Idéias marxistas sempre estiveram na pauta educacional do país...
Exceto durante os anos de ditadura ( 64 a 79...). Depois disto, começaram a surgir novas teorias e aplicação de escolas pedagógicas e a bagunça se instalou. Não que eu concorde totalmente e sem ressalvas com o ensino tradicional. Há várias características que podemos chamar de "tradicionais", algumas são tradicionais boas e outras são atrasadas e retrógradas. Mas quando se levanta irresponsavelmente ou ideologicamente contra o "tradicional", a babaquice se instala.
A implantação dos cursos técnicos e profissionalizantes (que em nada profissionalizavam, mas eram cínicos e demagógicos, pois queriam diminuir a quantidade de entrantes nas Universidades através de preparação técnica no segundo grau ), ocupava horas-aula valiosas , com disciplinas do tipo Mecanografia, Publicidade e Propaganda, Análises Químicas e Clíinicas, Psicologia, Puericultura (!!!) e Artesanato. Um crime! Tiraram dos alunos que NÃO QUERIAM SER TÉCNICOS e sim cursar universidade, a chance de se preparar. Ou seja, compulsório e demagógico. Como não sabiam o que fazer para melhorar a qualidade do ensino, baixaram o nível com a justificativa de que daquela forma , todos poderiam conseguir vagas no mercado de trabalho com os cursos técnicos...uma iniciativa populista muito da safada.
Fora invencionices politicas como o calendário rotativo ( defendido e executado aqui no RS a partir de 1992, pelo então Governador Alceu Collares - PDT - e sua dignissíma esposa Neusa Canabarro Collares ( Secretária do Estado para a Educação ) foi uma crueldade e um falta de respeito com os professores, famílias e alunos. Ele nem quis saber, impôs o sistema no ensino público e as pessoas tiveram que engolir.
Vejam isto:
"O governo Collares: o calendário rotativo faz um relato da intenção do novo
governador Alceu Collares que, na década de 90, tinha como objetivo anunciado ter todas as
crianças e jovens na escola e para isso criou o calendário rotativo, grupos de alunos que
iniciariam as aulas em períodos diferentes do ano, alterando, entre outras coisas, as férias
escolares. Mas faltou diálogo, a comunidade não foi consultada sobre as mudanças, e medidas
administrativas de evidente sentido político foram impostas. A Secretaria de Educação
começou um processo conhecido como “operação desmonte”, isto é, desconstruir o processo
de eleições de diretores, afastando-os e colocando em seus lugares os interventores, pessoas
alinhadas com a proposta do governo."
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/res1_21.pdf
Ou seja, imagino que em todo o Brasil, muita coisa aconteça à revelia e que o MEC é apenas mais um órgão inútil e inábil.