Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Herf escreveu:Que lutar pelos valores em que se acredita e defender as pessoas queridas seja alta demostração de honra, dever moral do qual só fogem os frescos e covardes, não há dúvida.
O que não me desce é considerar o ritual de jurar à bandeira de um país como tendo valor simbólico dessa honra.
Sou leal aos meus valores e a todas as pessoas que respeito, as quais prezam pelos mesmos valores que considero fundamentais. Eu defenderia tais pessoas e tais valores de qualquer ameaça e de todas as formas que pudesse. E ser compatriota não é critério para classificar uma pessoa como digna desse respeito.
Em suma: jamais lutaria ou morreria "pelo Brasil". Lutaria ou morreria pelas pessoas e valores por que prezo.
Perfeito. Com um pequeno senão: alguns que "fogem" de enfrentamentos podem fazê-lo por motivos que não necessariamente covardia ou frescura. Cada qual com seus limites, medos ou traumas. Aparentes fraquezas podem esconder motivos bastante perdoáveis. De resto, concordo com você em tudo aqui.
Herf escreveu:Que lutar pelos valores em que se acredita e defender as pessoas queridas seja alta demostração de honra, dever moral do qual só fogem os frescos e covardes, não há dúvida. O que não me desce é considerar o ritual de jurar à bandeira de um país como tendo valor simbólico dessa honra. Sou leal aos meus valores e a todas as pessoas que respeito, as quais prezam pelos mesmos valores que considero fundamentais. Eu defenderia tais pessoas e tais valores de qualquer ameaça e de todas as formas que pudesse. E ser compatriota não é critério para classificar uma pessoa como digna desse respeito. Em suma: jamais lutaria ou morreria "pelo Brasil". Lutaria ou morreria pelas pessoas e valores por que prezo.
Esta é uma questão interessante, que pode ser incluída em outra mais ampla que é a natureza do dever.
A pergunta decorrente de suas colocações é "podemos escolher nossos deveres"?
Na cultura em que fui criado a resposta é não. É compromisso irrevogável de honra defender sua família, tribo e nação, independente dos sentimentos ou opiniões pessoais que mantenha com relação aos membros destes grupos.
A idéia hoje pode parecer exótica, defender coletivos abstratos ou indivíduos com os quais não se tem qualquer afinidade pessoal, daí o Patriotismo ser visto como um sentimentalismo piegas, romantismo ingênuo ou idiotice por alguns ou tantos.
Para nós o dever é uma continuidade no tempo e nossa identidade individual existe dentro desta continuidade. Se hoje somos quem e o que somos é porque há uma longa cadeia de dever cumprido nos precedendo, a começar de nossos pais, retrocedendo aos pais deles e seus pais e assim por diante. Podemos ser tão melhores quanto melhor os que nos precederam cumpriram seu dever. Do mesmo modo, tribo e nação podem ser melhores na proporção em que seus membros cumpram seu dever.
Cada um de nós é o elo desta continuidade entre as gerações passadas e futuras de nossa família, tribo e nação. A medida de nosso cumprimento do dever, conforme as exigências de nossa época será a medida de como passaremos adiante o legado que recebemos, se enriquecido e aperfeiçoado, sem acréscimo, diminuído e degradado ou simplesmente extinto.
Neste legado se incluem vidas, liberdade, direitos, cultura, tradições e propriedades, que por vezes precisarão ser defendidos com idéias, outras com armas. Esta defesa terá tanto mais chances de ser bem sucedida quanto mais unidos no dever forem aqueles que a executam.
Nosso compromisso, portanto, está acima e além de relacionamentos transitórios. Começa com pessoas que não conhecemos, mas construíram as bases que nos fizeram quem somos e continuará conforme nossa capacidade de preservar e passar adiante tais bases, preferivelmente melhoradas ao limite de nossa possibilidades.
Separar-nos desta cadeia significa isolar-nos do fluxo de eventos que nos diz quem somos e assim, para nós, fora do dever não somos nada, nem ninguém.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Jack Torrance escreveu:De próprio punho, Caio redigiu uma “declaração de imperativo de consciência”, e declarou-se anarquista. A Junta Militar exigiu a declaração de uma associação anarquista confirmando o vínculo.
Ou seja, um idiota sozinho é um idiota sozinho, um idiota com um grupo de pressão é um idiota com um grupo de pressão.
Por que ele não juntou mais dois babacas e fundou um clubinho anti-militar de uma vez?
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
Acauan escreveu:Eu jurei perante minha bandeira defender a honra, a integridade e as instituições do Brasil, se preciso, com o sacrifício da própria vida.
Ao longo da História, povos constituídos por homens sem a disposição expressa no juramento terminaram todos, mais cedo ou mais tarde, escravos ou extintos.
Entendo a nobreza da sua visão, Acauan, mas este sentimento não deveria ser espontâneo, como é o seu? Ou, mesmo a contra-gosto, já que acho que poucos arriscariam sua vida pela pátria (aqui parece tão abstrato) com gosto, que pelo menos carregassem o mínimo de civismo e sentimento patriota?
Colocando um vagabundo como o do início do tópico nas forças armadas só aumentariam as chances de termos um traidor, desertor ou revolucionário fdp para ajudar na nossa extinção ou escravização.
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Apáte escreveu: Entendo a nobreza da sua visão, Acauan, mas este sentimento não deveria ser espontâneo, como é o seu? Ou, mesmo a contra-gosto, já que acho que poucos arriscariam sua vida pela pátria (aqui parece tão abstrato) com gosto, que pelo menos carregassem o mínimo de civismo e sentimento patriota?
Esta é outra questão decisiva Apáte. A missão do guerreiro é defender o fraco, lutar pelos que não podem lutar. Quem não entende e aceita este princípio, do qual deriva a honra das armas, jamais deveria ser um homem de armas, sob o risco de desonrá-las ou desonrar-se caso venha a sê-lo. O mal é que vivemos no mundo da Realpolitik, que não liga a mínima para estes valores, exceto quando lhes interessa explorá-los para algum pragmatismo transitório.
Apáte escreveu: Colocando um vagabundo como o do início do tópico nas forças armadas só aumentariam as chances de termos um traidor, desertor ou revolucionário fdp para ajudar na nossa extinção ou escravização.
Não só. Boa parte dos jovens praças hoje vêem o serviço militar apenas como um emprego, quando deveriam vê-lo como muito mais do que isto.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Acauan escreveu:Não só. Boa parte dos jovens praças hoje vêem o serviço militar apenas como um emprego, quando deveriam vê-lo como muito mais do que isto.
Acho que neste caso a educação ou reeducação militar ainda pode imputar nesses jovens algum sentimento de honra pelo seu serviço.
Já um Caio Maniero D’Auria é um caso perdido.
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