André escreveu:[...]
Você não entendeu nada do que eu disse. Isso que você escreveu não tem a menor relação com o assunto discutido.
André escreveu:[...]
Abmael escreveu:- Isso não existe.
Abmael escreveu:- Só alguém que não entende absolutamente nada de arte esperaria algo assim.
Samael escreveu: Você tomou o caso do Brasil, que possui uma população média de erudição quase nula, como exemplo absoluto.
Samael escreveu: Para mim, a boa intervenção cultural do Estado separa uma França de um Brasil, particularmente.
Samael escreveu: Além disso, a idéia de haver "protetores das artes" privados é pré-capitalista e EXTREMAMENTE perigosa, porque essa "proteção" foi empreendida muitas vezes por Estados, a partir dos gostos particulares de determinados governantes e foi a partir dessa imposição que essa cultura foi, por assim dizer, vulgarizada.
Samael escreveu: Eu não disse que o "mercado" não forma bons artistas, eu disse que ele tende a formar uma cultura mais acessível a venda.
Samael escreveu: Você sabe muito bem que se eu estivesse desdenhando dos empreendimentos individuais e "alternativos" como forma de cultura, eu estaria negando basicamente TODA a minha cultura, que você bem conhece.
Procedure escreveu:Abmael escreveu:- Isso não existe.
Não existe? Então como você decide se determinada obra é arte ou não é? Se fez a afirmação de que fezes em frasco não é arte, bem, então deve ter se guiado por algum critério para chegar a essa conclusão. Pois bem, apresente-os.
Procedure escreveu:Abmael escreveu:- Só alguém que não entende absolutamente nada de arte esperaria algo assim.
Tsc tsc, isso vindo de alguém que fala com total desprezo a respeito da arte escatológica, afirmando que ela não passa de merda.
Só um total alienado inclulto que não entende absolutamente nada de arte pode dizer tamanha besteira.
Abmael escreveu:- Lamento decepcioná-lo mas no campo das artes os critérios são, por definição, subjetivos, não adiantaria elencá-los aqui pois você iria desmentí-los através de lógica formal, e tal não se aplica, ou pelo menos não deveria se aplicar.
Abmael escreveu:- Não concordo, é necessário alguma educação para julgar isto.Procedure escreveu:É tão difícil assim reconhecer que isso depende do julgamento de cada pessoa?
Abmael escreveu:- Seu ponto é que já que não existe um critério objetivo para se definir arte então qualquer merda é arte?
Procedure escreveu:Abmael escreveu:- Lamento decepcioná-lo mas no campo das artes os critérios são, por definição, subjetivos, não adiantaria elencá-los aqui pois você iria desmentí-los através de lógica formal, e tal não se aplica, ou pelo menos não deveria se aplicar.
Então você retira o que disse antes?Abmael escreveu:Procedure escreveu:É tão difícil assim reconhecer que isso depende do julgamento de cada pessoa?
- Não concordo, é necessário alguma educação para julgar isto.
Procedure escreveu:Abmael escreveu:- Seu ponto é que já que não existe um critério objetivo para se definir arte então qualquer merda é arte?
Não, o meu ponto é que a qualidade de uma obra está nos olhos ou ouvidos de quem a aprecia.
Procedure escreveu:E que, portanto, não faz o menor sentido afirmar que uma elite intelectual possa arbitrar sobre o que é boa arte/boa cultura e o que não é (e, em conseqüência, o que merece ser protegido/incentivado pelo estado). Só o que farão é apontar aquilo que é do seu gosto pessoal.
Fenrir escreveu:Gosto tambem de poesia Vogon:Oh freddled gruntbuggly,
Thy micturations are to me
As plurdled gabbleblotchits
On a lurgid bee.
Groop, I implore thee, my foonting turlingdromes
And hooptiously drangle me
With crinkly bindlewurdles,
Or I will rend thee in the gobberwarts with my blurglecruncheon,
Preciso desesperadamente de financiamento do miniestério da cultura!
RicardoVitor escreveu:Existe, na maioria dos pessoas aqui que defendem tal elitismo cultural, uma crença de que é possível se mudar/determinar o gosto das pessoas pela simples exposição prolongada ao que consideram "elevado". Como se, colocando o povão para ouvir Schubert todo santo dia, largariam o proibidão e o sambão para ouvir o que esses "iluminados" consideram superior. Gostos, necessidades, opiniões, são diferentes porque nós somos diferentes, e tentar mudar isso é tentar transformar a realidade. Nem todos valorizam a razão e são tão "iluminados" quanto vocês, so get over it.
Procedure escreveu:André escreveu:[...]
Você não entendeu nada do que eu disse. Isso que você escreveu não tem a menor relação com o assunto discutido.
Fernando Silva escreveu:As pessoas devem ter a chance de conhecer todo tipo de cultura. Se não gostarem, danem-se, mas não suporto gente que diz que música clássica é um monte de "firimfimfim" chato e interminável.
Ou que os Beatles faziam apenas uma melodia repetitiva com uma percussão tipo "tum tum tum tum".
Ou que o Pink Floyd e outros eram um bando de drogados fazendo barulhos estranhos.
Antes de criticar, primeiro conheçam.
O papel do Estado talvez seja dar a chance às pessoas de conhecerem, por exemplo, a música clássica, com concertos em público (que, aliás, fazem grande sucesso no Rio).
Abmael escreveu:- Não está, há vários casos de arte que foi condenada e que só passou a ser apreciada anos e anos depois da morte do artista.Procedure escreveu:Não, o meu ponto é que a qualidade de uma obra está nos olhos ou ouvidos de quem a aprecia.
Procedure escreveu:Olha, André, só o que eu quis dizer é que não existem critérios objetivos para determinar o que é arte e o que não é, pois o valor de uma obra é pessoal. Mas o valor científico de uma teoria ou de um projeto de pesquisa que visa encontrar soluções para erradicar uma doença não é nada pessoal. Usa-se um conjunto de critérios bem definidos e impessoais para determinar esse valor.
Apenas isso.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Nao me parece inadequado falar do caso do Brasil tendo em vista que somos brasileiros e discutimos a respeito das politicas do nosso pais.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Errado, o que separa a Franca do Brasil sao seculos de historia, uma historia muito mais antiga do que a concepcao de Estado mecenas.
user f.k.a. Cabeção escreveu:[color=#0080ff][b]Se na Franca de hoje, os investimentos estatais em cultura recebem retorno de varias camadas da populacao (o que e na verdade um mito, diga-se de passagem), e por conta dessa historia civilizacional. A populacao e de um certo modo mais educada e culta e se interessa mais por museus e orquestras, e os demanda. Nao foi o Estado ofertando museus e orquestras que gerou tal demanda.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Nao entendi absolutamente nada do que voce disse nesse trecho.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Por mais acessivel a venda entenda mais interessada em saber o que os consumidores querem consumir. Nao vejo porque isso seria ruim.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Entao eu acho que voce deveria avaliar o quanto da sua cultura foi desenvolvida e financiada pelo Estado e o quanto dela voce mesmo procurou se abastecer. Talvez a resposta esteja nessa busca interior.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Abmael,
Nao e porque a arte "transcende" a logica que a gestao de orcamentos publicos voltados para o financiamento da arte deva transceder tambem.
Procedure escreveu:Abmael escreveu:- Não está, há vários casos de arte que foi condenada e que só passou a ser apreciada anos e anos depois da morte do artista.Procedure escreveu:Não, o meu ponto é que a qualidade de uma obra está nos olhos ou ouvidos de quem a aprecia.
E daí? No que isso invalida a afirmação de que o valor artístico da obra é pessoal?