Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Apocaliptica

Re: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

Edson Jr escreveu:
Apocaliptica escreveu:Posso escolher ter mais ou menos bens, comprar uma marca ou outra, trocar meu TV ou não. Mas não posso ter livre arbítrio com Deus pois serei julgada de antemão, mesmo ele me dizendo que posso escolher ( piada de gente sádica né). E não posso ter Livre Iniciativa num Estado totalitário. Muito menos expressar meu pensamento contra ele.


O pior é que essa concepção que as pessoas possuem de Deus provoca fortes marcas nas relações com outras pessoas.

O amor que as pessoas oferecem é geralmente idêntico ao amor oferecido pelo Deus da Bíblia. É um amor que só existe na medida em que o outro o paparica e lambe o saco. Quando surgem as divergências e choques de opinião, o amor não só acaba, como também vira raiva ou mágoa.

Sabe, Apo, às vezes acho que uma boa maneira de avaliar uma pessoa é perguntando para ela como é o Deus que ela segue. Se a pessoa não acredita em Deus ou duvida, a minha pergunta seria como a pessoa gostaria que Deus fosse, caso fosse certo dele existir.

As pessoas, imagino, dirão muito mais sobre elas do que de Deus.

Começando por você: Se você tivesse que admitir um Deus, como Ele seria? :emoticon1:


Livre.
Sabe, acontece que Deus é um conceito internalizado. Tudo o que penso sobre ele está contido nos valores humanos entre o bem e o mal, entre o tudo e o nada, entre o sim e o não. O talvez é a verdade em que vivemos e Deus parece nçao se enquadrar nisso. A partir daí , ele se torna irrelevante.
De certa forma, somos irrelevantes para o todo e a existência, e isto se transforma em niilismo. Por isto ligar Deus à nossa imagem interna, exige um senso de despreendimento do qual não somos capazes. Por isto a palavra Livre. Quer dizer: sem compromisso com algo que se mantém por si só. Mas como você sabe, a liberdade plena não existe. O pensamento , sim, mas dentro de nossa capacidade de compreensão apenas. Alguns deles nem conseguimos elaborar. :emoticon1:

Apocaliptica

Re: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

emmmcri escreveu:Devo me amar menos do que a Deus? O que acham?

Sim, ele é melhor e mais digno em tudo q você.


Digno? Uai, eu nunca que criei nada e botei a culpa na criatura. Ele é sádico, isto sim. Dignidade é outra coisa.

Minha auto-estima deve ser norteada pelo que faço de bom a Deus? Por quê?

Porque o q Deus quer é bom perfeito e agradável ele é Deus a suprema inteligência e justiça.


A fome e a doença e as desgraças todas também. A noção de perfeito dele é totalmente diferente da minha. Portanto, eu me amo muito mais.Ele é burro. Ou confuso.


Se eu desobedecer e me amar mais do que a ele, a lei divina me pega? Ficarei condenada sem indulto...nem no Natal, Páscoa, Corpus Christi...nada?

SIM , Pois se não ama-lo assim não és digna do amor dele.


Grande coisa. :emoticon17:

Devo amar a Deus mais do que a minha filha e marido, por exemplo?
Devo me sacrificar e sacrificar as pessoas que amo se Deus assim exigir?

SIM, Deus é Perfeito,mas amoroso,melhor q qualquer pessoa, ele é DEUS!


HAUHAUHAUH Vê-se por aí! AHUHAUAHUAH

Qual o sentido disto?

Ser salva, passar uma eternidade toda gozando de felicidade, alegria e paz.


Salva de quê? Eu ein? :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Por que Deus é dependente de nosso amor assim?
O cara deveria se tratar, sinceramente.

Você tem uma filha e garanto q quer o amor dela.


Pô, eu não trato a minha filha que nem ele trata o mundo, não! Tá me chamando de assassina?
Se Deus quer ser amado ácima do amor próprio é porque ele é digno deste amor e nem um pouquinho a menos.
Abraços.


Eu posso tomar o lugar dele, facinho. E vou fazer minhas exigências praquele incompetente preguiçoso alterego de Hitler.

Apocaliptica

Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

Ferreira_br escreveu:
Apocaliptica escreveu:Sim, eu sirvo mais a mim mesma e às coisas e pessoas que me cercam naturalmente, é um amor real ou idealizado, assim como o ódio , a raiva e outros sentimentos humanos. Mas amar a algo etéreo e com várias versões, que dizem que me criou com poder de escolha ( sim , uma falácia, porque se Ele quisesse, não faríamos as coisas como queremos e o mundo não seria o que é, e sim o que dizem que ele quer que seja...tsc tsc), já é meio non sense.
Este amor imposto por outros seres humanos a um terceiro superior e intocável, só pode servir de massa inerte para a manobra através do medo deslocado. Assim, alguns grupos se apoderaram da liberdade dos outros seres mais fracos para cumprir seus intentos de dominação e poder.

Ou seja, não há fim proposto por Ele, mas por outros seres humanos. Obedece quem quer.

Amor uma figa. :emoticon4:


De fato, Deus é mais do que etéreo, não apreendemos Sua essência. Mas é possível amar aquilo Dele que nos é tangível ou inteligível, como as palavras, a arquitetura do ensinamento, os testemunhos, a história, a vida dos santos, etc.

Quanto a "versões", realmente, do ensinamento original surgiram divisões e fragmentos, entretanto o ensinamento original ainda está acessível. Ninguém será condenado por errar se não teve acesso ao verdadeiro ensinamento.

Não entendi a objeção contra o livre arbítrio. Eu posso virar um judoca e me dedicar ao judô pelo resto da minha vida, ou então posso me tornar um vendedor de frutas, um monge budista, um andarilho, etc. Uma pedra não tem opção. Uma planta não tem escolha. Um animal caga, mija, come, cruza e não sai disso. Um homem pode escolher, pode escolher inclusive viver como um animal. Não ter escolhas seria não poder pensar em opções ou então ser morto no primeiro deslize.

De fato, é possível utilizar da religião para controlar as pessoas, mas também é possível usar do dinheiro, da força, das ideologias, do sexo, do esporte (futebol), do estado, das leis, do cargo... O que não significa que o dinheiro, a força, a ideologia, o sexo, o esporte, o estado, as leis, os cargos sejam sempre sempre sempre negativos.


Mas acontece que não há sentido algum em aceitar que este "Ele" nos deu livre arbítrio. Estamos é largados aqui neste mundo sem saber de nada. Temos leis e organização social para isto, Desenvolvemos nossos códigos de ética e moral ( diferentes de lugar para lugar e de civilização para civilização) porque queremos sobreviver e isto é instintivo. Não é porque Deus mandou. Deus foi criado depois.

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Edson Jr
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Re: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Edson Jr »

Apocaliptica escreveu:Livre.
Sabe, acontece que Deus é um conceito internalizado. Tudo o que penso sobre ele está contido nos valores humanos entre o bem e o mal, entre o tudo e o nada, entre o sim e o não. O talvez é a verdade em que vivemos e Deus parece nçao se enquadrar nisso. A partir daí , ele se torna irrelevante.
De certa forma, somos irrelevantes para o todo e a existência, e isto se transforma em niilismo. Por isto ligar Deus à nossa imagem interna, exige um senso de despreendimento do qual não somos capazes. Por isto a palavra Livre. Quer dizer: sem compromisso com algo que se mantém por si só. Mas como você sabe, a liberdade plena não existe. O pensamento , sim, mas dentro de nossa capacidade de compreensão apenas. Alguns deles nem conseguimos elaborar. :emoticon1:


Apocalíptica,

Nesse aspecto nossas idéias são bem semelhantes. Vez ou outra me ocorre o pensamento de que a minha descrença em Deus é resultado de minha incapacidade de projetar um Deus com características distintas das minhas.

Ou seja, sempre percebo que minhas projeções de Deus sempre estão vinculadas com aquilo que realmente sou.

Essa minha incapacidade me leva a desconfiar seriamente de que as pessoas, inconscientemente, projetam um Deus de acordo com aquilo que elas realmente pensam que são, criando um Deus profundamente narcisista e mesquinho, sem se darem conta de que toda essa mirabolante criação foi resultado da forma como ela mesma se vê.

Talvez seja em função disso que as pessoas crentes costumam se sentir ofendidas com os que falam mal do seu deus (ou deuses), pois como deus é um reflexo de si, a crítica será sempre levada (em maior ou menor grau) para o lado íntimo e pessoal.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)

Apocaliptica

Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

Sim e esta é a resposta do enigma: Deus é a pessoa projetada.

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Edson Jr
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Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Edson Jr »

Apocaliptica escreveu:Sim e esta é a resposta do enigma: Deus é a pessoa projetada.


Se for realmente isso estamos lascados, Apo!

Porque o Deus que a maioria acredita é muito, mas muito doente! Como é a pessoa projetada, significa que vivemos rodeados por vários loucos narcísicos travestidos de santidade.

Afff...
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)

Apocaliptica

Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

Edson Jr escreveu:
Apocaliptica escreveu:Sim e esta é a resposta do enigma: Deus é a pessoa projetada.


Se for realmente isso estamos lascados, Apo!

Porque o Deus que a maioria acredita é muito, mas muito doente! Como é a pessoa projetada, significa que vivemos rodeados por vários loucos narcísicos travestidos de santidade.

Afff...


Sim, querido. Na verdade tudo que está dentro de nós ( as coisas boas e ruins) são projetadas nos outros e no mundo. Por isso as guerras santas são covardes. Matam em nome de um amor que na verdade é ódio.

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Joe
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Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Joe »

Storydor escreveu:Desconsidera e vai ter umas aulinhas de português, vm.


Depois dizem que eu escrevo errado.

Apocaliptica

Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

Joe escreveu:
Storydor escreveu:Desconsidera e vai ter umas aulinhas de português, vm.


Depois dizem que eu escrevo errado.


Não entendi... :emoticon1:

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Joe
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Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Joe »

Apocaliptica escreveu:
Joe escreveu:
Storydor escreveu:Desconsidera e vai ter umas aulinhas de português, vm.


Depois dizem que eu escrevo errado.


Não entendi... :emoticon1:


Falaram para o vídeomaker tomar aulas de português e depois dizem que meu português está bungando o fórum.

Voltando a questão.

Não é preciso acreditar em Deus para dar sentido ou amar algo, até porque ele inexiste.

Apenas diga a deus e a sociedade: FODAM-SE

Viva uma vida feliz, faça o que puder, CARPE DIEM! Apenas viva a vida sem a preocupação de nada e sem pensar na existência do merdinha DEUS.

Diga para ele ADEUS. :emoticon12:

Ferreira_br
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Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Ferreira_br »

Apocaliptica escreveu:Mas acontece que não há sentido algum em aceitar que este "Ele" nos deu livre arbítrio. Estamos é largados aqui neste mundo sem saber de nada. Temos leis e organização social para isto, Desenvolvemos nossos códigos de ética e moral ( diferentes de lugar para lugar e de civilização para civilização) porque queremos sobreviver e isto é instintivo. Não é porque Deus mandou. Deus foi criado depois.


Tudo bem, não é evidente que Ele deu o livre arbítrio, o livre arbítrio, todavia, é evidente.

A autoria ou participação de Deus nos ensinamentos religiosos também não é evidente, mas é evidente que ensinamentos religiosos estão em toda parte e que a noção de Deus e de um julgamento transcendente, inobstante a variedade de religiões e culturas, é universal ou quase universal. Isto é, não podemos dizer que não sabemos de nada.

Apocaliptica

Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

Ferreira_br escreveu:
Apocaliptica escreveu:Mas acontece que não há sentido algum em aceitar que este "Ele" nos deu livre arbítrio. Estamos é largados aqui neste mundo sem saber de nada. Temos leis e organização social para isto, Desenvolvemos nossos códigos de ética e moral ( diferentes de lugar para lugar e de civilização para civilização) porque queremos sobreviver e isto é instintivo. Não é porque Deus mandou. Deus foi criado depois.


Tudo bem, não é evidente que Ele deu o livre arbítrio, o livre arbítrio, todavia, é evidente.

A autoria ou participação de Deus nos ensinamentos religiosos também não é evidente, mas é evidente que ensinamentos religiosos estão em toda parte e que a noção de Deus e de um julgamento transcendente, inobstante a variedade de religiões e culturas, é universal ou quase universal. Isto é, não podemos dizer que não sabemos de nada.


Sim, fazemos o que queremos dentro dos limites aceitos pelo grupo e isto é antropológico e sociológico.
Daí inventaram um ser superior a tudo que criou mas não protege, e se lembraram de dar a desculpa que chamaram de livre arbítrio. Falácia.

Universal? Nem sabemos o que é o Universo, muito menos se há ensinamentos lá, de quem e para quem...na verdade ensinamentos religiosos de nada servem. O que interessa é a nossa consciência.
A prova disto é que pessoas inconscientes ou a quem nunca foi dito sobre religiões vivem a revelia de ensinamentos deste tipo. Então esta é outra idéia equivocada.

Ferreira_br
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Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Ferreira_br »

Apocaliptica escreveu:Sim, fazemos o que queremos dentro dos limites aceitos pelo grupo e isto é antropológico e sociológico.
Daí inventaram um ser superior a tudo que criou mas não protege, e se lembraram de dar a desculpa que chamaram de livre arbítrio. Falácia.

Universal? Nem sabemos o que é o Universo, muito menos se há ensinamentos lá, de quem e para quem...na verdade ensinamentos religiosos de nada servem. O que interessa é a nossa consciência.
A prova disto é que pessoas inconscientes ou a quem nunca foi dito sobre religiões vivem a revelia de ensinamentos deste tipo. Então esta é outra idéia equivocada.


Desculpa ou não, a liberdade é evidente. Temos consciência.

Estou me referindo obviamente ao universo da população humana, não a outros planetas...

Sim, a quem nunca foi ensinada uma linguagem, tal pessoa vive à revelia da comunicação. Entretanto, a linguagem, assim como a noção de Deus, (seja como ídolo, como força da natureza, como ser supremo, como alma do mundo, etc.) é universal, com raras exceções, todos os humanos têm algum contato.

Apocaliptica

Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

Ferreira_br escreveu:
Apocaliptica escreveu:Sim, fazemos o que queremos dentro dos limites aceitos pelo grupo e isto é antropológico e sociológico.
Daí inventaram um ser superior a tudo que criou mas não protege, e se lembraram de dar a desculpa que chamaram de livre arbítrio. Falácia.

Universal? Nem sabemos o que é o Universo, muito menos se há ensinamentos lá, de quem e para quem...na verdade ensinamentos religiosos de nada servem. O que interessa é a nossa consciência.
A prova disto é que pessoas inconscientes ou a quem nunca foi dito sobre religiões vivem a revelia de ensinamentos deste tipo. Então esta é outra idéia equivocada.


Desculpa ou não, a liberdade é evidente. Temos consciência.

Estou me referindo obviamente ao universo da população humana, não a outros planetas...

Sim, a quem nunca foi ensinada uma linguagem, tal pessoa vive à revelia da comunicação. Entretanto, a linguagem, assim como a noção de Deus, (seja como ídolo, como força da natureza, como ser supremo, como alma do mundo, etc.) é universal, com raras exceções, todos os humanos têm algum contato.


A linguagem é ensinada, mas nada tem a ver com deuses. Não falei de alguém no meio do mato. Falo de alguém a quem não se fale em deuses, que nunca tenha tido esta idéia levada até ela. Muito menos de um deus judaico-cristão. Falo até de deuses pagãos.
Uma criança pode falar, ler e escrever e não ter conhecimento de deuses. E vive perfeitamente sem ele. Ou seja, ele é irrelevante para a existência dela. Ela vai crescer, viver e morrer independente de vontades divinas. A vida não tem conexão necessário com ensinamentos divinos. Podemos vive sem eles.

Ferreira_br
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Re: Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Ferreira_br »

Amanhã continuo se der. boa noite.

Apocaliptica

Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

Boa noite!

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André
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Re: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por André »

Edson Jr escreveu:Apocalíptica;

Acho que Marx foi inspirado por Deus quando elaborou sua doutrina. Basta trocar Deus por sociedade, bem coletivo e essas baboseiras socialistas e lei divina por Estado.

Observe e veja se faz sentido!

Apocaliptica escreveu:Devo me amar menos do que a Sociedade?

O que acham?

Minha auto-estima deve ser norteada pelo que faço de bom à Sociedade? Por quê?

Se eu desobedecer e me amar mais do que a Sociedade, o Estado me pega? Ficarei condenada sem indulto...nem no Natal, Páscoa, Corpus Christi...nada?


Devo amar a Sociedade mais do que a minha filha e marido, por exemplo?

Devo me sacrificar e sacrificar as pessoas que amo se a Sociedade assim exigir?

Qual o sentido disto?

Por que a Sociedade é dependente de nosso amor assim?

A Sociedade deveria se tratar, sinceramente.


Ao que me parece, assim como tais características revelam um Deus doente, também revelam uma Sociedade doente!

Acho que viajei na analogia...hehehe


Viajou um pouco.Para Marx a emancipação plena do homem era o ultimo objetivo, e não servir a sociedade. O coletivo e o esforço das massas, era entendido como caminho para emancipação de liberdade plena, pq somente através da união dos homens, dos trabalhadores, é que a opressão do capital poderia ser derrotada, e ser revertida para beneficiar todos e não uma minoria.

Tenho a visão que a contribuição individual e particular ao coletivo pode estar associada, e não subordinada, a sociedade. Ou em outros termos, que por livre escolha, a contribuição é um elemento que fornece significado, e podemos incentivar bom comportamento, mas nunca obrigar, nem coagir. Cada um a sua maneira, com sua individualidade, pode contribuir, se desejar.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Apocaliptica

Re.: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

:emoticon12:

Ele quis traçar algum tipo de paralelo simplificado.

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André
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Re: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por André »

Apocaliptica escreveu:Devo me amar menos do que a Deus?

O que acham?

Minha auto-estima deve ser norteada pelo que faço de bom a Deus? Por quê?

Se eu desobedecer e me amar mais do que a ele, a lei divina me pega? Ficarei condenada sem indulto...nem no Natal, Páscoa, Corpus Christi...nada?


Devo amar a Deus mais do que a minha filha e marido, por exemplo?

Devo me sacrificar e sacrificar as pessoas que amo se Deus assim exigir?

Qual o sentido disto?

Por que Deus é dependente de nosso amor assim?
O cara deveria se tratar, sinceramente.


Apo não sou religioso, mas vou dar pitaco.

O que vc está falando é da tradição judaico-cristã. Pois bem. Nessa existe o que vou chamar de esquema da salvação, vc sabe o que é. Ir pro inferno, ou pro céu e afins.

Nessa, amar Deus, está acima de amar vc mesmo, pq ele te gerou, e ao ama-lo, vc refaz sua ligação espiritual com ele. Amar vc mesmo mais afastaria dessa ligação que é entendida como a principal para salvação, acima de tudo mais. É por isso o primeiro mandamento.

A idéia é que somente amando deus dessa forma, vc se salva, ele teria oferecido assim sua chance, que depende primeiro dessa. Logo ele não depende de vc, mas vc depende dele para existir e amar ele para se salvar. Se vc não amar, teria ignorado os sinais, os avisos, e por isso sua condenação ao inferno seria inteiramente sua responsabilidade.

Obvio que isso é de um autoritarismo craso, que busca castrar as pessoas de pensamento divergente e direcionar não somente a Deus, mas a uma serie de conseqüências conectadas religião enquanto instituição.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


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Apocaliptica

Re: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por Apocaliptica »

André escreveu:
Apocaliptica escreveu:Devo me amar menos do que a Deus?

O que acham?

Minha auto-estima deve ser norteada pelo que faço de bom a Deus? Por quê?

Se eu desobedecer e me amar mais do que a ele, a lei divina me pega? Ficarei condenada sem indulto...nem no Natal, Páscoa, Corpus Christi...nada?


Devo amar a Deus mais do que a minha filha e marido, por exemplo?

Devo me sacrificar e sacrificar as pessoas que amo se Deus assim exigir?

Qual o sentido disto?

Por que Deus é dependente de nosso amor assim?
O cara deveria se tratar, sinceramente.


Apo não sou religioso, mas vou dar pitaco.

O que vc está falando é da tradição judaico-cristã. Pois bem. Nessa existe o que vou chamar de esquema da salvação, vc sabe o que é. Ir pro inferno, ou pro céu e afins.

Nessa, amar Deus, está acima de amar vc mesmo, pq ele te gerou, e ao ama-lo, vc refaz sua ligação espiritual com ele. Amar vc mesmo mais afastaria dessa ligação que é entendida como a principal para salvação, acima de tudo mais. É por isso o primeiro mandamento.

A idéia é que somente amando deus dessa forma, vc se salva, ele teria oferecido assim sua chance, que depende primeiro dessa. Logo ele não depende de vc, mas vc depende dele para existir e amar ele para se salvar. Se vc não amar, teria ignorado os sinais, os avisos, e por isso sua condenação ao inferno seria inteiramente sua responsabilidade.

Obvio que isso é de um autoritarismo craso, que busca castrar as pessoas de pensamento divergente e direcionar não somente a Deus, mas a uma serie de conseqüências conectadas religião enquanto instituição.


Não...na verdade, aparentemente pode parecer que seja uma alusão ao mandamento, mas eu me referia ao amor absoluto por deus o criador mesmo, inclusive Alah, pelo qual se mata e se morre e matar e morrer, no meu juízo não é amor.
É um tópico irônico apenas, mas com questões acerca do egoísmo e da hipocrisia humanos, negando que querem mais é obter alguma coisa em troca, mesmo que seja estupidamente um lugar no céu. :emoticon4:

Elvis não morreu
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Mensagem por Elvis não morreu »

É muito mesquinho e egocêntrico amar a outro com a finalidade de obter proveito próprio.O amor verdadeiro é a entrega voluntária.
what sound you?

Apocaliptica

Mensagem por Apocaliptica »

Elvis não morreu escreveu:É muito mesquinho e egocêntrico amar a outro com a finalidade de obter proveito próprio.O amor verdadeiro é a entrega voluntária.


Sim, mas no final todos queremos ser amados. Então não é mesquinho, é humano.

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André
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Mensagem por André »

Apocaliptica escreveu:
Elvis não morreu escreveu:É muito mesquinho e egocêntrico amar a outro com a finalidade de obter proveito próprio.O amor verdadeiro é a entrega voluntária.


Sim, mas no final todos queremos ser amados. Então não é mesquinho, é humano.


Queremos, mas o amor altruista que dá sem exigir nada em troca, e coloca a felicidade do outro acima da sua é a forma de amor mais bela, penso eu.

Claro que o mais legal é amar assim, e ainda ser correspondido na mesma intensidade, ai é o céu na Terra.
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André
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Re: Questão teocrática de cunho pessoal...hehehe

Mensagem por André »

Apocaliptica escreveu:
André escreveu:
Apocaliptica escreveu:Devo me amar menos do que a Deus?

O que acham?

Minha auto-estima deve ser norteada pelo que faço de bom a Deus? Por quê?

Se eu desobedecer e me amar mais do que a ele, a lei divina me pega? Ficarei condenada sem indulto...nem no Natal, Páscoa, Corpus Christi...nada?


Devo amar a Deus mais do que a minha filha e marido, por exemplo?

Devo me sacrificar e sacrificar as pessoas que amo se Deus assim exigir?

Qual o sentido disto?

Por que Deus é dependente de nosso amor assim?
O cara deveria se tratar, sinceramente.


Apo não sou religioso, mas vou dar pitaco.

O que vc está falando é da tradição judaico-cristã. Pois bem. Nessa existe o que vou chamar de esquema da salvação, vc sabe o que é. Ir pro inferno, ou pro céu e afins.

Nessa, amar Deus, está acima de amar vc mesmo, pq ele te gerou, e ao ama-lo, vc refaz sua ligação espiritual com ele. Amar vc mesmo mais afastaria dessa ligação que é entendida como a principal para salvação, acima de tudo mais. É por isso o primeiro mandamento.

A idéia é que somente amando deus dessa forma, vc se salva, ele teria oferecido assim sua chance, que depende primeiro dessa. Logo ele não depende de vc, mas vc depende dele para existir e amar ele para se salvar. Se vc não amar, teria ignorado os sinais, os avisos, e por isso sua condenação ao inferno seria inteiramente sua responsabilidade.

Obvio que isso é de um autoritarismo craso, que busca castrar as pessoas de pensamento divergente e direcionar não somente a Deus, mas a uma serie de conseqüências conectadas religião enquanto instituição.


Não...na verdade, aparentemente pode parecer que seja uma alusão ao mandamento, mas eu me referia ao amor absoluto por deus o criador mesmo, inclusive Alah, pelo qual se mata e se morre e matar e morrer, no meu juízo não é amor.
É um tópico irônico apenas, mas com questões acerca do egoísmo e da hipocrisia humanos, negando que querem mais é obter alguma coisa em troca, mesmo que seja estupidamente um lugar no céu. :emoticon4:


AHHHH.

A exigencia, tipica desse tipo de formulação, tem dois problemas. Um como já apontado depois de colocar isso na cabeça das pessoas, convencer ele a se explodir é um passo, assim como variações, dois demonstra o pensamento utilitarista e egocentrico do homem, que prefere o conforto de acreditar em algo que lhe garante um "lugar no ceu". Pois ao depositar em Deus, ele faz isso tendo um objetivo pessoal.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Apocaliptica

Mensagem por Apocaliptica »

André escreveu:
Apocaliptica escreveu:
Elvis não morreu escreveu:É muito mesquinho e egocêntrico amar a outro com a finalidade de obter proveito próprio.O amor verdadeiro é a entrega voluntária.


Sim, mas no final todos queremos ser amados. Então não é mesquinho, é humano.


Queremos, mas o amor altruista que dá sem exigir nada em troca, e coloca a felicidade do outro acima da sua é a forma de amor mais bela, penso eu.

Claro que o mais legal é amar assim, e ainda ser correspondido na mesma intensidade, ai é o céu na Terra.


Altruísmo tem limites, estoura mais cedo ou mais tarde. Não é belo, é doloroso, por isto é o preferido pelos românticos de Byron. Doente e destrutivo.
O melhor amor é o que troca. Seja lá por quem for e como for.
Sou capaz de amar minha filha incondicionalmente e amor maior e mais vindo das entranhas não há. Mas sempre é frustante e doloroso quando um filho não devolve. E por isto os crimes de pais e filhos chocam tanto.
Quanto ao amor romântico, amar sem ser amado é uma coisa muito triste. E não vale o sacrifício.

Trancado