Bons motivos para votar na oposição

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Apo »

Tranca escreveu:História não é o forte da candidata petista. E nem geografia:

No palanque, num ambiente já bem desanimado, mandou ver:
“Aqui nesta praça, no dia 10 de abril de 1984, houve a grande manifestação das Diretas Já…”Pois é… Não foi no dia 10, mas no dia 18; não foi na Cinelândia, onde ela discursava, mas na Candelária…

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... u-paramil/


haha puta merda. História, Geografia e lucidez. Fora a memória dele ( Lula), que sempre dá um jeito de revisionar o que ele próprio disse minutos atrás ( ou anos, mas está bem registrado).
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Fernando Silva
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Fernando Silva »

Tranca escreveu:História não é o forte da candidata petista. E nem geografia:

No palanque, num ambiente já bem desanimado, mandou ver:
“Aqui nesta praça, no dia 10 de abril de 1984, houve a grande manifestação das Diretas Já…”Pois é… Não foi no dia 10, mas no dia 18; não foi na Cinelândia, onde ela discursava, mas na Candelária…

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... u-paramil/

Sem falar no enorme engarrafamento num dia de semana provocado pelos ônibus alugados com nosso dinheiro que trouxeram milhares de manifestantes para fazer número (a maioria provavelmente nem sabia o que estava fazendo lá e só veio por causa do passeio e do lanche gratuito).
Ainda bem que choveu o dia inteiro e esvaziou a palhaçada.

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Tranca »

O que mais desanima em relação às oposições é a falta de um candidato de direita, que faça o confronto de idéias, que tome para si o cotraponto ante o governo e suas políticas.

Serra se apresenta como um candidato mais íntegro - até onde se sabe - e com melhor qualificação - o que é indubitável, mas no que toca a certas posturas afeitas à social democracia, pouco mudará.
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por salgueiro »

Não existe "oposição".
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Tranca »

salgueiro escreveu:Não existe "oposição".


Existe, mas não há confronto ideológico.
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por salgueiro »

Tranca escreveu:
salgueiro escreveu:Não existe "oposição".


Existe, mas não há confronto ideológico.


É a ideologia do velho e cansativo poder pelo poder.
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Tranca »

Não, a do que se pode fazer de outra forma para que tudo possa melhorar.

Não é só a briga pelo poder, mas do que se pode fazer quando se está no poder aplicando-se outras medidas.
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por joaomichelazzo »

Tranca escreveu:Não, a do que se pode fazer de outra forma para que tudo possa melhorar.

Não é só a briga pelo poder, mas do que se pode fazer quando se está no poder aplicando-se outras medidas.


Que outras formas de melhorar?
O PSDB quando foi governo fez tudo o que os outros fizeram.
Porém tinham o apoio da imprensa.

A única coisa que o PSDB fez enquanto poder foi manter a política econômica criada no Governo Itamar Franco.
“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar” (Carl Sagan)

"Há males que vem pra fuder com tudo mesmo"

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Tranca »

joaomichelazzo escreveu:
Tranca escreveu:Não, a do que se pode fazer de outra forma para que tudo possa melhorar.

Não é só a briga pelo poder, mas do que se pode fazer quando se está no poder aplicando-se outras medidas.


Que outras formas de melhorar?
O PSDB quando foi governo fez tudo o que os outros fizeram.
Porém tinham o apoio da imprensa.

A única coisa que o PSDB fez enquanto poder foi manter a política econômica criada no Governo Itamar Franco.


Se prestar atenção, não estava falando do PSDB, mas sim da falta de um candidato de direita, coisa que o candidato do PSDB não é.
Palavras de um visionário:

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por salgueiro »

Melhorias. Sei em prol de quem são as "melhorias". :emoticon4:
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Johnny »

salgueiro escreveu:Melhorias. Sei em prol de quem são as "melhorias". :emoticon4:

Em prol dos não otários. A Sal anda maix experta ultimamente...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Judas
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Judas »

salgueiro escreveu:Melhorias. Sei em prol de quem são as "melhorias". :emoticon4:


As melhorias são em prol deles mesmos, e as vezes os efeitos colaterais de barganhas , obras super-faturadas, falcatruas, são algumas melhorias para o país. Mas a intenção inicial sempre é se manter no poder causando danos a médio e longo prazo em benefício próprio. Depois do mandato, já estão com a vida feita e podem se quiserem, até deixar o país, para que se exploda e não sejam atingidos por destroços.
Quando vejo um religioso protestando, irritado, exigindo respeito às suas crenças idiotas, penso logo...BOM SINAL! Sinal de que alguém esta fazendo alguma coisa certa.

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salgueiro
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por salgueiro »

Johnny escreveu:
salgueiro escreveu:Melhorias. Sei em prol de quem são as "melhorias". :emoticon4:

Em prol dos não otários. A Sal anda maix experta ultimamente...


Johnny não sofro de "partidarismo" algum, viseira ideilógica ou qualquer meleca do gënero. A única coisa que gostaria de ver posta em prática é algo chamado honestidade. e já cheguei a conclusão que é quimera no estágio atual desse país.
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Apo »

Pensei que o Brasil era motivo de orgulho e o PT era por si só, solução para tudo! Mas não, é só uma oposição raivosa a um governo passado e que não tem a menor chance de voltar.
Por que de repente tá todo mundo expondo que vota por exclusão? OHHHHH....agora os trens de pouso se recolhem magicamente.
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Apo »

Johnny escreveu:
salgueiro escreveu:Melhorias. Sei em prol de quem são as "melhorias". :emoticon4:

Em prol dos não otários. A Sal anda maix experta ultimamente...


Inclusive os petistas, que são mais otários ainda. Tá certo. Por que continuam obcecados por mais um governo que faz todo Brasil de otário? O "quadrado" deve estar quentinho. Otários são os outros....
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Fernando Silva
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Fernando Silva »

Retornamos aos níveis de 1978. Será o começo da decadência?

http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 346309.asp
Brasil perde US$ 27 bi por exportar menos manufaturas


BRASÍLIA - O novo perfil da pauta de exportações brasileira pode custar caro ao país a partir deste ano, mostra reportagem de Vivian Oswald e Martha Beck, publicada na edição deste domingo do GLOBO. Estudo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), revela que o Brasil deve deixar de ganhar este ano cerca de US$ 27 bilhões (aproximadamente R$ 48 bilhões) com a queda nas vendas ao exterior de produtos industrializados, que têm maior valor agregado e independem do vaivém das cotações, como é o caso das matérias-primas.

A fatura bilionária refere-se à diferença entre o que poderia ser exportado até o fim do ano (não fossem o real valorizado, as deficiências estruturais e o custo Brasil) e o que o país embarcou em 2008, um ano antes da crise internacional que atingiu em cheio o setor.

O valor seria suficiente para cobrir 56% do déficit em conta corrente (resultado das transações realizadas pelo país com o exterior) previsto pelo mercado para 2010, de US$ 48 bilhões. A queda do saldo comercial é um dos principais motivos para o rombo nas contas externas, deixando o país mais dependente de capitais de curto prazo.

A participação dos manufaturados vem sofrendo queda progressiva na pauta de exportações brasileira. Em 2000, bens industrializados eram 58,91% de tudo o que se enviava ao exterior, contra 22,79% de produtos básicos. Em 2010, até junho, os produtos de maior valor agregado foram 40,52% do total, contra 43,38% dos básicos.

A última vez que o Brasil exportou mais produtos básicos do que manufaturados foi em 1978. À época, a participação das commodities (matérias-primas, como minério de ferro, soja etc.) na pauta era de 47,2%, contra 40,2% dos manufaturados.

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Fernando Silva »

E Dilma continua acusando FHC por tudo de errado que há no país.
E diz que Lula teve que enfrentar a "inflação descontrolada" deixada pelo governo anterior.

Também se esquecem de que foi FHC quem renegociou a dívida externa deixada por Sarney, tornando-a de longo prazo e a juros baixos, permitindo ao país se livrar dos constantes empréstimos do FMI.

O problema é que o povinho sem memória acredita...

http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes20 ... 362233.asp
No 'JN', petista responsabiliza antecessor por crescimento inferior ao de outros países

RIO - Em entrevista nesta segunda-feira ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, acusou o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, antecessor de Luiz Inácio Lula da Silva, pelo baixo crescimento do país quando confrontado com algumas nações da América Latina e com as que integram o chamado Brics (Rússia, Índia e China, além do Brasil):

Noblat: íntregra da entrevista já está no Youtube
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/#314913


- Eu acredito que tivemos um processo muito mais duro no Brasil, com a crise da dívida e com o governo que nos antecedeu - afirmou Dilma. - Uruguai e Bolívia são países que, sem nenhum menosprezo, são do tamanho de alguns estados menores que o Brasil. O Brasil é um país de 190 milhões de habitantes. Tivemos um processo muito duro, quando chegamos ao governo, a inflação estava fora de controle, tínhamos uma dívida com o FMI. Tivemos de fazer um esforço muito grande para colocar as finanças no lugar e depois, com estabilidade, crescer. Estamos entre os países que mais crescem no mundo. Sem fazer comparações, criamos quase 1,7 milhão de empregos - disse Dilma, que suava muito durante a entrevista, mas, diferentemente do que ocorreu com o debate na Rede Bandeirantes, respondeu as perguntas com fluência, mostrando que estava bem treinada.

Mesmo assim, Dilma cometeu uma gafe ao responder a uma pergunta sobre saneamento, quando se referiu à Baixada Santista como sendo Rio. Em seguida, emendou: a Baixada Fluminense, no Rio.

Quando foi confrontada com os indicadores ainda modestos sobre o saneamento no país, Dilma argumentou que muitas obras estão em andamento e que os resultados ainda vão aparecer na pesquisa de 2010:

- O Brasil investia menos de R$ 300 milhões no país inteiro. Hoje, aqui no Rio, numa favela, a Rocinha, nós investimos mais de R$ 270 milhões.


Esta última frase é altamente duvidosa.

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Johnny »

Que nada. Veja quanto se consome em drogas e terá até mais que isso.
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Tranca »

Dilma tem no olhar o mesmo brilho que os loucos possuem.

E mente descaradamente. Disse, entre outras mentiras, nesta entrevista no Jornal Nacional, que foi o governo Lula quem trouxe a estabilidade econômica ao país e insistiu que os números referentes ao saneamento básico são maiores que os parcos apresentados até agora no governo Lula, embora ela nem mesmo os soubesse.

Fica claro que, assumindo ela responsabilidade pelo saneamento básico e tendo o governo avançado tão pouco nisso, não passa a candidata de uma grande incompetente guindada a candidata a mãe do povo por um governo populista.
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Fernando Silva »

Tranca escreveu:Fica claro que, assumindo ela responsabilidade pelo saneamento básico e tendo o governo avançado tão pouco nisso, não passa a candidata de uma grande incompetente guindada a candidata a mãe do povo por um governo populista.

Foi a única imagem que conseguiram criar para ela, uma coisa assim meio vaga, já que ela não é nada e não significa nada.

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Tranca »

O engraçado foi ela querer explicar a fama de grossa que tem.
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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Fernando Silva »

Fernando Silva escreveu:
- O Brasil investia menos de R$ 300 milhões no país inteiro. Hoje, aqui no Rio, numa favela, a Rocinha, nós investimos mais de R$ 270 milhões.


Esta última frase é altamente duvidosa.

Verifiquei: é mentira. O investimento foi de apenas 80 milhões.

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Fernando Silva »

Quando a coisa é boa, o mérito foi só do Lula. Quando a coisa é ruim, a culpa é da herança maldita de FHC.

"O Globo" 11/08/10
País cresce menos que vizinhos com Lula
Economistas contestam Dilma, que culpou FH por avanço menor. Para Arminio, crise de 2002 foi causada por medo do PT
Henrique Gomes Batista

A afirmação da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, sobre o crescimento econômico brasileiro nos últimos anos é contestada por economistas.

Os especialistas discordam de Dilma, que, em entrevista na segunda-feira ao “Jornal Nacional”, da Rede Globo, culpou o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pelas baixas taxas de crescimento nos já quase oito anos de governo Lula. Questionada sobre o avanço menor do Brasil em relação a nações vizinhas, Dilma disse que o atual governo teve de fazer um grande esforço para controlar as finanças, principalmente por causa da dívida pública externa elevada e a inflação sem controle.

Entre 2003 e 2009, primeiros sete anos do governo Lula, a expansão da economia brasileira, segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal, órgão da ONU) foi de 27,16%, bem abaixo dos 65,56% do Panamá, 65,05% da Argentina, 51,54% do Peru e 44,98% da Venezuela. O país, pela lista da Cepal, só avançou mais que Paraguai (26%), Nicarágua (23%), El Salvador (16%) e México (12%).

China e Índia, países que compõem o grupo dos Brics, também crescem, sistematicamente, mais que o Brasil. Em 2009, enquanto a economia brasileira se retraiu 0,2%, a China registrava expansão de 8,7%, e a Índia de 6,1%.

Arminio Fraga, presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e atualmente na gestora de recursos Gávea Investimentos, afirma que a crise de 2002 — que gerou um repique inflacionário por uma forte valorização do dólar — não foi causada pelo governo que estava no fim do poder.

— A crise em 2002 foi baseada no medo do que viria a partir de 2003, medo do projeto do PT, dos documentos do PT, do que diziam os petistas.
A crise começou a acalmar quando o próprio presidente Lula disse que não faria nada daquilo, e a situação voltou aos eixos com Lula já no governo, ao nomear brilhantemente Antonio Palocci e Henrique Meirelles para a Fazenda e para o Banco Central — disse.

Por causa dessa crise, a inflação, que em 2001 foi de 7%, segundo o IPCA (índice oficial), chegou a 12,53% em 2002. No “JN”, Dilma se referiu a este período, ao afirmar que o governo Lula encontrou a inflação fora de controle.

Já a dívida externa, outro dado citado por Dilma, somava US$ 210,7 bilhões no fim de 2002, e caiu a US$ 198,2 bilhões em 2009, recuo de apenas 6%. A diferença é que, naquela época, o país acumulava reservas de US$ 37,8 bilhões, e este colchão contra crises externas atingiu US$ 238,5 bilhões no ano passado.

Segundo pesquisa do professor Reinaldo Gonçalves, da UFRJ, no governo Lula, o crescimento do país se intensificou: a média anual até 2009 foi de 3,55%, contra variação de 2,29% nos oito anos de seu antecessor.

Alguns economistas, no entanto, além de não enxergarem grandes diferenças econômicas entre os dois governos, afirmam que há algumas “vantagens” no baixo crescimento, em parte limitado por estabilidade econômica e controle da inflação.

Langoni: FH plantou, e Lula está colhendo Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV) e ex-presidente do Banco Central, enxerga o Brasil em outro ciclo econômico, que teve origens no governo anterior:

— O governo de Fernando Henrique plantou, e o período de Lula foi de colheita, mas também com alguns acertos que melhoraram o momento — disse, lembrando que a fase de expansão sustentada do país começou em 2004, após o governo Lula ter mostrado seriedade ao mercado financeiro e resolvido a vulnerabilidade externa, com aumento de forma consistente das reservas internacionais.

Para Langoni, este novo ciclo combina crescimento sustentável, com inflação controlada e baixa vulnerabilidade externa.

Em sua opinião, porém, o Brasil chegou no bom momento depois de outros emergentes.

— Não podemos comparar nosso momento com ciclos longos de crescimento, como o da China ou Índia. Mesmo na região, Chile e Peru chegaram antes que nós — disse.

Para ele, o país está reunindo agora condições para crescer de forma sustentada e, se fizer ajustes, poderá aumentar o potencial de crescimento dos atuais 4,5% para 6,5%, aproximando-se de patamares indianos: — O desafio do próximo presidente será intensificar a trajetória de crescimento e, para isso, é necessário aumentar investimentos, a poupança interna e a produtividade do Brasil. Há alguns setores da iniciativa privada altamente competitivos, mas o setor público ainda é muito ineficiente.

Com algumas exceções, é obsoleto e burocrático.

Para Arminio Fraga, faltam investimentos Para Arminio Fraga, a solução para intensificar o crescimento do país é conhecida: — O problema é a falta de investimentos, tanto em capital físico como em educação.

A especialista em economia internacional da FGV Lia Valls minimiza a comparação do Brasil com outras nações: — O Brasil tem uma economia mais diversificada que alguns vizinhos.

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Fernando Silva »

"O Globo" 11/08/10
Em nome dos fatos

Inflação fora de controle quem enfrentou foi o Plano Real. O acumulado em 12 meses estava em 5.000% em julho de 1994. Quando a inflação subiu em 2002, no último ano do governo Fernando Henrique, pela incerteza eleitoral criada pelo velho discurso radical do PT, ficou em 12%. Ela foi reduzida pelo instrumental que o PT havia renegado. Isso é a História. O resto é propaganda e manipulação.

O PT e o governo Lula têm dito que receberam o país com descontrole inflacionário e a candidata Dilma Rousseff repetiu isso na entrevista do Jornal Nacional. O interesse é mexer com o imaginário popular que lembra do tormento da inflação. A grande vitória contra a inflação foi conquistada no governo Itamar Franco, no plano elaborado pelo então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, como todos sabem. Nos primeiros anos do governo FH houve várias crises decorrentes, em parte, do sucesso no combate à inflação, como a crise bancária. Foi necessário enfrentar todas essas ondas para garantir a estabilização.

Nada daquela luta foi fácil. A inflação havia derrotado outros cinco planos, e feito o país perder duas décadas.

Todos sabem disso. Se por acaso a candidata Dilma Rousseff andava distraída nesta época, o seu principal assessor Antonio Palocci sabe muito bem o que foi que houve. Ele ajudou a convencer os integrantes do partido a ter uma atitude mais madura e séria no combate à inflação. O PT votou contra o Plano Real e fez oposição a cada medida necessária para consolidar a nova ordem. As ideias que o partido tinha sobre como derrotar a alta dos preços eram rudimentares.

Em 2002, a inflação subiu principalmente nos dois últimos meses, após a eleição.

A taxa, que havia ficado abaixo de 6% em 2000, subiu um pouco em 2001 e ficou quase todo o ano de 2002 em torno de 7%. Em outubro daquele ano, o acumulado em 12 meses foi para 8,5%. Em novembro, com Lula eleito, subiu para 10,9% e em dezembro fechou em 12,5%. É tão falso culpar o governo Fernando Henrique por aquela alta da inflação — de 12,5% repita-se, e não os 5.000% que ele enfrentou — quanto culpar o governo Lula pela queda do PIB do ano passado, que foi provocada pela crise internacional.

Recentemente, conversei com um integrante do governo Lula que, longe dos holofotes e da campanha, admitiu que essa aceleração final foi decorrente do fato de que a maioria dos empresários não acreditava que o governo Lula fosse pagar o preço de manter a estabilização.

Esse foi o mérito do PT. Foi ter contrariado seu próprio discurso, abandonado suas próprias propostas, por ter percebido o valor da estabilização. Esse esforço foi liderado por Palocci e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. A inflação entraria numa rota de descontrole que poderia até ter destruído o esforço feito durante os oito anos anteriores se o governo Lula tivesse persistido nas suas propostas. A História foi essa e não a que a candidata Dilma Rousseff apresentou.

No caso da dívida, também a versão apresentada em palanque é diferente dos fatos. Por medo do governo Lula houve fuga de capitais e dificuldade de renovação de empréstimos a empresas brasileiras. Na negociação com o FMI, o Brasil acertou um empréstimo em que quase todas as parcelas seriam liberadas no governo Lula. Era para garantir um começo mais fácil para a nova administração. A conquista da confiança na condução econômica pela dupla Palocci-Meirelles fez com que a maior parte do dinheiro do Fundo nem fosse sacada porque os financiamentos voltaram. No final de 2008, houve de novo uma drástica suspensão do crédito externo para empresas brasileiras, mas não se pode culpar o governo Lula por isso. Como se sabe, foi a crise bancária americana e europeia. Com alguns números se pode construir versões fantasiosas, ou se ter a coragem de dizer a verdade, mesmo em época eleitoral, para não negar o mérito do passado, e mostrar o que se avançou.

Há virtudes na política econômica do começo do governo Lula. Nos últimos tempos há muitos defeitos também. Mas o importante agora é constatar que não é verdade que o país tenha crescido abaixo da média dos outros durante o governo Lula por culpa do governo anterior. O Brasil cresceu 1% em 2003. Depois cresceu forte em 2004. Nos anos de 2005 e 2006 o PIB variou 3,16% e 3,9% e o mundo crescia bem mais.

Não é possível responsabilizar o governo anterior por isso, evidentemente. Depois de crescer 6% e 5% em 2007 e 2008, o Brasil teve uma pequena queda do PIB, de 0,19%, no ano passado, por causa da crise externa e não de qualquer erro do governo Lula. Um número melhor do que o da Rússia, e abaixo dos outros Brics.

Enfim, a História é o que a História é. Essas distorções da realidade de época de campanha são tentativa de manipulação da opinião pública. Ofendem a memória e a inteligência das pessoas.

Seria preferível que a candidata governista falasse da boa notícia de que em 2010 o país cresce forte, com inflação baixa, e criando emprego. E não que menosprezasse as vitórias de países menores ou que falsificasse tão grosseiramente os fatos recentes da História do Brasil.

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Re: Bons motivos para votar na oposição

Mensagem por Tranca »

08/08/2010, às 15:08 \ Direto ao Ponto
Eles querem revisitar o passado? Ótima ideia

Entre uma lágrima e outra pela perda iminente do empregão, o presidente Lula resolveu queixar-se do Senado que, sob o comando do amigo de infância José Sarney, vêm há anos consumando, com zelo de vassalo interesseiro, todos os serviços sujos encomendados pelo Planalto. E continua criticando obsessivamente Fernando Henrique Cardoso. Dilma Rousseff, entre uma frase sem final e outra sem começo, tenta dizer que oposição “quer baixar o nível da campanha”. E desafia José Serra a discutir o passado.

O que espera a oposição para aproveitar essas bolas levantadas pela dupla e partir para a goleada? A viagem pelo tempo poderia começar em 1969. O Brasil saberia que Dilma Rousseff jamais renegou a opção pelo stalinismo farofeiro feita na juventude, trocou o PDT de Leonel Brizola (que a qualificou de “traidora”) pelo PT para continuar no secretariado gaúcho e — fora o resto — não tem uma única foto que a mostre numa das incontáveis manifestações em defesa da democracia. Só aquela em que se fantasiou e Norma Bengell.

E o que espera Serra para uma esclarecedora mirada no retrovisor? Tanto Lula quanto Dilma precisam ser urgentemente confrontados com os incontáveis momentos vergonhosos que escurecem a trajetória do PT. Foram resumidos no post publicado em novembro de 2009 sob o título Anotações para uma Reedição da História Universal da Infâmia.

Em novembro de 1984, por não enxergar diferenças entre Paulo Maluf e Tancredo Neves, o Partido dos Trabalhadores optou pela abstenção no Colégio Eleitoral que escolheria o primeiro presidente civil depois do ciclo dos generais. Em janeiro de 1985, por entenderem que não se tratava de um confronto entre iguais, três parlamentares do PT ─ Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes ─ votaram em Tancredo. Foram expulsos pela direção.

Em 1988, num discurso em Aracaju, o deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva qualificou o presidente José Sarney de “o grande ladrão da Nova República”. No mesmo ano, a bancada do PT na Constituinte recusou-se a assinar o texto da nova Constituição. Lula e Sarney hoje são bons companheiros e cúmplices em manobras políticas imorais ou ilegais.

Em 1989, derrotados no primeiro turno da eleição presidencial, Ulysses Guimarães, candidato do PMDB, e Mário Covas, do PSDB, declararam que ficariam ao lado de Lula na batalha final contra Fernando Collor. Rechaçado de imediato, o apoio acabou aceito por insistência dos parceiros repudiados. Num comício em frente do estádio do Pacaembu, Ulysses e Covas apareceram no palanque ao lado do candidato do PT. Foram vaiados pela plateia companheira.

Durante a campanha, o candidato à presidência do PT acusou o adversário Fernando Collor de “filhote da ditadura”. Depois do impeachment, qualificou-o mais de uma vez de “corrupto” mais de uma vez. Hoje Lula e Collor são comparsas. O ex-presidente disputa o governo de Alagoas com o apoio do atual, que em 1989 considerava “ignorante”, “cambalacheiro” e “incapaz de distinguir uma fatura de uma duplicata”.

Em 1993, a ex-prefeita Luiza Erundina, uma das fundadoras do partido, aceitou o convite do presidente Itamar Franco para assumir o comando de um ministério. Foi suspensa e acabou empurrada para fora do PT. Em 1994, ainda no governo de Itamar Franco, os parlamentares petistas lutaram com ferocidade para impedir a aprovação do Plano Real. No mesmo ano, transformaram a revogação da providencial mudança de rota na economia, que erradicou a praga da inflação, numa das bandeiras da campanha presidencial.

Entre o começo de janeiro de 1995 e o fim de dezembro de 2002, a bancada do PT votou contra todos os projetos, medidas e ideias encaminhados ao Legislativo pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Todos, sem exceção. Uma das propostas mais intensamente combatidas foi a que instituiu a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em janeiro de 1999, mal iniciado o segundo mandato de Fernando Henrique, o deputado Tarso Genro, em nome do PT, propôs a deposição do presidente reeleito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. O lançamento da campanha com o mote “Fora FHC!” foi justificado por acusações, desacompanhadas de provas, que Tarso enfeixou num artigo publicado pela Folha de S. Paulo. Trecho: Hoje, acrescento que o presidente está pessoalmente responsabilizado por amparar um grupo fora da lei, que controla as finanças do Estado e subordina o trabalho e o capital do país ao enriquecimento ilegítimo de uns poucos. Alguns bancos lucraram em janeiro (evidentemente, por ter informações privilegiadas) US$ 1,3 bilhão, valor que não lucraram em todo o ano passado!

O que diriam Tarso, Lula e o resto da companheirada se tal acusação, perfeitamente aplicável ao atual chefe de governo, fosse subscrita por alguém do PSDB, do DEM ou do PPS? Coisa de traidor da pátria, inimigo da nação, gente que aposta no quanto pior, melhor, estariam berrando todos. “Tem gente que torce pra que tudo dê errado”, retomaria Lula a ladainha desde janeiro de 2003. Desde a ressurreição da democracia brasileira, a ação do PT oposicionista foi permanentemente orientada por sentimentos menores, miúdos, mesquinhos. É compreensível que os Altos Companheiros acreditem que todos os políticos são movidos pelo mesmo combustível de baixíssima qualidade.

Depois da eleição de 2002, Fernando Henrique Cardoso impediu que a inflação fosse ressuscitada pelo medo decorrente da folha corrida do PT, comandou a primeira transição civilizada da história republicana e entregou a casa em ordem. Para manter a política econômica fixada pelo governo anterior, Lula entregou a direção do Banco Central a Henrique Meirelles, eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás. Assim que tomou posse, o sucessor começou a recitar a falácia da “herança maldita.

Desfigurado pela metamorfose nauseante, o chefe de governo não teria sossego se o intratável chefe da oposição ainda existisse. O condutor do rebanho não tem semelhanças com o Lula do século passado, mas continua ouvindo os balidos aprovadores do rebanho companheiro. O caçador de gatunos hoje é padroeiro da quadrilha federal. O parlamentar que recusou a conciliação proposta por Tancredo é o presidente que se reconcilia com qualquer abjeção desfrutável. O moralizador da República presidiu e abafou o escândalo incomparável do mensalão.

Mas não admite sequer criticas formuladas sem aspereza pelo antecessor que atacava com virulência. É inveja, grita Lula. O espelho reflete o contrário. Nenhum homem culto prefere ser ignorante, nenhum homem educado sonha com a grosseria, gente honrada não quer conversa com delinquentes.

Lula jamais esquecerá que foi derrotado por FHC duas vezes, ambas no primeiro turno. E sabe que o vencedor nunca inveja o vencido.

Augusto Nunes
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-n ... ima-ideia/
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

Roberto Campos

Trancado