Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
- RicardoVitor
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NOTA DE REPÚDIO
CONTRA A PERSEGUIÇÃO DO GOVERNO LULA A LIDERANÇAS MESTIÇAS E À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DE RELIGIÃO
O FÓRUM MESTIÇO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, outras instituições e particulares vêm por meio desta expressar seu repúdio à política de perseguição a lideranças do movimento mestiço brasileiro empreendida pelo governo LULA, denunciar a ameaça que atitudes de inspiração totalitária como esta representam às liberdades civis duramente conquistadas pelo povo brasileiro e solicitar o apoio dos democratas deste país contra tais agressões à liberdade individual, de expressão, de consciência, de religião e ao direito do mestiço brasileiro afirmar sua identidade diante da política antimestiça empreendida pelo governo federal. Em resposta às denúncias públicas do movimento mestiço contra esta política discriminatória, o governo petista, em vez de reconhecer seus equívocos, opta por adotar métodos que trazem à memória o famoso “caso da quebra do sigilo bancário do caseiro” e de forma inescrupulosa usa contra movimentos populares sustentados pelo idealismo de cidadãos assalariados o poder da riquíssima máquina pública para buscar investigar a vida privada de uma liderança do movimento mestiço. O governo do PT tenta, assim, transformar em “caso de polícia” um problema social criado por sua política desastrosa no campo das questões étnico-raciais, implantada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), a qual já conseguiu a façanha de introduzir o ódio e o choque étnico-racial no país.
Neste mês, o Sr. LEÃO ALVES, atual presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro e médico especialista em Saúde da Família, foi intimado a comparecer a uma delegacia de polícia para “esclarecer” sobre artigo publicado há cerca de quatro anos atrás onde fez críticas pessoais ao modo como o governo federal abordava o uso de preservativos em suas propagandas de prevenção contra AIDS/DSTs. Embora o questionamento do governo federal, que buscava enquadrar o Sr. LEÃO ALVES no art. 265 do CPB, fosse de 2003, época do primeiro mandato do governo LULA, por motivos não esclarecidos ressurgiu agora, logo após este fórum ter lançado uma Carta Aberta à CNBB com críticas à política antimestiça do governo federal. Não é a primeira vez que o movimento mestiço, um movimento popular com escassos recursos financeiros para proteger-se de processos judiciais, fica sob o ataque de pessoas e grupos ligados ao governo LULA que, deduzindo de seus recentes ataques à Igreja e aos pais, parece não estar muito aberto a opiniões divergentes sobre seus posicionamentos em relação à questão da camisinha. Desta vez, porém, o governo – que em vez de ficar colocando a polícia atrás de movimentos populares e de cidadãos brasileiros pobres e idealistas deveria, isto sim, estar colocando-a atrás de criminosos ricos e egoístas como aqueles denunciados por crimes de corrupção no período do seu último mandato –, o próprio governo federal apresenta-se como o autor da inquisição contra o Sr. LEÃO ALVES. Esta não foi a primeira investida do governo federal contra a honra de lideranças do movimento mestiço e, se a miopia e prepotência governamental persistirem, acreditamos que não será a última. Como sabemos da justiça de nosso direito de afirmarmos nossa identidade, também sabemos que difamações, perseguições, prisões e atitudes mais extremas não poderão calar nem por um fim aos mestiços brasileiros.
Manaus (AM), 21 de março de 2007.
Fórum Mestiço de Políticas Públicas
Associação Amazonense de Nordestinos e Descendentes - ANDESC
Amazonvox
Associação Comunitária Park dos Buritis
Associação Comunitária Parque Riachuelo II
Associação dos Caboclos e Ribeirinhos da Amazônia - ACRA
Fórum Afro da Amazônia - FORAFRO
Juventude Mestiça - JM
Movimento de Mulheres Mestiças - MMM
Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro - Nação Mestiça
Organização Brasileira de Afrodescendentes - OBÁ
Organização da Resistência Mulata
CONTRA A PERSEGUIÇÃO DO GOVERNO LULA A LIDERANÇAS MESTIÇAS E À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DE RELIGIÃO
O FÓRUM MESTIÇO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, outras instituições e particulares vêm por meio desta expressar seu repúdio à política de perseguição a lideranças do movimento mestiço brasileiro empreendida pelo governo LULA, denunciar a ameaça que atitudes de inspiração totalitária como esta representam às liberdades civis duramente conquistadas pelo povo brasileiro e solicitar o apoio dos democratas deste país contra tais agressões à liberdade individual, de expressão, de consciência, de religião e ao direito do mestiço brasileiro afirmar sua identidade diante da política antimestiça empreendida pelo governo federal. Em resposta às denúncias públicas do movimento mestiço contra esta política discriminatória, o governo petista, em vez de reconhecer seus equívocos, opta por adotar métodos que trazem à memória o famoso “caso da quebra do sigilo bancário do caseiro” e de forma inescrupulosa usa contra movimentos populares sustentados pelo idealismo de cidadãos assalariados o poder da riquíssima máquina pública para buscar investigar a vida privada de uma liderança do movimento mestiço. O governo do PT tenta, assim, transformar em “caso de polícia” um problema social criado por sua política desastrosa no campo das questões étnico-raciais, implantada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), a qual já conseguiu a façanha de introduzir o ódio e o choque étnico-racial no país.
Neste mês, o Sr. LEÃO ALVES, atual presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro e médico especialista em Saúde da Família, foi intimado a comparecer a uma delegacia de polícia para “esclarecer” sobre artigo publicado há cerca de quatro anos atrás onde fez críticas pessoais ao modo como o governo federal abordava o uso de preservativos em suas propagandas de prevenção contra AIDS/DSTs. Embora o questionamento do governo federal, que buscava enquadrar o Sr. LEÃO ALVES no art. 265 do CPB, fosse de 2003, época do primeiro mandato do governo LULA, por motivos não esclarecidos ressurgiu agora, logo após este fórum ter lançado uma Carta Aberta à CNBB com críticas à política antimestiça do governo federal. Não é a primeira vez que o movimento mestiço, um movimento popular com escassos recursos financeiros para proteger-se de processos judiciais, fica sob o ataque de pessoas e grupos ligados ao governo LULA que, deduzindo de seus recentes ataques à Igreja e aos pais, parece não estar muito aberto a opiniões divergentes sobre seus posicionamentos em relação à questão da camisinha. Desta vez, porém, o governo – que em vez de ficar colocando a polícia atrás de movimentos populares e de cidadãos brasileiros pobres e idealistas deveria, isto sim, estar colocando-a atrás de criminosos ricos e egoístas como aqueles denunciados por crimes de corrupção no período do seu último mandato –, o próprio governo federal apresenta-se como o autor da inquisição contra o Sr. LEÃO ALVES. Esta não foi a primeira investida do governo federal contra a honra de lideranças do movimento mestiço e, se a miopia e prepotência governamental persistirem, acreditamos que não será a última. Como sabemos da justiça de nosso direito de afirmarmos nossa identidade, também sabemos que difamações, perseguições, prisões e atitudes mais extremas não poderão calar nem por um fim aos mestiços brasileiros.
Manaus (AM), 21 de março de 2007.
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Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
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- Fernando Silva
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Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Johnny escreveu:Racismo e preconceito no Brasil? Só se for na França...
Nem sei a causa de colocarem este tópico...
...conheço gente que, porque arranjou emprego (depois de tempos desempregado) "voltou" a ser e ter e mesma arrogância de outrora. Isso é Brasil. Povinho medíocre, hipócrita e metido a besta. Puxa-se-lhe o tapete e o mesmo lambe os sapatos dos iguais. Dá-se-lhe condições ou posição e o mesmo passa a atacar e cuspir no prato que comeu.
Gente, vocês vivem num sonho! Estão aquém da realidade nua e crua. Vá-lha-me-deus...
Temos racismo e preconceito no Brasil e é besteira negar isto. O problema é quando uma ministra de Estado faz declarações deste tipo, que praticamente o legitimizam (se for da parte dos "açoitados", é claro) em vez de dar idéias para combatê-lo.
Por que ela pode dizer isto e o Jorge Bornhausen levou porrada de tudo o que é lado quando falou nessa "raça de petistas"?
- betossantana
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Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Eu sei é que eu gostei desse Movimento Mestiço, já que SOU mestiço. Bonitinho.
É um problema espiritual, chupe pau!
Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
betossantana escreveu:Eu sei é que eu gostei desse Movimento Mestiço, já que SOU mestiço. Bonitinho.
Dois.Se bem que aqui no Brasil, especialmente em Salvador, sou considerado branco.Mas eu sei que tenho ancestrais indígenas e negros, apenas o meu fenótipo é mais próximo, dos brancos(portugueses e ingleses) pq são predominantes na arvore genealógica.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
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Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Eu já vi uma vez um cara dizer "ainda bem que ao menos o meu pai é preto".
Sem tempo nem paciência para isso.
Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:
www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.
Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution
Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções
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Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
o anátema escreveu:Eu já vi uma vez um cara dizer "ainda bem que ao menos o meu pai é preto".
Já eu aceito igualmente as minhas origens etnicas, e não coloco qualidades, ou diferenciaçoes qualitativas para essas.PQ isso seria estar fazendo uma hierarquização.
Ou seja, acho bobagem o que esse cara disse, se todos da familia fossem brancos, ele seria pior ou melhor por isso? Lógico que não.Logo isso deveria ser irrelevante, mas infelizmente não é.
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- betossantana
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Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
André escreveu:betossantana escreveu:Eu sei é que eu gostei desse Movimento Mestiço, já que SOU mestiço. Bonitinho.
Dois.Se bem que aqui no Brasil, especialmente em Salvador, sou considerado branco.
Isso, igual a mim.
É um problema espiritual, chupe pau!
Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Mas, caramba... todo mundo é mestiço. Eu abomino essa coisa de ficar diferenciando. Quantos povos existem ou já existiram e quantos filhos desses povos e mais outros desde a origem da humanidade?
Pra que diferenciar, discriminar se são todos da mesma raça?

Pra que diferenciar, discriminar se são todos da mesma raça?

Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Najma escreveu:Mas, caramba... todo mundo é mestiço. Eu abomino essa coisa de ficar diferenciando. Quantos povos existem ou já existiram e quantos filhos desses povos e mais outros desde a origem da humanidade?![]()
Pra que diferenciar, discriminar se são todos da mesma raça?
PQ Einstein estava certo sobre isso quando disse
"Tenho duas certezas que o Universo é tão infinito quanto a estupidez humana, mas ando tendo minhas dúvidas sobre a primeira afirmação"
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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
RicardoVitor escreveu:betossantana escreveu:RicardoVitor escreveu:Código penal:
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa.
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa.
Até agora, nada... Os petralhas realmente conseguiram promover a desordem das instituições democráticas, tão necessária para a concretização de suas sandices socialistas... Estamos fudidos.
Mas se fosse assim preto no branco, você deveria se envergonhar de adorar o Pinochet, Ricardito, parceiro do Arqueiro Verde. Ele é um "autor de crime".
Eu A-DO-RO o Pinochet, dou o cu e chupo o pau.
Beijosmeliga.

Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Najma escreveu:Mas, caramba... todo mundo é mestiço. Eu abomino essa coisa de ficar diferenciando. Quantos povos existem ou já existiram e quantos filhos desses povos e mais outros desde a origem da humanidade?![]()
Pra que diferenciar, discriminar se são todos da mesma raça?
Eu sou mestiça de judeu safado e ladrão, português burro ( nem tanto..), italiano gritão e mal-educado e alemão comedor de batata e nazista.
Ou seja, há um conflito racista dentro de mim mesma. E daí?
Racistas mesmo são os que vivem querendo encher o saco por causa das dores do passado deles apenas. São egoístas e querem provilégios.
Enquanto isto, eu tenho que agüentar o racismo deles em cima de mim.
- Sorrelfa
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Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Esses caras que pretendem igualdade "Racial" deveriam começar, derrubando esse conceito chamado Raça !


Vendo a justificável insistência de todos, humildemente sou forçado à admitir que sou um cara incrível !
.
Sempre tive medo de que um dia os asnos começassem a falar.
Começou com o chefe, e, quando eu pensei que só ele falaria, chegou a vez do subchefe.
Agora, ouço a vóz da subchefe do subchefe.
Oh, meu pai eterno!
Sempre tive medo de que um dia os asnos começassem a falar.
Começou com o chefe, e, quando eu pensei que só ele falaria, chegou a vez do subchefe.
Agora, ouço a vóz da subchefe do subchefe.
Oh, meu pai eterno!

Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...

- betossantana
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Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Najma escreveu:Pra que diferenciar, discriminar se são todos da mesma raça?
Sei lá, o tipo de racismo que viceja no Brasil é puramente estético, acho, quer dizer, o sentimento racista é ativado pelo fenótipo negro. Ninguém aqui tá ligando pra genética ou evolução, não se gosta de negros porque eles tem a pele escura, porque eles têm traços fisionômicos "feios", etc, etc, e por historicamente eles serem considerados serviçais, empregados domésticos, trabalhadores braçais ou de outras atividades de pouca instrução formal. Liga-se uma coisa à outra e se chega ao racismo brasileiro.
É um problema espiritual, chupe pau!
Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
betossantana escreveu:Najma escreveu:Pra que diferenciar, discriminar se são todos da mesma raça?
Sei lá, o tipo de racismo que viceja no Brasil é puramente estético, acho, quer dizer, o sentimento racista é ativado pelo fenótipo negro. Ninguém aqui tá ligando pra genética ou evolução, não se gosta de negros porque eles tem a pele escura, porque eles têm traços fisionômicos "feios", etc, etc, e por historicamente eles serem considerados serviçais, empregados domésticos, trabalhadores braçais ou de outras atividades de pouca instrução formal. Liga-se uma coisa à outra e se chega ao racismo brasileiro.
É por ai mesmo. Agravado pelas condições socioeconômicas.Afinal negro rico ou de classe média sofre muito menos que negro pobre.
O racismo é lógico deve ser combatido, mas não se justificando outras formas de racismo. Isso estimula o ódio racial e vai na contra mão das idéias de respeito a diferença.
Eu sou favorável a cotas raciais em empresas que se perceba que o contratador é racista, por exemplo, em uma população 30 por cento "negra ou mestiça" ele contratar 100 por cento brancos, ou apenas homens. Ou seja, leis que previnam esse arbítrio e obriguem uma certa diversidade, sem exageros, é prudente.Claro que tem que pegar os qualificados, mas deve se criar um número mínimo de diversidade racial e sexual. Em todos os casos, suponhamos que uma empresa um negro esteja no poder e contrate apenas negros, falo de empresas grandes, não empresas familiares de menor alcance, ai está errado tb e é racismo tb. Logo um número X de não-negros tem que ser contratados, para respeitar as leis anti-racismo. Sendo X o mínimo exigido. Se não multas pesadas, e até prisão dos que fazem as contratações estão na ordem do dia.
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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
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Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
o anátema escreveu:SickBoy escreveu:então gostaria de saber como se explica isso no nosso país orgulhoso de não ser racista:
veja, por escolaridade:
grupo de atividade:
E como exatamente isso seria explicado tendo como causa o racismo?
Olá. desculpe a demora pra responder
perceba que a diferença entre brancos e negros que tem pouca escolaridade é bem pouca, se comparada aos que tem 11 anos de escolaridade ou mais. nessa última, brancos ganham em média o dobro ou mais do que negros. analisando a frio os números, poderia ser uma consequência do racismo histórico que sempre existiu no Brasil, que como o Beto falou, rotula os negros como serviçais, dessa forma, por mais que possuam a mesma instrução do que brancos, negros sempre acabam sendo preteridos e não galgam posições em empresas da mesma maneira que os brancos.
mas como o husley falou, seriam mais claros os dados se fossem levado em conta exatamente o mesmo número de anos, ou a formação. ensino médio, fundamental, técnico, 3º grau, e etc
Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
já digo antecipadamente que nem olhei seu post.... mas encontrei isso outro dia
Folha online: Negros e pardos recebem metade de salários de brancos, diz IBGE
[...]
Segundo Azeredo, a pesquisa não consegue aferir que a dificuldade de inserção no mercado de trabalho esteja ligada ao preconceito racial.
[...]
A desigualdade se reflete também no fato de que negros e pardos ocupam postos pior remunerados. Segundo a pesquisa, 55,4% das pessoas ocupadas na construção civil eram negros ou pardos. Eles representavam ainda 57,8% dos ocupados nos serviços domésticos.
[...]
Folha online: Negros e pardos recebem metade de salários de brancos, diz IBGE
[...]
Segundo Azeredo, a pesquisa não consegue aferir que a dificuldade de inserção no mercado de trabalho esteja ligada ao preconceito racial.
[...]
A desigualdade se reflete também no fato de que negros e pardos ocupam postos pior remunerados. Segundo a pesquisa, 55,4% das pessoas ocupadas na construção civil eram negros ou pardos. Eles representavam ainda 57,8% dos ocupados nos serviços domésticos.
[...]
Sem tempo nem paciência para isso.
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Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
o anátema escreveu:já digo antecipadamente que nem olhei seu post.... mas encontrei isso outro dia
Folha online: Negros e pardos recebem metade de salários de brancos, diz IBGE
[...]
Segundo Azeredo, a pesquisa não consegue aferir que a dificuldade de inserção no mercado de trabalho esteja ligada ao preconceito racial.
Olha, essa é a opinião dele sobre os dados da pesquisa.
Considerando o tipo de racismo existente no Brasil, que é implícito, a única maneira de saber se há alguma relação entre racismo e a evidente diferença entre salários de negros e brancos, que se mantém mesmo quando há equivalência na escolaridade, seria uma "pesquisa" onde pegassem os empregadores pelo colarinho e com alguns gritos, ameaças à família, catiripapos, enfim, uma prensa, e conseguissem uma confissão de que alguma preferência por "cor" poderia ocasionalmente influenciá-los nas contratações.
Então, ainda que ele não ache que os dados são conclusivos, o fato atestado pela pesquisa não muda: Negros ganham menos do que brancos, independente da escolaridade. Claro, podemos também abrir espaço para outras explicações sobre isso, sendo um non sequitor tentar deduzir algum traço de racismo desses dados. Talvez haja alguma boa explicação para essa distorção. Quem sabe o que leva os brancos a se apossarem dos empregos com salários mais altos SEMPRE e INDEPENDENTE da escolaridade sejam os times. Aham, isso mesmo. talvez por haver entre os negros mais flamenguistas e corinthianos, "times das massas", e entre os patrões a predominância seja de times como o Palmeiras, o fluminense, o primeiro ligado a colônia italiana, e o segundo um time que historicamente sempre foi ligado à aristocracia. talvez o que de fato seja relevante na "hora H" de uma entrevista de emprego seja a pergunta "E PRA QUE TIME VC TORCE????". sim, devemos considerar outras hipóteses, não só a de Racismo. Há ainda outras explicações: o gosto musical, o hálito(negros, por serem pobres, não têm fácil acesso a produtos como fio-dental, e os fiapos de carnes apodrecidas que se depositam entre os seus molares acabam deixando uma má impressão numa entrevista de emprego) , o modo de andar(como na pesquisa sobre atração sexual), e até mesmo o bairro onde a pessoa reside, como você pincelou no outro tópico, ainda que vivamos em cidades e seja comum para quase todos se deslocar de carro ou ônibus para o seus trabalhos.
ah sim, muito obrigado por ter postado esse link. a questão que o Husley tinha levantado eu tinha achado realmente importante, tanto que fiquei em dúvidas se poderia ali haver a distorção apontada por ele, e fiquei até com receio de ser sempre o chato a postar esse quadro e outros dados correlatos cada vez que alguém fala num tópico que "não há racismo no Brasil". mas o link que você passou não deixa dúvidas quanto a diferença independer do grau de escolaridade.
aqui estão as informações, não sobre "2 a 3 anos", ou "de 5 a 8", mas sobre estudantes com 2º e 3º grau:
A pesquisa mostra que a diferença salarial cresce conforme vai aumentando a escolarização do profissional. Enquanto que os negros e pardos com ensino médio alcançavam um acréscimo de 62% nos rendimentos na comparação com os trabalhadores da mesma cor com oito a dez anos de estudo, os brancos em mesma condição recebiam duas vezes e meia mais.
Além disso, um trabalhador branco com ensino superior completo recebe uma salário 32% maior que o rendimento médio de um negro ou pardo.
Claro, nunca podemos nos precipitar e concluir disso alguma espécie de racismo. podem até ser os reptilianos!! tudo é possível!
Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
No livro "Não Somos Racistas" de Ali Kamel, está os seguintes dados:
Rendimento em salários mínimos
(amarelos/brancos/negros)
7,4/3,8/2,1
Anos de estudo
(amarelos/brancos/negros):
10,7/8,4/6,4
Vejam, Kamel argumenta que se considerarmos que somos racistas com os negros devido a discrepância de salários em relação aos brancos, o mesmo poderia se dizer dos brancos em relação aos amarelos.
Rendimento em salários mínimos
(amarelos/brancos/negros)
7,4/3,8/2,1
Anos de estudo
(amarelos/brancos/negros):
10,7/8,4/6,4
Vejam, Kamel argumenta que se considerarmos que somos racistas com os negros devido a discrepância de salários em relação aos brancos, o mesmo poderia se dizer dos brancos em relação aos amarelos.
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
John Maynard Keynes
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
John Maynard Keynes
Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Huxley escreveu:No livro "Não Somos Racistas" de Ali Kamel, está os seguintes dados:
Rendimento em salários mínimos
(amarelos/brancos/negros)
7,4/3,8/2,1
Anos de estudo
(amarelos/brancos/negros):
10,7/8,4/6,4
Vejam, Kamel argumenta que se considerarmos que somos racistas com os negros devido a discrepância de salários em relação aos brancos, o mesmo poderia se dizer dos brancos em relação aos amarelos.
amarelos, que no Brasil possuem como maior representação japoneses, permaneceram com sua cultura fechada e que tem por característica uma educação extremamente rígida, por isso os estudantes são muito mais aplicados. assim os anos de estudos deles se justificam justamente por serem mais aplicados e possuírem uma cultura que valoriza a educação, bem diferente da nossa. ainda assim, nos números que mostrou, a desigualdade de renda acompanha a evolução dos estudos.
Na pesquisa mostra que negros ganham menos que brancos, com a MESMA escolaridade.
pequenos detalhes não levados em consideração pelo livro de nome sugestivo.
- Fernando Silva
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Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
"O Globo" 05/04/07
Quando T. Mulholland gritou fogo
DEMÉTRIO MAGNOLI
Timothy, que não é Leary, viaja sem o auxílio de aditivos químicos. Na madrugada de 28 de março, alguém usou álcool para incendiar a porta dos apartamentos de dez estudantes africanos, na Universidade de Brasília (UnB). As vítimas escaparam pela janela.
No mesmo dia, antes que as superfícies calcinadas esfriassem, o reitor Timothy Mulholland extraiu conclusões definitivas: “A democracia sofreu um atentado. O Brasil é um país racista, e a UnB é uma universidade de alma racista.” Homem de ação, tanto quanto de palavras, Mulholland crismou a data como “Dia da Igualdade Racial” na universidade.
Mesmo o exagero tem limites. Seria o crime supostamente cometido por alguns supremacistas brancos a prova cabal de que a nação sucumbiu ao racismo? É razoável atribuir à UnB, como instituição e comunidade acadêmica, a culpa coletiva pelo feito ignóbil de um hipotético fanático da “raça”?
Mulholland gritou fogo quando uma declaração da ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (Seppir), incendiava os espíritos.
Ela interpretou como “natural” o preconceito de “negros” contra “brancos”, que, no fundo, não seria preconceito algum, mas apenas um bem-fundamentado conceito sobre a história: “Aqueles que foram açoitados não têm obrigação de gostar de quem os açoitou.”
Em nome do Estado, a ministra disse que:
1. A nação se divide em “brancos” e “negros”;
2. Os “brancos” representam no presente os proprietários de escravos do passado;
3. Os “negros” representam no presente os escravos do passado;
4. A culpa coletiva e a histórica dos “brancos” conferem legitimidade à desforra dos “negros”.
Matilde Ribeiro desafia a ciência e se insurge contra o princípio da cidadania. A ancestralidade genética não encontra expressão nos fenótipos “raciais”.
Anote, ministra: existem “brancos” que descendem de escravos e seus antepassados podem ter sido “açoitados” por “negros” descendentes de proprietários de escravos.
No pensamento moderno, as pessoas se definem pelas suas potencialidades, ou seja, pelo seu presente, não pela descendência ou linhagem de sangue, ou seja, pelo passado.
Ninguém é culpado por atos de seus antepassados diretos, muito menos pelos de imaginários antepassados “raciais”. É por isso que os conceitos de cidadania e raça são mutuamente excludentes.
O reitor gritou fogo, antes ainda do início das investigações policiais, para fornecer sustentação “empírica” aos argumentos “teóricos” da ministra.
Ambos estão engajados num empreendimento de engenharia social cujo fim é a reinvenção do Brasil.
Na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios de 1976, milhões de brasileiros produziram 136 respostas inesperadas para o quesito cor/raça. Os “acastanhados”, “bronzeados”, “moreninhos”, “queimados-de-sol”, “sararás” e dezenas de et ceteras somaram mais de dois quintos da população, que não se reconheciam nas cinco categorias censitárias do IBGE.
A prova de que a “raça” não deitou raízes fundas no Brasil foi interpretada como “falsa consciência” pelos agentes do pensamento racialista, articulados internacionalmente e financiados pela Fundação Ford. Eles iniciaram ali uma jornada de retificação das mentes, com a finalidade de fabricar as duas raças polares na consciência das pessoas.
A Seppir, as cotas, o Estatuto Racial e o grito de “fogo!” de Mulholland são instrumentos a serviço desse programa.
A classificação legal e compulsória de raças, complementada pela promessa de cotas para “negros” na universidade, no serviço público e no mercado de trabalho, destina-se a fabricar nas estatísticas uma “raça negra”, convertendo os “impuros” à declaração racial “correta”.
A difusão oficial do discurso do “orgulho de raça”, apoiado nos pilares paralelos da vitimização e da redenção, destina-se a fabricar nas mentes a “raça negra”: os “negros” consagram a sua “negritude” quando aprendem a identificar nos “brancos” os opressores.
Dias depois do incêndio criminoso na UnB, a polícia começou a desvendar uma trama de rixas banais no alojamento universitário. Entre os suspeitos apontados pelas vítimas há um estudante que se descreve como “negro” e outro identificado como “pardo”.
Os policiais, aparentemente, afastaram a hipótese de atentado de cunho racista. As suas conclusões serão impressas, cedo ou tarde, numa página interna dos jornais. No registro histórico, porém, já ficou impressa a versão do reitor, que conta com as vantagens do selo oficial, da precedência temporal e da perenidade solene de uma nova data de memória.
Timothy, que não é Leary, viaja com um galão cheio de álcool inflamável e um estoque de caixas de fósforo.
DEMÉTRIO MAGNOLI é sociólogo e doutor em geografia humana pela USP. E-mail: magnoli@ajato.com.br
Quando T. Mulholland gritou fogo
DEMÉTRIO MAGNOLI
Timothy, que não é Leary, viaja sem o auxílio de aditivos químicos. Na madrugada de 28 de março, alguém usou álcool para incendiar a porta dos apartamentos de dez estudantes africanos, na Universidade de Brasília (UnB). As vítimas escaparam pela janela.
No mesmo dia, antes que as superfícies calcinadas esfriassem, o reitor Timothy Mulholland extraiu conclusões definitivas: “A democracia sofreu um atentado. O Brasil é um país racista, e a UnB é uma universidade de alma racista.” Homem de ação, tanto quanto de palavras, Mulholland crismou a data como “Dia da Igualdade Racial” na universidade.
Mesmo o exagero tem limites. Seria o crime supostamente cometido por alguns supremacistas brancos a prova cabal de que a nação sucumbiu ao racismo? É razoável atribuir à UnB, como instituição e comunidade acadêmica, a culpa coletiva pelo feito ignóbil de um hipotético fanático da “raça”?
Mulholland gritou fogo quando uma declaração da ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (Seppir), incendiava os espíritos.
Ela interpretou como “natural” o preconceito de “negros” contra “brancos”, que, no fundo, não seria preconceito algum, mas apenas um bem-fundamentado conceito sobre a história: “Aqueles que foram açoitados não têm obrigação de gostar de quem os açoitou.”
Em nome do Estado, a ministra disse que:
1. A nação se divide em “brancos” e “negros”;
2. Os “brancos” representam no presente os proprietários de escravos do passado;
3. Os “negros” representam no presente os escravos do passado;
4. A culpa coletiva e a histórica dos “brancos” conferem legitimidade à desforra dos “negros”.
Matilde Ribeiro desafia a ciência e se insurge contra o princípio da cidadania. A ancestralidade genética não encontra expressão nos fenótipos “raciais”.
Anote, ministra: existem “brancos” que descendem de escravos e seus antepassados podem ter sido “açoitados” por “negros” descendentes de proprietários de escravos.
No pensamento moderno, as pessoas se definem pelas suas potencialidades, ou seja, pelo seu presente, não pela descendência ou linhagem de sangue, ou seja, pelo passado.
Ninguém é culpado por atos de seus antepassados diretos, muito menos pelos de imaginários antepassados “raciais”. É por isso que os conceitos de cidadania e raça são mutuamente excludentes.
O reitor gritou fogo, antes ainda do início das investigações policiais, para fornecer sustentação “empírica” aos argumentos “teóricos” da ministra.
Ambos estão engajados num empreendimento de engenharia social cujo fim é a reinvenção do Brasil.
Na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios de 1976, milhões de brasileiros produziram 136 respostas inesperadas para o quesito cor/raça. Os “acastanhados”, “bronzeados”, “moreninhos”, “queimados-de-sol”, “sararás” e dezenas de et ceteras somaram mais de dois quintos da população, que não se reconheciam nas cinco categorias censitárias do IBGE.
A prova de que a “raça” não deitou raízes fundas no Brasil foi interpretada como “falsa consciência” pelos agentes do pensamento racialista, articulados internacionalmente e financiados pela Fundação Ford. Eles iniciaram ali uma jornada de retificação das mentes, com a finalidade de fabricar as duas raças polares na consciência das pessoas.
A Seppir, as cotas, o Estatuto Racial e o grito de “fogo!” de Mulholland são instrumentos a serviço desse programa.
A classificação legal e compulsória de raças, complementada pela promessa de cotas para “negros” na universidade, no serviço público e no mercado de trabalho, destina-se a fabricar nas estatísticas uma “raça negra”, convertendo os “impuros” à declaração racial “correta”.
A difusão oficial do discurso do “orgulho de raça”, apoiado nos pilares paralelos da vitimização e da redenção, destina-se a fabricar nas mentes a “raça negra”: os “negros” consagram a sua “negritude” quando aprendem a identificar nos “brancos” os opressores.
Dias depois do incêndio criminoso na UnB, a polícia começou a desvendar uma trama de rixas banais no alojamento universitário. Entre os suspeitos apontados pelas vítimas há um estudante que se descreve como “negro” e outro identificado como “pardo”.
Os policiais, aparentemente, afastaram a hipótese de atentado de cunho racista. As suas conclusões serão impressas, cedo ou tarde, numa página interna dos jornais. No registro histórico, porém, já ficou impressa a versão do reitor, que conta com as vantagens do selo oficial, da precedência temporal e da perenidade solene de uma nova data de memória.
Timothy, que não é Leary, viaja com um galão cheio de álcool inflamável e um estoque de caixas de fósforo.
DEMÉTRIO MAGNOLI é sociólogo e doutor em geografia humana pela USP. E-mail: magnoli@ajato.com.br
Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Agora fui eu quem demorou a respoder...
Ou aferir se por exemplo, em certos setores, nos mais significativos, se tem contato cara a cara onde se pudesse ver a cor da pessoa, ou fotos, ou se por exemplo, se lida só com currículos, e nos casos em que há contato cara-a-cara/fotos, se currículos de brancos que seriam considerados iguais ou inferiores aos de negros por uma availação imparcial acabam "vencendo".
Acho que o último poderia ser feito em qualquer situação, e acho que se é realmente algo fortemente embasado nesse trabalho do IBGE, que as secretarias de igualdade racial e sei lá o que mais deveriam fazer isso, um tipo de fiscalização das contratações, nas maiores escalas possíveis. Talvez inicialmente como forma menor, mais para dar uma base estatística, de averiguar se há mesmo racismo nas contratações, e eventualmente implementar como uma espécie de órgão de fiscalização mesmo.
Bem melhor que cotas, a meu ver.
Só lembrando, ainda que seja um apelo à autoridade, que ele é foi o coordenador da pesquisa, e não acho que seja só um achismo o que ele acha, ainda que isso seja achismo meu.
Bem, me parece estar criando espantalhos agora. Eu não sei, acho que as coisas que eu levantei são bem plausíveis. Mais tarde pretendo levar a algum fórum qualquer onde as pessoas tenham matemática por diversão para ver se eles conseguem ver se tem embasamento o que imaginei ou se é bobagem.
Imagino que deve ser isso mesmo, pois senão seria muita incompetência do cara encarregado pelo IBGE em fazer a pesquisa ou dizer o que disse. Pois se, como é dito na matéria, por exemplo:
A desigualdade se reflete também no fato de que negros e pardos ocupam postos pior remunerados. Segundo a pesquisa, 55,4% das pessoas ocupadas na construção civil eram negros ou pardos. Eles representavam ainda 57,8% dos ocupados nos serviços domésticos.
E isso não pudesse, como mencionado, ser explicado por razões estatísticas de distribuições históricas de negros e brancos pela "paisagem salarial", o racismo a meu ver seria algo inegavelmente gritante. O cara teria que ser demitido, talvez até preso, sei lá
Acho que matematicamente não tem muito o que testar na hipótese mais literalmente geográfica da coisa. Só não acho lá tão vagabunda assim a idéia por motivos que acho que já expus antes: me parece mais provável os mais pobres se focarem em áreas mais pobres do que conseguirem empregos em áreas onde já moram os mais ricos, e onde provavelmente eles já são empregados. Mesmo com ônibus, metro e etc. Homogeneidade é que não se esperaria, isso é, esperar que uma pessoa rica tivesse tanta probabildade de arranjar emprego na favela ou na periferia quanto um morador da periferia arranjar trabalho num bairro "de elite".
Não se tem como falar em "salários de X no Brasil", por exemplo. Varia de região para região. Sei lá se em nível regional também não há variação suficiente para fazer efeito.
Sabe outra coisa que me faz achar que o racismo é consideravelmente pequeno? A parte dos trabalhadores domésticos. Essa, no meu entendimento da questão, seria a que deveria mostrar maior disparidade racial pela hipótese de racismo, e no entanto é área que menos mostra essa disparidade. Me parece muito mais verossímil que numa relação mais pessoal, o fator racial pesasse mais, do que digamos, na contratação no setor de construção civil; que um racista preferiria muito dar empregos como pedreiros no local de trabalho, mas em casa ter algum branco(a) como empregado(a).
Não quer dizer que não haja racismo. Mas como eu disse, acho que se alguma área pudesse servir de boa amostra para o racismo, deveria ser essa. E no entanto essa é a que aparentemente mostra menos.
Sei lá, no entanto poderia ainda se dizer que os racistas preferem empregados negros os servindo, para o sentimento de superioridade hierárquica, por uma espécie de nostalgia dos tempos do racismo que não pode vivenciar pessoalmente, mas que lhes foram narrados pelos parentes mais velhos, e que por esse prazer até estão dispostos a pagar um pouco melhor por negros, só para ter o gostinho de vê-los como seus serviçais, algo que não teriam coragem de fazer com um "igual". Ao mesmo tempo, os outros racistas que preferem não ter negros trabalhando em casa, também aumentam o preço da mão de obra branca...
Olha, se estivéssemos falando do salário modal de negros e brancos, eu não teria como discordar. Mas médias estão sujeitas a distorções (sem a intervenção de reptilianos ou mesmo de cinzas), e apesar de não ser bem minha área, acho que vejo como essa distorção específica poderia ser possível (e já mencionei como).
O melhor é que poderia inclusive se testar isso com mais do que mera questão de opinião, provavelmente, o que pretendo fazer conforme encontrar algum fórum de matemáticos-por-diversão por aí.
SickBoy escreveu:o anátema escreveu:já digo antecipadamente que nem olhei seu post.... mas encontrei isso outro dia
Folha online: Negros e pardos recebem metade de salários de brancos, diz IBGE
[...]
Segundo Azeredo, a pesquisa não consegue aferir que a dificuldade de inserção no mercado de trabalho esteja ligada ao preconceito racial.
Olha, essa é a opinião dele sobre os dados da pesquisa.
Considerando o tipo de racismo existente no Brasil, que é implícito, a única maneira de saber se há alguma relação entre racismo e a evidente diferença entre salários de negros e brancos, que se mantém mesmo quando há equivalência na escolaridade, seria uma "pesquisa" onde pegassem os empregadores pelo colarinho e com alguns gritos, ameaças à família, catiripapos, enfim, uma prensa, e conseguissem uma confissão de que alguma preferência por "cor" poderia ocasionalmente influenciá-los nas contratações.
Ou aferir se por exemplo, em certos setores, nos mais significativos, se tem contato cara a cara onde se pudesse ver a cor da pessoa, ou fotos, ou se por exemplo, se lida só com currículos, e nos casos em que há contato cara-a-cara/fotos, se currículos de brancos que seriam considerados iguais ou inferiores aos de negros por uma availação imparcial acabam "vencendo".
Acho que o último poderia ser feito em qualquer situação, e acho que se é realmente algo fortemente embasado nesse trabalho do IBGE, que as secretarias de igualdade racial e sei lá o que mais deveriam fazer isso, um tipo de fiscalização das contratações, nas maiores escalas possíveis. Talvez inicialmente como forma menor, mais para dar uma base estatística, de averiguar se há mesmo racismo nas contratações, e eventualmente implementar como uma espécie de órgão de fiscalização mesmo.
Bem melhor que cotas, a meu ver.
Então, ainda que ele não ache que os dados são conclusivos, o fato atestado pela pesquisa não muda: Negros ganham menos do que brancos, independente da escolaridade.
Só lembrando, ainda que seja um apelo à autoridade, que ele é foi o coordenador da pesquisa, e não acho que seja só um achismo o que ele acha, ainda que isso seja achismo meu.
Claro, podemos também abrir espaço para outras explicações sobre isso, sendo um non sequitor tentar deduzir algum traço de racismo desses dados. Talvez haja alguma boa explicação para essa distorção. Quem sabe o que leva os brancos a se apossarem dos empregos com salários mais altos SEMPRE e INDEPENDENTE da escolaridade sejam os times. Aham, isso mesmo. talvez por haver entre os negros mais flamenguistas e corinthianos, "times das massas", e entre os patrões a predominância seja de times como o Palmeiras, o fluminense, o primeiro ligado a colônia italiana, e o segundo um time que historicamente sempre foi ligado à aristocracia. talvez o que de fato seja relevante na "hora H" de uma entrevista de emprego seja a pergunta "E PRA QUE TIME VC TORCE????". sim, devemos considerar outras hipóteses, não só a de Racismo. Há ainda outras explicações: o gosto musical, o hálito(negros, por serem pobres, não têm fácil acesso a produtos como fio-dental, e os fiapos de carnes apodrecidas que se depositam entre os seus molares acabam deixando uma má impressão numa entrevista de emprego) , o modo de andar(como na pesquisa sobre atração sexual), e até mesmo o bairro onde a pessoa reside, como você pincelou no outro tópico, ainda que vivamos em cidades e seja comum para quase todos se deslocar de carro ou ônibus para o seus trabalhos.
Bem, me parece estar criando espantalhos agora. Eu não sei, acho que as coisas que eu levantei são bem plausíveis. Mais tarde pretendo levar a algum fórum qualquer onde as pessoas tenham matemática por diversão para ver se eles conseguem ver se tem embasamento o que imaginei ou se é bobagem.
Imagino que deve ser isso mesmo, pois senão seria muita incompetência do cara encarregado pelo IBGE em fazer a pesquisa ou dizer o que disse. Pois se, como é dito na matéria, por exemplo:
A desigualdade se reflete também no fato de que negros e pardos ocupam postos pior remunerados. Segundo a pesquisa, 55,4% das pessoas ocupadas na construção civil eram negros ou pardos. Eles representavam ainda 57,8% dos ocupados nos serviços domésticos.
E isso não pudesse, como mencionado, ser explicado por razões estatísticas de distribuições históricas de negros e brancos pela "paisagem salarial", o racismo a meu ver seria algo inegavelmente gritante. O cara teria que ser demitido, talvez até preso, sei lá

Acho que matematicamente não tem muito o que testar na hipótese mais literalmente geográfica da coisa. Só não acho lá tão vagabunda assim a idéia por motivos que acho que já expus antes: me parece mais provável os mais pobres se focarem em áreas mais pobres do que conseguirem empregos em áreas onde já moram os mais ricos, e onde provavelmente eles já são empregados. Mesmo com ônibus, metro e etc. Homogeneidade é que não se esperaria, isso é, esperar que uma pessoa rica tivesse tanta probabildade de arranjar emprego na favela ou na periferia quanto um morador da periferia arranjar trabalho num bairro "de elite".
Não se tem como falar em "salários de X no Brasil", por exemplo. Varia de região para região. Sei lá se em nível regional também não há variação suficiente para fazer efeito.
Sabe outra coisa que me faz achar que o racismo é consideravelmente pequeno? A parte dos trabalhadores domésticos. Essa, no meu entendimento da questão, seria a que deveria mostrar maior disparidade racial pela hipótese de racismo, e no entanto é área que menos mostra essa disparidade. Me parece muito mais verossímil que numa relação mais pessoal, o fator racial pesasse mais, do que digamos, na contratação no setor de construção civil; que um racista preferiria muito dar empregos como pedreiros no local de trabalho, mas em casa ter algum branco(a) como empregado(a).
Não quer dizer que não haja racismo. Mas como eu disse, acho que se alguma área pudesse servir de boa amostra para o racismo, deveria ser essa. E no entanto essa é a que aparentemente mostra menos.
Sei lá, no entanto poderia ainda se dizer que os racistas preferem empregados negros os servindo, para o sentimento de superioridade hierárquica, por uma espécie de nostalgia dos tempos do racismo que não pode vivenciar pessoalmente, mas que lhes foram narrados pelos parentes mais velhos, e que por esse prazer até estão dispostos a pagar um pouco melhor por negros, só para ter o gostinho de vê-los como seus serviçais, algo que não teriam coragem de fazer com um "igual". Ao mesmo tempo, os outros racistas que preferem não ter negros trabalhando em casa, também aumentam o preço da mão de obra branca...
ah sim, muito obrigado por ter postado esse link. a questão que o Husley tinha levantado eu tinha achado realmente importante, tanto que fiquei em dúvidas se poderia ali haver a distorção apontada por ele, e fiquei até com receio de ser sempre o chato a postar esse quadro e outros dados correlatos cada vez que alguém fala num tópico que "não há racismo no Brasil". mas o link que você passou não deixa dúvidas quanto a diferença independer do grau de escolaridade.
aqui estão as informações, não sobre "2 a 3 anos", ou "de 5 a 8", mas sobre estudantes com 2º e 3º grau:A pesquisa mostra que a diferença salarial cresce conforme vai aumentando a escolarização do profissional. Enquanto que os negros e pardos com ensino médio alcançavam um acréscimo de 62% nos rendimentos na comparação com os trabalhadores da mesma cor com oito a dez anos de estudo, os brancos em mesma condição recebiam duas vezes e meia mais.
Além disso, um trabalhador branco com ensino superior completo recebe uma salário 32% maior que o rendimento médio de um negro ou pardo.
Claro, nunca podemos nos precipitar e concluir disso alguma espécie de racismo. podem até ser os reptilianos!! tudo é possível!
Olha, se estivéssemos falando do salário modal de negros e brancos, eu não teria como discordar. Mas médias estão sujeitas a distorções (sem a intervenção de reptilianos ou mesmo de cinzas), e apesar de não ser bem minha área, acho que vejo como essa distorção específica poderia ser possível (e já mencionei como).
O melhor é que poderia inclusive se testar isso com mais do que mera questão de opinião, provavelmente, o que pretendo fazer conforme encontrar algum fórum de matemáticos-por-diversão por aí.
Sem tempo nem paciência para isso.
Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:
www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.
Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution
Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções
Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:
www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.
Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution
Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções
Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
Outra questão:
Estudo feito com base na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que os brasileiros que se declaram negros ou pardos têm um rendimento médio equivalente à metade do que é recebido pela população branca, além de possuírem escolaridade inferior aos últimos.
Sem tempo nem paciência para isso.
Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:
www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.
Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution
Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções
Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:
www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.
Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution
Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções
Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil
o anátema escreveu:Agora fui eu quem demorou a respoder...SickBoy escreveu:o anátema escreveu:já digo antecipadamente que nem olhei seu post.... mas encontrei isso outro dia
Folha online: Negros e pardos recebem metade de salários de brancos, diz IBGE
[...]
Segundo Azeredo, a pesquisa não consegue aferir que a dificuldade de inserção no mercado de trabalho esteja ligada ao preconceito racial.
Olha, essa é a opinião dele sobre os dados da pesquisa.
Considerando o tipo de racismo existente no Brasil, que é implícito, a única maneira de saber se há alguma relação entre racismo e a evidente diferença entre salários de negros e brancos, que se mantém mesmo quando há equivalência na escolaridade, seria uma "pesquisa" onde pegassem os empregadores pelo colarinho e com alguns gritos, ameaças à família, catiripapos, enfim, uma prensa, e conseguissem uma confissão de que alguma preferência por "cor" poderia ocasionalmente influenciá-los nas contratações.
1)Ou aferir se por exemplo, em certos setores, nos mais significativos, se tem contato cara a cara onde se pudesse ver a cor da pessoa, ou fotos, ou se por exemplo, se lida só com currículos, e nos casos em que há contato cara-a-cara/fotos, se currículos de brancos que seriam considerados iguais ou inferiores aos de negros por uma availação imparcial acabam "vencendo".
Acho que o último poderia ser feito em qualquer situação, e acho que se é realmente algo fortemente embasado nesse trabalho do IBGE, que as secretarias de igualdade racial e sei lá o que mais deveriam fazer isso, um tipo de fiscalização das contratações, nas maiores escalas possíveis. Talvez inicialmente como forma menor, mais para dar uma base estatística, de averiguar se há mesmo racismo nas contratações, e eventualmente implementar como uma espécie de órgão de fiscalização mesmo.
Bem melhor que cotas, a meu ver.Então, ainda que ele não ache que os dados são conclusivos, o fato atestado pela pesquisa não muda: Negros ganham menos do que brancos, independente da escolaridade.
Só lembrando, ainda que seja um apelo à autoridade, que ele é foi o coordenador da pesquisa, e não acho que seja só um achismo o que ele acha, ainda que isso seja achismo meu.Claro, podemos também abrir espaço para outras explicações sobre isso, sendo um non sequitor tentar deduzir algum traço de racismo desses dados. Talvez haja alguma boa explicação para essa distorção. Quem sabe o que leva os brancos a se apossarem dos empregos com salários mais altos SEMPRE e INDEPENDENTE da escolaridade sejam os times. Aham, isso mesmo. talvez por haver entre os negros mais flamenguistas e corinthianos, "times das massas", e entre os patrões a predominância seja de times como o Palmeiras, o fluminense, o primeiro ligado a colônia italiana, e o segundo um time que historicamente sempre foi ligado à aristocracia. talvez o que de fato seja relevante na "hora H" de uma entrevista de emprego seja a pergunta "E PRA QUE TIME VC TORCE????". sim, devemos considerar outras hipóteses, não só a de Racismo. Há ainda outras explicações: o gosto musical, o hálito(negros, por serem pobres, não têm fácil acesso a produtos como fio-dental, e os fiapos de carnes apodrecidas que se depositam entre os seus molares acabam deixando uma má impressão numa entrevista de emprego) , o modo de andar(como na pesquisa sobre atração sexual), e até mesmo o bairro onde a pessoa reside, como você pincelou no outro tópico, ainda que vivamos em cidades e seja comum para quase todos se deslocar de carro ou ônibus para o seus trabalhos.
Bem, me parece estar criando espantalhos agora. Eu não sei, acho que as coisas que eu levantei são bem plausíveis. Mais tarde pretendo levar a algum fórum qualquer onde as pessoas tenham matemática por diversão para ver se eles conseguem ver se tem embasamento o que imaginei ou se é bobagem.
Imagino que deve ser isso mesmo, pois senão seria muita incompetência do cara encarregado pelo IBGE em fazer a pesquisa ou dizer o que disse. Pois se, como é dito na matéria, por exemplo:
A desigualdade se reflete também no fato de que negros e pardos ocupam postos pior remunerados. Segundo a pesquisa, 55,4% das pessoas ocupadas na construção civil eram negros ou pardos. Eles representavam ainda 57,8% dos ocupados nos serviços domésticos.
E isso não pudesse, como mencionado, ser explicado por razões estatísticas de distribuições históricas de negros e brancos pela "paisagem salarial", o racismo a meu ver seria algo inegavelmente gritante. O cara teria que ser demitido, talvez até preso, sei lá![]()
Acho que matematicamente não tem muito o que testar na hipótese mais literalmente geográfica da coisa. Só não acho lá tão vagabunda assim a idéia por motivos que acho que já expus antes: me parece mais provável os mais pobres se focarem em áreas mais pobres do que conseguirem empregos em áreas onde já moram os mais ricos, e onde provavelmente eles já são empregados. Mesmo com ônibus, metro e etc. Homogeneidade é que não se esperaria, isso é, esperar que uma pessoa rica tivesse tanta probabildade de arranjar emprego na favela ou na periferia quanto um morador da periferia arranjar trabalho num bairro "de elite".
Não se tem como falar em "salários de X no Brasil", por exemplo. Varia de região para região. Sei lá se em nível regional também não há variação suficiente para fazer efeito.
Sabe outra coisa que me faz achar que o racismo é consideravelmente pequeno? A parte dos trabalhadores domésticos. Essa, no meu entendimento da questão, seria a que deveria mostrar maior disparidade racial pela hipótese de racismo, e no entanto é área que menos mostra essa disparidade. Me parece muito mais verossímil que numa relação mais pessoal, o fator racial pesasse mais, do que digamos, na contratação no setor de construção civil; que um racista preferiria muito dar empregos como pedreiros no local de trabalho, mas em casa ter algum branco(a) como empregado(a).
Não quer dizer que não haja racismo. Mas como eu disse, acho que se alguma área pudesse servir de boa amostra para o racismo, deveria ser essa. E no entanto essa é a que aparentemente mostra menos.
Sei lá, no entanto poderia ainda se dizer que os racistas preferem empregados negros os servindo, para o sentimento de superioridade hierárquica, por uma espécie de nostalgia dos tempos do racismo que não pode vivenciar pessoalmente, mas que lhes foram narrados pelos parentes mais velhos, e que por esse prazer até estão dispostos a pagar um pouco melhor por negros, só para ter o gostinho de vê-los como seus serviçais, algo que não teriam coragem de fazer com um "igual". Ao mesmo tempo, os outros racistas que preferem não ter negros trabalhando em casa, também aumentam o preço da mão de obra branca...ah sim, muito obrigado por ter postado esse link. a questão que o Husley tinha levantado eu tinha achado realmente importante, tanto que fiquei em dúvidas se poderia ali haver a distorção apontada por ele, e fiquei até com receio de ser sempre o chato a postar esse quadro e outros dados correlatos cada vez que alguém fala num tópico que "não há racismo no Brasil". mas o link que você passou não deixa dúvidas quanto a diferença independer do grau de escolaridade.
aqui estão as informações, não sobre "2 a 3 anos", ou "de 5 a 8", mas sobre estudantes com 2º e 3º grau:A pesquisa mostra que a diferença salarial cresce conforme vai aumentando a escolarização do profissional. Enquanto que os negros e pardos com ensino médio alcançavam um acréscimo de 62% nos rendimentos na comparação com os trabalhadores da mesma cor com oito a dez anos de estudo, os brancos em mesma condição recebiam duas vezes e meia mais.
Além disso, um trabalhador branco com ensino superior completo recebe uma salário 32% maior que o rendimento médio de um negro ou pardo.
Claro, nunca podemos nos precipitar e concluir disso alguma espécie de racismo. podem até ser os reptilianos!! tudo é possível!
Olha, se estivéssemos falando do salário modal de negros e brancos, eu não teria como discordar. Mas médias estão sujeitas a distorções (sem a intervenção de reptilianos ou mesmo de cinzas), e apesar de não ser bem minha área, acho que vejo como essa distorção específica poderia ser possível (e já mencionei como).
O melhor é que poderia inclusive se testar isso com mais do que mera questão de opinião, provavelmente, o que pretendo fazer conforme encontrar algum fórum de matemáticos-por-diversão por aí.
1) Isso é parecido com uma idéia que defendi que no setor privado é que o arbítrio para preconceito racial é mais perigoso. Afinal não existe uma prova, e no encontro cara a cara, a discriminação pode muito bem ocorrer, é só o cara que tem o poder ser racista. Ou outro tipo de preconceito que faça ele somente contratar católicos, por exemplo.
Em grandes empresas, e uso de dados estatísticos, deve haver um órgão para evitar essas distorções e punir racismo, e ai se configura o crime mesmo, pois a pessoa está sendo prejudicada de fato. Enfim isso deve ser evitado e considero mais importante e melhor que cotas.
Em Universidades publicas para mim o Maximo seriam cotas para colégios públicos, ou gente vinda de colégios públicos, e de renda e patrimônio inferior a um certo grau, para evitar que a classe media coloca se os filhos nos colégios públicos. Mesmo assim seria para mim uma porcentagem não muito grande e mantendo critérios de corte e de mérito apenas diminuindo um pouco a exigência, tipo no ano o ponto de corte seria 55 por cento, para os de colégio publico de 45. Mesmo assim acho que deve ser experimentado e estudados os resultados para ver se funciona. Já uso de critérios raciais tendo em vista que existe um processo de seleção que pretende ser imparcial, não consegue totalmente mas chega bem perto, o uso de critérios raciais é improcedente. Pois é a classe social e não a raça que é o fator mais decisivo.
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