Apo escreveu:Eu juro que li catecismo.
HUAHUAHUAHUAHUAHU!
Nunca fui um bom católico... já fui até expulso da catequese.

Apo escreveu:Eu juro que li catecismo.
HUAHUAHUAHUAHUAHU!
Acauan escreveu:Pois é Dark,
A estratégia esquerdista de ocupação de espaços sempre foi praticada pelos comunistas no Brasil, mas ganhou força depois que a repressão esmagou os grupos revolucionários envolvidos com a luta armada, entre 1968 e 1972, o que levou a esquerda a se concentrar na chamada Guerra Cultural.
Os militares brasileiros se mostraram bastante frouxos no combate à infiltração esquerdista nas universidades, jornais e indústria cultural. Talvez porque acreditassem que era melhor ter comunistas nas bibliotecas e redações portando livros e máquinas de escrever, do que no interior do país, portando fuzis.
Foi exatamente o oposto da estratégia adotada por Pinochet no Chile, cuja tomada de poder se iniciou com um golpe violentíssimo na inteligência esquerdista, com a prisão e morte dos principais intelectuais de esquerda chilenos de algum modo envolvidos com pretensões revolucionárias.
Darkside escreveu:Apo escreveu:Eu juro que li catecismo.
HUAHUAHUAHUAHUAHU!
Nunca fui um bom católico... já fui até expulso da catequese.
Apo escreveu:Ninguém mandou se meter onde não devia.
Eu não me atrevi...
Darkside escreveu:Apo escreveu:Ninguém mandou se meter onde não devia.
Eu não me atrevi...
Eu ia obrigado.
A freira preferiu se livrar de mim antes que eu contaminasse a mente das outras crianças com minhas dúvidas, que mais tarde se tornaram em ceticismo ateu maligno.
Herf escreveu:Acauan escreveu:uma régua para bater nos indisciplinados antes de fazê-los ajoelhar no milho,
Você acredita que isso esteja relacionado com a superior qualidade do ensino de antigamente?
Digo, não é como se as únicas opções fossem a rigidez e autoritarismo do passado e a libertinagem presente em algumas escolas hoje.
Darkside escreveu:E pensar que o governo militar foi instaurado justamente pra evitar a ameaça do crescimento do comunismo...
Acauan, em 07/12/2005 às 17:42, escreveu:O atual sistema de educação no Brasil é produto de um pacto absurdo entre militares de direita e pedagogos de esquerda. Uma daquelas maluquices típicas destes trópicos, na qual os inimigos esqueceram suas diferenças ideológicas e se uniram visando o nobre objetivo de fazer merda.
Nos anos sessenta e setenta os militares no poder entenderam que a educação brasileira era elitista e cheia de conteúdos inúteis para o que interessava a eles – formar mão de obra suficientemente qualificada para sustentar a demanda da indústria em franco crescimento.
Os pedagogos de esquerda também entendiam que a educação brasileira era elitista e cheia de conteúdos inúteis para o que interessava a eles – conscientizar as massas sobre seu papel no processo histórico (ou qualquer outra coisa igualmente estúpida).
O julgamento das grades curriculares foi sumário:
Latim? Para que estudar algo que responde pelo nome de língua morta?
Filosofia? Coisa de quem não tem o que fazer.
Demonstração de teoremas? Se alguém já demonstrou, para que perder tempo com isto?
O resultado foi o despejo porta da escola afora direto para a rua da amargura de todas as disciplinas que formatavam o pensamento abstrato e crítico.
Para os militares, que queriam operários espertos, tava ótimo e também para os pedagogos esquerdistas, para quem o marxismo fornecia todo o pensamento que queriam.
Só que os militares deixaram o poder há vinte anos – uma geração, tempo mais que suficiente para seus sucessores democraticamente eleitos consertarem esta bagunça.
Para variar, preservaram e ampliaram o que o sistema herdado dos militares tinha de ruim e destruíram o que tinha de bom.
As escolas da rede pública adotaram de vez o pragmatismo tecnicista, enquanto o último reduto do pensamento abstrato no ensino de nível médio – ironicamente as escolas técnicas estaduais e federais – foram sucateadas, desmanteladas e reduzidas à indigência de suas irmãs convencionais, tudo isto sobre o veredicto de, oh céus, serem as escolas técnicas elitistas.
Educação é um assunto no qual ninguém precisa inventar a roda, muito menos os pedagogos brasileiros que produziram duas gerações de analfabetos funcionais, mas aparecem falando na TV com a arrogância de quem tem todas as soluções e nada a ver com o problema.
Estão aí para ser copiados os modelos orientais (coreano e japonês), europeu (alemão, francês e britânico) e americano (que todos por aqui dizem ser uma porcaria, mas produz os universitários mais competentes do mundo).
E não venham com aquele papo furado de barreira cultural, isto é desculpa de preguiçoso. Com algumas adaptações dá para construir um sistema educacional mil vezes melhor que o presente apenas requentando estas fórmulas já experimentadas.
No fim, o problema da educação no Brasil é típico. Todo mundo culpa os outros e no fim ninguém assume a responsabilidade, que passa por políticos fisiológicos (alguém ainda usa este adjetivo neste contexto?), pedagogos estúpidos, administradores escolares incompetentes e corruptos, professores ignorantes e preguiçosos, pais omissos e alunos vagabundos.
Pois é, todos nós temos culpa.
Quanto antes assumirmos isto, mais chance de que a próxima geração de brasileiros não seja produto de um sistema asinino de educação.
Herf escreveu:Acauan escreveu:uma régua para bater nos indisciplinados antes de fazê-los ajoelhar no milho,
Você acredita que isso esteja relacionado com a superior qualidade do ensino de antigamente?
Digo, não é como se as únicas opções fossem a rigidez e autoritarismo do passado e a libertinagem presente em algumas escolas hoje.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Herf escreveu:Acauan escreveu:uma régua para bater nos indisciplinados antes de fazê-los ajoelhar no milho,
Você acredita que isso esteja relacionado com a superior qualidade do ensino de antigamente?
Digo, não é como se as únicas opções fossem a rigidez e autoritarismo do passado e a libertinagem presente em algumas escolas hoje.
Dois fatos merecem ser melhor apreciados antes de chegar a uma conclusao.
O primeiro e o de que castigos fisicos leves a criancas insolentes/indolentes sao praticamente um caractere universal das mais diversas culturas.
O segundo e o de que a nocao de que nao se deve educar com "autoritarismo" nao emergiu da percepcao de que metodos absolutamente "nao-autoritarios" eram superiores, mas devido a uma pressao ideologica cultural no sentido de recriminar familias e escolas tradicionais que ainda conservavam os antigos valores.
Aranha escreveu:- Um outro fato que vale menção é que o aluno passou de discípulo/pupilo a cliente (escola privada) ou contribuinte/voto (escola pública) e passaram a ter autoridade sobre o professor, essa inaceitável inversão de valores destruiu uma hierarquia de relacionamentos e valores que era a base da educação tradicional sem colocar nada no lugar a não ser a anarquia.
Acauan escreveu:Aranha escreveu:- Um outro fato que vale menção é que o aluno passou de discípulo/pupilo a cliente (escola privada) ou contribuinte/voto (escola pública) e passaram a ter autoridade sobre o professor, essa inaceitável inversão de valores destruiu uma hierarquia de relacionamentos e valores que era a base da educação tradicional sem colocar nada no lugar a não ser a anarquia.
E parte da culpa é dos professores e pedagogos MUDERNUS.
Antigamente a regra era professor é professor, aluno é aluno e acabou.
O professor dava aulas sobre um tablado que simbolizava sua posição superior em relação ao aluno.
Hoje vemos professores e pedagogos falando com horror daqueles tempos, igualando-o aos piores momentos medievais, por conta da nova e muderninha crença ideológica de que professor e aluno tem que manter uma relação de igual para igual.
Igual para igual o cacete.
Conhecimento não pode se igualar ou nivelar com ignorância.
O resultado destas mudernices é resumida na repetidíssima afirmação "quem faz a escola é o aluno".
Ora, o aluno faz a escola nas escolas em que os professores são bundões.
Onde tem professor que presta, quem faz a escola é o professor.
Por isto que estudar na YALE é diferente de estudar na UNIBAN, mesmo que os alunos fossem os mesmos.
Aranha escreveu: - Isto me lembrou que na época que estudei na Unb instituiram a eleição para reitor (que acho um descalabro, reitor devia ser apontado por notáveis com base em prova de títulos), só que o modelo era tripartite e o voto dos professores tinha mais peso que o voto dos alunos e funcionários (isto, os faxineiros e datilógrafos votavam também).
Aranha escreveu: - Acreditam que tinham barbudinhos de boina malucos que espumavam e rosnavam contra isso exigindo mesmo peso para os alunos e empregados ?!?!?! - Ou seja, como o número de professores era infinitamente menor, o voto deles seria tão representativo quanto pinguim de geladeira no polo norte.
Aranha escreveu:- Um outro fato que vale menção é que o aluno passou de discípulo/pupilo a cliente (escola privada) ou contribuinte/voto (escola pública) e passaram a ter autoridade sobre o professor, essa inaceitável inversão de valores destruiu uma hierarquia de relacionamentos e valores que era a base da educação tradicional sem colocar nada no lugar a não ser a anarquia.
Abraços,
Acauan escreveu:Herf escreveu:Acauan escreveu:uma régua para bater nos indisciplinados antes de fazê-los ajoelhar no milho,
Você acredita que isso esteja relacionado com a superior qualidade do ensino de antigamente?
Digo, não é como se as únicas opções fossem a rigidez e autoritarismo do passado e a libertinagem presente em algumas escolas hoje.
Claro que ninguém vai admitir aqueles métodos hoje.~
O sucesso não provinha do autoritarismo, mas do que sustentava o autoritarismo que era a AUTORIDADE do conhecimento.
A escola, o professor e a sala de aula eram instituições solenes que combatiam o mal da ignorância.
Naqueles tempos o professor era respeitado pelo que sabia. Hoje se julga o professor pelo seu salário.
O problema é que o pragmatismo educacional preferiu pedagogias técnicas e profissionalizantes, enquanto a pedagogia esquerdista substituiu o pensamento crítico filosófico pelo pensamento crítico ideológico.
Resultado, o pensamento abstrato foi expulso das escolas brasileiras, nas quais dificilmente você encontrará um aluno que saiba conceituar geometricamente o que é um ponto.
Acauan escreveu:Aranha escreveu:- Um outro fato que vale menção é que o aluno passou de discípulo/pupilo a cliente (escola privada) ou contribuinte/voto (escola pública) e passaram a ter autoridade sobre o professor, essa inaceitável inversão de valores destruiu uma hierarquia de relacionamentos e valores que era a base da educação tradicional sem colocar nada no lugar a não ser a anarquia.
E parte da culpa é dos professores e pedagogos MUDERNUS.
Antigamente a regra era professor é professor, aluno é aluno e acabou.
O professor dava aulas sobre um tablado que simbolizava sua posição superior em relação ao aluno.
Hoje vemos professores e pedagogos falando com horror daqueles tempos, igualando-o aos piores momentos medievais, por conta da nova e muderninha crença ideológica de que professor e aluno tem que manter uma relação de igual para igual.
O ENCOSTO escreveu:Acauan escreveu:Aranha escreveu:- Um outro fato que vale menção é que o aluno passou de discípulo/pupilo a cliente (escola privada) ou contribuinte/voto (escola pública) e passaram a ter autoridade sobre o professor, essa inaceitável inversão de valores destruiu uma hierarquia de relacionamentos e valores que era a base da educação tradicional sem colocar nada no lugar a não ser a anarquia.
E parte da culpa é dos professores e pedagogos MUDERNUS.
Antigamente a regra era professor é professor, aluno é aluno e acabou.
O professor dava aulas sobre um tablado que simbolizava sua posição superior em relação ao aluno.
Hoje vemos professores e pedagogos falando com horror daqueles tempos, igualando-o aos piores momentos medievais, por conta da nova e muderninha crença ideológica de que professor e aluno tem que manter uma relação de igual para igual.
Não existem mais professores ou professoras. Hoje são tios e tias.
Não sei como isso começou mas aposto que algum pedagogo moderninho recomendou a abolição do termo "professor" na decada de 80.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Pois e, Karls.
Isso e ainda mais patologico no Brasil do que no resto do mundo.
No Brasil, do primario ate a faculdade, os alunos chamam o professor pelo primeiro nome e de "voce", enquanto praticamente em todo o resto do mundo o tratamento e bem mais formal. Isso pode parecer irrelevante, mas o fato e que a cerimonia e o formalismo sao na verdade a manifestacao mais evidente de um apego tradicional ao respeito hierarquico que deve existir nessa relacao, servindo como lembretes semioticos tao efetivos quanto uma continencia bem prestada.
Apo escreveu:"Você" é pronome de tratamento e aqui é considerado apenas em caso de se querer manter distanciamento do interlocutor.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Pois e, mas voce esta confundindo duas coisas.
Um professor que exige uma certa cerimonia no tratamento que seus alunos dirigem a ele o faz porque sua posicao exige autoridade. Ele esta a frente de um grupo de individuos dentro do qual ele primeiro precisa estabelecer uma ordem, atraves da hierarquia, para depois perseguir seus objetivos profissionais ultimos, que e a transmissao dos conhecimentos.
Esta e exatamente analoga a situacao de um pelotao de soldados e seu sargento.
Ja os pleitos de formulas de tratamento feitos por certos advogados (e em alguns casos ate medicos) sao uma ocorrencia patologica da nossa sociedade que infelizmente cria uma falsa assimetria de poderes, seja ela implicita ou explicita, entre esses profissionais e o resto da populacao, a quem em principio eles deveriam prestar servicos.
Apo escreveu:"Você" é pronome de tratamento e aqui é considerado apenas em caso de se querer manter distanciamento do interlocutor.Mas em varias regioes do pais esse uso ja caducou ha muito tempo, e "voce" nao tem mais nenhum carater formal, tendo substituido a segunda pessoa do caso reto (tanto no singular quanto no plural) em praticamente todos os casos.
As formas de tratamento variam, e a mais simples e "o(a) sr(a).", que a utilizada nos meios militares e nas escolas e familias tradicionais.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Aranha escreveu:- Um outro fato que vale menção é que o aluno passou de discípulo/pupilo a cliente (escola privada) ou contribuinte/voto (escola pública) e passaram a ter autoridade sobre o professor, essa inaceitável inversão de valores destruiu uma hierarquia de relacionamentos e valores que era a base da educação tradicional sem colocar nada no lugar a não ser a anarquia.
Abraços,
Na verdade, esse nao e o fato relevante em si.
Alunos (ou pais de alunos) sempre foram de certa forma clientes ou eleitores daqueles que forneciam os servicos de educacao, e nem por isso a autoridade da instituicao do professor era questionada.
Aranha escreveu:- Pais de alunos podem ser clientes, concordo, ALUNOS NUNCA !!!
Aranha escreveu:
- A menos que você desconheça o conceito de cliente dentro do coorporativismo moderno.
user f.k.a. Cabeção escreveu:voce pode ate achar ridiculo, mas o distanciamento formal entre alunos e professores, marcado por formas de tratamento, so nao e comum no Brasil.