André escreveu:Para mim tb é igualmente contraditório a disputa entre o direito da gestante sobre seu aparelho reprodutivo e o direitos do feto.
Por lidar com a questão subjetiva de se o feto é ou não vivo, tem ou não direitos.
Nós também não podemos vender nossos órgãos, mesmo que eles sejam nossos, isso para evitar um comércio em cima disso que seria prejudicial ao homem.
André escreveu:Agora eu tb levo em conta a prática e o que considero seria no melhor interesse das mulheres, pois para mim fechar clinicas clandestinas seria extremamente positivo.
Vc ignorou os estudos e todos aqueles argumentos que embasam os profissionais da área de saúde, depois de anos de pesquisa, para serem a favor da descriminalização.
Conheço vários profissionais de saúde com mais de 20 anos de experiência, e todos que conheço são favoráveis a descriminalização. Dizer que defendem um absurdo e não reconhecer que ambos os lados tem argumentos, para mim é puro maniqueísmo, " eu estou totalmente certo eles totalmente errados".
Para mim na questão não existe certo errado, existe pesar argumentos e decidir o que é menos pior, o que varia. Tenho amigos que são pela manutenção da criminalização, e não tenho o menor interesse em convence-los, somente protestaria se eles fizessem julgamentos de caráter e moralidade com base nisso. Coisa que feministas radicais e fundamentalistas religiosos fazem nos pólos do debate, e eu acho ridículo.
Clinicas de aborto, fecha-se com fiscalização e repressão severa, não com legalização.
Seria como liberar a venda de órgãos, com base no mercado ilegal do mesmo, dizendo que mesmo sendo proibido acontece e por isso, é melhor liberar.
Quanto a opinião dos profissionais da área, também conheço quem seja contra, são opiniões tão subjetivas quanto as de qualquer um.
O problema do aborto está unicamente ligado a questão de se o feto é ou não vivo e se ele tem ou não direito a vida, como um ser que se tornará consciente.
A subjetividade está nessa questão, do que dá direito e do que é ou não vivo.
Nesse ponto especifico, tanto os pró-vida, quanto os pró-aborto podem escolher um lado com base na subjetividade, do que consideram ou não vivo e do que consideram como tendo direito ou não.
É por isso que eu digo que, só nos extremos existe maior objetividade, é dar o direito a vida (seja ela qual for) ou nega-lo completamente.
Isso não é "maniqueísmo", pois aceita opiniões contrarias, só que reconhece onde está a subjetividade e aponta onde está o "maximo" de objetividade que podemos ter nesse assunto.