O Ataque à Petrobrás

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Tranca
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Re: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Tranca »

Flavio Costa escreveu:
Acauan escreveu:Imagem

Os caras estão com o Che Guevara no capacete?! :emoticon44:


E parce que tem um arco-íris do lado!

Devem ser do MSG (Movimento Socialista Gay)!

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rapha...
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Re: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por rapha... »

Tranca-Ruas escreveu:Devem ser do MSG (Movimento Socialista Gay)!


[Cabeção]

Está implícito.

[/Cabeção]

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rapha...
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Re: Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por rapha... »

Ben Carson escreveu:Eita! Quinze páginas!

Obrigado pelo link, rapha.


Não perca as postagens do Claudio, só por elas já valeu Evo ter roubado nossa empresa. :emoticon7:

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Ayyavazhi
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Re: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Ayyavazhi »

A ameaça é tremenda e pode se transformar num beco sem saída se o governo brasileiro não negociar com firmeza.


Há um pré-requisito para que uma atitude firme seja tomada: firmeza de caráter. Na melhor das hipóteses, talvez o Lula seja apenas um bundão. Na melhor das hipóteses.

Lula deu azar, é verdade, e o esgoto de seu governo ficou a céu aberto. Outros governantes tiveram mais sorte ou foram mais competentes em esconder o lixo debaixo do tapete e deixaram o Palácio do Planalto com menos arranhões. Se o episódio do gás boliviano garante ao presidente o título de bundão, sua atitude diante dos sucessivos escândalos em seu governo apontam em outra direção, bem menos favorável.

Eu também acreditei. Acreditei que Lula fosse um homem honrado, com ideais nobres e vontade de mudar. Lamento por ele. Lamento, principalmente, pelo país que ele “governa”.


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Samael
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Re: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Samael »

Flavio Costa escreveu:
Acauan escreveu:Imagem

Os caras estão com o Che Guevara no capacete?! :emoticon44:


Há quem goste. Bem ou mal, eles sempre deixaram clara a sua adoração ao "esquerdismo/socialista/nacionalista" latino-americano.

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Flavio Costa
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Re: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Flavio Costa »

rapha... escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:Devem ser do MSG (Movimento Socialista Gay)!


[Cabeção]

Está implícito.

[/Cabeção]

Claro, esses comunistas atacam a família e a propriedade privada, implantando ideais de tolerância à imoralidade e igualdade social.
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Poindexter
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Re: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Poindexter »

Flavio Costa escreveu:Claro, esses comunistas atacam a família e a propriedade privada, implantando ideais de tolerância à imoralidade e igualdade social.


E não é?
Editado pela última vez por Poindexter em 08 Mai 2006, 15:03, em um total de 2 vezes.
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user f.k.a. Cabeção
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Não se trata de tolerância à imoralidade, pois, na medida que tais imoralidades não consistam em crimes, um conservador é tolerante, pois não age no sentido de interfir na prática das mesmas por quem deliberadamente se propõem a tal.

O que ocorre é quando são empregados, nos meios de comunicação e educação de massas, violentos recursos propagandísticos dessas atividades visando simplesmente minar a credibilidade das instituições e valores estabelecidos, como a família, no seu exemplo, para poderem então prosseguir com o caminho livre para a imputação de ideologias realmente perniciosas. O problema é quando os meios que divulgam idéias contrárias, pontos de vista contrários, são suprimidos em nome de uma "tolerância" totalmente vazia de significado, já que nenhuma intolerância fora praticada além daquela para com o ponto de vista conservador.
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Poindexter
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Re: Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Poindexter »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Não se trata de tolerância à imoralidade, pois, na medida que tais imoralidades não consistam em crimes, um conservador é tolerante, pois não age no sentido de interfir na prática das mesmas por quem deliberadamente se propõem a tal.

O que ocorre é quando são empregados, nos meios de comunicação e educação de massas, violentos recursos propagandísticos dessas atividades visando simplesmente minar a credibilidade das instituições e valores estabelecidos, como a família, no seu exemplo, para poderem então prosseguir com o caminho livre para a imputação de ideologias realmente perniciosas. O problema é quando os meios que divulgam idéias contrárias, pontos de vista contrários, são suprimidos em nome de uma "tolerância" totalmente vazia de significado, já que nenhuma intolerância fora praticada além daquela para com o ponto de vista conservador.


Exato.
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Samael
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Samael »

Eu vejo algo de interessante nas postagens do Vitor e do Guilherme: eles aceitaram a ideologia conservadora quase que como um todo. À exceção da religião, ambos aceitaram o "pensar" econômico liberal comum à direita, os valores morais comuns à direita e os ideais científicos também comuns à direita.

Longe de ser uma crítica minha, mas é algo bem peculiar. Isso ocorre com mais freqüência entre as esquerdas...

Washington
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Re: Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Washington »

Samael escreveu:Eu vejo algo de interessante nas postagens do Vitor e do Guilherme: eles aceitaram a ideologia conservadora quase que como um todo. À exceção da religião,


Já é uma exceção, com bem lembrastes.


Samael escreveu:ambos aceitaram o "pensar" econômico liberal comum à direita,


Acompanho as mensagens deles sobre economia e penso que o pensamento liberal apresentado não é tão liberal assim, mas o liberalismo é uma conclusão lógica do pensar sobre a economia, embora também seja lógica a conclusão que o mesmo seja utópico.

Samael escreveu: os valores morais comuns à direita e os ideais científicos também comuns à direita.

Longe de ser uma crítica minha, mas é algo bem peculiar. Isso ocorre com mais freqüência entre as esquerdas...


Nem tanto, o Poindexter é totalmente contra o aborto, um valor direitista, já o Cabeção não é.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
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Samael
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Samael »

Verdade, Washington, mas alguns foristas que se apresentam mais à Direita, como você e o Acauan, por exemplo, não seguem dessa mesma forma os valores morais (por mais que o Acauan insista na questão dos "valores ocidentais").

Sakké
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Mensagem por Sakké »

Eis os Valores de Washington:

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Passeando o Bush:

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Washington
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Mensagem por Washington »

Sakké escreveu:Eis os Valores de Washington:



Tá de saca, né!!!

:emoticon19:
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
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O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
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Flavio Costa
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Re: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Flavio Costa »

Poindexter escreveu:
Flavio Costa escreveu:Claro, esses comunistas atacam a família e a propriedade privada, implantando ideais de tolerância à imoralidade e igualdade social.


E não é?

:emoticon1:

É, mas não sempre e não necessariamente.
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Claudio Loredo
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Claudio Loredo »

ANÁLISE DA NOTÍCIA

A mídia brasileira está cada vez mais venezuelana

Fonte: Agência Carta Maior

No episódio da nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos, mídia queria sangue. Como os fatos desmentem sua conduta, o problema, para a revista Veja, a Folha e o Estadão, está com os fatos.

Gilberto Maringoni - Carta Maior

SÃO PAULO - A posição do governo brasileiro sobre a nacionalização do gás boliviano se constitui numa das páginas luminosas da política externa brasileira. Pautado pela maturidade e pelo diálogo –e não pelos setores radicais e extremados da mídia – o Brasil estreitou laços com as administrações progressistas da América Latina, não entrou no jogo rasteiro de intrigas que só beneficiaria a direita e a Casa Branca e reconheceu a soberania do país vizinho sobre seus recursos energéticos.

O maior atestado da correção oficial brasileira é a lambança que a maior parte da mídia fez da questão. Aqui transparece, ironicamente, a grande influência venezuelana nos países do continente, após a chegada de Hugo Chávez ao poder. Elitistas, racistas, preconceituosas, entreguistas e sobretudo alicerçadas no pantanoso terreno da ficção, publicações como “Veja”, “O Estado de S. Paulo” e “Folha de S. Paulo” foram cuidadosas na escolha de lorotas para entreter o leitor. Até mesmo o ex-ministro Rubens Ricupero – o que se auto definiu, em 1994, nas telas da Globo,como sem escrúpulos – resolveu dar o ar de sua graça. Acompanharam-no ex-auxiliares do governo tucano, ávidos por se livrarem do merecido ostracismo.

PRÊMIO DE FICÇÃO
A revista “Veja”, nessas horas, supera qualquer parâmetro racional. Em linguagem chula e mentirosa – a expressão mais leve é que Lula teria levado “um chute no traseiro dado por Hugo Chávez e seu fantoche boliviano, Evo Morales” – a publicação dos Civita deveria se candidatar a receber algum prêmio internacional na área de ficção. Lá pelas tantas é dito o seguinte: “Morales expropriou ativos que pertencem ao povo brasileiro e rasgou, como se não valessem nada, tratados negociados de Estado para Estado nos últimos trinta anos”. Primeiro, o decreto governamental não tem uma linha sequer falando em desapropriação. Segundo, nenhum tratado foi rasgado. O que há é uma renegociação em curso, comum em qualquer acordo. A matéria de capa desta semana maltrata tanto as informações que não vale a pena perder tempo com ela.

A “Folha de S. Paulo”, tradicionalmente mais sóbria, busca pelo em ovo. A manchete de domingo (7) é sensacional: “Bolívia já prepara desapropriação de terras de brasileiros”. É assim sem mais. No mundo encantado da grande mídia, o pérfido governo de Evo Morales e seus asseclas, monitorados pelos arqui-vilões Hugo Chávez e Fidel Castro, pensaram num plano diabólico só para prejudicar brasileiros. Quando o espantado leitor avança até o caderno de Economia, verifica ter sido vítima de uma pegadinha do jornal. Muito jocosa, por sinal. O repórter Fabiano Maisonnave relata: “São aproximadamente oito decretos e um projeto de lei, que têm a finalidade de reverter ao Estado boliviano todas as terras que não cumprem uma função econômica e social ou cujos títulos de propriedade tenham sido obtidos fraudulentamente", disse à Folha o ministro de Desenvolvimento Rural, Agropecuário e Meio Ambiente, Hugo Salvatierra. E vai adiante: "Isso representará a recuperação de 11 a 14 milhões de hectares de terras, que serão distribuídos a camponeses sem-terra, comunidades indígenas e originárias e a todos os bolivianos que não possuem terra e estão dispostos a trabalhá-la. Mas representará também a segurança jurídica para todos os pequenos, médios e grandes proprietários e empresários que cumprem a função socioeconômica, trabalham a sua terra e a possuem de maneira legal”.

Ah, bom, então não é contra brasileiro? É contra grileiro? Mas quem se importa? A rima é a mesma. É tudo festa! Esse pessoal da “Folha” é realmente muito espirituoso.

RICUPERO PEDE PIQUES
O ex-ministro Ricupero é outro pândego. Pede a solução do caso, através da “Associação de Arbitragem de Nova York, utilizando leis do Estado de Nova York”. Já o folclórico ex-chanceler Celso Lafer, aquele que tirou os sapatos para entrar nos EUA, saiu-se com esta: “A tradição do Itamaraty sempre foi de firmeza sem estridência, agora é de estridência sem firmeza”. Se nos lembrarmos do que foi a política externa do governo FHC, de aproximação com o falido grupo da Terceira Via e com os retumbantes fracassos no terreno comercial, torna-se necessário saber de que planeta Lafer fala.

A imprensa claramente quer sangue. Desejosa de fracionar a aliança entre governos que rejeitaram a Alca e tentam outro tipo de integração, não subordinada a Washington, irá espernear cada vez mais. E cada vez mais se parecerá com a direita venezuelana e seus repetidores encastelados na mídia.

“INTERESSES NACIONAIS”
Os meios de comunicação brasileiros precisam apenas avisar ao distinto público que os defensores dos “interesses nacionais”, cujos holerites eram pagos pelo governo FHC, foram coniventes ou partícipes dos seguintes atos, entre 1995 e 2002:

Primeiro, a aprovação da Lei 9478/1997, que acabou com o monopólio estatal do petróleo e possibilitou a empresas estrangeiras explorar jazidas brasileiras e a comercializar e exportar petróleo;

Segundo, a venda de 59% das ações da Petrobrás. Destes, 40 % foram comercializados em Wall Street e 19 % foram passados a investidores e especuladores brasileiros. Embora a maioria dos votos na direção da empresa pertença ao Estado, tem sofrido pressões crescentes para não atender prioritariamente os interesses do país, mas a de contentar seus sócios privados. Houve aqui uma privatização por dentro.

E terceiro, o governo FHC assinou, em 1999, um contrato de fornecimento 30 milhões de metros cúbicos de gás, por 20 anos, com empresas multinacionais que exploravam as reservas bolivianas. O Brasil consumia pouco mais da metade deste volume. Houve intensa pressão internacional para que nosso país mudasse sua matriz energética hídrica, possibilitando a produção de eletricidade através de usinas térmicas. Na raiz desse fato estava a privatização de nosso sistema elétrico. Mais caras e mais poluentes, a instalação de termelétricas, no entanto, era de interesse das grandes transnacionais do setor que acabaram vindo para o Brasil. Não é à toa que a Enron, por exemplo, atuasse em duas frentes, na Bolívia e no Brasil, durante esse período. O contrato é denominado “take or pay”. A Petrobrás teve de pagar pelo gás, mesmo sem utiliza-lo integralmente.

A imprensa e a direita têm repetido que a nacionalização do gás boliviano enfraquece a integração dos países latino-americanos. Ao contrário. Uma integração justa e sólida só será possível se for baseada em países soberanos.

Mas a mídia não está aí para isso. Está para nos fazer pegadinhas. Muito, mas muito engraçado, mesmo.

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Poindexter
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Re: Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Poindexter »

No episódio da nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos, mídia queria sangue.


Provas?


Como os fatos desmentem sua conduta, o problema, para a revista Veja, a Folha e o Estadão, está com os fatos.


Provas?


SÃO PAULO - A posição do governo brasileiro sobre a nacionalização do gás boliviano se constitui numa das páginas luminosas da política externa brasileira. Pautado pela maturidade e pelo diálogo –e não pelos setores radicais e extremados da mídia – o Brasil estreitou laços com as administrações progressistas da América Latina, não entrou no jogo rasteiro de intrigas que só beneficiaria a direita e a Casa Branca e reconheceu a soberania do país vizinho sobre seus recursos energéticos.


Abaixo os E.U.A.! Abaixo o FMI! Fora porcos faCHistas exploradores do povo! Fora, lacaios dos E.U.A., discípulos da Casa Branca!


Elitistas, racistas, preconceituosas, entreguistas e sobretudo alicerçadas no pantanoso terreno da ficção, publicações como “Veja”, “O Estado de S. Paulo” e “Folha de S. Paulo” foram cuidadosas na escolha de lorotas para entreter o leitor.


Temos que ter uma postura combativa, companheiros, para evitar que a mão-de-obra trabalhadora seja explorada pelos porcos faCHistas, racistas, sexistas, homofóbicos e imperialistas, lacaios dos E.U.A., discípulos de Washington!


Lá pelas tantas é dito o seguinte: “Morales expropriou ativos que pertencem ao povo brasileiro e rasgou, como se não valessem nada, tratados negociados de Estado para Estado nos últimos trinta anos”. Primeiro, o decreto governamental não tem uma linha sequer falando em desapropriação.


É verdade. Veja agora o novo decreto, trazido à nós pelo Abmael.

Continue procurando novas desculpas, Loredo.


A “Folha de S. Paulo”, tradicionalmente mais sóbria, busca pelo em ovo. A manchete de domingo (7) é sensacional: “Bolívia já prepara desapropriação de terras de brasileiros”.



Se é, ovo tem pelo. Notícia trazida pelo King In Crimson.

Vamos, Loredo, continue tentando!



É assim sem mais. No mundo encantado da grande mídia, o pérfido governo de Evo Morales e seus asseclas, monitorados pelos arqui-vilões Hugo Chávez e Fidel Castro, pensaram num plano diabólico só para prejudicar brasileiros. Quando o espantado leitor avança até o caderno de Economia, verifica ter sido vítima de uma pegadinha do jornal. Muito jocosa, por sinal. O repórter Fabiano Maisonnave relata: “São aproximadamente oito decretos e um projeto de lei, que têm a finalidade de reverter ao Estado boliviano todas as terras que não cumprem uma função econômica e social ou cujos títulos de propriedade tenham sido obtidos fraudulentamente", disse à Folha o ministro de Desenvolvimento Rural, Agropecuário e Meio Ambiente, Hugo Salvatierra. E vai adiante: "Isso representará a recuperação de 11 a 14 milhões de hectares de terras, que serão distribuídos a camponeses sem-terra, comunidades indígenas e originárias e a todos os bolivianos que não possuem terra e estão dispostos a trabalhá-la. Mas representará também a segurança jurídica para todos os pequenos, médios e grandes proprietários e empresários que cumprem a função socioeconômica, trabalham a sua terra e a possuem de maneira legal”.

Ah, bom, então não é contra brasileiro? É contra grileiro? Mas quem se importa? A rima é a mesma. É tudo festa! Esse pessoal da “Folha” é realmente muito espirituoso.


É expropriação de terras de brasileiros do mesmo jeito. Se tem argentino e paraguaio no meio, não interessa. Dois brasileiros que sejam já tornam a notícia gramaticalmente correta. Com ou sem função social, a manchete está gramaticalmente correta.


RICUPERO PEDE PIQUES
O ex-ministro Ricupero é outro pândego.


É para desviar do assunto? É para fofocar? Então vamos falar do Clodovil!


A imprensa claramente quer sangue. Desejosa de fracionar a aliança entre governos que rejeitaram a Alca e tentam outro tipo de integração, não subordinada a Washington, irá espernear cada vez mais. E cada vez mais se parecerá com a direita venezuelana e seus repetidores encastelados na mídia.


A proposta é censurar a Imprensa?


Primeiro, a aprovação da Lei 9478/1997, que acabou com o monopólio estatal do petróleo e possibilitou a empresas estrangeiras explorar jazidas brasileiras e a comercializar e exportar petróleo;


Parabéns!


Segundo, a venda de 59% das ações da Petrobrás. Destes, 40 % foram comercializados em Wall Street e 19 % foram passados a investidores e especuladores brasileiros.


Parabéns!


Embora a maioria dos votos na direção da empresa pertença ao Estado, tem sofrido pressões crescentes para não atender prioritariamente os interesses do país, mas a de contentar seus sócios privados. Houve aqui uma privatização por dentro.


51% é 51%, e ponto final.


E terceiro, o governo FHC assinou, em 1999, um contrato de fornecimento 30 milhões de metros cúbicos de gás, por 20 anos, com empresas multinacionais que exploravam as reservas bolivianas. O Brasil consumia pouco mais da metade deste volume. Houve intensa pressão internacional para que nosso país mudasse sua matriz energética hídrica, possibilitando a produção de eletricidade através de usinas térmicas. Na raiz desse fato estava a privatização de nosso sistema elétrico. Mais caras e mais poluentes, a instalação de termelétricas, no entanto, era de interesse das grandes transnacionais do setor que acabaram vindo para o Brasil. Não é à toa que a Enron, por exemplo, atuasse em duas frentes, na Bolívia e no Brasil, durante esse período. O contrato é denominado “take or pay”. A Petrobrás teve de pagar pelo gás, mesmo sem utiliza-lo integralmente.


Engraçado... este texto mostra justamente que FHC não foi fantoche das Multinacionais.


A imprensa e a direita têm repetido que a nacionalização do gás boliviano enfraquece a integração dos países latino-americanos. Ao contrário. Uma integração justa e sólida só será possível se for baseada em países soberanos.


E a expropriação da Petrobrás?


Mas a mídia não está aí para isso. Está para nos fazer pegadinhas. Muito, mas muito engraçado, mesmo.


Textinho sem graça.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.

Ciertas cosas no tienen precio.

¿Dónde está el Hexa?

Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.

A child, not a choice.

Quem Henry por último Henry melhor.

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Lamentável...

O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.

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Sakké
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Sakké »

Os Pontos que interessam:

Ponto 1-- Os recursos são da Bolivia mas apenas recebem 18%.

Ponto 2 -- A petrobrás é uma empresa que resultou de uma nacionalização (sectores estratégicos importantes foram nacionalizados um pouco por todo o mundo democrático). Portanto, agora temos o Brasil a queixar-se por o Morales ter feito o mesmo que o Brasil fez no passado. E o que fez no passado resultou na Petrobrás...

Ponto 3 -- só uma posição de força levaria a uma renegociação de contratos para que a Bolivia fique com mais do que uns ridiculos 18%. Parece que é isso que Morales quer. Renegociar... e não roubar.

Ponto 4 -- Evo Morales foi democraticamente eleito com um programa eleitoral. Não é novidade o que Morales fez. Ele disse que ia fazer.

Ponto 5 -- Nunca ninguém quis saber da Bolívia... mas agora estão todos preocupados com o seu futuro. "Esse Evo tem políticas erradas que vão empobrecer ainda mais a Bolívia"... dizem essas madres Teresas de Calcutá. Bando de otários.
Outros continuam a não querer saber da Bolívia, mas movidos por patriotismo bacoco... acham que o Brasil deve punir a Bolívia. Como se fosse justo o contrato das petrolíferas com a Bolívia. Bando de Otários também.


Ponto 6 -- a Bolivia vai sair a perder e pode ser punida por fazer algo que muitos fizeram, porque vivemos num mundo de otários...
E pronto... esta é a minha conclusão de tudo o que li por aqui sobre este assunto...

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Tranca
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Re: Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Tranca »

Sakké escreveu:Os Pontos que interessam:

Ponto 1-- Os recursos são da Bolivia mas apenas recebem 18%.

Ponto 3 -- só uma posição de força levaria a uma renegociação de contratos para que a Bolivia fique com mais do que uns ridiculos 18%. Parece que é isso que Morales quer. Renegociar... e não roubar.



Não é assim, Miguel.

O contrato mantido pela Petrobrás com o governo boliviano não era extorsivo e nem o deixava em desvantagem, eis que a Petrobrás se comprometia em pagar sempre (por mês, se não me engano) a mesma quantia de metragem cúbica de gás, mesmo quando ainda consumia menos de um terço do valor pago.

Não houve desvantagem, portanto, para o Governo Boliviano e para o país, que recebeu pelo gás e pelos royalties.

A quebra de contrato ou sua rescisão unilateral já manifestando não ter interesse em pagar multas e a expropriação inamistosa e ilegal, são mostras de que o Governo Boliviano está sendo leviano, criminoso e inconseqüente, ao passo que o Governo brasileiro está sendo omisso, preocupado mais em legitimar o direito dos bolivianos do que defender os seus interesses e os do capital brasileiro investido na Bolívia, sendo que o custo de tudo isso pode vir a onerar o bolso dos brasileiros, não dos bolivianos.


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Tranca
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Tranca »

Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

Roberto Campos

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Claudio Loredo
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Claudio Loredo »

Morales e a Democracia

Publicado na Visão em 11 de Maio de 2006
Fonte: http://www.ces.fe.uc.pt/opiniao/bss/155.php

Pela terceira vez na história do país (1937, 1969, 2006), a Bolívia acaba de decretar a nacionalização dos seus recursos naturais. A medida terá, para já, um impacto económico significativo apenas no caso do gás natural, de que a Bolívia detém as segundas maiores reservas do continente. Qualquer democrata que se preze – ou seja, alguém para quem a democracia deve ser levada a sério, sob pena de ser descredibilizada e sucumbir facilmente a aventuras autoritárias – deverá saudar esta medida. Por três razões principais. Em primeiro lugar, porque ela foi uma das promessas eleitorais que levaram ao poder o Presidente Evo Morales. Se as promessas eleitorais não forem cumpridas, o que tem vindo a ser recorrente no continente, a democracia representativa deixará a prazo de ter qualquer sentido. Acontece que, neste caso, o não cumprimento da promessa eleitoral seria particularmente grave porque os bolivianos mostraram de forma eloquente (com o sacrifício da própria vida) em várias ocasiões nos últimos anos a sua determinação em porem fim à pilhagem dos seus recursos: os protestos massivos entre 2000 e 2005, que levaram à demissão de dois presidentes e culminaram com o referendo vinculante de Julho de 2005, em que 89% dos participantes se pronunciou a favor da nacionalização dos hidrocarbonetos. A segunda razão para saudar esta medida é que se a democracia não é sustentável para além de certo limite de exclusão social, podemos dizer que a Bolívia está próximo desse limite, já que cerca de metade da população vive com menos de um euro e meio por dia. O empobrecimento agravou-se nas duas últimas décadas com o neoliberalismo, cujo cerco à sobrevivência do país não cessa de se apertar. Com a recente assinatura dos tratados bilaterais de livre comércio dos EUA com a Colômbia e o Peru, a exportação de produtos agrícolas (sobretudo soja) para os países vizinhos terminará. É certo que a nacionalização não basta, porque se bastasse as nacionalizações anteriores teriam resolvido os problemas do país. Deve ser complementada com uma política progressista de redistribuição social e de investimento na saúde, na educação, nas infraestruturas básicas, na segurança social. Se tal complementaridade ocorrer, o contexto para a nacionalização não podia ser melhor, dado o aumento do preço dos recursos energéticos. Neste domínio, a democracia e a justiça social têm outro ponto de contacto: é moralmente repugnante que as empresas energéticas colham frutos fabulosos – a vender o barril de petróleo acima de 70 dólares com base em contratos de exploração em que o preço de referência é muito inferior a 20 dólares – enquanto o povo morre de fome e de doenças curáveis. A terceira razão para saudar o decreto do Presidente Morales é que esta nacionalização é muito moderada (não envolve expropriação) e visa repor a segurança jurídica, que deve ser um dos pilares da democracia. As privatizações da década de 1990, além de terem sido ruinosas para o país, foram ilegais, como acabam de declarar os tribunais, já que os contratos de exploração não foram aprovados pelo poder legislativo, como manda a Constituição. Em termos jurídicos, a nacionalização é condição mínima para que o governo da Bolívia possa renegociar os contratos com as empresas energéticas de modo mais justo, a fim de que estas renunciem aos seus superlucros (não aos seus lucros) para que o povo empobrecido possa viver um pouco melhor. Perante a força destas razões, cabe perguntar pelo porquê da reacção hostil dos países muito mais ricos e aparentemente muito mais democráticos que a Bolívia. Será que quando a democracia interfere com os nossos negócios são estes que prevalecem?

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Poindexter
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Poindexter »

Então não se faça mais negócios entre nações. Retornemos ao PIB do século XVIII, porque opiniões da maioria dos povos estão volta e meia mudando, e investimentos sérios como os dos setores petrolíferos e de gás natural não podem ficar indo e vindo através de "contratos miguell".
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Acauan
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Re: Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Acauan »

Claudio Loredo escreveu:Morales e a Democracia

Publicado na Visão em 11 de Maio de 2006
Fonte: http://www.ces.fe.uc.pt/opiniao/bss/155.php

Pela terceira vez na história do país (1937, 1969, 2006), a Bolívia acaba de decretar a nacionalização dos seus recursos naturais. A medida terá, para já, um impacto económico significativo apenas no caso do gás natural, de que a Bolívia detém as segundas maiores reservas do continente. Qualquer democrata que se preze – ou seja, alguém para quem a democracia deve ser levada a sério, sob pena de ser descredibilizada e sucumbir facilmente a aventuras autoritárias – deverá saudar esta medida. Por três razões principais. Em primeiro lugar, porque ela foi uma das promessas eleitorais que levaram ao poder o Presidente Evo Morales. Se as promessas eleitorais não forem cumpridas, o que tem vindo a ser recorrente no continente, a democracia representativa deixará a prazo de ter qualquer sentido.


Os caras que escrevem estes artigos pró-Bolívia (abajo los ladrones!) devem cheirar cola e comer a lata antes de se lançarem ao teclado.

Dizer que "qualquer democrata que se preze" deve apoiar aquele ato de pirataria indígena só porque foi promessa eleitoral do maledeto aimará é o cúmulo da estupidez (ou do cinismo).

Se assim fosse, todo democrata que se preze deveria apoiar a perseguição que os nazistas implementaram contras os judeus, já que foi exatamente isto que prometeram nas diversas campanhas eleitorais que participaram até chegar ao poder na Alemanha por meio do voto.

A única coisa boa que este episódio rendeu até agora foi mostrar que este país tem traidores saindo pelo ladrão e deixar explícito quem são eles, gente que coloca sua lealdade ideológica acima da lealdade ao Brasil.
Ainda que tivessem uma justificativa minimamente moral para fazerem isto vá lá, mas com argumentos do tipo acima, seria melhor seus autores assiná-los com codinome de Joaquim Silvério dos Reis.
Nós, Índios.

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Alenônimo
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Alenônimo »

Concordo com o Acauan e digo mais: é um saco ler esses artigos defendendo a Bolívia justamente porque dá pra ver que eles não tratam do assunto principal, que é o assalto das empresas petrolíferas, praticado com o exército e tudo mais!

A Bolívia podia ter renegociado todos os contratos com todas as empresas, não podia? Não: pois foram lá e tomaram as empresas à força, usando armas e rindo da nossa cara.

E o contrato era ruim pra eles? Que eu saiba a cobrança era meio a meio (50% pra cada um) e ainda assim a Petrobrás pagava até pelo gás que ela não usava. Agora que está usando tudo é que inventaram de assaltar as empresas! Por que não viram isso antes?!

O que a Bolívia fez não tem desculpa. É simples assim.

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Claudio Loredo
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Claudio Loredo »



Acauan,

Eu penso o seguinte: a Bolivia é um país muito pobre e precisa sair da situação em que se encontra. Ter vizinhos com uma boa situação econômica favorece a integração regional. Além do mais, ter vizinhos muito pobres sempre é problematico para qualquer país.

Caso a Petrobrás venha a ter algum prejuizo com esta história toda, este prejuizo será irrisório diante dos lucros da empresa.

Não defendo a Bolívia por questões ideológicas. Simplesmente acho bom que este país se desenvolva mais e acredito que para isto é necessário que o governo boliviano intervenha positivamente na economia impulsionando-a. Assim como fez Getulio Vargas no Brasil nas décadas de 40 e 50.

Não vejo nada demais no Brasil ser generoso com a Bolivia. Assim como a Alemanha e a França foram generosos com seus vizinhos mais pobres da Europa, ajudando-os a atingirem uma situação econômica semelhante a deles.

Penso que entre as nações deve haver colaboração e não competição.


Trancado