Tranca-Ruas escreveu:Ah Sal...
Ele já isse que faz um outro curso naquele tópico em que o Videomaker pergunta a graduação do pessoal... e a embromação dele só serve para dar um falso ar de filósofo. Geralmente, quando se quer tergiversar fatos e idéias, sem saber ou poder adentrar a profundidade do seu conteúdo, faz-se uma argumentação rebuscada, utilizando-se de sofismas, abordagens tangenciais, idas e vindas argumentativas sem nunca bater de frente com a problematica atacada e concluindo tal abordagem como se tivesse se utilizado de um raciocínio inédito, revolucionário, irreparável.
Vejo isso constantemente na minha profissão.
Aliás, acho que isso é normal até em curso de desossar frango.
Bjs.
Videomaker? Que eu me lembre quem abriu o tópico fui eu.
Vou dar minha opinião sobre a linguagem do
pensador. Em primeiro lugar preciso ressalvar que muitos dos posts dele eu não leio. Isso acontece sempre que estou apenas passando o olho por tópicos com debates e posts muito extensos para o meu tempo curto. Mas já li posts suficientes para dar uma opinião.
Minha opinião é de que ele enrola menos do que se alardeia. Tá certo que a linguagem que ele usa é sempre rebuscada, e recheada de termos técnicos. Convém, porém, considerar que os temas que ele debate geralmente também são técnicos. É meio impossível proceder uma discussão altamente técnica sem usar o jargão da área. Pela maneira como o Perseus fala a impressão que se tem é que ele considera que o
pensador é uma fraude completa, no sentido que ele está
sempre enrolando, enfileirando palavras com o único objetivo de simular erudição. Não é como vejo. O
pensador efetivamente se esforça em argumentar. Se os pensamentos dele são confusos, isso é outra história.
Notem que em geral um discurso embromativo se caracteriza mais pela obscuridade das
construções gramaticais que pelo preciosismo do vocabulário. É possível usar um vocabulário altamente rebuscado e mesmo assim estar dizendo coisa com coisa. Por outro lado, muitas pessoas incapazes, que nem ao menos possuem um vocabulário muito extenso, conseguem dar uma bela enrolada usando apenas os poucos termos técnicos que dominam, mas abusando de orações subordinadas, orações reduzidas, e, principalmente, substantivando a linguagem. Essa é a maneira mais infalível de complicar desnecessariamente a compreensão de um texto. Quase sempre usar formas verbais facilita a compreensão. [Exemplo: usar "esforços para buscar compreender o texto", em vez de "esforços em busca da compreensão do texto".]
Tem horas que o que o
pensador diz é bastante incompreensível. Ao menos imediatamente, numa primeira leitura. E fica a impressão de que ele não está realmente dizendo algo. Mas essa incompreensão também pode ser efeito de desconhecer o significado das palavras que ele usa. Tenho a impressão de que em alguns dos casos em que o Perseus não compreendeu o que ele diz o mesmo se deveu pela falta de uma consulta ao dicionário. De qualquer forma, em muitos outros momentos há de fato uma estrutura sintática clara em seu discurso. Dá para acompanhar o raciocínio dele. Que pode muitas vezes estar errado, mas é compreensível, na maioria das vezes.
Já em outros casos em fico sem entender o que ele disse, mas sempre considero a possibilidade disso ter acontecido por eu ter lido apressadamente, ou por desconhecer ou não estar muito familiarizado com o significado de certas palavras que ele usa, ou ainda por ele ter usado construções gramaticais menos preferíveis, tornando o texto mais díficil. Mesmo assim, tem horas que é inevitável a sensação de que ele está "lulando/malufando", isto é, apenas mantendo a pose, tentando uma saída honrosa.