docdeoz escreveu:O Anátema está errado. Ele nunca pegou um coração humano na mão, nem o dissecou, tampouco estudou Patologia Médica ou Histologia ou Embriologia, tampouco atendeu um paciente cardiopata ou sofrendo um expisódio isquêmico agudo.
Eu não estudei mesmo isso, mas o que eu disse NÃO está errado. Pelamordedeus.
Tentando resumir da forma mais a prova de analfabetismo funcional e/ou deturpação possível:
* Seres biologicamente aparentados, tem genes similares, tão mais similares, quanto mais próximo for o parentesco.
* Pessoas tem genes parecidos com os de outras pessoas, primeiramente com familiares, depois com outras populações, e em menor grau, com os de chimpanzés; depois vem a similaridade com gorilas, e enfim de orangotangos. E esses com diversos macacos caudados e assim por diante.
* De forma similar, leões, leopardos e tigres, tem genes similares. Buldogues, poodles, dogues alemães, lobos, chihuahuas e coiotes também tem genes similares.
* As diferenças nos genes existentes entres seres podem, sim, inegavelmente, surgir por mutações.
É esse o ponto.
Mutações não são apenas deletérias, mesmo que o parco entendimento de termodinâmica do doc de oz sugira que sim, e que isso fosse legal porque talvez poderia ajudar a defender que esses seres não são aparentados
Os genes homólogos nesses seres aparentados, diferem em suas seqüências. Na ordem das cadeias de moléculas, em português tão claro e tão leigo quanto for possível, sem vir com jargão para tentar impressionar ostentando erudição.
Mutações simplesmente fazem com que essas seqüências de alterem. Isso é o que são mutações, de forma simplificada.
Assim, é meio como se uns genes nos leões fosse "123" e no leopardo é "132"; e coisas do tipo. Em alguns casos, cópias de gene a mais ou a menos,
como descoberto inclusive entre popuções humanas.Se as mutações são alterações nas seqüências de genes, essas diferenças entre leões e leopardos - e entre quaisquer seres apontados como parentes próximos por similaridade genética ou outros dados - podem, indiscutivelmente, ter se originado por mutações.
Atenção: isso não quer dizer que sejam só as mutações a esmo que dirijam a evolução, diferenças nos genes provocam diferentes capacidades de adaptação (como o ser se ajusta ao meio ambiente, ou a um novo meio de vida naquele ou em outro ambiente) e aptidão (quanta prole é capaz de ter). Assim a natureza promove a reprodução de umas variedades e outras são extintas. Seleção natural, que não é só degeneração.
Se numa época não haviam leões e leopardos, mas um ancestral comum, mas houvesse vantagem para populações que fossem tendo diferenças que fazem leões e leopardos, respectivamente, eventualmente surgiriam essas espécies.
Pode ser que o ancestral fosse mais parecido com um do que com o outro; provavlemente não tinha juba. Os seres podem tanto diminuir quanto aumentar de tamanho, não apenas diminuir.
Porque o que determina um tamanho menor ou maior é uma sequencia genética, e simplesmente não há como sustentar que todas as mutações possíveis apenas resultariam em diminuição de tamanho do corpo.
E etc.. já estou perdendo meu tempo de novo
Por falar em corações, algo relacionado...
Uma família de trabalhadores rurais da pequena cidade italiana de Limone sul Garda, na Lombardia, pode ser a chave para uma revolução no tratamento do colesterol alto; e, conseqüentemente, dos males cardiovasculares, a principal causa de morte por doença no mundo. Apesar de seus péssimos hábitos de vida, como o tabagismo e uma dieta rica em gorduras, eles sempre se mostraram imunes a infartos e derrames. Intrigados com o "paradoxo de Limone",
pesquisadores da Universidade de Milão descobriram que aquela família carrega uma mutação genética que a faz produzir um tipo de colesterol bom, o HDL, muito mais eficiente do que o produzido pela população em geral. Na semana passada, em artigo publicado na revista científica The Journal of the American Medical Association, cardiologistas americanos da Cleveland Clinic Foundation anunciaram as conclusões das primeiras experiências feitas com uma substância sintetizada em laboratório que imita o HDL da família de Limone. Os resultados foram animadores.
http://veja.abril.com.br/121103/p_106.html(conteúdo já aberto)
Mas isso não quer dizer que é mentiroso. Apenas não detem o conhecimento para a crítica...Conhecimento médico deve ser discutido com quem tem aptidão para tal ou esteja a fim de debater.
Quem chama alguém de mentiroso, e ele chamou os criscionistas de mentirosos, já perdeu a discussão...
Doc, você está apenas dando um show de ignorância, nas melhor hipótese, e sim, de desonestidade, se continuar insistindo nisso apesar dessa exposição que até uma aluno do ginásio compreenderia.
Você não pode continuar defendendo que mutações são apenas deletérias, é tecnicamente impossível que sejam. Se defende isso, ou está mentindo, ou não tem conhecimento do assunto, não entende o que são mutações, que são apenas modificações genes, não uma "coisa feia" que faz "genes maus". Há genes diferentes entre populações e indivíduos, e todos esses genes não poderiam ter sido criados "ex nihilo", do nada, porque não há loci suficiente para todos os alelos em apenas um casal (Adão e Eva), nas 8 da arca, ou mesmo em um punhado razoável de pessoas.
A comparação ENTRE genes não passa de HOMOLOGIA COM NOVA ROUPAGEM...
Ah, meu Bumba....
Não é nem com nova roupagem, é homologia mesmo. As diferenças entre cães são diferenças principalmente em genes homólogos, não creio que hajam diferenças cariotípicas entre eles, criação de novos loci nem nada do tipo. Ainda assim, eles diferem tanto quanto diferem, o que não é pouco. Suficiente para classificação em gêneros distintos, se fosse apenas a morfologia o critério (no gênero Geospiza, de tentilhões, todas as espécies podem cruzar e ter prole fértil e viável).
Há ainda outros mecanismos para modificação genética além da criação de novos alelos, eu já havia postado exemplos, que você novamente havia insistido em dizer que seriam apenas deletérios; são coisas como translocação robertsoniana e duplicação de cromossomos, que não, não são apenas deletérios.
É essencialmente a mesma lógica. Se há seres aparentados nos quais essa é a diferença genética, é possível que isso ocorra sem representar algo deletério. Ainda que pudesse até ser, inicialmente em algum grau deletério mas compensado por alguma coisa adicional, ou então mero efeito de genética de populações, e depois a popução se recuperaria com novas mutações minimizando os efeitos deletérios.
Mas pode até ser positiva. Veja um caso de translocação robertsoniana conferindo novas habilidades mentais à camundongos:
[Behavior of mice with robertsonian translocations of chromosomes]
[Article in Russian]
Krushinskiĭ LV, Dyban AP, Baranov VS, Poletaeva II, Romanova LG.
The behaviour of mice with normal karyotype and those with robertsonian translocations was studied. The ability of the animals to solve an extrapolatory task was analysed. The experimental procedure was initiated with presentation of a food bait which the animal could reach only through a small opening in a screen. As the mouse started drinking, the food cup was moved leftward or rightward disappearing from the animal's view. The problem was to move in the direction of food, in which case the mouse could find it behind one of two feeding holes, to the right or to the left of the starting point. Laboratory mice were not able to solve this problem, whereas mice containing Rb(8, 17)1 IEM in karyotype demonstrated the extrapolatory ability - they solve the task correctly in a significant majority of cases. By means of a series of backcrosses of Rb(8, 17)1 IEM carriers on CBA strain (these mice have no extrapolatory ability) and subsequent inbreeding, a novel inbred strain was obtained, coisogenic to CBA and possessing the robertsonian translocation Rb(8, 17)1 IEM. These mice with the CBA genetic background solve the extrapolatory problem successfully, the level of correct choices being significantly above the 50% chance level. At the same time, their performance was lower than that of outbred mice with Rb(8, 17)1 IEM, the phenomenon possibly being the result of the influence of CBA genetic background. Mice with Rb(8, 17)6 Sic were also shown to possess the extrapolatory ability
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entre ... stractPlus
Para quem esteja lendo e não saiba o que é uma translocação robertsoniana, é uma fusão de dois cromossomos, fazendo ter "menos um" cromossomo (porque dois foram fundidos em um; entre aspas porque há preservação dos cromossomos). Humanos diferem dos chimpanzés e outros antropóides também por uma fusão de cromossomos:
Cromossomos homólogos de
Humanos,
Chimpanzés,
Gorilas e
Orangotangos, sendo dois para todas essas espécies, mas os dois grudados em um só, nos humanos.
Ironicamente, homologia é um conceito originalmente criacionista...
Bem, irei inutilizar essa conta também, perco tempo demais com isso. Se o doc voltar com argumentos especificamente contra a evolução dos humanos, tem um post antigo em que eu rebati os argumentos dele, sem nem recorrer ao registro fóssil como auxílio, acho bem interessantes esses pontos todos.
Como esses problemas já haviam sido levantados duas vezes anteriormente, acho bem provável que sejam levantados de novo em breve.

Então aqui está
o link.
Bem, estou indo, me demito. Esperam que tenham mais sorte, e sinceramente, que ele tome vergonha na cara e defenda fundamentalismo, arca de noé, cobras e jumentas falantes, árvores mágicas, simplesmente por fé, sem ter vergonha de ter fé, já que julga ser algo bom; mas com vergonha de mentir, deturpar o conhecimento cientifico para tentar dar "uma forcinha" àqueles com menos fé....