O dono de um restaurante que não se importa com a vontade dos seus clientes não permanecerá aberto por muito tempo.
"Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta, é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade."
Se os clientes passam mal, ou se a comida não lhes agrada, eles não voltam e o dono vai à falência.
E se todos os mercados da região só tem comida pouco saudável porque é mais barata para produzir, algum dono de mercado irá comprar de mais longe, a um custo maior, comida mais saudável mas também mais cara, e irá levar todos os demais a falência, porque todas as pessoas que comerem a comida boa irão se reproduzir mais do que aquelas que comem a comida de menor qualidade, que eventualmente se extinguirão, e os mercados que só vendem comida barata e de má qualidade vão à falência. Assim a sociedade como um todo enriquece.
OU, talvez, mesmo sem haver uma importação de comida melhor, morram as pessoas para as quais a comida era prejudicial, elas acabam tendo menos filhos do que eventuais pessoas que tinham genes que as tornavam imunes aos problemas com a comida, essas por sua vez se reproduzem mais e eventualmente a comida não faz mal. E assim a sociedade progride biologicamente até.
O mercado funciona como uma alternativa à violência. O mercado nos torna sociáveis. O mercado nos lembra que as outras pessoas importam.
Mas elas não importam o suficiente para que se pense em regular o mercado, se for concebíbel que isso seja para o benefício das outras pessoas, mas relativamente, talvez momentâneamente, desvantajoso para o mercado. Se começamos a regular o mercado, somos anti-capitalistas, logo comunistas, logo abole-se a propriedade privada, e a canção natalina "noite feliz" tem que ter sua letra alterada em louvor a Karl Marx.