Marcela, o fato que faz calar o argumento
- Ateu Tímido
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Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Como eu previ quando ia postar a mensagem anterior, está faltando pouco para me chamareem de "eugenista", ou mesmo de "nazista"...
Igor, como eu já disse aqui 7843 vezes, sou a favor de que a lei estabeleça uma data, sempre sujeita a revisões por outras leis, de acordo com a evolução da ciência, observando critérios como a o início da formação do sistema nervoso e a capacidade de vida autônoma. Antes desse marco, a simples vontade da gestante, sem necessidade de motivação, seria o suficiente para abortar. No caso de inviabilidade do feto, incluída a anencefalia, se poderia ir um pouco além.
E, se querem saber, eu, de fato, não gostaria de gerar um filho que só causasse sofrimento, sabendo que ele jamais seria capaz de cuidar de si mesmo.
Igor, como eu já disse aqui 7843 vezes, sou a favor de que a lei estabeleça uma data, sempre sujeita a revisões por outras leis, de acordo com a evolução da ciência, observando critérios como a o início da formação do sistema nervoso e a capacidade de vida autônoma. Antes desse marco, a simples vontade da gestante, sem necessidade de motivação, seria o suficiente para abortar. No caso de inviabilidade do feto, incluída a anencefalia, se poderia ir um pouco além.
E, se querem saber, eu, de fato, não gostaria de gerar um filho que só causasse sofrimento, sabendo que ele jamais seria capaz de cuidar de si mesmo.
- Ateu Tímido
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Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Poindexter escreveu:Alter-ego escreveu:Liberalidades produzem mais liberalidades.
Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
Os liberalistas não terão limites para isso, mesmo. Se ganham o dedo, querem a mão negando que desejariam ter o braço, e daí quando ganham a mão no dia seguinte já querem o braço...
Típico da "moral" dúbia liberalista.
Amor é diferente de masoquismo.
- Poindexter
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Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Não está faltando pouco para te chamarem de eugenista. Você o é.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
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Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Apocaliptica escreveu:Alter-ego escreveu:Apocaliptica escreveu:A noção de vida para mim está ligada necessariamente à um mínimo de dignidade.
É? E quem vai ser o fiscal a decidir o que é dignidade? Mengele?
Uma equipe médica e a capacidade real de uma família suportar isso, e não os estranhos ao sofrimento e às conseqüências disso tudo na vida de uma famílis inteira. Que tal?
No dia em que os familiares tiverem poder de vida e morte sobre suas crianças, podemos dizer que liberdades já não existem.
Como assim? O Estadoque vai decidir tudo não é? Inclusive o que meu filho deve comer, o que vestir, como brincar e onde estudar. Aliás , o Estado vai decidir quem ele vai ser, independente de sua vontade. Isso sim é... liberdade.
Ah, um juiz humanista também entraria no decisão final.
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Ateu Tímido escreveu:Como eu previ quando ia postar a mensagem anterior, está faltando pouco para me chamareem de "eugenista", ou mesmo de "nazista"...
Igor, como eu já disse aqui 7843 vezes, sou a favor de que a lei estabeleça uma data, sempre sujeita a revisões por outras leis, de acordo com a evolução da ciência, observando critérios como a o início da formação do sistema nervoso e a capacidade de vida autônoma. Antes desse marco, a simples vontade da gestante, sem necessidade de motivação, seria o suficiente para abortar. No caso de inviabilidade do feto, incluída a anencefalia, se poderia ir um pouco além.
E, se querem saber, eu, de fato, não gostaria de gerar um filho que só causasse sofrimento, sabendo que ele jamais seria capaz de cuidar de si mesmo.
Que isso, somos monstros nazistas e carrascos de nossa raça.
- Ateu Tímido
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Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Poindexter escreveu:Não está faltando pouco para te chamarem de eugenista. Você o é.
Sabendo o que você é, fico feliz cada vez em que, o que eu penso, não coincide com o que você reproduz
Editado pela última vez por Ateu Tímido em 06 Fev 2007, 21:44, em um total de 1 vez.
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Apocaliptica escreveu:Alter-ego escreveu:Apocaliptica escreveu:Alter-ego escreveu:Engravidou e o filho vai ser anencéfalo? Aborta!
Engravidou e o filho vai ter deficiências motoras? Aborta!
Engravidou e o filho vai ser míope? Aborta!
Engravidou e o desgraçado do menino vai puxar a pele mais escura daquela bisavó distante? Aborta!
Engravidou e a coisa tem síndrome de down? Aborta!
Engravidou e (não diga que é meu este troço!) não vai ter os olhos azuis? Aborta!
Viva a liberdade! Viva a liberdade! Viva a liberdade!
E, sobretudo, viva a hipocrisia de dizer que daria a vida por um filho!
Amém.
Apelou, Alter. Não é por aí. Você tem filhos?
Sim, tenho.
Se for apelação, dizer que se posicionar contra o aborto é ser contra a liberdade também o é.
Claro que não sou contra a liberdade de escolher, mas você acusou com essa colocação, os que são a favor em determinadas situações de matar ao bel prazer, sem um mínimo de amor e bom senso.
E não é assim, ninguém é assassino de crianças míopesou sem olhos azuis, por exemplo, aqui.
Liberalidades produzem mais liberalidades.
Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
Isso para gente doente e sem escrúpulos. Pessoas que precisam de freios, e não seres humanos.
Quanto ao controle genético, ele já existe. E eu jamais "encomendaria" um filho mais lindo ou mais inteligente. Mas um filho saudável e sem síndromes, sim.
Para isso servem os exames pré-natais.
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Poindexter escreveu:Ateu Tímido escreveu:Podem dizer que é eugenia, mas eu não acho que ninguém deva ser obrigado ao sofrimento de amar e cuidar de um filho que nunca poderia ser nada. Não tem futuro algum, a não ser continuar sendo dependente de cuidados. Seja isso anencefalia ou não, penso que devia ser caso de interromper a gestação.
É eugenia.
É bom senso.
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Ateu Tímido escreveu:Como eu previ quando ia postar a mensagem anterior, está faltando pouco para me chamareem de "eugenista", ou mesmo de "nazista"...
Igor, como eu já disse aqui 7843 vezes, sou a favor de que a lei estabeleça uma data, sempre sujeita a revisões por outras leis, de acordo com a evolução da ciência, observando critérios como a o início da formação do sistema nervoso e a capacidade de vida autônoma. Antes desse marco, a simples vontade da gestante, sem necessidade de motivação, seria o suficiente para abortar. No caso de inviabilidade do feto, incluída a anencefalia, se poderia ir um pouco além.
E, se querem saber, eu, de fato, não gostaria de gerar um filho que só causasse sofrimento, sabendo que ele jamais seria capaz de cuidar de si mesmo.
Essa idéia é absolutamente inviável.
Supondo que adotemos o marco de 12 semanas para o aborto, com uso da idéia da formação do sistema nervoso central.
Acontece que, exceto possibilidade de programação absoluta (o que não deve exceder cinco por cento dos casos), não existe uma data certa para início da gravidez, sendo feita uma estimativa, com base na última menstruação. Estabelece-se uma data provável, variando em cerca de duas semanas para mais ou para menos.
Como saber se, com certeza, se na provável 12° semana já não matamos um feto com atividade cerebral intensa? (pois a contagem estaria errada)
Como saber que a mulher não mentirá a data para poder abortar à vontade? Em qualquer e irrestrito caso?
"Noite escura agora é manhã..."
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Poindexter escreveu:Não está faltando pouco para te chamarem de eugenista. Você o é.
Você tem filho com alguma síndrome, Poin? Só fale com conhecimento de causa... Tem?
Se puder escolher entre um filho saudável ou um doente, você escolhe? Ou prefere a loteria?
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?

Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Ateu Tímido escreveu:Como eu previ quando ia postar a mensagem anterior, está faltando pouco para me chamareem de "eugenista", ou mesmo de "nazista"...
Igor, como eu já disse aqui 7843 vezes, sou a favor de que a lei estabeleça uma data, sempre sujeita a revisões por outras leis, de acordo com a evolução da ciência, observando critérios como a o início da formação do sistema nervoso e a capacidade de vida autônoma. Antes desse marco, a simples vontade da gestante, sem necessidade de motivação, seria o suficiente para abortar. No caso de inviabilidade do feto, incluída a anencefalia, se poderia ir um pouco além.
E, se querem saber, eu, de fato, não gostaria de gerar um filho que só causasse sofrimento, sabendo que ele jamais seria capaz de cuidar de si mesmo.
Essa idéia é absolutamente inviável.
Supondo que adotemos o marco de 12 semanas para o aborto, com uso da idéia da formação do sistema nervoso central.
Acontece que, exceto possibilidade de programação absoluta (o que não deve exceder cinco por cento dos casos), não existe uma data certa para início da gravidez, sendo feita uma estimativa, com base na última menstruação. Estabelece-se uma data provável, variando em cerca de duas semanas para mais ou para menos.
Como saber se, com certeza, se na provável 12° semana já não matamos um feto com atividade cerebral intensa? (pois a contagem estaria errada)
Como saber que a mulher não mentirá a data para poder abortar à vontade? Em qualquer e irrestrito caso?
Não concordo com esse prazo. Mas é usado para os casos de estupro. Onde não se desja o filho em hipótese alguma.
Nos casos de síndromes, precisaríamos saber em que idade cada uma delas aparece. Mas concordo que é complicado.
Mesmo assim, sou a favor de manter o debate em aberto;
- Ateu Tímido
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Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Ateu Tímido escreveu:Como eu previ quando ia postar a mensagem anterior, está faltando pouco para me chamareem de "eugenista", ou mesmo de "nazista"...
Igor, como eu já disse aqui 7843 vezes, sou a favor de que a lei estabeleça uma data, sempre sujeita a revisões por outras leis, de acordo com a evolução da ciência, observando critérios como a o início da formação do sistema nervoso e a capacidade de vida autônoma. Antes desse marco, a simples vontade da gestante, sem necessidade de motivação, seria o suficiente para abortar. No caso de inviabilidade do feto, incluída a anencefalia, se poderia ir um pouco além.
E, se querem saber, eu, de fato, não gostaria de gerar um filho que só causasse sofrimento, sabendo que ele jamais seria capaz de cuidar de si mesmo.
Essa idéia é absolutamente inviável.
Supondo que adotemos o marco de 12 semanas para o aborto, com uso da idéia da formação do sistema nervoso central.
Acontece que, exceto possibilidade de programação absoluta (o que não deve exceder cinco por cento dos casos), não existe uma data certa para início da gravidez, sendo feita uma estimativa, com base na última menstruação. Estabelece-se uma data provável, variando em cerca de duas semanas para mais ou para menos.
Como saber se, com certeza, se na provável 12° semana já não matamos um feto com atividade cerebral intensa? (pois a contagem estaria errada)
Como saber que a mulher não mentirá a data para poder abortar à vontade? Em qualquer e irrestrito caso?
MEdir a atividade neural em cada caso concreto é inviável e dependeria de exames periciais que impediriam, na prática a interrupção da gravidez.
O que se propõe é estabelecer um marco absoluto (X semanas) com base nos estudos que indiquem quando é mais provável que isso aconteça. Feito isso, bastaria apenas um exame sumário que aponte a semana mais provável em q esteja a gestação.
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Najma escreveu:Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada.
E contra ter alguma síndrome?
"Noite escura agora é manhã..."
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Ateu Tímido escreveu:Alter-ego escreveu:Ateu Tímido escreveu:Como eu previ quando ia postar a mensagem anterior, está faltando pouco para me chamareem de "eugenista", ou mesmo de "nazista"...
Igor, como eu já disse aqui 7843 vezes, sou a favor de que a lei estabeleça uma data, sempre sujeita a revisões por outras leis, de acordo com a evolução da ciência, observando critérios como a o início da formação do sistema nervoso e a capacidade de vida autônoma. Antes desse marco, a simples vontade da gestante, sem necessidade de motivação, seria o suficiente para abortar. No caso de inviabilidade do feto, incluída a anencefalia, se poderia ir um pouco além.
E, se querem saber, eu, de fato, não gostaria de gerar um filho que só causasse sofrimento, sabendo que ele jamais seria capaz de cuidar de si mesmo.
Essa idéia é absolutamente inviável.
Supondo que adotemos o marco de 12 semanas para o aborto, com uso da idéia da formação do sistema nervoso central.
Acontece que, exceto possibilidade de programação absoluta (o que não deve exceder cinco por cento dos casos), não existe uma data certa para início da gravidez, sendo feita uma estimativa, com base na última menstruação. Estabelece-se uma data provável, variando em cerca de duas semanas para mais ou para menos.
Como saber se, com certeza, se na provável 12° semana já não matamos um feto com atividade cerebral intensa? (pois a contagem estaria errada)
Como saber que a mulher não mentirá a data para poder abortar à vontade? Em qualquer e irrestrito caso?
MEdir a atividade neural em cada caso concreto é inviável e dependeria de exames periciais que impediriam, na prática a interrupção da gravidez.
O que se propõe é estabelecer um marco absoluto (X semanas) com base nos estudos que indiquem quando é mais provável que isso aconteça. Feito isso, bastaria apenas um exame sumário que aponte a semana mais provável em q esteja a gestação.
Você acabou de concordar com o que eu já disse antes: a data é apenas provável.
Vale o risco moral?
"Noite escura agora é manhã..."
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Najma escreveu:Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada.
E contra ter alguma síndrome?
E por que citou?
A propósito, muitas síndromes são incapacitantes. Como diz a Najma, se pudesse escolher, o que você escolheria? Que tamanho tem o seu amor e a sua capacidade de entrega?
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Najma escreveu:Poindexter escreveu:Não está faltando pouco para te chamarem de eugenista. Você o é.
Você tem filho com alguma síndrome, Poin? Só fale com conhecimento de causa... Tem?
Se puder escolher entre um filho saudável ou um doente, você escolhe? Ou prefere a loteria?
Apesar da pergunta ser para o Poindexter, é sempre uma loterial, preferindo ou não.
"Noite escura agora é manhã..."
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Apocaliptica escreveu:Alter-ego escreveu:Najma escreveu:Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada.
E contra ter alguma síndrome?
E por que citou?
A propósito, muitas síndromes são incapacitantes. Como diz a Najma, se pudesse escolher, o que você escolheria? Que tamanho tem o seu amor e a sua capacidade de entrega?
Citei para dizer que, não duvido de, num futuro próximo, quando a manipulação genética de embriãos for viável, os casais brigarem pelo direito de praticar aborto quando os filhos não tivessem o padrão estético desejado. Não ficou claro?

E quanto a escolher, posso dizer, com absoluta certeza, que apesar de minha filha ser saudável (seu único problema de saúde é respiratório), se ela sofresse um acidente incapacitante eu não desejaria matá-la.
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Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Ateu Tímido escreveu:Alter-ego escreveu:Ateu Tímido escreveu:Como eu previ quando ia postar a mensagem anterior, está faltando pouco para me chamareem de "eugenista", ou mesmo de "nazista"...
Igor, como eu já disse aqui 7843 vezes, sou a favor de que a lei estabeleça uma data, sempre sujeita a revisões por outras leis, de acordo com a evolução da ciência, observando critérios como a o início da formação do sistema nervoso e a capacidade de vida autônoma. Antes desse marco, a simples vontade da gestante, sem necessidade de motivação, seria o suficiente para abortar. No caso de inviabilidade do feto, incluída a anencefalia, se poderia ir um pouco além.
E, se querem saber, eu, de fato, não gostaria de gerar um filho que só causasse sofrimento, sabendo que ele jamais seria capaz de cuidar de si mesmo.
Essa idéia é absolutamente inviável.
Supondo que adotemos o marco de 12 semanas para o aborto, com uso da idéia da formação do sistema nervoso central.
Acontece que, exceto possibilidade de programação absoluta (o que não deve exceder cinco por cento dos casos), não existe uma data certa para início da gravidez, sendo feita uma estimativa, com base na última menstruação. Estabelece-se uma data provável, variando em cerca de duas semanas para mais ou para menos.
Como saber se, com certeza, se na provável 12° semana já não matamos um feto com atividade cerebral intensa? (pois a contagem estaria errada)
Como saber que a mulher não mentirá a data para poder abortar à vontade? Em qualquer e irrestrito caso?
MEdir a atividade neural em cada caso concreto é inviável e dependeria de exames periciais que impediriam, na prática a interrupção da gravidez.
O que se propõe é estabelecer um marco absoluto (X semanas) com base nos estudos que indiquem quando é mais provável que isso aconteça. Feito isso, bastaria apenas um exame sumário que aponte a semana mais provável em q esteja a gestação.
Você acabou de concordar com o que eu já disse antes: a data é apenas provável.
Vale o risco moral?
Para garantir o direito de NÃO ser mãe, vale.
- Ateu Tímido
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Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Apocaliptica escreveu:Alter-ego escreveu:Najma escreveu:Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada.
E contra ter alguma síndrome?
E por que citou?
A propósito, muitas síndromes são incapacitantes. Como diz a Najma, se pudesse escolher, o que você escolheria? Que tamanho tem o seu amor e a sua capacidade de entrega?
Citei para dizer que, não duvido de, num futuro próximo, quando a manipulação genética de embriãos for viável, os casais brigarem pelo direito de praticar aborto quando os filhos não tivessem o padrão estético desejado. Não ficou claro?![]()
E quanto a escolher, posso dizer, com absoluta certeza, que apesar de minha filha ser saudável (seu único problema de saúde é respiratório), se ela sofresse um acidente incapacitante eu não desejaria matá-la.
Você desejaria continuar vivo se sofresse um acidente incapacitante, em tamanho grau que obrigasse sua mulher e sua filha a cuidarem de você o tempo todo, sem chance razoável de recuperação?
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Najma escreveu:Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada.
E contra ter alguma síndrome?
Uma síndrome degenerativa? Uma que você vê seu filho atrofiando dia a dia? Ou daquelas que o impedem de ser normal a vida toda? Aquela que faz o filho ficar dentro de casa, numa cama, entrevado o resto de seus dias só porque o amor dos pais foi maior do que o desejo de evitar a dor de uma criança incapaz de brincar normalmente como as demais?? Aquela que não vai permitir você deixar descendência na terra? Aquela que vai consumir sua vida inteira cuidando desesperadamente e implorando a deus para que a morte do filho chegue mais rápido?
Acorda!!
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Apocaliptica escreveu:Najma,
Boas perguntas!
Obrigada, Apo! Eu simplesmente não aguento esse pessoal que confunde bom senso com eugenia...

Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Apocaliptica escreveu:Alter-ego escreveu:Najma escreveu:Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada.
E contra ter alguma síndrome?
E por que citou?
A propósito, muitas síndromes são incapacitantes. Como diz a Najma, se pudesse escolher, o que você escolheria? Que tamanho tem o seu amor e a sua capacidade de entrega?
Citei para dizer que, não duvido de, num futuro próximo, quando a manipulação genética de embriãos for viável, os casais brigarem pelo direito de praticar aborto quando os filhos não tivessem o padrão estético desejado. Não ficou claro?![]()
Não isso plausível. Se fosse possível manipular assim, um contrato resolveria as discrepâncias quanto à insanidade de alguns. Isso é exagero.
E quanto a escolher, posso dizer, com absoluta certeza, que apesar de minha filha ser saudável (seu único problema de saúde é respiratório), se ela sofresse um acidente incapacitante eu não desejaria matá-la.
Nem eu. Mas se eu puder escolher antes e com segurança, antes de ter algum vínculo, eu gostaria que minhas difuculdades ( minha e das pessoas envolvidas ), pudessem ser levadas em consideração.
Re: Re.: Marcela, o fato que faz calar o argumento
Alter-ego escreveu:Najma escreveu:Poindexter escreveu:Não está faltando pouco para te chamarem de eugenista. Você o é.
Você tem filho com alguma síndrome, Poin? Só fale com conhecimento de causa... Tem?
Se puder escolher entre um filho saudável ou um doente, você escolhe? Ou prefere a loteria?
Apesar da pergunta ser para o Poindexter, é sempre uma loterial, preferindo ou não.
É uma loteria para quem se sujeita à vontade de deus, Igor... Para quem tem recursos, não é mais.