Apo escreveu:Apo escreveu:NadaSei escreveu:Só me responda uma questãozinha básica que brota espontânea quando leio isto:
- POR QUE precisa-se de "escola religiosa" para viver plenamente? Ainda mais quando vai dispensar uma boa parte dos "conhecimentos"? Coisa mais contraproducente...
Como eu disse, de escola ninguém precisa, qualquer um pode ser autodidata.
E não se dispensa conhecimento algum, muito pelo contrario, adquire-se conhecimento.
Errado. Aprender é adequar estímulos externos à bagagem existente. Há trocas no processo. Muito desta troca é aquilo que julgamos ( e temos que julgar, ou não evoluímos, não crescemos ) desnecessário para as nossas necessidades. Muito do que nos é apresentado simplesmente é lixo. Pode cavocar à vontade, que dali não sái nada que preste. Religiões costumam ser assim por um motivo muito simples: metade é lixo ideológico e má-fé. A outra metade é filosofia pura. A prática ( prática = ação ) é adquirida pela vida naturalmente. Não há novidade alguma no que postulam algumas religiões acerca do bem. Logo, e no frigir dos ovos (levando-se em consideração a soma com o lado ruim e destrutivo ), religião é zero.
Como eu disse antes, a escola em si é dispensável e a pessoa pode ser autodidata... Só não entendi esse seu "Errado. Aprender é adequar...", pois foge do que foi perguntado por você e respondido por mim.
Quanto ao "lixo" apresentado, isso é fato, dai a necessidade de formar conhecimento real através da experiência e pratica ao invés de se ater a estudo puramente teórico de textos de toda sorte, a diferença entre conhecimento real e entre copy/paste de textos.
Quanto ao que disse sobre a religião ser metade lixo e metade filosofia pura, demonstra a falta de conhecimento de alguém que não praticou propriamente a religião e assim não adquiriu o conhecimento do assunto fruto dessa experimentação e pratica.
A religião não é só filosofia pura, a parte mais importante dela esta justamente na pratica, sendo a filosofia escrita apenas um aprofundamento do conhecimento adquirido nessa pratica, bem como um guia de auxilio sobre como conduzir a pratica.
Logo a sua lógica de que religião é zero, mostra-se falha justamente por não atentar a existência da pratica disciplinada.
Apo escreveu:A pratica e estudo da religião não dispensa outras fontes de conhecimento, muito pelo contrario, a religião é apenas mais uma fonte agregada a tantas outras, como as ciências, a filosofia e a arte.
Prá quê religião? Não agrega nada que eu já não saiba exercitar de posse de meus valores naturais.
Quem disse que não?
Você mesma não só demonstra desconhecer os benefícios de praticas como o jejum, como ainda fala apaixonadamente contra aquilo que desconhece.
É ai que forma uma crença erronea que te distorce a realidade e ainda a faz pensar que ela não agrega nada que você já não saiba exercitar de posse de seus valores naturais.
Sinto, mas está enganada.
Não age diferente de alguém que fala contra o estudo e pergunta pra que serve ficar entendendo como as coisas funcionam ao invés de curtir a vida, as baladas, etc, e que depois ainda afirma que o estudo nada pode agregar que ela não o exercite vivendo a vida.
Não se fala contra aquilo que não se entende.
Apo escreveu:Apo escreveu:- O que é ser um religioso autodidata? Tem a ver com teísmo apenas e não com dogmas? Ou você estabelece seus dogmas, obviamente baseado em questões de foro íntimo suas ( como a abstinência sexual, por julgar que sexo não o deixa ser "livre" espiritualmente, por exemplo )?
Ser autodidata significa que você estuda por conta própria, sem a necessidade de se filiar e frequentar seitas.
DÃÃÃÃÃÃHHHH! Não é isto que quero saber. O que é religião autodidata? Que religião? Religião é a fé institucionalizada. O que é religião sem filiação? Baseia-se em quê objetivamente?
Um autodidata em ciências dispensa a escola e estuda sozinho em casa, o faz lendo os livros sobre o tema e fazendo experimentos.
O que ele dispensa é a instituição escola, seus métodos de ensino e seus professores. Ninguém precisa se matricular em um escola para aprender e praticar as ciências.
Um religioso autodidata faz o mesmo, ele dispensa a instituição igreja e estuda sozinho em casa, pratica o que aprende nos livros e adquire o conhecimento proporcionado pela pratica.
O que ele dispensa é a instituição igreja, seus métodos de ensino e seus pastores. Ninguém precisa se filiar a uma igreja para aprender e praticar religião.
Apo escreveu:Quanto a abstinências de todo tipo, o foco é o controle mental.
Se você não controla seu desejo por sexo, por comida e por objetos de todo tipo, então não controla a si próprio, não controla a própria mente que vaga sozinha, se concentra nessa coisas e o prende a elas.
Mas é de nossa natureza e devemos experimentar todas estas coisas. O prazer faz parte da vida saudável. Prá que controlar a mente a este ponto? Daqui a pouco não se come mais, não exercita o corpo, não aprecia música, não como chocolate, não deseja nada! Prá que tanto controle? Isto é o suprasumo da maluquice autopenitente! Somos humanos e não máquinas? Por que religião e por que controle dos sentimentos mais humanos ? Não há objetivo algum necessário nisto? Prazer na privação é coisa de OPUS DEI e outras doideiras que há aos montes por aí.
Eu pergunto pela enésima vez:
PRÁ QUÊ???
Tá vendo... você pergunta por não saber no que isso resulta, desconhece os benefícios.
Como eu já disse, o objetivo é adquirir controle, uma vez que o tenha, a pratica é abandonada.
Sendo assim, não adianta defender a naturalidade de viver e aproveitar as coisas da vida, como se isso fosse ser abandonado pra sempre ou como se isso nunca tivesse sido aproveitado e experimentado.
A privação não traz prazer per si, traz auto-controle.
Uma mente controlada, sente dez vezes melhor os gostos, os cheiros e os prazeres de todo tipo.
Controlar a mente é liberta-la da prisão em que ela se encontra, uma prisão onde distorcemos e ignoramos a realidade e onde nossos sentidos estão aprisionados e funcionando longe de seu potencial máximo.
É por isso que se fala em êxtase, pois os sentidos passam a funcionar em plena capacidade, algo que alguém que nunca experimentou não faz ideia do quão intensa é a vida e os prazeres que somos capazes de sentir.
Isso sem contar as distorções da mente, como tédio, ansiedade, medo, raiva, repulsas, etc...
Controlar a mente coloca fim nisso tudo.
Pra que por fim nisso tudo e pra que sentir tudo de forma muito mais intensa?
É esse descontrole, esses desejos e repulsas, essas crenças, raivas, medos, etc, que movem o homem.
Ele se deixa levar sem controle por essas coisas e faz com que o mundo seja essa "belezura" que ele é.
Controle isso tudo e não só coloca fim a esse inferno e ignorância, como além de tudo ganha um paraíso extasiante.
Pra que querer isso?
Pra que querer estudar e se aperfeiçoar? Pra que querer sentir prazeres inimagináveis?
PRA CRESCER E VIVER.
Apo escreveu:Quem quer muito controlar é porque é descontrolado ou tem medo de perder o controle. Harmonia, paz interior, auto-conhecimento, plenitude. Tudo passa por viver, e não se conter até as necessidades primárias.
NadaSei, isto me lembra uma psicopatologia que algumas pessoas apresentam depois de terem sido abusadas na infância de forma que suas necessidades fisiológicas eram contidas por adultos maníacos e pervertidos. Há pais que fazem os filhos segurarem as fezes até não suportar mais. Geralmente o fazem na fase do prazer anal. Isto causa problemas de auto-privação sexual e outras distorções do princípio do prazer para o resto da vida.
Todos estamos descontrolados, só que alguns sabem disso enquanto outros ignoram.
Sem dor, sem ganho.
Um grande atleta, um grande artista, um grande ciêntista, todos são exemplos de pessoas que necessariamente passam pelas privações necessárias para chegarem onde chegam.
É preciso muita pratica, muito estudo, muita disciplina e muito auto controle para chegar lá.
Isso não seria diferente com um religioso.
Pode apostar que nenhuma dessas pessoas vai dizer que chegou lá vivendo a vida de boa, mas sim deixando de fazer muito do que gostaria para estudar e praticar, é assim que melhoraram seu condicionamento físico, suas pinceladas e a compreensão que tem do magnetismo.
Aprender também é viver, se dedicar a algo e se esforçar em melhorar a si próprio, também faz parte da vida.
Não pense que isso é ruim e deve ser evitado, muito pelo contrario, isso é bom e deve ser feito por todos, se as pessoas assim o fizessem, não teriam tempo pra gastar fazendo tanta estupidez porai.
É isso que falta nas pessoas, força de vontade e autocontrole.
Apo escreveu:Praticar abstinências para adquirir o controle da mente nessas coisas, não é diferente de praticar exercícios de matemática e interpretação de texto para desenvolver o raciocínio matemático e lógico.
Não. E todo mundo sabe bem disto. Todo mundo já passou por momentos de privação, de frustração, de busca do prazer e de contenção. Mas religiosidade para isto é maluco demais. Sorry.
"Estas coisas" diz tudo.
Só parece maluco a quem não entende do que se trata.
Passar por privações e aprender a controlar a si próprio são coisas bem distintas e a pratica não se limita as privações, exige muito mais que isso.
Sem contar que a privação real, é a de quem não tem autocontrole e, por isso não consegue sentir as coisas em sua real intensidade.
Apo escreveu:Não almejo ser um Budha. Você sim? Não são pessoas normais. Cristo ( tal qual pintam) é uma criação um tanto estranha.
Eu almejo sim, definitivamente.
Realmente eles não são pessoas normais e essa é justamente a questão... afinal, são as pessoas normais que estão porai matando, roubando e vivendo infernos de medo, raiva, angustia e da privação real dos sentidos.
Os sentidos do homem "normal" estão anestesiados, só são capazes de sentir as coisas de forma distorcida e reduzida, como alguém que ao invés de comer um chocolate, o come dissolvido em um litro de água.
É o homem normal quem distorce ignora a realidade, quem acredita em bobagens de forma tão apaixonada que as persegue a todo custo.
Não quero mesmo ser normal, quero atingir meu potencial máximo e aproveita-lo.
Apo escreveu:Os demais entraram numa viagem que talvez necessite de muita droga na mente. Cada qual encontra a sua forma de se drogar. A questão é: eu me drogo às vezes, naturalmente. E é através do prazer com a beleza, com o amor, com a paixão, com o sexo, com a música, com os sabores e cheiros, com as cores da arte! O retorno deste êxtase é natural e faz muito bem.
Prá que religião que prega abstinência? Quanta inutilidade para uma vida tão curta....
Na verdade você acha que tem o prazer através do amor, por achar que sabe o que é o amor, acha que sente o mundo e a vida, por não saber que só é capaz de sentir um vislumbre do que essas coisas de fato são, pois desconhece a intensidade delas.
Desconhece o que é o êxtase da vida e desconhece isso tudo, desconhece as cores, desconhece os sons, desconhece os sabores, os cheiros e os outros prazeres, mas "acredita" que sabe o que de fato apenas vê e sente de forma reduzida e distorcida.
Achar que sabe algo sobre o que de fato desconhece, é como padecer de um mal, um o qual não busca tratamento, por nem ao menos saber que está doente.
Religião é pra isso, e a abstinência é só parte de um tratamento necessário de uma doença curável.
Só se tratando para realmente saber o que é vida... mas muitos andam por ai como mortos-vivos ou como sonâmbulos, sem poder realmente viver e o fazem achando que sabem o que é a vida, achando que estão acordados, achando que de nada precisam... sempre achando e achando que sabem o que de fato ignoram.