E no mundo real...

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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Alter-ego »

Fabi escreveu:A CUT

Parei aqui...
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videomaker
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Re: E no mundo real...

Mensagem por videomaker »

Não adianta proibir as pessoas de fumarem craque! elas vão continuar fumando e morrendo! Deveriamos dá a garantia pro cara fumar com segurança! Deveriamos fazer um cracodramo com medicos e todo o aparato necessario pra que o viciado não morra por causa da droga! Ou seria melhor que ELE NÃO SE DROGA-SE? :emoticon5:
Gravidez não é doença contagiosa! Sexo seguro sempre! ou corra o risco e se responsabilize!
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Alter-ego »

Trazendo a discussão para o lugar "correto":
zencem escreveu:Ninguém reivindica inocência, pelo ato do aborto.
O que se reivindica é que um indivíduo seja respeitado na solução de seu problema.

Mas é justamente o que estamos querendo! Que o indivíduo seja respeitado na solução do problema!
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Alter-ego »

E, ainda sobre o problema, gravidez é apenas uma das possíveis consequências de uma relação "desprevenida".
Agora imagine que ao invés de um filho, veio a AIDS que é um problema muito maior.
Vai abortá-la?
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videomaker
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por videomaker »

Alter-ego escreveu:E, ainda sobre o problema, gravidez é apenas uma das possíveis consequências de uma relação "desprevenida".
Agora imagine que ao invés de um filho, veio a AIDS que é um problema muito maior.
Vai abortá-la?



:emoticon260:

Topico fechado! muito bom Igor.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Fedidovisk
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fedidovisk »

videomaker escreveu:
Alter-ego escreveu:E, ainda sobre o problema, gravidez é apenas uma das possíveis consequências de uma relação "desprevenida".
Agora imagine que ao invés de um filho, veio a AIDS que é um problema muito maior.
Vai abortá-la?



:emoticon260:

Topico fechado! muito bom Igor.


Em um outro tópico você mesmo disse que para o bebê abortado, o "karma" dele não termina só alí, mas que sua senteça se cumpriu...

Sei não, hein....


Se você não escolheu ter AIDS, e tem o controle dela em seu corpo.... dentros das possibilidas usa-se uma delas...

Agora me digam... a gravidez indesejada existe o aborto, e para a AIDS existe algo ? :emoticon5:

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NadaSei
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Fabi escreveu:Notícia interessante: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/0 ... 054602.asp dessa vez eu chequei as fontes Acauan, pode ir lá checar também.

A fonte é uma ONG pró-aborto.
Fabi escreveu:Nadasei, eu não falo de mulheres como a sua irmã que abortou um monte de vezes... eu falo de mulheres pobres, as vezes adolescentes de 12, 13 anos que engravidam,

Certeza?
Então qual o motivo da discussão não incluir criterios econômicos e etários?
Vamos legalizar apenas para adolescentes pobres.
Fabi escreveu: essa mulher do tipo da sua irmã, ela não precisa que o aborto seja legal ou não, ela tem acesso a informação de como fazer isso em segurança, e também a mulher rica viaja para os estados unidos e faz o aborto lá....

Minha irmã não tem grana pra isso.
Garotas como minha irmã, gostariam do aborto legalizado sim.
Elas fazem aborto em clinicas clandestinas, talvez em melhores condições que as mais "baratinhas", mas sem nenhuma garantia "legal".
Fabi escreveu:a mulher pode ter outros filhos...

E?
Como eu posso ter outros filhos, tenho o direito de matar os que já tenho?
Fabi escreveu: e a mais prejudicada pelo aborto clandestino não são mulheres ricas, e sim as pobres que engravidam de algum drogado e fazem aborto em condições precárias e morrem...

Jura?
Eu sempre achei que fossem as ricas...
Como são as pobres, vamos libertar geral.
Os mais pobres também são os mais prejudicados pela violência policial, estão mais propensos a entrar no crime, etc...
Deveríamos legalizar todos os crimes, assim resolvemos esse problema.

Tadinhos, são os pobres, isso muda tudo...
Fabi escreveu: vocês sonham com uma mulher estabilizada querendo fazer aborto, mas na realidade quem é casada, com condições financeiras, não vai fazer aborto...

Minha irmã não é casada... mas "condições" é algo muito relativo.
Tá cheio de menina pobre, com 16/20 anos, morando em favelas ou bairros pobres, ganhando R$400/R$600 ao mês, que engravidam e assumem o erro.
São imaturas, mas tem a criança e dão um jeito de cuidar delas.

Assim como tá cheio de menina de 25/30 (como minha irmã), que trabalham pra ganhar entre R$1300/R$2000 ao mês, mas que engravidam do namorado ou do "ficante" e correm pra clinicas de aborto.
Fabi escreveu:o aborto é feito por mulheres que são abandonadas pelo namorado, que não tem condições financeiras de criar o bebe naquele momento...

O aborto é feito por mulheres que não querem ter filhos, que poderiam ter tomado as medidas necessárias pra isso, mas não tomaram e agora não se importam em abortar uma vida, para fugir das responsabilidades de seus atos.
Fabi escreveu:Cada mulher deve ter o direito de fazer o aborto em condições seguras, quem é contra não vai cuidar da criança dessa mulher que quer abortar, e nem pensa em medidas para ajudar a cuidar da tal criança...só impõe a sua visão sonhadora na vida alheia...

Pois é, eu posso dizer o mesmo se for argumentar que quero matar o meu filho de 5 anos.
É uma boca a mais pra comer, tem roupas pra comprar, remédios, material escolar... enfim.
Quando falo em mata-lo, um monte de gente se opõe, mas ninguém vai cuidar da criança, ninguém me ajuda a cuidar dele e a pagar minhas contas.
Só sabem ficar falando que é errado, errado e errado... só querem impor a visão sonhadora deles a vida alheia, mas cuidar da criança que é bom, isso ninguém faz.
Fabi escreveu:enquanto a realidade é outra...falta em vocês um pouco de empatia, se colocar no lugar dessa mulher que quer abortar,

Pois é, assim como falta empatia de se colocarem no meu lugar e no lugar de todos que tem filhos, mas querem mata-los por serem pobres e sem condições de cuidar de suas crianças.
Fabi escreveu: ou nessa criança (que ainda nem existe) que pode virar um menino de rua, que pode ser maltratado por essa mãe que não quis o bebe...

Já ouviu falar em adoção?
Fabi escreveu:além de que ter filho na hora errada contribui pra pobreza...eu conheço uma pessoa...que teve o primeiro filho com 16 anos, com um drogado, ela não pensou em aborto, mas só pra exemplificar... hoje ela tem 27 anos e está no sexto filho...se você chegar na casa dela com uma caixa de leite (com 12 caixas) e nescau, as crianças comem até vomitar...sabe porque? porque elas passam fome, muita fome... e antes essa menina tinha uma vida " boa" digamos assim, não passava fome, estudava e etc... hoje ela está morando numa casa pequena, com 6 filhos, dormindo em chão duro, sem ter o que comer, e mais o filho mais velho dela virou menino de rua.... bem vindos a realidade....

Ou seja, a sua solução pra esse problema, é que ela tivesse abortado esses seis bebes...

Tentar justificar isso usando a pobreza, a falta de estrutura, oportunidade e informação... não cola.
Esses são os problemas que o governo deve resolver.
Dar as pessoas oportunidade, trabalho, educação, creches, melhores condições de vida, etc...

Mas alguns, acham que tudo pode ser justificado apelando a pobreza.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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NadaSei
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Fabi escreveu:Todo mundo tem uma história para contar, conhece alguém de sua família, escola ou comunidade que engravidou fora de hora, apesar de usar métodos contraceptivos; que sofreu um estupro e, infelizmente, além de toda a violência, engravidou.

Sempre tentam apelar a emoção citando o estupro... mas omitindo que em casos de estudo, o aborto já é permitido.

Só aqui já se vê o quanto o texto é tendencioso e apelativo.
Como não podem sustentar o argumento na razão, apelam a emoções e caricaturas.
Fabi escreveu: Ou então aquela amiga cujo namorado ou marido não admite usar preservativo.

Então largue do cara antes que pegue AIDS... ou então, se quer ficar com esse cara machista que não respeita sua vontade, use anticoncepcionais.
Fabi escreveu:As mulheres pobres e negras são as mais penalizadas pelo fato de o aborto ser ilegal, pagando muitas vezes com suas próprias vidas.

Sim... pobres e negras...
O problema é ser pobre ou é ser negra?
Racismo! (como diriam muitos aqui)
Fabi escreveu:A história da criminalização do aborto caminha junto com a opressão das mulheres, que são tratadas de forma desigual na sociedade e não têm direito de decidir sobre sua vida.

Já vimos apelo a emoção, a pobreza ao racismo e agora ao feminismo...
Não tem direito de decidir sobre sua vida ou de decidir sobre a vida da criança que está para nascer?

Até onde sei, a mulher engravidou por tomar suas próprias decisões em sua própria vida... Só que tomou uma decisão errada ou mal refletida e acabou gravida.
A partir daqui, não falamos mais en decidir sobre a própria vida, mas em decidir sobre a vida de outra pessoa que está a caminho.

Fabi escreveu: Trata-se de uma forma de controlar a vida, o corpo e a sexualidade das mulheres. Ser mãe não pode ser uma obrigação. Precisa ser uma decisão da mulher, implica muitas mudanças no aspecto físico e emocional, no projeto de vida naquele momento. Uma gravidez não pode ser uma imposição ou castigo.

Claro, o mesmo argumento vale a quem não quer continuar a cuidar do filho de 5 anos.

Ser mãe não pode ser uma obrigação. Precisa ser uma decisão da mulher, implica muitas mudanças no aspecto emocional, no projeto de vida naquele momento. Uma criança não pode ser uma imposição ou castigo.
É preciso dar a essas mães, o direito de matar seus próprios filhos se não tem condições ou desejo de cria-los.
Fabi escreveu:até que a turma do lulla tem razão de vez em quando... :emoticon22:

Si,, as vezes eles tem razão... só que esse não é um desses casos.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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NadaSei
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Alter-ego escreveu:E, ainda sobre o problema, gravidez é apenas uma das possíveis consequências de uma relação "desprevenida".
Agora imagine que ao invés de um filho, veio a AIDS que é um problema muito maior.
Vai abortá-la?

Se vier a AIDS, a culpa é do governo...
O governo tem que distribuir gratuitamente os caros remédios... ou vamos deixar essas pessoas morrerem?
O rico não tem problemas, se quiser, vai se tratar nos EUA.
Isso é um problema principalmente para os pobres e negros.

Maldito governo... :emoticon8:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Fedidovisk
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fedidovisk »

Só entrando em uma questão aqui.... um aparte breve...

Dá entender que existe uma necessidade material acumulada, para se considerar digno de viver... e qualquer um que se reduz à um "mendigo" deveria ser imediatamente anulado, isso até por amor... pois a qualidade de vida está completamente associado à um bem, e não bem estar...

Se o problema é econômico, não se incomodem pois esse não é eterno, e existem nos nossos tempos vários recursos para auxiliar essas pessoas....

Eu sou a favor da legalidade, mas sinceramente isso não é argumento.... ou será incomodo.... :emoticon7:

A miséria, cria da burguesia.... :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

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Fabi
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

NadaSei escreveu:
Minha irmã não tem grana pra isso.
Garotas como minha irmã, gostariam do aborto legalizado sim.
Elas fazem aborto em clinicas clandestinas, talvez em melhores condições que as mais "baratinhas", mas sem nenhuma garantia "legal".

Não existe garantias em medicina. Agora fazer um aborto com anestesia é diferente de ir numa parteira que coloca algo no útero pra provocar o aborto, não acha?
NadaSei escreveu:
Minha irmã não é casada... mas "condições" é algo muito relativo.
Tá cheio de menina pobre, com 16/20 anos, morando em favelas ou bairros pobres, ganhando R$400/R$600 ao mês, que engravidam e assumem o erro.
São imaturas, mas tem a criança e dão um jeito de cuidar delas.

Assim como tá cheio de menina de 25/30 (como minha irmã), que trabalham pra ganhar entre R$1300/R$2000 ao mês, mas que engravidam do namorado ou do "ficante" e correm pra clinicas de aborto.

Tá certa ela, aliás, se fosse legalizado ela receberia instruções de um médico de que o aborto é a última opção, e etc, mas como não é legalizado... elas fazem quantas vezes querem... mas como vocês preferem que o aborto continue sendo feito na clandestinidade... sem regras... sem nenhum compromisso.... sem nenhuma instrução...você nem pode reclamar da sua irmã...você mesmo é a favor de que o aborto continue assim....
NadaSei escreveu:
O aborto é feito por mulheres que não querem ter filhos, que poderiam ter tomado as medidas necessárias pra isso, mas não tomaram e agora não se importam em abortar uma vida, para fugir das responsabilidades de seus atos.

Todas mulheres do mundo não são como a sua irmã, aliás, como eu disse antes, se fosse legalizado, um médico explicaria para ela que o aborto seria em último caso, que existem anticoncepcionais... e etc... mas ilegal, as mulheres ricas como a sua irmã podem fazer quantos abortos querem, e as pobres acabam morrendo.
NadaSei escreveu:
Pois é, eu posso dizer o mesmo se for argumentar que quero matar o meu filho de 5 anos.
É uma boca a mais pra comer, tem roupas pra comprar, remédios, material escolar... enfim.
Quando falo em mata-lo, um monte de gente se opõe, mas ninguém vai cuidar da criança, ninguém me ajuda a cuidar dele e a pagar minhas contas.
Só sabem ficar falando que é errado, errado e errado... só querem impor a visão sonhadora deles a vida alheia, mas cuidar da criança que é bom, isso ninguém faz.

A mulher não é uma caixa obrigada a ficar com o embrião... e uma mulher decidida a abortar... aborta...mas isso é uma coisa que vocês preferem não ver...
aliás você vê né...olha a sua irmã...engravida vai nessas clinicas caras e tira o bebe sem dor, e o médico que faz isso nem deve ligar.....e aí ele vai sempre ir lá....ou seja a falta de apoio faz o aborto acontecer no caso da sua irmã....

NadaSei escreveu:
Pois é, assim como falta empatia de se colocarem no meu lugar e no lugar de todos que tem filhos, mas querem mata-los por serem pobres e sem condições de cuidar de suas crianças.

No seu lugar? :emoticon5: sorry, mas eu não consigo, você trata o tema com sonhos e divagações.... sonhos e divagações não são reais....e nem todas as mulheres são como a sua irmã.... eu não tenho culpa que o aborto é proibido e que ela tem dinheiro pra ir numa clinica que faz isso e não posso fazer nada se ela não recebe apoio e nem instrução sobre isso....
provavelmente ela não deve usar camisinha, nem anticoncepcional, e nem deve receber instrução sobre isso... afinal...aborto é uma cirurgia, se tirar um dente já é dificil imagine um embrião...as mulheres não vão fazer isso toda hora se for legalizado....se tiverem apoio da rede de saúde com psicologos...médicos obstetras e ginecologista...mas você quer proibir tudo isso...
NadaSei escreveu:
Já ouviu falar em adoção?

Quantas crianças você já adotou? Além do aborto ser proibido a adoção no Brasil é algo dificil...então...tudo isso contribui pra mais abortos e mais crianças abandonadas.... mas vocês são contra a adotar politicas sobre esse tema...então...deixe assim...os abortos acontecendo e mais crianças sendo abandonadas...
NadaSei escreveu:
Ou seja, a sua solução pra esse problema, é que ela tivesse abortado esses seis bebes...

Tentar justificar isso usando a pobreza, a falta de estrutura, oportunidade e informação... não cola.
Esses são os problemas que o governo deve resolver.
Dar as pessoas oportunidade, trabalho, educação, creches, melhores condições de vida, etc...

Mas alguns, acham que tudo pode ser justificado apelando a pobreza.

Não, eu só to te mostrando como filho pode empobrecer alguém, deve existir muitas crianças assim no mundo... mas como você só consegue ver a sua irmã.... e a atitude dela...e você fica assim..fora da realidade.... imaginando que a vida de todo mundo é assim...imaginando que todas as mulheres podem pagar pra ir numa clinica cara fazer 3...4 abortos.... mas isso no caso da sua irmã é falta de levar ela em ginecologista, de explicar o uso da camisinha, do anticoncepcional, de falar que o aborto é só em ultimo caso.......mas devem falar que é vida numa visão machista e bla bla bla....e ela faz....3...4...mulher não quer ouvir opnião machista sobre o aborto...se tivesse um médico explicando as consequencias, se tivesse apoio do estado com psicologos e etc, e da própria familia mesmo...provavelmente ela teria parado no primeiro aborto...mas sabe como é.......to curiosa...o que você diz pra ela sobre o aborto? o que sua família pensa sobre isso? é interessante ela ter feito tantos abortos assim...e aparentemente não ligar....e continuar não se previnindo....deixa eu me situar sobre a situação da sua irmã....eu sei que a sua opnião sobre o aborto é essa por causa dela....

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Fabi
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

Obstetra contesta: não vão estimular aborto

Cerca de 700 mulheres brasileiras, todos os anos, morrem em conseqüência da prática de abortos inseguros. Mas uma proposta uruguaia, que está sendo estudada pela Secretaria de Saúde de Campinas - interior de São Paulo - para implantação na rede pública municipal pretende mudar esse número.
A idéia é do dr. Aníbal Faúndes, professor aposentado de obstetrícia da Unicamp, que é também coordenador do Grupo de Trabalho sobre Aborto Inseguro da Figo (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia). Ele foi um dos que ajudaram a implantar o sistema em Montevidéu, capital uruguaia, e, aos 76 anos, assessora os colegas vizinhos na expansão do programa para todo o País.

Muita coisa precisa ser esclarecida, no entanto, contrariando uma divulgação equivocada que parte da mídia fez do projeto. Atribuindo-o à Ong BemFam (Bem-Estar Familiar no Brasil), alguns veículos de comunicação noticiaram uma "orientação ao aborto", consultando especialistas sobre uma eventual ilegalidade da prática:

- É o contrário! Por isso que eu digo, se o bispo de não sei onde, que opinou no Estadão, conhecesse o programa, ele não o teria condenado como condenou - comenta Faúndes.

Pela idéia do obstetra, já implantada no Uruguai, haverá uma orientação à gravidez, e não ao aborto. Quando se sabe que uma paciente pretende praticá-lo, ela é convocada a fazer uma consulta. Então recebe informações sobre alternativas, como a adoção, ou auxílio para criação do filho. Além disso, é informada dos riscos de praticar um aborto ilegal, sem condições de higiene etc.

- Não perguntam qual é a decisão dela. Se ela quiser dizer, tudo bem. Se não quiser dizer nada, tudo bem também - afirma Faúndes.

Segundo o médico, no Uruguai, as mortes por decorrência do aborto - que chegaram a ser metade da mortalidade materna no país - foram reduzidas a zero. E ele cita o presidente Lula para justificar a idéia:

- Ele disse, no último dia 9 de maio, o que todo mundo pensa: "ninguém gosta do aborto". Mas a pergunta é: a mulher tem que morrer?

E também retruca as acusações de que a orientação incentivaria o aborto e estaria fazendo apologia de uma prática criminosa. Ele afirma ter tomado o cuidado de consultar o juiz José Henrique Torres sobre a legalidade da questão. Conta que ele não só gostou da idéia como achou que precisava ser implantada em todo o Brasil. E pegou pareceres de vários outros juízes para apoiar seu parecer.

O projeto ainda está em estudo pela Secretaria de Saúde de Campinas e não tem data para começar a vigorar. Faúndes ressalta que, no Uruguai, o projeto tem respaldo do Ministério da Saúde local.

Leia a íntegra da entrevista com o obstetra que defende a implantação da idéia no Brasil:

Terra Magazine - O senhor pode explicar melhor esse projeto?
Aníbal Faúndes - O primeiro ponto a ser explicado é que o projeto não é da Ong BemFam. Eu conheço muito bem esse projeto por ter colaborado com colegas uruguaios na implantação naquele país. O que eu tenho participado é de tentar implantar essa proposta aqui em Campinas, através da Secretaria de Saúde. E falei com o secretário sugerindo que repetissem essa experiência. A BemFam chegou depois, ajudando na parte logística.

E como é o projeto no Uruguai?
O Uruguai é um país que tem uma mortalidade materna menor que a do Brasil. É relativamente baixa. Porém, 1/3 das mortes maternas está relacionada a aborto. No Hospital Universitário de Montevidéu, em torno do ano 2000, a taxa de mortalidade materna por aborto chegou a ser metade de todas as mortes maternas. Isso provocou uma grave preocupação por parte dos colegas uruguaios, que decidiram tentar alguma forma de reduzir essa mortalidade materna.

Lá o aborto é proibido como aqui?
Exatamente como aqui. Os mesmos tipos de permissões, não exatamente igual, mas em termos gerais é muito parecido. Mas partiram de um princípio: a lei proíbe realizar o aborto. Mas a lei não proíbe atender a mulher antes e depois do aborto. O segundo princípio é que todo cidadão tem direito à informação. A estar plenamente informado dos riscos que decorrem de suas condutas. Então eles decidiram convocar as mulheres que estavam pensando em provocar um aborto ou que tinham intenção de provocá-lo, para ter uma consulta antes do aborto.

E que tipo de informações passavam?
Primeiro fazem um diagnóstico se ela realmente está grávida. Depois, se a gravidez é normal, se o feto é normal, uma série de patologias... Terceiro, se não correspondia à circunstância em que o aborto é permitido por lei - estupro, risco de morte decorrente da gravidez... Depois, uma etapa de informar a mulher sobre alternativas: de adoção, de ficar com o filho, de receber atendimento especializado para ela etc. Em um ambiente muito humanizado, de muita solidariedade com a mulher.

Até então, sem abordar a questão de aborto com a paciente?
Não perguntam qual é a decisão dela. Se ela quiser dizer, tudo bem. Se não quiser dizer nada, tudo bem também. Em seguida colocam os riscos que ela corre ao provocar um aborto na clandestinidade. O risco de colocar uma sonda, ou um arame dentro no útero, de fazer com uma pessoa não competente, com medidas não higiênicas, qual é o risco de usar Citotec (medicamento comumente conhecido como abortivo). E é tudo informação que está no site da Organização Mundial de Saúde. Não é informação privilegiada, desconhecida, que uma pessoa com acesso a internet não possa ter. E fundamentalmente eles solicitam que ela retorne dentro da próxima semana ou mês, qualquer que tenha sido a decisão. Se ela optar pelo aborto, o projeto dá oportunidade de informar sobre a decisão. E ela sai da consulta com um método anticoncepcional para que ela não volte a passar pelo mesmo processo. O objetivo do programa é de tentar reduzir o aborto e que a mulher que faça o aborto tenha mesmo risco, tendo consciência.

E esse atendimento seria dado para qualquer mulher que procurasse o serviço público de saúde?
Lá no Uruguai, no Hospital Universitário de Montevidéu, é dado a toda mulher que queira consultar. Então o objetivo é reduzir o aborto, reduzir os danos provocados por uma conduta social não desejável, mas que a gente não pode evitar, e terceiro, reduzir os abortos a longo prazo por acompanhamento.

Então a grande polêmica que está sendo posta de maneira errada é que não é uma orientação para o aborto?
É o contrário! Por isso que eu digo, se o bispo de não sei onde, que opinou no Estadão, conhecesse o programa, ele não o teria condenado como condenou.

É uma orientação de gravidez, que traz orientações de aborto seguro, considerando que ela pode cogitar essa hipótese?
Exatamente isso. Ela vai até lá e diz que quer abortar. Nossa gente o que vai fazer? Aconselhar, explicar as opções. No Uruguai, muitas mulheres que estavam com a gravidez avançada, de 12, 14 semanas, considerando os riscos, decidiram não abortar. É dar a informação que a mulher tem direito a ter, sobre sua gravidez e os seus riscos.

Isso já tem data para começar em Campinas?
É uma proposta que a Secretaria de Saúde de Campinas está assumindo, mas eu não sou a pessoa para dizer se já tem data. A secretaria já tem um programa de doenças sexualmente transmissíveis muito importante, premiado nacional e internacionalmente, e a idéia é implantar dentro desse programa a orientação.

Independentemente do foco, mesmo que na orientação tenha a informação sobre o aborto...
A gente teve o cuidado de encomendar um parecer do juiz José Henrique Torres, que é professor de Direito Penal, uma pessoa muito conceituada, pedindo que ele estudasse o assunto, se era legal ou não. E ele entregou um parecer entusiasmadíssimo, pensando que essa era uma proposta que deveria se estender para todo o Brasil. E ele mesmo solicitou a outro jurista sua opinião sobre o parecer dele, e tem o apoio de uma lista de juristas que concordam que isso não tem nada de ilegal.

E no Uruguai houve uma redução considerável das mortes maternas?
Foi notável. Acabaram as mortes maternas nos hospitais! Foi como o presidente Lula disse no último dia 9 de maio, que é o que todo mundo pensa: "ninguém gosta do aborto". Mas a pergunta é: a mulher tem que morrer? Se você acha que não, tem que fazer o possível para que ela não morra. Tentar ajudá-la, mudar sua conduta. E uma vez que ela está grávida e decidida, a gente tem que tentar evitar a morte.
Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/inter ... 82,00.html
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NadaSei
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Fabi escreveu:Não existe garantias em medicina. Agora fazer um aborto com anestesia é diferente de ir numa parteira que coloca algo no útero pra provocar o aborto, não acha?

Sim, é diferente. Isso não muda o fato de que quem faz isso, faz por escolha... comete um crime por escolha.
Fabi escreveu:Tá certa ela, aliás, se fosse legalizado ela receberia instruções de um médico de que o aborto é a última opção, e etc, mas como não é legalizado... elas fazem quantas vezes querem... mas como vocês preferem que o aborto continue sendo feito na clandestinidade... sem regras... sem nenhum compromisso.... sem nenhuma instrução...você nem pode reclamar da sua irmã...você mesmo é a favor de que o aborto continue assim....

E quem disse que ela não conhece riscos?
Abortou mesmo sabendo de tudo isso, sabendo da camisinha, dos anticoncepcionais e dos riscos em procurar uma clinica clandestina.
Informação a ela nunca faltou, faltou foi consciência e responsabilidade.
Fabi escreveu:Todas mulheres do mundo não são como a sua irmã, aliás, como eu disse antes, se fosse legalizado, um médico explicaria para ela que o aborto seria em último caso, que existem anticoncepcionais... e etc... mas ilegal, as mulheres ricas como a sua irmã podem fazer quantos abortos querem, e as pobres acabam morrendo.

Primeiro que minha irmã não é "rica", segundo, que só abortou uma vez e informação nunca faltou.
Ainda assim conheço casos de quem já fez 2, 3 ou até 4 vezes.
E não eram pobrezinhas ignorantes, eram pessoas com estudo, pessoas da classe média muito bem informadas sobre os mecanismos de prevenção, em um dos casos, foi fazer o segundo aborto junto com o namorado que estuda na USP.

Sabe como é, o crime é a opção mais fácil.
É fácil matar que cuidar.
Fabi escreveu:A mulher não é uma caixa obrigada a ficar com o embrião...

A mulher não é obrigada a engravidar.
É o resultado da própria escolha dela, da própria individualidade.
Fabi escreveu: e uma mulher decidida a abortar... aborta...mas isso é uma coisa que vocês preferem não ver...

Assim como um homem decidido a matar... mata... mas isso você prefere não ver.
Quantas vezes ja te falaram que isso não é argumento?
Fabi escreveu:aliás você vê né...olha a sua irmã...engravida vai nessas clinicas caras e tira o bebe sem dor, e o médico que faz isso nem deve ligar.....e aí ele vai sempre ir lá....ou seja a falta de apoio faz o aborto acontecer no caso da sua irmã....

Falta de apoio não, falta de vergonha na cara.
Ela teria todo o apoio da familia, alías, mesmo sem precisar, pois com 30 anos já é grandinha o suficiente pra se cuidar ou cuidar de uma criança.
E falta de informação, como já disse... nunca foi o caso.
Fabi escreveu:No seu lugar? :emoticon5: sorry, mas eu não consigo, você trata o tema com sonhos e divagações.... sonhos e divagações não são reais...

Será que sou eu que trato o tema com sonhos e divagações?
Sou eu que falo sobre estupro, pobreza e encaro elas como coitadinhas que não tem opção?
Sou eu que ignoro que ninguém engravida sem ter responsabilidade por isso?

O argumento que eu usei sobre matar o filho de 5 anos, é exatamente igual ao seu.
Qual a diferença entre?
Fabi escreveu:e nem todas as mulheres são como a sua irmã.... eu não tenho culpa que o aborto é proibido e que ela tem dinheiro pra ir numa clinica que faz isso e não posso fazer nada se ela não recebe apoio e nem instrução sobre isso....

Ela recebe instrução... você só está querendo que o governo legalize e banque a irresponsabilidade dela.
Fabi escreveu:provavelmente ela não deve usar camisinha, nem anticoncepcional, e nem deve receber instrução sobre isso...

Assim como todas as garotas que engravidam.
Dizer hoje, que as pessoas não recebem instrução e não estão cientes dos riscos... é ridículo.
Tem gente ignorante e sem instrução que tem 4, 5, 6 filhos?
Claro que tem.
Só que a sua solução é legalizar o aborto...
Que tal dar educação?
Olhe os países de primeiro mundo que legalizam o aborto, olhe os pŕo-abortistas de lá.

Será que esse apelo todo a falta de educação que se usa no Brasil, serve pra eles?
Os defensores do aborto, quem é legaliza-lo para garotas como minha irmã mesmo.
Acham que tirar um feto, é como arrancar um dedo.
Fabi escreveu:as mulheres não vão fazer isso toda hora se for legalizado...

O problema é a quantidade de vezes?
Posso matar só uma vez?
Juro que não faço mais... Até quantas vezes está tudo bem?
Uma vez? duas? três?
Fabi escreveu:se tiverem apoio da rede de saúde com psicologos...médicos obstetras e ginecologista...mas você quer proibir tudo isso...

Muitas garotas tem acesso a tudo isso e ainda assim abortam.
O problema é que os abortistas já colocaram na mente das pessoas, que um feto não é vida e que não tem problema matar...

Que tal dar apoio da rede de saúde, com psicólogos, médicos, estudo e informação, aulas de educação sexual e tudo mais?
Pra isso não precisamos legalizar o aborto.
Fabi escreveu:Quantas crianças você já adotou? Além do aborto ser proibido a adoção no Brasil é algo dificil...então...tudo isso contribui pra mais abortos e mais crianças abandonadas....

A adoção é a solução pra quem não quer criar o filho, é o ultimo recurso. (aborto não é recurso, o ultimo recurso é colocar a criança pra adoção)
Quanto a ser ruim isso no Brasil, ao invés de ficar fazendo campanha pra legalizar um crime, porque não lutar por essas melhorias?
Essas coisas sim resolvem os problemas, não o aborto legalizado.
Fabi escreveu: mas vocês são contra a adotar politicas sobre esse tema...então...deixe assim...os abortos acontecendo e mais crianças sendo abandonadas...

Não é pra deixar assim, é pra resolver os problemas REAIS, como a educação precaria, a falta de informação sobre o assunto, melhores orfanatos, etc...
Aborto é crime, elimina a vida de um ser.
Eliminar uma vida de um ser inocente é a sua solução?

Assim é fácil... vamos acabar com a pobres, vamos acabar com
os menores abandonados, matemos todos eles.
Fabi escreveu:Não, eu só to te mostrando como filho pode empobrecer alguém, deve existir muitas crianças assim no mundo...

E a solução ao problema é matar os fetos?
É extermina-los antes que eles empobreçam os pais e terminem abandonados nas ruas?

Se um filho empobrece um pai, a solução é mata-lo?
Fabi escreveu: mas como você só consegue ver a sua irmã.... e a atitude dela...e você fica assim..fora da realidade.... imaginando que a vida de todo mundo é assim...

Eu observo TODOS os casos... é você quem ignora a realidade e fica apelando a emoção, citando coisas como o estupro... coisa que já é legalizada.
É você quem só quer enxergar os "pobres", os "coitadinhos" e achar que a solução pra tudo isso é o aborto.

Se está preocupada com eles, porque não cobra medidas REAIS pra solução desses problemas?
Ou você acha que legalizar o aborto, vai deixa-los ricos e bem informados?
A unica forma de informar uma garota, é depois que ela já está gravida e vai ao médico abortar?
Fabi escreveu:imaginando que todas as mulheres podem pagar pra ir numa clinica cara fazer 3...4 abortos....

Nem todas, mas quando ele for legalizado e disponivel na rede publica... ai todas poderam fazer 5, 6, 7 abortos... tudo por conta do estado.
Fabi escreveu: mas isso no caso da sua irmã é falta de levar ela em ginecologista, de explicar o uso da camisinha, do anticoncepcional,

Ela teve aulas de educação sexual de qualidade em escola particular.
Conhece os anticoncepcionais, não é alérgica e tem dinheiro pra eles e pra camisinha, bem como vai regularmente ao ginocologista, pois tem plano privado de saúde.
Ou você acha que com 30 anos, ela não sabe de nada disso?
Fabi escreveu: de falar que o aborto é só em ultimo caso...

Ultimo caso é entregar a criança a adoção, aborto não é ultimo caso, é crime, é caso de policia.
Fabi escreveu:....mas devem falar que é vida numa visão machista e bla bla bla....e ela faz....3...4...mulher não quer ouvir opnião machista sobre o aborto...se tivesse um médico explicando as consequencias, se tivesse apoio do estado com psicologos e etc, e da própria familia mesmo...provavelmente ela teria parado no primeiro aborto...mas sabe como é.......to curiosa...o que você diz pra ela sobre o aborto? o que sua família pensa sobre isso? é interessante ela ter feito tantos abortos assim...e aparentemente não ligar....e continuar não se previnindo....deixa eu me situar sobre a situação da sua irmã....eu sei que a sua opnião sobre o aborto é essa por causa dela....

O dia em que defender a vida for machismo...

Minha opinião sobre o aborto, vem muito antes disso, e, só foi reforçada depois de saber que ela fez um... Afinal, é uma pessoa que tinha MUITAS outras opções.
Sempre teve oportunidades, estudo, informação, acesso aos meios de prevenção e poderia ter tido a criança sem problemas.

A resposta dela?
Eu não queria ter que criar um filho agora, ainda mais sendo solteira... é muita responsabilidade e eu não quero lidar com isso agora, quero outras coisas pra minha vida.

Ou seja, fugiu da responsabilidade dos próprios atos por não querer lidar com isso, por querer outras coisas na vida.
É essa a resposta de quem impediu um ser humano de viver a vida dele. Egoísmo, pensou na própria vida e no que quer para si, negando o mesmo direito, aquele que era fruto de um erro dela, um erro que não quis encarar e preferiu fugir... mesmo isso significando a morte de um ser vivo, de um ser humano, do filho(a) dela.

O seu discurso feminista, só serve para tirar da mulher a responsabilidade de seus próprios atos.
Esse tipo de discurso é péssimo pra todas as mulheres, pois faz parecer que não são capazes de tomar suas próprias decisões e que não tem maturidade para arcar com os resultados dos próprios atos.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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André
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Mensagem por André »

Alter-ego escreveu:
André escreveu:1)Eu não considero um crime pq para mim a mulher tem direito sobre seu sistema reprodutivo, e para mim a decisão a ela pertence.

E a pobre criança é o que? Um útero?


Durante o inicio da gravidez não é uma criança, nem atividade cerebral tem ainda.

Sua sobrevivência está atrelada a mãe, e se ela desejar vai e na minha opinião tem o direito, de terminar a gravidez. Claro que apenas no inicio, e os parâmetros devem ser definidos, como foram definidos na Itália, e em diversos países.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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NadaSei
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Fabi escreveu:Obstetra contesta: não vão estimular aborto

Ou seja, uma medida que não torna necessário legalizar o aborto, nem descriminaliza-lo.

Acompanharia essa medida, com uma lei que coloque o aborto como assassinato e um crime hediondo.
Infanticídio cometido por motivo torpe.

Informar, trabalhar na prevenção, dar acesso a anticoncepcionais, aplicar leis duras a quem pratica o aborto, nos médicos e enfermeiros que o fazem e uma fiscalização dura para fechar as clinicas clandestinas.
É assim que se cuida do problema.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Mensagem por NadaSei »

André escreveu:Durante o inicio da gravidez não é uma criança, nem atividade cerebral tem ainda.

Sua sobrevivência está atrelada a mãe, e se ela desejar vai e na minha opinião tem o direito, de terminar a gravidez. Claro que apenas no inicio, e os parâmetros devem ser definidos, como foram definidos na Itália, e em diversos países.

Já é um ser vivo com o mesmo potencial de vida, que qualquer outro.
A vida de qualquer bebe está atrelada a vida dos pais, eles não podem viver sem cuidados de terceiros.

Qual a diferença entre um ser já estar consciente e outro "ainda" não estar?
O que torna a interrupção da vida de um, menos reprovável que a do outro?
É o fato dele nunca saber que sua vida foi tirada?
Ao matar alguém dormindo... o mesmo é verdadeiro.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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André
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Mensagem por André »

NadaSei escreveu:
André escreveu:Durante o inicio da gravidez não é uma criança, nem atividade cerebral tem ainda.

Sua sobrevivência está atrelada a mãe, e se ela desejar vai e na minha opinião tem o direito, de terminar a gravidez. Claro que apenas no inicio, e os parâmetros devem ser definidos, como foram definidos na Itália, e em diversos países.

Já é um ser vivo com o mesmo potencial de vida, que qualquer outro.
A vida de qualquer bebe está atrelada a vida dos pais, eles não podem viver sem cuidados de terceiros.

Qual a diferença entre um ser já estar consciente e outro "ainda" não estar?
O que torna a interrupção da vida de um, menos reprovável que a do outro?
É o fato dele nunca saber que sua vida foi tirada?
Ao matar alguém dormindo... o mesmo é verdadeiro.


Nadasei vc acha que a mulher não tem o direito de interromper, eu acho que tem, é uma diferença de paradigmas, tudo mais decorre disso.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Fedidovisk
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fedidovisk »

Direitos ?

Ele entrou em uma questão importante, não podemos aceitar matar um ser humano por comodismo, um direito....

Uma coisa é necessidade, com riscos para a mãe ou para o bebê...



Como dizia o profeta... " não existe lei senão o homem " , mas dentro de um estado de cooperação não pode-se aceitar o assinanato com um fim...

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Fabi
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

Que machismo...matar a mãe pode né?
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André
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por André »

Fedidovisk escreveu:Direitos ?

Ele entrou em uma questão importante, não podemos aceitar matar um ser humano por comodismo, um direito....

Uma coisa é necessidade, com riscos para a mãe ou para o bebê...



Como dizia o profeta... " não existe lei senão o homem " , mas dentro de um estado de cooperação não pode-se aceitar o assinanato com um fim...


Outro problema, para mim um feto, nos estágios inicias da gravidez não é um ser humano ainda, e não tem os direitos que eu ou vc temos.

É um paradigma, ou perspectiva, para mim, assim como para milhões, a mulher tem o direito de terminar sua gravidez no inicio, legislação nesse sentido existe nos EUA, na Itália, e em diversos países. Recentemente passou em Portugal.

Para outros milhões, é uma vida, e ela não tem direito, e o Estado deve punir quem faz.

Para cada um coisas diferentes pesam mais. Eu conheço perfeitamente os argumentos do outro lado, entendo suas razoes, porém o que pesa mais para mim é a mulher decidir, dentro de um limite previamente estabelecido, se quer ou não ter a gestação. Tanto do ponto de vista teórico, como prático, isso faz mais sentido para mim.

Qualquer tipo de demonização, de qualquer lado, é um mero extremismo e incapacidade de tolerar posição divergente. E já disse considero a decisão democrática a melhor alternativa nesses casos, a decisão pela regra da maioria. E estou preparado para aceitar mesmo que contrarie o que acredito seja melhor.
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Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

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Fabi
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Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

Você tá falando em direito André?
A mulher não tem direito...nem vida ela é....
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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

André escreveu:
NadaSei escreveu:
André escreveu:Durante o inicio da gravidez não é uma criança, nem atividade cerebral tem ainda.

Sua sobrevivência está atrelada a mãe, e se ela desejar vai e na minha opinião tem o direito, de terminar a gravidez. Claro que apenas no inicio, e os parâmetros devem ser definidos, como foram definidos na Itália, e em diversos países.

Já é um ser vivo com o mesmo potencial de vida, que qualquer outro.
A vida de qualquer bebe está atrelada a vida dos pais, eles não podem viver sem cuidados de terceiros.

Qual a diferença entre um ser já estar consciente e outro "ainda" não estar?
O que torna a interrupção da vida de um, menos reprovável que a do outro?
É o fato dele nunca saber que sua vida foi tirada?
Ao matar alguém dormindo... o mesmo é verdadeiro.


Nadasei vc acha que a mulher não tem o direito de interromper, eu acho que tem, é uma diferença de paradigmas, tudo mais decorre disso.

Então me diga o que dá a ela esse direito.
Não é apenas uma questão de simples divergência de opinião, essa é uma posição que deve ser justificada na razão, e entra na questão do que dá o direito ao individuo, o que dá a um o direito a vida, enquanto a outros ele pode ser negado.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Mensagem por Fabi »

NadaSei escreveu:
André escreveu:
NadaSei escreveu:
André escreveu:Durante o inicio da gravidez não é uma criança, nem atividade cerebral tem ainda.

Sua sobrevivência está atrelada a mãe, e se ela desejar vai e na minha opinião tem o direito, de terminar a gravidez. Claro que apenas no inicio, e os parâmetros devem ser definidos, como foram definidos na Itália, e em diversos países.

Já é um ser vivo com o mesmo potencial de vida, que qualquer outro.
A vida de qualquer bebe está atrelada a vida dos pais, eles não podem viver sem cuidados de terceiros.

Qual a diferença entre um ser já estar consciente e outro "ainda" não estar?
O que torna a interrupção da vida de um, menos reprovável que a do outro?
É o fato dele nunca saber que sua vida foi tirada?
Ao matar alguém dormindo... o mesmo é verdadeiro.


Nadasei vc acha que a mulher não tem o direito de interromper, eu acho que tem, é uma diferença de paradigmas, tudo mais decorre disso.

Então me diga o que dá a ela esse direito.
Não é apenas uma questão de simples divergência de opinião, essa é uma posição que deve ser justificada na razão, e entra na questão do que dá o direito ao individuo, o que dá a um o direito a vida, enquanto a outros ele pode ser negado.

E o direito a vida da mulher? Ela tem esse direito? um feto pode impor suua vida sobre a dela?

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NadaSei
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Fabi escreveu:Que machismo...matar a mãe pode né?

La vem a outra falar em machismo... feminista.
Alguém disse que a mãe não tem direito a vida?
Ninguém obriga ela a se arriscar em um aborto, ninguém obriga ela a se arriscar ao cometer o crime de tirar uma vida, assim como ninguém obriga ela a engravidar...
Parece que nesses casos, você faz questão de fechar os olhas as "escolhas" que a própria mãe faz.

Dai fica com essas estorinhas de: "Machista... matar a mãe pode... ela não é viva..."
Faça-me o favor, discuta com mais racionalidade e menos apelação e falácias.
Ou vai querer dizer novamente que não discute comigo por eu ser homem ou por ser religioso?

Aprenda uma coisa, se você acha que o "machismo" é algo idiota e irracional... o "feminismo" é a mesma coisa, é a versão feminina do machismo.

Quanto feminismo...
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Mensagem por NadaSei »

Fabi escreveu:E o direito a vida da mulher? Ela tem esse direito? um feto pode impor suua vida sobre a dela?

A criança é fruto das ESCOLHAS da mãe, é fruto das ações dela.
Ter a criança não mata a mãe, então não existe motivos pra falar em "direito a vida da mulher", pois esse não está em risco.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Trancado