MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai

[Acauan]

Vivo num região completamente agrária (capital mundial da cana) e vejo de perto como os grandes latifúndios e monoculturas empobrecem as cidades e geram concentração de renda na mão de poucos.

REVISTA VEJA, edição 2070, 23 de julho de 2008



Especial
2. O NOVO CICLO DA CANA

Clique na imagem para ampliar





Pradópolis/SP

DOLCE VITA EM VOLTA DE UMA USINA DE AÇUCAR
Cidade mostra como conciliar cana, desenvolvimento social e ecologia

Victor De Martino

Fotos Alexandre Schneider

O metalúrgico Luiz dos Santos e seu filho Maicon: o rapaz, que começou como estagiário, galgou um posto superior ao de seu pai

Há um paraíso perdido em um mar de cana no noroeste de São Paulo. Em Pradópolis, não há desemprego. Todos os 15 000 habitantes são atendidos por água tratada e rede de esgoto. Até as ruas onde ainda não há casas são asfaltadas, arborizadas e com infra-estrutura instalada. Ninguém mora em barracos, muito menos na rua. A criminalidade é desprezível. A prefeitura mantém o melhor hospital da região, com médicos de todas as especialidades. A mortalidade infantil é 30% menor que a média paulista. A taxa de analfabetismo é um terço do índice nacional. Todas as crianças estão matriculadas em escolas públicas, boa parte delas em tempo integral. As que estudam meio período aproveitam o resto do dia para praticar esporte no clube municipal, o mesmo no qual o ídolo local, o lateral Cicinho, da Roma, acertou seus primeiros chutes. Uma academia de ginástica sustentada pela prefeitura é freqüentada principalmente por mulheres e aposentados. No fim da tarde, boa parte da turma da academia se reúne nas praças para jogar bingo. É tempo, então, de os trabalhadores que operam as máquinas das lavouras de cana e os funcionários das cinco usinas de açúcar e álcool das redondezas voltarem para casa. De bicicleta.

O setor sucroalcooleiro viveu um espetacular crescimento nesta década. Poucos lugares souberam explorar tão bem a bonança quanto Pradópolis. Desde 2000, o PIB e a arrecadação de impostos municipais triplicaram. A prefeitura usou a receita extra para ampliar o hospital, construir uma creche, reformar o distrito industrial e dar início a uma nova rodoviária, que deve ser inaugurada nos próximos meses. Os novos investimentos garantirão a manutenção da infra-estrutura criada pelos primeiros administradores da cidade. Pradópolis é uma espécie de feudo da família Ometto. Eles são primos do empresário Rubens Ometto, dono da Cosan, a líder mundial em álcool. Os Ometto de Pradópolis também estão entre os grandes fabricantes de derivados da cana, mas não têm negócios em comum com o primo famoso. Entraram de vez no ramo em 1949, ao comprar a Fazenda São Martinho, que hoje é a segunda maior indústria canavieira do país. Naquele tempo, suas terras ainda pertenciam ao também anônimo município de Guariba. Dez anos depois, os Ometto conseguiram emancipar a vila fundada pela família Prado, antiga dona da São Martinho.

Até 1996, os Ometto impuseram todos os prefeitos do município, que se dividiam entre suas responsabilidades da vida pública e suas obrigações como diretores da São Martinho. Os Ometto passaram a tratar Pradópolis como seu cartão de visita. Nos anos 70, a usina arcou com parte das despesas de construção de um anel viário que evitou o tráfego de caminhões de cana pelo centro da cidade. Com os impostos pagos pela usina, os prefeitos praticamente nomeados pelos Ometto elaboraram um plano piloto, abriram praças e ruas largas e instalaram uma estação de tratamento de esgoto. "Eles sempre levavam todos os empresários que visitavam a usina para conhecer a cidade", conta o advogado Paulo César David. Os Ometto também providenciaram o povoamento de Pradópolis. No início, importaram mão-de-obra dos centros produtores de cana do Nordeste. O pai de David, José, veio de Alagoas e incentivou seu filho a trabalhar na São Martinho. Ele começou como mecânico. A usina pagou seu curso de direito e a prefeitura forneceu o transporte para a faculdade. Aos 43 anos, David atua como advogado trabalhista da empresa. Cansado de procurar trabalho, o metalúrgico Luiz dos Santos mudou-se para Pradópolis em 1985. Arranjou emprego para si. Depois, emplacou seu filho Maicon como estagiário quando ele tinha apenas 16 anos. A usina pagou sua graduação em administração. Onze depois, Maicon é um dos analistas de recursos humanos da São Martinho.

Aula de hip hop: um dos muitos cursos oferecidos pela prefeitura para manter as crianças por mais tempo na escola

A cana-de-açúcar foi o combustível da expansão econômica e populacional de vinte das 500 cidades brasileiras que mais cresceram nesta década. Pradópolis encabeça a lista porque adotou novas soluções de produção de açúcar e álcool e de gestão pública. O corte manual da cana está com os dias contados. Hoje, 85% da colheita já é mecanizada. Quando as colheitadeiras começaram a substituir os bóias-frias no campo, as usinas requalificaram a maioria deles, fornecendo programas de estudos e cursos técnicos profissionalizantes. Resultado: alguns dos demitidos chegaram mesmo a ter vantagens. Durante sete anos, Helio do Nascimento cortou cana para a São Martinho. Agora, ganha o dobro dirigindo colheitadeiras. Uma parte dos dispensados encontrou trabalho em outras fazendas e usinas da região. O desemprego decorrente da mecanização se tornou marginal. Pradópolis também tomou medidas para proteger o meio ambiente. Aboliu a prática secular da queima dos canaviais em tempo de safra, que é extremamente poluente. Com o bagaço de cana, a São Martinho produz toda a energia que consome e vende um excedente capaz de abastecer uma cidade de 30 000 habitantes. Pradópolis prova, assim, que é possível combinar a produção maciça de açúcar e etanol com desenvolvimento social.

[joaomichelazzo]

Vivo num região completamente agrária (capital mundial da cana) e vejo de perto como os grandes latifúndios e monoculturas empobrecem as cidades e geram concentração de renda na mão de poucos.

REVISTA VEJA, edição 2070, 23 de julho de 2008



Especial
2. O NOVO CICLO DA CANA

Clique na imagem para ampliar





Pradópolis/SP

DOLCE VITA EM VOLTA DE UMA USINA DE AÇUCAR
Cidade mostra como conciliar cana, desenvolvimento social e ecologia

Victor De Martino

Fotos Alexandre Schneider

O metalúrgico Luiz dos Santos e seu filho Maicon: o rapaz, que começou como estagiário, galgou um posto superior ao de seu pai

Há um paraíso perdido em um mar de cana no noroeste de São Paulo. Em Pradópolis, não há desemprego. Todos os 15 000 habitantes são atendidos por água tratada e rede de esgoto. Até as ruas onde ainda não há casas são asfaltadas, arborizadas e com infra-estrutura instalada. Ninguém mora em barracos, muito menos na rua. A criminalidade é desprezível. A prefeitura mantém o melhor hospital da região, com médicos de todas as especialidades. A mortalidade infantil é 30% menor que a média paulista. A taxa de analfabetismo é um terço do índice nacional. Todas as crianças estão matriculadas em escolas públicas, boa parte delas em tempo integral. As que estudam meio período aproveitam o resto do dia para praticar esporte no clube municipal, o mesmo no qual o ídolo local, o lateral Cicinho, da Roma, acertou seus primeiros chutes. Uma academia de ginástica sustentada pela prefeitura é freqüentada principalmente por mulheres e aposentados. No fim da tarde, boa parte da turma da academia se reúne nas praças para jogar bingo. É tempo, então, de os trabalhadores que operam as máquinas das lavouras de cana e os funcionários das cinco usinas de açúcar e álcool das redondezas voltarem para casa. De bicicleta.

O setor sucroalcooleiro viveu um espetacular crescimento nesta década. Poucos lugares souberam explorar tão bem a bonança quanto Pradópolis. Desde 2000, o PIB e a arrecadação de impostos municipais triplicaram. A prefeitura usou a receita extra para ampliar o hospital, construir uma creche, reformar o distrito industrial e dar início a uma nova rodoviária, que deve ser inaugurada nos próximos meses. Os novos investimentos garantirão a manutenção da infra-estrutura criada pelos primeiros administradores da cidade. Pradópolis é uma espécie de feudo da família Ometto. Eles são primos do empresário Rubens Ometto, dono da Cosan, a líder mundial em álcool. Os Ometto de Pradópolis também estão entre os grandes fabricantes de derivados da cana, mas não têm negócios em comum com o primo famoso. Entraram de vez no ramo em 1949, ao comprar a Fazenda São Martinho, que hoje é a segunda maior indústria canavieira do país. Naquele tempo, suas terras ainda pertenciam ao também anônimo município de Guariba. Dez anos depois, os Ometto conseguiram emancipar a vila fundada pela família Prado, antiga dona da São Martinho.

Até 1996, os Ometto impuseram todos os prefeitos do município, que se dividiam entre suas responsabilidades da vida pública e suas obrigações como diretores da São Martinho. Os Ometto passaram a tratar Pradópolis como seu cartão de visita. Nos anos 70, a usina arcou com parte das despesas de construção de um anel viário que evitou o tráfego de caminhões de cana pelo centro da cidade. Com os impostos pagos pela usina, os prefeitos praticamente nomeados pelos Ometto elaboraram um plano piloto, abriram praças e ruas largas e instalaram uma estação de tratamento de esgoto. "Eles sempre levavam todos os empresários que visitavam a usina para conhecer a cidade", conta o advogado Paulo César David. Os Ometto também providenciaram o povoamento de Pradópolis. No início, importaram mão-de-obra dos centros produtores de cana do Nordeste. O pai de David, José, veio de Alagoas e incentivou seu filho a trabalhar na São Martinho. Ele começou como mecânico. A usina pagou seu curso de direito e a prefeitura forneceu o transporte para a faculdade. Aos 43 anos, David atua como advogado trabalhista da empresa. Cansado de procurar trabalho, o metalúrgico Luiz dos Santos mudou-se para Pradópolis em 1985. Arranjou emprego para si. Depois, emplacou seu filho Maicon como estagiário quando ele tinha apenas 16 anos. A usina pagou sua graduação em administração. Onze depois, Maicon é um dos analistas de recursos humanos da São Martinho.

Aula de hip hop: um dos muitos cursos oferecidos pela prefeitura para manter as crianças por mais tempo na escola

A cana-de-açúcar foi o combustível da expansão econômica e populacional de vinte das 500 cidades brasileiras que mais cresceram nesta década. Pradópolis encabeça a lista porque adotou novas soluções de produção de açúcar e álcool e de gestão pública. O corte manual da cana está com os dias contados. Hoje, 85% da colheita já é mecanizada. Quando as colheitadeiras começaram a substituir os bóias-frias no campo, as usinas requalificaram a maioria deles, fornecendo programas de estudos e cursos técnicos profissionalizantes. Resultado: alguns dos demitidos chegaram mesmo a ter vantagens. Durante sete anos, Helio do Nascimento cortou cana para a São Martinho. Agora, ganha o dobro dirigindo colheitadeiras. Uma parte dos dispensados encontrou trabalho em outras fazendas e usinas da região. O desemprego decorrente da mecanização se tornou marginal. Pradópolis também tomou medidas para proteger o meio ambiente. Aboliu a prática secular da queima dos canaviais em tempo de safra, que é extremamente poluente. Com o bagaço de cana, a São Martinho produz toda a energia que consome e vende um excedente capaz de abastecer uma cidade de 30 000 habitantes. Pradópolis prova, assim, que é possível combinar a produção maciça de açúcar e etanol com desenvolvimento social.

Venha connhecer Pradópolis depois tire suas conclusões se é esse paraíso que a Veja mostra.
Moro em Ribeirão Preto há mais 20 anos quando vim de São Paulo.
Quando mudei para cá, Ribeirão era a "Califórnia brasileira" da Veja e da Globo.
Hoje temos mais de 20 favelas, concentração violentíssima de renda (90% da grana está na mão de 5% da população).
Ribeirão já teve as mais altas taxas de homicídios do Brasil (2 lugar proporcionalmente em 1996).
Não há empregos, pois não há indústrias em RP.
Hoje somos a canalifórnia brasileira. Acabamos de eleger mais uma radialista como prefeita.
Se a São Matinho fechar, pradópolis quebra.
Além disso o Ometto quase deu um golpe mirabolante nos seus acionistas, quando no fim de 2007 tentou tirar as ações da bovespa e lançar o capita na NYSE.
Com a crise fincanceira que atingiu o setor sucro alcooleiro em cheio a taxa de desemprego de Sertãozinho (maior produtora de álccol e açúcar do mundo) cresceu 10% só em janeiro. Se a monocultura da cana quebrar teremos milhares de desempregados na região.
Quase todas as indústrias da região dependem da cana ou da laranja (exceto São Carlos que vive de tecnologia)
70% da mão-de-obra empregada nas usinas são de pessoas sem qualificação (trabalhadores rurais com até a 4ª série) utilizadas para trabalhos braçais na lavoura ou nas metalurgicas que dependem em sua totalidade das usinas.
Hoje a maioria das usinas estão na mão de 3 ou 4 familias.
Se quiser conhecer a região de Ribeirão Preto eu te mostro que não é tão glamouroso quanto a veja mostra.
A Veja é sensacionalista e formadora de opinião.

Quer um panorama mais realista da região:
www.jornalacidade.com.br

[Fernando Silva]

Quando mudei para cá, Ribeirão era a "Califórnia brasileira" da Veja e da Globo.
Hoje temos mais de 20 favelas, concentração violentíssima de renda (90% da grana está na mão de 5% da população).

Pergunta: as favelas surgiram porque a população empobreceu?
Ou porque veio uma multidão de fora em busca da riqueza da cidade?

Com a crise fincanceira que atingiu o setor sucro alcooleiro em cheio a taxa de desemprego de Sertãozinho (maior produtora de álccol e açúcar do mundo) cresceu 10% só em janeiro. Se a monocultura da cana quebrar teremos milhares de desempregados na região.

E de quem será a culpa, se é que haverá culpados?

Será que, se a terra estivesse dividida em milhares de ranchinhos, haveria tantos empregos e seria gerada tanta riqueza? Ou cada ranchinho mal e mal produziria para sustentar uma família?

70% da mão-de-obra empregada nas usinas são de pessoas sem qualificação (trabalhadores rurais com até a 4ª série) utilizadas para trabalhos braçais na lavoura ou nas metalurgicas que dependem em sua totalidade das usinas.

Onde eles trabalhariam se não houvesse as usinas?

Hoje a maioria das usinas estão na mão de 3 ou 4 familias.

E por que isto é ruim?

[Fernando Silva]

Não Suécia não há miseráveis mas há ricos e menos ricos porque todos tiveram as mesmas chances.

Será que foi porque a população de lá não cresce faz tempo?

Eu além de ralar duro 60 horas por semana, ainda me disponho a fazer trabalhos voluntários e muitas vezes pago por isso.
Nunca pedi nada a ninguem, nunca me associei a ong nenhuma. Apenas fui lá e fiz.

Cada um ajuda do jeito que sabe. Eu, por exemplo, conserto computadores para o pessoal mais pobre da firma. Se eles levarem numa oficina, não terão como pagar.

Por outro lado, eu tenho certeza de que, ao trabalhar duro todos os dias, estou ajudando a manter os empregos de um monte de gente na minha firma e nas firmas dos fornecedores.

Por que eu descuidaria do meu trabalho para ajudar gente que eu nunca vi?

Por que eu prejudicaria minha saúde trabalhando nas minhas poucas horas vagas para ajudar os pobres se isto prejudicaria meu desempenho na firma? E, em consequência, prejudicaria o emprego dos meus colegas?

Não dá para fazer tudo, não dá para consertar tudo. Faço o que posso e esqueço o resto.
A minha vida também é importante.

Você parece que vive num mundo de mentirinha quando fala que a tem tiros na favela porque a policia não vai la prender traficante.

E é verdade. Quando eu era criança, a favela já estava lá, só que não havia tiros.

Você acha também que todo mundo no Brasil come 3 vezes ao dia, limpa a bunda com papel higiênico, escova os dentes e dorme numa cama quentinha?

Você não vai conseguir com que eu me sinta culpado.

Não adianta você querer acabar com o câncer de um fumante se ele não parar de fumar.

Por exemplo, parando de ter filhos.

O traficante, o favelado, a criança de rua, são consequencias de uma sociedade onde centenas tem milhões e onde milhões tem migalhas.
Atacar a consequencia não adianta.

A impunidade, que já começa no presidente, não tem nada a ver?

O estado tem que cumprir seu papel em todos os níveis da sociedade, principalmente nos mais baixos e fornecer condições para que todos tenham as mesmas chances na vida. Esse é o papel do estado.

Quando isto acontecer, ainda haverá desigualdade.

A culpa disso tudo meu caro, é sua também.

Desista, nunca vou concordar com isto.

[joaomichelazzo]

Quando mudei para cá, Ribeirão era a "Califórnia brasileira" da Veja e da Globo.
Hoje temos mais de 20 favelas, concentração violentíssima de renda (90% da grana está na mão de 5% da população).

Pergunta: as favelas surgiram porque a população empobreceu?
Ou porque veio uma multidão de fora em busca da riqueza da cidade?

Com a crise fincanceira que atingiu o setor sucro alcooleiro em cheio a taxa de desemprego de Sertãozinho (maior produtora de álccol e açúcar do mundo) cresceu 10% só em janeiro. Se a monocultura da cana quebrar teremos milhares de desempregados na região.

E de quem será a culpa, se é que haverá culpados?

Será que, se a terra estivesse dividida em milhares de ranchinhos, haveria tantos empregos e seria gerada tanta riqueza? Ou cada ranchinho mal e mal produziria para sustentar uma família?

70% da mão-de-obra empregada nas usinas são de pessoas sem qualificação (trabalhadores rurais com até a 4ª série) utilizadas para trabalhos braçais na lavoura ou nas metalurgicas que dependem em sua totalidade das usinas.

Onde eles trabalhariam se não houvesse as usinas?

Hoje a maioria das usinas estão na mão de 3 ou 4 familias.

E por que isto é ruim?

Você ta certo.
Fodam-se os pobres, viva a moncultura.
Eu faço e minha a parte os o outros que se fodam.

[Fernando Silva]

Você ta certo.
Fodam-se os pobres, viva a moncultura.
Eu faço e minha a parte os o outros que se fodam.

Não respondeu.

[Acauan]

Quando mudei para cá, Ribeirão era a "Califórnia brasileira" da Veja e da Globo.
Hoje temos mais de 20 favelas, concentração violentíssima de renda (90% da grana está na mão de 5% da população).

É uma conta simples.
Segundo a Wikipédia, Ribeirão Preto tem 558.136 habitantes e um PIB de R$ 11.207.937.000,00.

Se "90% da grana está na mão de 5% da população", teríamos que 530.229 habitantes (95%) dividem 10% do PIB (R$ 1.120.793.700,00) o que implicaria que a renda per capita da população - fora os tais 5% - seria de R$ 2.113,79 por ano, ou R$ 176,15 por mês, ou seja, menos da metade de um salário mínimo.

Acho difícil.

Se quiser conhecer a região de Ribeirão Preto eu te mostro que não é tão glamouroso quanto a veja mostra.

Você quis dizer, caso eu não conheça?

[joaomichelazzo]

Não Suécia não há miseráveis mas há ricos e menos ricos porque todos tiveram as mesmas chances.

Será que foi porque a população de lá não cresce faz tempo?

Eu além de ralar duro 60 horas por semana, ainda me disponho a fazer trabalhos voluntários e muitas vezes pago por isso.
Nunca pedi nada a ninguem, nunca me associei a ong nenhuma. Apenas fui lá e fiz.

Cada um ajuda do jeito que sabe. Eu, por exemplo, conserto computadores para o pessoal mais pobre da firma. Se eles levarem numa oficina, não terão como pagar.

Por outro lado, eu tenho certeza de que, ao trabalhar duro todos os dias, estou ajudando a manter os empregos de um monte de gente na minha firma e nas firmas dos fornecedores.

Por que eu descuidaria do meu trabalho para ajudar gente que eu nunca vi?

Por que eu prejudicaria minha saúde trabalhando nas minhas poucas horas vagas para ajudar os pobres se isto prejudicaria meu desempenho na firma? E, em consequência, prejudicaria o emprego dos meus colegas?

Não dá para fazer tudo, não dá para consertar tudo. Faço o que posso e esqueço o resto.
A minha vida também é importante.

Você parece que vive num mundo de mentirinha quando fala que a tem tiros na favela porque a policia não vai la prender traficante.

E é verdade. Quando eu era criança, a favela já estava lá, só que não havia tiros.

Você acha também que todo mundo no Brasil come 3 vezes ao dia, limpa a bunda com papel higiênico, escova os dentes e dorme numa cama quentinha?

Você não vai conseguir com que eu me sinta culpado.

Não adianta você querer acabar com o câncer de um fumante se ele não parar de fumar.

Por exemplo, parando de ter filhos.

O traficante, o favelado, a criança de rua, são consequencias de uma sociedade onde centenas tem milhões e onde milhões tem migalhas.
Atacar a consequencia não adianta.

A impunidade, que já começa no presidente, não tem nada a ver?

O estado tem que cumprir seu papel em todos os níveis da sociedade, principalmente nos mais baixos e fornecer condições para que todos tenham as mesmas chances na vida. Esse é o papel do estado.

Quando isto acontecer, ainda haverá desigualdade.

A culpa disso tudo meu caro, é sua também.

Desista, nunca vou concordar com isto.

Não. O país é bem organizado. As pessoas são honestas e o trabalho voluntário é amplamente difundido. As pessoas são pontuais e cumprem com os compromissos. Lá cortar a grama do vizinho pra ganhar uns trocados, diferentemente daqui, não é vegonha nenhuma, mesmo pros mais ricos. Países minúsculos como a Albânia ou o Paraguai são paupérrimos e desiguais.
Solidariedade. Nunca descuidei do meu trabalho para ajudar alguem. Nunca fiquei doente ao ajudar as pessoas.
Nunca perdi um compromisso.
Organização. Disciplina e boa vontade.
Agora, pra fazer sem vontade fique em casa que é melhor.
Não quero que você se sinta culpado, apenas pare de achar que o mundo é seu umbigo.
Parando de ter filhos daqui a 50 anos teremos um deficit enorme na previdencia social e não teremos mão de obra.
Temos que ter filhos com consciencia.
A impunidade começa na falta de vontadade das pessoas em dividir o excedente, seja la o que ele for.
Anualmente milhoes de toneladas de comida são jogadas no lixo e há no país pessoas que morrem de fome.
Desigualdade sempre houve e sempre haverá. Acabar com ela é utopia. O abismo entre o maior e o menor tem que ser pequeno e não inexistente.
Concorde ou não a culpa é sua. É triste mas é verdade.

[joaomichelazzo]

Quando mudei para cá, Ribeirão era a "Califórnia brasileira" da Veja e da Globo.
Hoje temos mais de 20 favelas, concentração violentíssima de renda (90% da grana está na mão de 5% da população).

É uma conta simples.
Segundo a Wikipédia, Ribeirão Preto tem 558.136 habitantes e um PIB de R$ 11.207.937.000,00.

Se "90% da grana está na mão de 5% da população", teríamos que 530.229 habitantes (95%) dividem 10% do PIB (R$ 1.120.793.700,00) o que implicaria que a renda per capita da população - fora os tais 5% - seria de R$ 2.113,79 por ano, ou R$ 176,15 por mês, ou seja, menos da metade de um salário mínimo.

Acho difícil.

Se quiser conhecer a região de Ribeirão Preto eu te mostro que não é tão glamouroso quanto a veja mostra.

Você quis dizer, caso eu não conheça?

Os dados da Wikipedia são de censo de 2000.
Conhece ou já passou e tomou um chopp no Pinguim?
Só por curiosidade, procure um emprego aqui.

[Fernando Silva]

Só por curiosidade, procure um emprego aqui.

Você não respondeu: os desempregados nas favelas são os antigos moradores, que antes viviam bem, ou gente de fora, atraída pela riqueza?

[joaomichelazzo]

Só por curiosidade, procure um emprego aqui.

Você não respondeu: os desempregados nas favelas são os antigos moradores, que antes viviam bem, ou gente de fora, atraída pela riqueza?

Ambos.
Conheço muita gente que empbreceu e muitos que foram embora.
Mas mioria foi formada por pessoas atraidas pela promessa de emprego na California Brasileira.
Mas, como vivemos num país livre, a constiuição garante o direito de ir e vir.
Se houvesse empregos para todos não teriamos favelas.
Se o cara não viesse pra cá, seria um flagelado no nordeste ou mais um favelado no Rio.

[Discernimento]

Internacional x Global

Nada demais.

[Apo]

Só por curiosidade, procure um emprego aqui.

Você não respondeu: os desempregados nas favelas são os antigos moradores, que antes viviam bem, ou gente de fora, atraída pela riqueza?

Ambos.
Conheço muita gente que empbreceu e muitos que foram embora.
Mas mioria foi formada por pessoas atraidas pela promessa de emprego na California Brasileira.
Mas, como vivemos num país livre, a constiuição garante o direito de ir e vir.
Se houvesse empregos para todos não teriamos favelas.
Se o cara não viesse pra cá, seria um flagelado no nordeste ou mais um favelado no Rio.

S. José do Rio Preto é assim tb. O interior de SP tem esta obssessão por ser paraíso americano, como acha que SP é Nova Iorque. Acho patético. Vidinha provinciana, limitada a quem tem mais dinheiro para ter casa e carro de luxo ( seja lá a que preço for), muita hipocrisia e pobreza que serve de escrava aos importantes da cidade.

[Acauan]

Quando mudei para cá, Ribeirão era a "Califórnia brasileira" da Veja e da Globo.
Hoje temos mais de 20 favelas, concentração violentíssima de renda (90% da grana está na mão de 5% da população).

É uma conta simples.
Segundo a Wikipédia, Ribeirão Preto tem 558.136 habitantes e um PIB de R$ 11.207.937.000,00.

Se "90% da grana está na mão de 5% da população", teríamos que 530.229 habitantes (95%) dividem 10% do PIB (R$ 1.120.793.700,00) o que implicaria que a renda per capita da população - fora os tais 5% - seria de R$ 2.113,79 por ano, ou R$ 176,15 por mês, ou seja, menos da metade de um salário mínimo.

Acho difícil.

Se quiser conhecer a região de Ribeirão Preto eu te mostro que não é tão glamouroso quanto a veja mostra.

Você quis dizer, caso eu não conheça?

Os dados da Wikipedia são de censo de 2000.

O dado de população é do IBGE 2008 e de PIB do IBGE 2006.
De 2000 é o IDH, que não foi citado.

Corrigido seu lapso quanto a atualidade dos dados, como os explica?

[King In Crimson]

Esses esquerdistas devem ter algum gene da "soma zero". Só pode.

[Fernando Silva]

Se houvesse empregos para todos não teriamos favelas.
Se o cara não viesse pra cá, seria um flagelado no nordeste ou mais um favelado no Rio.

1. E como criar empregos para uma população que não para de crescer? Mágica?
E, ainda por cima, uma população desqualificada? O Brasil tem problema de falta de mão de obra: faltam engenheiros e várias outras profissões de nível superior.

2. Nem tudo é possível, nem tudo que acontece de errado é culpa de alguém.
Por outro lado, por que a culpa é sempre dos cidadãos que trabalham e conseguem alguma coisa (como se fosse pecado conseguir alguma coisa) e nunca dos politicos que não param de roubar e aumentar seus próprios salários?
Ou das próprias pessoas, que fizeram escolhas erradas na vida?

3. Grande parte dos favelados do Rio é formada por gente que não quer viver nos subúrbios e prefere morar num barraco, mas ficar perto do emprego. Ainda mais porque não pagam luz, água ou Internet. É tudo roubado.

[joaomichelazzo]

Só por curiosidade, procure um emprego aqui.

Você não respondeu: os desempregados nas favelas são os antigos moradores, que antes viviam bem, ou gente de fora, atraída pela riqueza?

Ambos.
Conheço muita gente que empbreceu e muitos que foram embora.
Mas mioria foi formada por pessoas atraidas pela promessa de emprego na California Brasileira.
Mas, como vivemos num país livre, a constiuição garante o direito de ir e vir.
Se houvesse empregos para todos não teriamos favelas.
Se o cara não viesse pra cá, seria um flagelado no nordeste ou mais um favelado no Rio.

S. José do Rio Preto é assim tb. O interior de SP tem esta obssessão por ser paraíso americano, como acha que SP é Nova Iorque. Acho patético. Vidinha provinciana, limitada a quem tem mais dinheiro para ter casa e carro de luxo ( seja lá a que preço for), muita hipocrisia e pobreza que serve de escrava aos importantes da cidade.

Exatamente.
Só faltou citar que a economia gira em torno de uma ou duas atividades, que concentram toda renda nas mão de meia duzia.

[joaomichelazzo]

Quando mudei para cá, Ribeirão era a "Califórnia brasileira" da Veja e da Globo.
Hoje temos mais de 20 favelas, concentração violentíssima de renda (90% da grana está na mão de 5% da população).

É uma conta simples.
Segundo a Wikipédia, Ribeirão Preto tem 558.136 habitantes e um PIB de R$ 11.207.937.000,00.

Se "90% da grana está na mão de 5% da população", teríamos que 530.229 habitantes (95%) dividem 10% do PIB (R$ 1.120.793.700,00) o que implicaria que a renda per capita da população - fora os tais 5% - seria de R$ 2.113,79 por ano, ou R$ 176,15 por mês, ou seja, menos da metade de um salário mínimo.

Acho difícil.

Se quiser conhecer a região de Ribeirão Preto eu te mostro que não é tão glamouroso quanto a veja mostra.

Você quis dizer, caso eu não conheça?

Os dados da Wikipedia são de censo de 2000.

O dado de população é do IBGE 2008 e de PIB do IBGE 2006.
De 2000 é o IDH, que não foi citado.

Corrigido seu lapso quanto a atualidade dos dados, como os explica?

Amigo, venha e veja com seus próprios olhos.
Dados são dado. Manipulados de acordo com a conveniência de quem os publicou.
Eu moro aqui e sei dos problemas. To te falando o que eu vejo todos dias.
Agora, se você prefere acreditar na Veja ou no Wikipedia, fique a vontade.

[Fernando Silva]

Só faltou citar que a economia gira em torno de uma ou duas atividades, que concentram toda renda nas mão de meia duzia.

E se esta meia dúzia se cansar das críticas dos invejosos e incapazes e for embora?
Será o paraíso?

[Fernando Silva]

Eu moro aqui e sei dos problemas. To te falando o que eu vejo todos dias.
Agora, se você prefere acreditar na Veja ou no Wikipedia, fique a vontade.

E eu, ao longo de 54 anos, vi muita gente que cresceu nas mesmas condições que eu, teve as mesmas chances, e jogou tudo fora porque preferiu aproveitar o momento em vez de construir o futuro.

O que esperar de gente que nem mesmo estas chances teve? Bem, eu convivo com gente que veio de baixo e chegou lá, trabalhando, estudando e poupando.

E com gente que vivia me criticando por economizar em vez de aproveitar a vida. E depois, quando o dinheiro acabava, vinha me pedir emprestado e me chamava de de FDP porque eu me recusava.

Convivi com gente que tinha um filho atrás do outro, de homens diferentes, e achava que estava tudo bem porque tinha um emprego. Perdia o emprego e ficava na miséria.

E eu pergunto: a culpa é minha se essa gente é idiota?

Claro que muita gente sequer teve a chance de batalhar por uma vida melhor, mas, ainda assim, que reclamem com os irresponsáveis e egoístas que os jogaram no mundo. Eu faço um pouco para ajudar, mas não vou me culpar por isto nem deixar de viver minha vida.

O mundo já era uma bosta quando eu nasci, continuará uma bosta quando eu morrer. Só espero que ele esteja um pouco melhor graças ao meu esforço, mas não tenho esperança de que as coisas se resolvam tão cedo.

Para não ficar me repetindo:
http://fernandosilva.multiply.com/journ ... _e_pobreza

[joaomichelazzo]

Eu moro aqui e sei dos problemas. To te falando o que eu vejo todos dias.
Agora, se você prefere acreditar na Veja ou no Wikipedia, fique a vontade.

E eu, ao longo de 54 anos, vi muita gente que cresceu nas mesmas condições que eu, teve as mesmas chances, e jogou tudo fora porque preferiu aproveitar o momento em vez de construir o futuro.

O que esperar de gente que nem mesmo estas chances teve? Bem, eu convivo com gente que veio de baixo e chegou lá, trabalhando, estudando e poupando.

E com gente que vivia me criticando por economizar em vez de aproveitar a vida. E depois, quando o dinheiro acabava, vinha me pedir emprestado e me chamava de de FDP porque eu me recusava.

Convivi com gente que tinha um filho atrás do outro, de homens diferentes, e achava que estava tudo bem porque tinha um emprego. Perdia o emprego e ficava na miséria.

E eu pergunto: a culpa é minha se essa gente é idiota?

Claro que muita gente sequer teve a chance de batalhar por uma vida melhor, mas, ainda assim, que reclamem com os irresponsáveis e egoístas que os jogaram no mundo. Eu faço um pouco para ajudar, mas não vou me culpar por isto nem deixar de viver minha vida.

O mundo já era uma bosta quando eu nasci, continuará uma bosta quando eu morrer. Só espero que ele esteja um pouco melhor graças ao meu esforço, mas não tenho esperança de que as coisas se resolvam tão cedo.

Para não ficar me repetindo:
http://fernandosilva.multiply.com/journ ... _e_pobreza

Solidariedade e amor ao proximo.
Pagar impostos tão somente não basta. Mas você e milhões não pensam assim e nunca vao mudar.
Direito seu.
Eu faço algo a mais e não cobro isso de ninguém e nem me vanglorio por isso. Apenas faço.

[Acauan]

Quando mudei para cá, Ribeirão era a "Califórnia brasileira" da Veja e da Globo.
Hoje temos mais de 20 favelas, concentração violentíssima de renda (90% da grana está na mão de 5% da população).

É uma conta simples.
Segundo a Wikipédia, Ribeirão Preto tem 558.136 habitantes e um PIB de R$ 11.207.937.000,00.

Se "90% da grana está na mão de 5% da população", teríamos que 530.229 habitantes (95%) dividem 10% do PIB (R$ 1.120.793.700,00) o que implicaria que a renda per capita da população - fora os tais 5% - seria de R$ 2.113,79 por ano, ou R$ 176,15 por mês, ou seja, menos da metade de um salário mínimo.

Acho difícil.

Se quiser conhecer a região de Ribeirão Preto eu te mostro que não é tão glamouroso quanto a veja mostra.

Você quis dizer, caso eu não conheça?

Os dados da Wikipedia são de censo de 2000.

O dado de população é do IBGE 2008 e de PIB do IBGE 2006.
De 2000 é o IDH, que não foi citado.

Corrigido seu lapso quanto a atualidade dos dados, como os explica?

Amigo, venha e veja com seus próprios olhos.
Dados são dado. Manipulados de acordo com a conveniência de quem os publicou.
Eu moro aqui e sei dos problemas. To te falando o que eu vejo todos dias.
Agora, se você prefere acreditar na Veja ou no Wikipedia, fique a vontade.

Não citei dados da Veja ou da Wikipédia, que são apenas veículos de divulgação.
Citei dados do IBGE.
Se você é melhor informado que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, informe suas metodologias de pesquisa, que devem ser extremamente inovadoras.

No mais, os números falam por si.
É matematicamente impossível sua afirmação de que 5% da população de Ribeirão Preto concentra 90% da renda.
Morar no local não é argumento suficiente para desmentir a aritmética.

[Discernimento]

A velha lenga-lenga marxistas de que a identidade de classe está acima da identidade nacional.

O título do tópico resume a questão.
Além de criminosos esta corja é composta de traidores, que não liga a mínima em recorrer ao lesa-Pátria se isto convém aos seus interesses.

E quanto ao Paraguai, um país que só continuou existindo por conta da clemência do Império vitorioso, deveria abaixar a crista e sossegar o facho.

Como bem dizia uma amiga minha - ironicamente militante fundadora do PT - até a mandioca que os paraguaios comem é made in Brasil.

E a globalização é o quê?

[Fernando Silva]

E a globalização é o quê?

Globalização seria se comprássemos do Paraguai e o Paraguai da gente, mas, tirando o contrabando, o que importamos de lá?

[Acauan]

A velha lenga-lenga marxistas de que a identidade de classe está acima da identidade nacional.

O título do tópico resume a questão.
Além de criminosos esta corja é composta de traidores, que não liga a mínima em recorrer ao lesa-Pátria se isto convém aos seus interesses.

E quanto ao Paraguai, um país que só continuou existindo por conta da clemência do Império vitorioso, deveria abaixar a crista e sossegar o facho.

Como bem dizia uma amiga minha - ironicamente militante fundadora do PT - até a mandioca que os paraguaios comem é made in Brasil.

E a globalização é o quê?

É algo que não tem nada a ver com dissolução das identidades nacionais, uma vez que nos últimos vinte anos estas identidades se impuseram sobre a geografia política definida, resultando na divisão nacionalista da União Soviética, da Iugoslávia e da Tchecoslováquia, na independência do Timor Leste, bem como na manutenção ou acirramento dos movimentos nacional-separatistas basco, checheno, curdo e outros.