Luiz Carlos Querido escreveu:Apo escreveu:Puxa, mas eu já respondi aqui inúmeras vezes. Mas vamos de novo![]()
Desculpe, são tantas emoções, quer dizer...informações...

Apo escreveu:Primeiro de tudo: jamais consigo olhar algum governo, sistema, regime, organização, corporação...pensando em mim apenas. Se fosse assim, estaria pouco me lixando para o passado, o futuro e o que acontece do lado de fora do meu umbigo.
Acho que fumantes não se encaixam nestes termos...mas tudo bem...![]()
Encaixam-se perfeitamente.
Apo escreveu:Segundo: bastava o clima estranho para que eu me sentisse estranha. E eu me sentia. Isto sem saber de nada aos 6, 7 ou 10 anos.
Se você tivesse essa idade hoje, seria a mesma coisa...
Talvez. Mas não por medo iminente.
Apo escreveu:Estudava numa escola pública num ponto estratégico da cidade, tinha que marchar todo dia ao som de marchas militares para entrar em aula, porque a minha escola ficava ao lado e aos fundos do Palácio do Governo e de uma série de órgãos do governo.
Sério? Nem na Escola de Cadetes do Exército de Campinas se faz isso!
Não se fazia durante os anos da ditadura? Duvido.
Apo escreveu:Meus recreios eram olhando o céu de um pátio onde se via o tempo todo soldados e outros superiores empunhando armas de todos os calibres ostensivamente.
Você é colombiana? Estamos falando realmente do Brasil? Eu tenho 45 anos e nunca passei por isso eSP e desconheço quem tenha passado. Sério!
Acho que a ditadura pegou pesado no Brasil todo. Você que estava brincando enquando gente era torturada. Mesmo assim, as coisas aconteceram, você tenha participado ou não.
Apo escreveu:Não se podia dizer ou comentar uma série de assuntos.
Ouvi dizer sobre isso e até acredito em termos pois, na escola que eu estudava os professores (de escola pública) metiam o pau no governo).
Metiam e corriam risco, como todos que metiam. Mas alguns diretores proibiam tais assuntinhos.
Apo escreveu:Alguns pais de amiguinhos meus desapareciam misteriosamente, o que me dava um certa insegurança.
Sinto muito mas não faço idéia do porquê disso. Pode ter alguma razão afinal, na política pessoas somem também...
Hã? Tá de saca?
Apo escreveu:Estudei lado a lado com um sobrinho-neto do Médici, que sempre estava com um segurança do lado de fora.
Até eu...
Não descontextualize.
Apo escreveu:Uma vez fizemos uma brincadeira com o sobrenome dele inocentemente e nos assopraram ao ouvido para não fazer mais aquilo. Mas não podiam explicar por quê. Um dia ouvi um professor do segundo garu no banheiro falando que havia "gente do DOPs infiltrada no colégio". Pense nisto e muito mais para um criança de 7, 8 anos. Pense...
Não seria SNI?
Não, querido, é DOPs mesmo, parente do DOI CODI you know
Apo escreveu:Depois, na 7ª série , em outra escola pública e de um bairro para onde eu mudei, perguntei a um professor de história por que não podia haver democracia no Brasil. A sala emudeceu. O cara parou de dar aula e veio olhando nos meus olhos. Parou na minha mesa e colocou a mão em cima. Falou que o Brasil não estava preparado para isto, que ia virar anarquia.
Depois vieram me dizer que o cara era do DOPs também.
Doida!
Sempre.
Apo escreveu:Na rua ao lado da minha casa estavam escondidos Lilian Celiberti, os dois filhos e Universindo Dias, que foram arrancados de casa numa madrugada para serem Naquele dia meu pai nos avisou que não falássemos em tupamaro de jeito algum.
Um trechinho, tirado da Internet:
Vou pesquisar mais à respoeito.
Eu te ajudo.
Leia tudo ( mesmo que por cima):
http://www.derechos.org/nizkor/brazil/l ... /cap1.html
amanhã eu termino. Abraços!
Ok.
Beijos!