e confessou:


We aroused enough sympathy to sell our program of permissive abortion by fabricating the number of illegal abortions done annually in the U.S. The actual figure was approaching 100,000 but the figure we gave to the media repeatedly was 1,000,000. Repeating the big lie often enough convinces the public. The number of women dying from illegal abortions was around 200-250 annually. The figure we constantly fed to the media was 10,000. These false figures took root in the consciousness of Americans convincing many that we needed to crack the abortion law. Another myth we fed to the public through the media was that legalising abortion would only mean that the abortions taking place illegally would then be done legally. In fact, of course, abortion is now being used as a primary method of birth control in the U.S. and the annual number of abortions has increased by 1500% since legalization.


Ou seja, segundo um dos mais ativos líderes abortistas americanos da época, nas estatísticas que forneciam para angariar a simpatia do público para sua causa o número de abortos ilegais eram fraudulentamente ampliados de 100.000 para um milhão e o de mulheres mortas nestes abortos de 250 para dez mil.

Ok.
Podemos considerar que o Dr. Bernard Nathanson é um traidor da causa abortista e todos os detalhes descritos em seu livro são mentiras, mesmo ele não ganhando nada com isto, deixando de ganhar as fortunas que recebia da milionária indústria americana do aborto e manchando sua própria reputação pessoal se confessando um fraudador e mentiroso.

Mesmo assim, vamos considerar esta possibilidade e admitir que o número de um milhão que brandiam na época fosse verdadeiro.

Pois bem, segundo o site da Guttmacher o número atual de abortos nos Estados Unidos está por volta de um milhão e quatrocentos mil.

Lembre-se que o Guttmacher Institute são os aborteiros de quem falei lá atrás, logo os próprios aborteiros americanos reconhecem que o número de abortos aumentou desde a legalização, logo não há porque questionar a fonte neste caso.

Note que o aumento pode ter sido de 1400% na versão do aborteiro arrependido ou de 40% na versão dos aborteiros militantes, mas que aumentou, aumentou e ninguém nega isto, nem os mais interessados em defender o aborto que são as instituições que faturam centenas de milhões de dólares com esta prática.

E você Fabi, no que baseia sua crença tão convicta de que a legalização fará o número de abortos diminuir?


Fabi escreveu:Permitir não é incentivar...


Demonstre esta afirmação, considerando que o que foi permitido era antes proibido.

Fabi escreveu: mesmo porque...ele acontece...


É impressionante o apego a este absurdo completo que é defender que o fato de que algo acontece por si só determina que julgamento lhe deva ser dado.

Fabi escreveu: e ninguém incentiva...


Incentivam sim, como provam as estatísticas forjadas e outras manobras escusas promovidas por gente que sabe que pode ganhar muito dinheiro, legalmente, com a descriminação do aborto.

Fabi escreveu: afinal aborto é feio...não deve ser feito porque é vida e bla bla bla


Você acha que o aborto é bonito e deve ser feito porque não é vida?

Fabi escreveu: Ahh mas isso não impede o aborto? porque será hein? :emoticon19:


Insiste-se no absurdo de defender que a ocorrência, por si só, justifica o ocorrido.

Fabi escreveu: agora uma coisa eu não entendo...


Fabi, sem querer ofendê-la e talvez já o fazendo, pelo que me desculpo de antemão, você não está entendendo nada de nada desde quando começou este assunto.
Você é completamente desinformada, jamais pesquisou o tema um pouco mais a fundo, nunca checou fontes, comparou números, confrontou posições.
Apenas abraçou o lado da peleja que achou mais legalzinho e o defende repetindo chavões que não se sustentam nos fatos, os quais quando desmentidos são substituídos por apelos emocionais piegas, como se prova a seguir.


Fabi escreveu: a mulher não deve ser vida né?


Estou muitíssimo interessado em que você demonstre como chegou a esta irônica conclusão a partir do que escrevi.

Fabi escreveu: tipo...até agora eu falei que o aborto deve ser permitido pra evitar a morte de mulheres...


Como se o único modo de evitar a morte de mulheres fosse legalizando o aborto.
Este é mais um absurdo de tal monta que é surpreendente que pessoas minimamente racionais o repitam sem qualquer reflexão.

A lógica óbvia dos fatos é que se mulheres morrem devido a abortos clandestinos, a responsabilidade destas mortes recai sobre o aborto clandestino e não sobre a clandestinidade do aborto.
Isto é tão espetacularmente visível que só uma cegueira auto-induzida permite que se inverta a realidade dos fatos a tal ponto.

O que deve ser combatido é gravidez precoce ou indesejada, se não há como evitar que mulheres recorrerão ao aborto clandestino, não há qualquer certeza de que a legalização resolverá o problema, particularmente no Brasil onde o sistema de saúde pública é deficiente e em algumas regiões simplesmente não existe.

A única certeza é que mais fetos serão destruídos.


Fabi escreveu: mas parece que para vocês o feto é mais importante....


Também gostaria que mostrasse uma única frase minha que levasse a esta conclusão. Basta recortá-la e colá-la em seu próximo post, explicando a correlação.

Fabi escreveu:se vocês nem consideram a mulher como vida... (pelo que tá parecendo)..


Pelo que está parecendo para você, o que me faz crer que à sua completa desinformação e incapacidade analítica devo acrescentar a tendência a apelar para subterfúgios indignos quando não pode sustentar sua posição em fatos e dados ou mesmo na lógica mais elementar.

Fabi escreveu: então o aborto não deve nem ser discutido por homens e sim por mulheres....


Uma frase tão estúpida que eu nem deveria comentar, mas vamos lá.
O aborto é uma questão legal sobre direitos fundamentais da pessoa humana, no qual se confrontam o direito da mulher de dispor de seu próprio corpo e o direito do feto, como pessoa humana em formação, que terá sua humanidade negada caso se considere que o direito da mulher tem precedência sobre os dele ou que os direitos do feto simplesmente não existem.
Esta é uma questão legal e moral extremamente séria.
Afirmar que só mulheres podem discuti-la é tão burro que chega a ser deprimente.


Fabi escreveu:são elas que tem que gerar o feto, depois cuidar... são elas que tem que decidir se o aborto deve ou não ser legalizado...são as únicas que devem decidir isso...


Fabi, sinto muito mas minha paciência para tantas besteiras esgotou.
Some-se aos outros absurdos esta proposta de que só quem está fisicamente ligado a uma questão pode opinar ou decidir sobre ela, como se só os fazendeiros pudessem discutir e decidir leis agrícolas ou só os donos de cachorros devessem decretar como e quando eles devem ser vacinados.


Fabi escreveu:já que tem homens que fazem bebes e depois somem....


Como há mulheres que tem filhos e os jogam recém nascidos na lata de lixo.

Fabi escreveu:homem não entende o peso psicologico de uma gravidez e não tá nem aí


Sou pai e garanto que entendo muito mais disto que você, partindo do palpite de que nunca tenha engravidado.

Fabi escreveu: se é a vida da mulher que está em jogo na questão do aborto....quer apenas feto feto e feto... tomara que no futuro essa questão seja debatida somente entre mulheres....


Talvez em uma ditadura stalinista feminista orwelliana onde o doublethink tenha substituído toda a racionalidade pela aceitação do contraditório e todo direito pela ilusão induzida dele.
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Acauan Guajajara
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Fedidovisk
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fedidovisk »

O NadaSei apresentou argumentos muito "convicentes" e talz.... Embora seja anti-abortista, defendo o direito à liberdade, principalmente sobre o seu corpo... a analogia é fraca, mas é como proíbir o tabaco ou aumentar os impostos, só porque esse mata quem fuma... mas quem sofre, pode escolher fumar ou não...

Mas se anularmos a moral.... e darmos ação dentro das possibilidades em decorrência do que sofres, legalize já...

Como alguém que para enncarar a pobreza que aparentemente só lhe resta roubar.... mas dentro da pobreza existe a possibilidade do trabalho honesto... por isso "moralmente" é justificável o roubo como crime...

Para uma mulher grávida o que pode vir acontecer é algum fator mudar a opinião sobre fazer ou não... mas nada mudará isso, uma condição sem escolha se experimentar, portanto como única possibilidade de não passar por uma experiência que não lhe agrada, o aborto deveria ser legalizado...


Mas não incentivado.... mas se mesmo com o conhecimento de eventuais processos que possam evitar o aborto, a grávida ainda assim se decidir pelo aborto, só resta respeitar-lhe a vontade...

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Judas
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Judas »

Fedidovisk escreveu:O NadaSei apresentou argumentos muito "convicentes" e talz.... Embora seja anti-abortista, defendo o direito à liberdade, principalmente sobre o seu corpo... a analogia é fraca, mas é como proíbir o tabaco ou aumentar os impostos, só porque esse mata quem fuma... mas quem sofre, pode escolher fumar ou não...

Mas se anularmos a moral.... e darmos ação dentro das possibilidades em decorrência do que sofres, legalize já...

Como alguém que para enncarar a pobreza que aparentemente só lhe resta roubar.... mas dentro da pobreza existe a possibilidade do trabalho honesto... por isso "moralmente" é justificável o roubo como crime...

Para uma mulher grávida o que pode vir acontecer é algum fator mudar a opinião sobre fazer ou não... mas nada mudará isso, uma condição sem escolha se experimentar, portanto como única possibilidade de não passar por uma experiência que não lhe agrada, o aborto deveria ser legalizado...


Mas não incentivado.... mas se mesmo com o conhecimento de eventuais processos que possam evitar o aborto, a grávida ainda assim se decidir pelo aborto, só resta respeitar-lhe a vontade...

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Liberdade! :emoticon13:


Qual o problema da OPÇÃO pelo aborto existir? Quem é contra, que continue contra.
Quem é a favor que o faça.
Sabe porque penso assim, porque esta discussão não tera fim nunca, assim quem é a favor fica privado da possibilidade de tomar a propria decisão por meios legais.
O aborto NUNCA DEVE SER INCENTIVADO, porém proibir além de não adiantar nada, vai contra a liberdade de escolha que deveria existir em uma democracia.
"liberdade para assassinar" gritam os anti -aborto.
Puro apelo ao sentimentalismo.
A lei seria taxativa quanto a idade maxima do feto para se permitir o aborto, e por ai vai...
Quando vejo um religioso protestando, irritado, exigindo respeito às suas crenças idiotas, penso logo...BOM SINAL! Sinal de que alguém esta fazendo alguma coisa certa.

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Fabi
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Mensagem por Fabi »

Acauan escreveu:E você Fabi, no que baseia sua crença tão convicta de que a legalização fará o número de abortos diminuir?

O aborto não vai diminuir, o que vai diminuir é a morte de mulheres, o número de crianças abandonadas... eu não entendo o apego a um feto, você acha que sabe do que tá falando mas não sabe... até a décima semana o feto é uma bolinha minuscula, antes disso ele não é nem visivel a olho nú, mas a imagem que você tem (pelo que você escreve) é de um bebê inteiro sendo sugado por uma canula, e isso os médicos não vão fazer, porque eles sabem que fazer isso é como cortar a artéria aorta, eles não tem como conter a hemorragia, eles acabariam matando a mãe...

Espermatozóide e óvulo também deve ser vida né...porque dar tanta importancia para um embrião? a mulher ovula uma vez por mês, o homem produz milhões de espermatozóides...ela pode engravidar de novo....ninguém está falando em tirar bebê inteiro, com cabeça, mão e fugindo da canula, quem é contra o aborto mostra essa mentira pra criar essa imagem de vida, bebê e etc... para comover as pessoas...pra fazer chorar....

Acauan escreveu:Você acha que o aborto é bonito e deve ser feito porque não é vida?

Vai doer o que eu vou falar mas...Moscas são vida, baratas, plantas...mas matam baratas, arrancam plantas...você vai pensar: que absurdo comparar baratas com fetos... mas barata tem tanta conciência quanto um embrião....mas é bonito divagar sobre embrião...vida e etc...não é? já li tanto... mas até agora ninguém divagou sobre a vida que é afetada...a vida da mãe...não tão nem aí se morrem fazendo aborto...e ainda dizem: "fez porque quis" como você pode ver nesse tópico...

Acauan escreveu:Fabi, sem querer ofendê-la e talvez já o fazendo, pelo que me desculpo de antemão, você não está entendendo nada de nada desde quando começou este assunto.
Você é completamente desinformada, jamais pesquisou o tema um pouco mais a fundo, nunca checou fontes, comparou números, confrontou posições.
Apenas abraçou o lado da peleja que achou mais legalzinho e o defende repetindo chavões que não se sustentam nos fatos, os quais quando desmentidos são substituídos por apelos emocionais piegas, como se prova a seguir.

Eu chequei o que interessa...o que é um embrião? quando ele deixa de ser embrião? quando forma o SNC e o coração e o pulmão? e o que o embrião tem antes de ter SNC. Como o aborto é feito legalmente? Até quando ele é permitido? O que os médicos consideram como infanticídio e porque?
E essas perguntas foram respondidas por um médico. E na verdade é isso que interessa... saber o que é um embrião de fato, e não conceitos bonitos sobre vida...
Acauan escreveu:Estou muitíssimo interessado em que você demonstre como chegou a esta irônica conclusão a partir do que escrevi.

Eu falei que mulheres morriam, que sofriam consequencias de aborto clandestino e você não comentou nada. Aliás, não entendeu como seria aborto legalmente e como é o aborto clandestino.
Legalmente os médicos não tiram fetos, tiram embriões... agora vai saber o que tiram clandestinamente...mas você já deve ter visto aquele feto de 8 meses sendo sugado...então...aquilo é aborto clandestino... uma canula sugando um ovinho é aborto legalizado...vou repetir de novo, médicos não tiram fetos de 8 meses, e muito menos com cânula, porque a mulher teria hemorragia e morreria, eles não conseguem conter a hemorragia....os médicos tão interessados na vida da mãe, eles não querem matar a mãe....e querem que ela perca o útero....

Acauan escreveu:Como se o único modo de evitar a morte de mulheres fosse legalizando o aborto.
Este é mais um absurdo de tal monta que é surpreendente que pessoas minimamente racionais o repitam sem qualquer reflexão.

A lógica óbvia dos fatos é que se mulheres morrem devido a abortos clandestinos, a responsabilidade destas mortes recai sobre o aborto clandestino e não sobre a clandestinidade do aborto.
Isto é tão espetacularmente visível que só uma cegueira auto-induzida permite que se inverta a realidade dos fatos a tal ponto.

O que deve ser combatido é gravidez precoce ou indesejada, se não há como evitar que mulheres recorrerão ao aborto clandestino, não há qualquer certeza de que a legalização resolverá o problema, particularmente no Brasil onde o sistema de saúde pública é deficiente e em algumas regiões simplesmente não existe.

A única certeza é que mais fetos serão destruídos.

Tire aquela imagem de uma canula sugando um feto de 8 meses, e na verdade vamos parar de usar essa palavra feto, vamos dizer embrião, porque o aborto legalmente só seria feito com embriões.... e eu já expliquei o porque...
Acauan escreveu:
Fabi escreveu: mas parece que para vocês o feto é mais importante....

Também gostaria que mostrasse uma única frase minha que levasse a esta conclusão. Basta recortá-la e colá-la em seu próximo post, explicando a correlação.

Correlação do que? um embrião, sem conciencia, sem coração, sem pulmão, sem cérebro é igual um ser humano completo (que no caso seria a mãe)?
Acauan escreveu:Pelo que está parecendo para você, o que me faz crer que à sua completa desinformação e incapacidade analítica devo acrescentar a tendência a apelar para subterfúgios indignos quando não pode sustentar sua posição em fatos e dados ou mesmo na lógica mais elementar.

Tanto quanto é indigno mostrar um feto de 8 meses sendo sugado, e mostrar aquilo como a verdade do aborto... olha.... eu não estou apelando, apenas tá parecendo que a mulher grávida é uma caixa que guarda um embrião, que não pensa, não tem sentimentos, e que deve suportar tudo...e as coisas não são bem assim....mas tenta explicar isso pro nadasei e pro alter-ego....
Acauan escreveu:Uma frase tão estúpida que eu nem deveria comentar, mas vamos lá.
O aborto é uma questão legal sobre direitos fundamentais da pessoa humana, no qual se confrontam o direito da mulher de dispor de seu próprio corpo e o direito do feto, como pessoa humana em formação, que terá sua humanidade negada caso se considere que o direito da mulher tem precedência sobre os dele ou que os direitos do feto simplesmente não existem.
Esta é uma questão legal e moral extremamente séria.
Afirmar que só mulheres podem discuti-la é tão burro que chega a ser deprimente.


bom... vamos discutir o aborto entre a igreja católica...o que acha? ou melhor...o uso da camisinha....dê uma lida nos posts do nadasei e do alter-ego e você vai entender o porque eu falei isso...agora eu to sem tempo eu tenho que sair...
Ahh, e saiba de uma coisa, numa familia estruturada a mulher não aborta, quando é uma adolescente de 17 anos que engravidou de um menino de 17 que não trabalha e é sustentado por pais aí sim... não estou falando da reação do homem em uma familia estruturada e sim numa situação como aquela ou parecida.....

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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

Fabi escreveu:bom... vamos discutir o aborto entre a igreja católica...o que acha? ou melhor...o uso da camisinha....dê uma lida nos posts do nadasei e do alter-ego e você vai entender o porque eu falei isso...agora eu to sem tempo eu tenho que sair...

Claro...
Você não refutou NENHUM de meus argumentos e só tentou descaracteriza-los por eu ser homem (ou a seu ver, machista), ou por ser religioso.

Eu já era contra o aborto quando ateu, ser contrario ao aborto, no meu caso, NADA tem com o fato deu ser religioso ou homem.
Tanto que eu não usei nenhum apelo a religiosidade, deus ou qualquer coisa do gênero, usei apenas argumentos racionais que qualquer ateu poderia usar.

Já você... usa da irracionalidade e de apelos feministas e sentimentais o tempo todo.
Um exemplo foi quando citou casos de estupro, outro exemplo vemos abaixo:
Fabi escreveu:Ahh, e saiba de uma coisa, numa familia estruturada a mulher não aborta, quando é uma adolescente de 17 anos que engravidou de um menino de 17 que não trabalha e é sustentado por pais aí sim... não estou falando da reação do homem em uma familia estruturada e sim numa situação como aquela ou parecida.....

Vamos então discutir apenas a legalização de aborto em casos de estupro ou de menores de 18 anos?

Acho que você não vai ficar satisfeita com isso...
Você apela a esses exemplos, para defender a liberação geral.

Depois, isso que você diz é mentira.
Minha irmã abortou aos 29 anos de idade e eu conheço outras garotas entre os 25/30 anos, que abortaram mais de uma vez.
Motivo desses abortos?

Irresponsabilidade, transaram sem usar de nenhuma das MUITAS opções, como o diafragma, a camisinha, anti-concepcionais, etc...

Sabe o que é pior?
Na maioria dos casos, a garota não engravida na primeira vez que transa sem nenhum tipo de cuidado, sem nem ao menos tentar o coito interrompido. Na maioria dos casos a garota repete esse comportamento muitas vezes e sempre fica preocupada em estar gravida, ainda assim, não corrige o comportamente até que acaba gravida.
Dai o que ela faz?
Foge da responsabilidade e aborta, algumas, mais de uma vez.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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NadaSei
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Fabi escreveu:
NadaSei escreveu:
André escreveu:Estupro é um crime hediondo e a mulher não deve ser obrigada pelo Estado a ter um filho desse homem desprezível que a violentou.

Sim, vejo o problema do estupro como um caso digno de discussão, assim como outros casos especiais.
Só acho que a criança também não tem culpa, dessa forma, não deve pagar o mais alto preço, pagar com a vida.

É um crime hediondo e no caso de uma gravidez resultar disso, é pior ainda para essa mulher. Mesmo assim, penso que o melhor seria ter o filho e, se quiser, dá-lo a adoção.
O trauma da mulher definitivamente é o que torna isso digno de discussão, só não estou convencido de que o fato de minimizar esse trauma, eliminando uma vida, seja a melhor solução.
Parece que algumas mulheres passam por isso sem que o agravante traumático seja assim tão grande.

Que opnião machista....

Dicionário da Fabi:
Machismo; qualquer opinião vinda de um homem que contrarie as minhas crenças.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Fedidovisk escreveu:Mas se anularmos a moral.... e darmos ação dentro das possibilidades em decorrência do que sofres, legalize já...

Como alguém que para enncarar a pobreza que aparentemente só lhe resta roubar.... mas dentro da pobreza existe a possibilidade do trabalho honesto... por isso "moralmente" é justificável o roubo como crime...

Para uma mulher grávida o que pode vir acontecer é algum fator mudar a opinião sobre fazer ou não... mas nada mudará isso, uma condição sem escolha se experimentar, portanto como única possibilidade de não passar por uma experiência que não lhe agrada, o aborto deveria ser legalizado...


Mas não incentivado.... mas se mesmo com o conhecimento de eventuais processos que possam evitar o aborto, a grávida ainda assim se decidir pelo aborto, só resta respeitar-lhe a vontade...

O problema é que isso não é uma decisão que envolve apenas um individuo e, por isso, não pode ser chamado de um "escolha" que deve ser respeitada.

Seria como querer respeitar a "escolha" de alguém que quer roubar algo de outrem ou tirar-lhe a vida.

As pessoas se apegam muito a idéia de SNC e consciência.
Sendo um ser ainda sem consciência, poderíamos suspender a "moral" e tirar-lhe toda sua vida que ainda está por vir.
O problema é que essa é uma idéia muito subjetiva.

Se formos analisar friamente, não há diferença entre tirar a vida de alguém que ainda não tem consciência, ou tirar a vida de quem já tem.
Se eu mato alguém, qual o problema nisso?
Essa pessoa não terá mais consciência, é só isso.
Não vai mais viver e experimentar as coisas da vida.

Ela vai sofrer com isso?
Não.
Ela de fato, nem vai saber que morreu... apenas deixa de existir e de viver aquilo que poderia ter vivido.

O problema que alguém pode colocar aqui, é o sofrimento dela sabendo que vai morrer, ou o sofrimento dos entes queridos.
Se o problema é só esse, então é perfeitamente aceitável matar um mendigo que não tenha antes queridos que possam sofrer com sua ausência, enquanto ele dorme, assim ele não vai saber que vai morrer e nem ele, nem ninguém vai sofrer com isso.

Qual o problema que vemos em interromper a vida de alguém?

Temos empatia.
Nós reconhecemos o direito daquele ser, de aproveitar a vida enquanto ela lhe é possível, sem que esse direito seja negado por um terceiro, sem que essa vida seja negada por alguém que não é a própria pessoa.
Não damos a um terceiro, o direito de "escolher" se o outro vai ou não curtir a vida enquanto essa lhe é possível.
Nós reconhecemos o direito ao potencial de vivencia do individuo, aquilo que ele pode vir a viver, no tempo incerto que isso for possível a ele, sem que outra pessoa interrompa esse tempo incerto de forma prematura.
Nós não damos a outras pessoas, o direito de escolher colocar um fim a esse tempo, de decidir quando esse tempo termina.

Um feto pode "ainda" não ter consciência, mas sabemos que se tudo ocorrer bem durante a gravidez, ele terá uma vida como a de qualquer outro ser humano.
Enquanto um feto ou embrião em formação, sabemos que, se não for abortado, ele se tornará um ser humano, tendo desde já, o potencial de viver todas as experiências como qualquer outro ser humano.

O potencial de vida, o potencial de viver, conhecer e fazer certas coisas, ambos têm. Seja um homem já consciente ou um embrião inconsciente.
É o potencial de vida que valorizamos.
Quando você mata um embrião, você tirou de um ser vivo que poderia viver todas as coisas da vida por um tempo incerto, a chance dele faze-lo.

Analisando friamente, qual a diferença em negar esse "potencial" de vida, a um ser que nunca foi consciente (mas teria sido), ou negar esse potencial a um ser que já é consciente?
A unica diferença, é que o ser que já é consciente, pôde ao menos aproveitar algumas das coisas boas que valorizamos na vida, enquanto um ser que nunca foi consciente, não pôde aproveitar absolutamente nada.
Você prefere morrer aos 15 ou aos 60? Aos 7 ou aos 70?
Prefere viver e morrer jovem, ou nunca ter vivido?

Analisando friamente, qual a diferença entre matar um homem adulto enquanto dorme ou um embrião inconsciente?
Em ambos os casos, eliminamos o potencial de vivencia que aquele ser poderia vir a ter e é esse potencial que valorizamos.

Eu não soube educar meu filho, o mimei demais e nunca coloquei limites, agora ele, com 4 anos de idade não me respeita, me xinga, me bate e me fazer sofrer.
Meu sofrimento justifica tirar-lhe seu potencial de vida?
Os inconvenientes de uma gravidez, justificam tirar de um ser o seu potencial de vida?
Em ambos os casos, o sofrimento é resultado das próprias ações da pessoa e, em ambos os casos, se a pessoa nada fizer para interromper o potencial de vivencia desse ser, ele poderá usufrui-lo com a mesma incerteza de tempo que qualquer outro ser humano.
A única diferença é que no primeiro caso, o ser já aproveitou algumas coisas, enquanto no segundo, não aproveitou nenhuma.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Herr Felipe »

o aborto deve ser um direito de toda mulher
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Acauan
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Acauan »

Usuário deletado escreveu:
Herr Felipe escreveu:o aborto deve ser um direito de toda mulher


Abortista, petista, agora só falta ser criacionista...


Faltava. É passado.
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Fedidovisk
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fedidovisk »

Acauan escreveu:
Usuário deletado escreveu:
Herr Felipe escreveu:o aborto deve ser um direito de toda mulher


Abortista, petista, agora só falta ser criacionista...


Faltava. É passado.


Amém...

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Acauan
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Acauan »

Fedidovisk escreveu:
Acauan escreveu:
Usuário deletado escreveu:
Herr Felipe escreveu:o aborto deve ser um direito de toda mulher


Abortista, petista, agora só falta ser criacionista...


Faltava. É passado.


Amém...


Até para ser bogus se exige um mínimo de competência.
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Acauan Guajajara
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DIG
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por DIG »

Alguém chuta de quem ele seria bogus?

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NadaSei
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Acauan escreveu:Até para ser bogus se exige um mínimo de competência.

:emoticon266:
Foi tarde...
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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DIG
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por DIG »

Bah, tinham que excluir aquela gracinha de tópico que ele tinha aberto :emoticon12: ?
Tava tão legal ownar ele...

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André
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por André »

Acauan escreveu:
Fedidovisk escreveu:
Acauan escreveu:
Usuário deletado escreveu:
Herr Felipe escreveu:o aborto deve ser um direito de toda mulher


Abortista, petista, agora só falta ser criacionista...


Faltava. É passado.


Amém...


Até para ser bogus se exige um mínimo de competência.


Ele era bogus de quem? Curiosidade mesmo.

Se não era pq foi banido?
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »



Muito provavelmente, André, era o Aurélio


Bjs


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André
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Mensagem por André »

salgueiro escreveu:

Muito provavelmente, André, era o Aurélio


Bjs



Hum. Eu não conheci o Aurelio. Pelo menos agora não to me lembrando.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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salgueiro
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Localização: rio de janeiro

Mensagem por salgueiro »

André escreveu:
salgueiro escreveu:

Muito provavelmente, André, era o Aurélio


Bjs



Hum. Eu não conheci o Aurelio. Pelo menos agora não to me lembrando.


Se tivesse conhecido, lembraria :emoticon16:


Bjs


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Aranha
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Contato:

Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Aranha »

Acauan escreveu:
Fedidovisk escreveu:
Acauan escreveu:
Usuário deletado escreveu:
Herr Felipe escreveu:o aborto deve ser um direito de toda mulher


Abortista, petista, agora só falta ser criacionista...


Faltava. É passado.


Amém...


Até para ser bogus se exige um mínimo de competência.




- Pois é, mais óbvio impossível....
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Fedidovisk
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fedidovisk »

NadaSei escreveu:
Fedidovisk escreveu:Mas se anularmos a moral.... e darmos ação dentro das possibilidades em decorrência do que sofres, legalize já...

Como alguém que para enncarar a pobreza que aparentemente só lhe resta roubar.... mas dentro da pobreza existe a possibilidade do trabalho honesto... por isso "moralmente" é justificável o roubo como crime...

Para uma mulher grávida o que pode vir acontecer é algum fator mudar a opinião sobre fazer ou não... mas nada mudará isso, uma condição sem escolha se experimentar, portanto como única possibilidade de não passar por uma experiência que não lhe agrada, o aborto deveria ser legalizado...


Mas não incentivado.... mas se mesmo com o conhecimento de eventuais processos que possam evitar o aborto, a grávida ainda assim se decidir pelo aborto, só resta respeitar-lhe a vontade...

O problema é que isso não é uma decisão que envolve apenas um individuo e, por isso, não pode ser chamado de um "escolha" que deve ser respeitada.

Seria como querer respeitar a "escolha" de alguém que quer roubar algo de outrem ou tirar-lhe a vida.

As pessoas se apegam muito a idéia de SNC e consciência.
Sendo um ser ainda sem consciência, poderíamos suspender a "moral" e tirar-lhe toda sua vida que ainda está por vir.
O problema é que essa é uma idéia muito subjetiva.

Se formos analisar friamente, não há diferença entre tirar a vida de alguém que ainda não tem consciência, ou tirar a vida de quem já tem.
Se eu mato alguém, qual o problema nisso?
Essa pessoa não terá mais consciência, é só isso.
Não vai mais viver e experimentar as coisas da vida.

Ela vai sofrer com isso?
Não.
Ela de fato, nem vai saber que morreu... apenas deixa de existir e de viver aquilo que poderia ter vivido.

O problema que alguém pode colocar aqui, é o sofrimento dela sabendo que vai morrer, ou o sofrimento dos entes queridos.
Se o problema é só esse, então é perfeitamente aceitável matar um mendigo que não tenha antes queridos que possam sofrer com sua ausência, enquanto ele dorme, assim ele não vai saber que vai morrer e nem ele, nem ninguém vai sofrer com isso.

Qual o problema que vemos em interromper a vida de alguém?

Temos empatia.
Nós reconhecemos o direito daquele ser, de aproveitar a vida enquanto ela lhe é possível, sem que esse direito seja negado por um terceiro, sem que essa vida seja negada por alguém que não é a própria pessoa.
Não damos a um terceiro, o direito de "escolher" se o outro vai ou não curtir a vida enquanto essa lhe é possível.
Nós reconhecemos o direito ao potencial de vivencia do individuo, aquilo que ele pode vir a viver, no tempo incerto que isso for possível a ele, sem que outra pessoa interrompa esse tempo incerto de forma prematura.
Nós não damos a outras pessoas, o direito de escolher colocar um fim a esse tempo, de decidir quando esse tempo termina.

Um feto pode "ainda" não ter consciência, mas sabemos que se tudo ocorrer bem durante a gravidez, ele terá uma vida como a de qualquer outro ser humano.
Enquanto um feto ou embrião em formação, sabemos que, se não for abortado, ele se tornará um ser humano, tendo desde já, o potencial de viver todas as experiências como qualquer outro ser humano.

O potencial de vida, o potencial de viver, conhecer e fazer certas coisas, ambos têm. Seja um homem já consciente ou um embrião inconsciente.
É o potencial de vida que valorizamos.
Quando você mata um embrião, você tirou de um ser vivo que poderia viver todas as coisas da vida por um tempo incerto, a chance dele faze-lo.

Analisando friamente, qual a diferença em negar esse "potencial" de vida, a um ser que nunca foi consciente (mas teria sido), ou negar esse potencial a um ser que já é consciente?
A unica diferença, é que o ser que já é consciente, pôde ao menos aproveitar algumas das coisas boas que valorizamos na vida, enquanto um ser que nunca foi consciente, não pôde aproveitar absolutamente nada.
Você prefere morrer aos 15 ou aos 60? Aos 7 ou aos 70?
Prefere viver e morrer jovem, ou nunca ter vivido?

Analisando friamente, qual a diferença entre matar um homem adulto enquanto dorme ou um embrião inconsciente?
Em ambos os casos, eliminamos o potencial de vivencia que aquele ser poderia vir a ter e é esse potencial que valorizamos.

Eu não soube educar meu filho, o mimei demais e nunca coloquei limites, agora ele, com 4 anos de idade não me respeita, me xinga, me bate e me fazer sofrer.
Meu sofrimento justifica tirar-lhe seu potencial de vida?
Os inconvenientes de uma gravidez, justificam tirar de um ser o seu potencial de vida?
Em ambos os casos, o sofrimento é resultado das próprias ações da pessoa e, em ambos os casos, se a pessoa nada fizer para interromper o potencial de vivencia desse ser, ele poderá usufrui-lo com a mesma incerteza de tempo que qualquer outro ser humano.
A única diferença é que no primeiro caso, o ser já aproveitou algumas coisas, enquanto no segundo, não aproveitou nenhuma.


Também tenho esse argumento do "porvir"...

Mas como você disse do tirar a vida de outrem... você tem mais de uma escolha para mudar uma situação, se a vontade já não é satisfeita... como só restasse apenas arrancar a vida, mas não, existem outros modos nessa situação de alcançar o mesmo objetivo, falando em termos de o que leva a pessoa à cometer o homicídio... por isso seria criminoso... mas existem também os que tem sede de matar, esses são os psicopatas... o único meio é matando ou matando... e não reflexo ou consequência... é a vontade pura.

A grávida é colocada em uma situação em que ela é obrigada à aceitar algo contra o seu desejo.

Tem gente que não gosta da própria vida... e se essa dentro de tudo que tem à oferecer, já não mais satisfaz, então só resta o suicídio... seria mais ou menos como... essa pessoa antes de uma situação aparentemente imutável, seja ela por razões de tristezas vindas do meio... ela vive com seu "eu", e por momento tem vontade de acabar com esse... para essa pessoa só resta respeitar-lhe a vontade, ainda que o que leve ela à fazer isso possa mudar... a questão é que o que leva ela agora, e não há nada que mude isso...

Existem pessoas que só vêem solução no crime... mas para atingir os seus objetivos, não existe só o crime... o crime é um meio de alcançar esses...

O único jeito de atingir um objetivo em relação à própria vida, quando nada externo satisfaz... é só o...


A grávida, não tratando aqui o questão da legalidade do aborto e consequentemente do feto, vive uma realidade semelhante... e por incrível que pareça o feto também... só que o raio de ação desse é menor, e puramente instintivo. Como nada mudará o fato dela estar grávida, e qualquer meio utilizado para "conformar", senão o aborto, não trará a solução definitiva... pois nesse caso a única coisa que atende as necessidades, ou vontade, seria o aborto... pois é uma condição que estará ligada à você independente da sua postura e da postura de outros de fora para com você...

Acho "torturante" obrigar alguém à viver sob uma condição, sem "remédio" e as vezes até "calmante", contra sua vontade, quando a saída para essa só existe um caminho, e esse é proíbido....


Agora como comentado agora pouco, o feto fica na mesma situação... O.O

Esse fica sem capacidade de reação... e sob certo ascpeto a mãe também... pois o único meio de ela atingir algo que possa tornar um processo menos doloroso, é através da dor... para umas deve ser doloroso também ter como único meio, o aborto... mas quando a vontade sobrepõem até a dor, só resta respeitar...

Porque no fundo a grávida na quer matar o feto... ela apenas não quer ter de passar por uma gravidez ou ter um filho, se bem que essa ultima existe outros meios, embora quase todos puramente ideológicos...
_________________

Agora uma opinião mais pessoal, jamais acho justificavel senão o desejo mesmo, o aborto... como argumentos de origens econômicas, ou pressões externas...

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NadaSei
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Fedidovisk escreveu:Também tenho esse argumento do "porvir"...

O problema com isso, no fim, não é só com o provir...
Existe um outro problema, sempre que tentamos justificar o direito a vida baseados em alguma coisa, isso se volta contra o homem.
Ao tentar justificar a consciência, a razão, ou qualquer outra coisa, como aquilo que da direito, isso sempre se volta contra os humanos.
É como tentar defender que apenas humanos tem direito a vida, por terem consciência (alma), isso já se mostrou problemático no passado e continua sendo hoje, seja pelo argumento abortista, pelo religioso, ou por aqueles que defendem que animais são "coisas". Isso sempre se volta contra nós.
Parece que a consciência, alma, razão, etc... são sempre as desculpas.
Fedidovisk escreveu:Mas como você disse do tirar a vida de outrem... você tem mais de uma escolha para mudar uma situação, se a vontade já não é satisfeita... como só restasse apenas arrancar a vida, mas não, existem outros modos nessa situação de alcançar o mesmo objetivo, falando em termos de o que leva a pessoa à cometer o homicídio... por isso seria criminoso...

O problema aqui, é que a gestante, tem a opção de entregar a criança a adoção.
Por pior que possa vir a ser uma gravidez (e ela não costuma ser tão ruim assim), são apenas 9 meses.

O que vale mais?
A vida de um ser humano, ou poupar alguém de 9 meses com dor de barriga?
A grande questão aqui que nunca deve ser esquecida, é que esses nove meses, são de responsabilidade da gestante.
Ela poderia ter evitado isso, agora deve arcar com o resultado de seus próprios atos.
Fedidovisk escreveu:A grávida é colocada em uma situação em que ela é obrigada à aceitar algo contra o seu desejo.

Consequência de seus próprios atos...
Certamente é uma infelicidade, assim como alguém que vai esquiar e se arrebenta toda, tendo que passar 2 anos fazendo fisioterapia.
É uma pena, mas é um risco que ambos aceitam pela diversão, um do qual não podem fugir as consequências.

No caso do acidente com esqui, a pessoa não tem nenhuma opção, ou faz o tratamento de 2 anos, ou nunca volta a andar.
No caso da gravidez, matar um outro ser vivo deveria ser considerado uma opção? Para evitar 9 meses de chateação?
Lógico que não. Matar outro ser vivo, não é opção, nunca foi.

O dia em que matar outro ser vivo virar opção para evitar transtornos, estamos ferrados.
Vou matar alguém a quem devo dinheiro, vai me evitar o transtorno de ter que trabalhar duro por 1 anos para paga-lo.
Veja que aqui, eu também não tenho outra opção, que me livre desse transtorno... ou eu trabalho duro, ou eu mato.
Quem pediu dinheiro emprestado?
Quem usufruiu dos benefícios ou prazeres proporcionado por esse dinheiro?

Posso eu, dizer que estou em uma sinuca? Posso argumentar que não é justo me obrigar a trabalhar duro sendo que tenho uma "opção" que vai me poupar esse inconveniente?
Eu devo ser obrigado a trabalhar duro, contra minha própria vontade, tendo sofrimento e sem ter benefícios com isso?

O problema é que os abortistas já transformaram eliminar uma vida, em "opção", sendo que o imaginário popular tem engolido essa...
Até o nome do movimento é absurdo... "pró-escolha".
Já as "escolhas" de proteção que poderiam ter evitado a gravidez... bem, dessas escolhas ninguém lembra, ninguém fala.

Uma mulher grávida e que não quer estar grávida, é como um acidentado que quer estar inteiro... nenhum dos dois tem "opção", tirar uma vida de um ser vivo, não é "opção" para se aliviar o sofrimento de terceiros.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Fabi
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

Notícia interessante: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/0 ... 054602.asp dessa vez eu chequei as fontes Acauan, pode ir lá checar também.

Nadasei, eu não falo de mulheres como a sua irmã que abortou um monte de vezes... eu falo de mulheres pobres, as vezes adolescentes de 12, 13 anos que engravidam, essa mulher do tipo da sua irmã, ela não precisa que o aborto seja legal ou não, ela tem acesso a informação de como fazer isso em segurança, e também a mulher rica viaja para os estados unidos e faz o aborto lá....a mulher pode ter outros filhos... e a mais prejudicada pelo aborto clandestino não são mulheres ricas, e sim as pobres que engravidam de algum drogado e fazem aborto em condições precárias e morrem... vocês sonham com uma mulher estabilizada querendo fazer aborto, mas na realidade quem é casada, com condições financeiras, não vai fazer aborto... o aborto é feito por mulheres que são abandonadas pelo namorado, que não tem condições financeiras de criar o bebe naquele momento... Cada mulher deve ter o direito de fazer o aborto em condições seguras, quem é contra não vai cuidar da criança dessa mulher que quer abortar, e nem pensa em medidas para ajudar a cuidar da tal criança...só impõe a sua visão sonhadora na vida alheia...enquanto a realidade é outra...falta em vocês um pouco de empatia, se colocar no lugar dessa mulher que quer abortar, ou nessa criança (que ainda nem existe) que pode virar um menino de rua, que pode ser maltratado por essa mãe que não quis o bebe...além de que ter filho na hora errada contribui pra pobreza....eu conheço uma pessoa...que teve o primeiro filho com 16 anos, com um drogado, ela não pensou em aborto, mas só pra exemplificar... hoje ela tem 27 anos e está no sexto filho...se você chegar na casa dela com uma caixa de leite (com 12 caixas) e nescau, as crianças comem até vomitar...sabe porque? porque elas passam fome, muita fome... e antes essa menina tinha uma vida " boa" digamos assim, não passava fome, estudava e etc... hoje ela está morando numa casa pequena, com 6 filhos, dormindo em chão duro, sem ter o que comer, e mais o filho mais velho dela virou menino de rua.... bem vindos a realidade....
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Fabi
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

A CUT e a luta pela legalização do aborto
Rosane da Silva é secretária de Política Sindical da CUT Nacional.
14.06.2007 | 11:15
Por: CUT

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Todo mundo tem uma história para contar, conhece alguém de sua família, escola ou comunidade que engravidou fora de hora, apesar de usar métodos contraceptivos; que sofreu um estupro e, infelizmente, além de toda a violência, engravidou. Ou então aquela amiga cujo namorado ou marido não admite usar preservativo. Já ouviu falar também de mulheres que sofreram abortos naturais. O aborto é feito ou por decisão da mulher ou de forma espontânea, portanto, é parte da vida e saúde das mulheres.



As mulheres pobres e negras são as mais penalizadas pelo fato de o aborto ser ilegal, pagando muitas vezes com suas próprias vidas. As que não tem dinheiro, para serem atendidas nos hospitais públicos, tentam iniciar o sangramento utilizando combinações de ervas (as chamadas garrafadas), colocando sondas ou tomando o medicamento Citotec. Essas tentativas sempre levam a mulher a precisar de atendimento hospitalar. Esse então é o segundo problema, pois serão mal tratadas, discriminadas e às vezes, o próprio médico chama a polícia para denunciar o aborto. Esta é uma realidade da vida das mulheres, da nossa vida.



No Brasil, cerca de 30% das gestações terminam em abortamento e as estimativas afirmam que todos os anos ocorrem 1,4 milhão de abortamentos espontâneos e/ou inseguros. Por ser ilegal e clandestino, é uma das principais causas da mortalidade materna.



Aborto e opressão das mulheres


A história da criminalização do aborto caminha junto com a opressão das mulheres, que são tratadas de forma desigual na sociedade e não têm direito de decidir sobre sua vida. Trata-se de uma forma de controlar a vida, o corpo e a sexualidade das mulheres. Ser mãe não pode ser uma obrigação. Precisa ser uma decisão da mulher, implica muitas mudanças no aspecto físico e emocional, no projeto de vida naquele momento. Uma gravidez não pode ser uma imposição ou castigo.



Há tempos exigimos que as mulheres tenham atendimento integral à sua saúde. A interrupção de uma gravidez é uma circunstância altamente desconfortável e, muitas vezes, traumática para as mulheres. Não se trata, portanto, de recorrer ao aborto como método contraceptivo, muito pelo contrário. Trata-se de combinar a legalização do aborto com a ampliação do acesso das mulheres à informação, aos métodos contraceptivos e de criar condições para que elas negociem o uso de preservativos com seus companheiros de forma tranqüila, o que, muitas vezes, não ocorre. A interrupção da gravidez indesejada deve ser usado, mas como o último recurso.

(...)
Texto completo: http://www.cut.org.br/publique/cgi/cgil ... 713&sid=21
Esse texto tem seu fundo de verdade, apesar de ser um tanto CUT... até que a turma do lulla tem razão de vez em quando... :emoticon22:

Trancado