Fernando Silva escreveu:Valdisnnei escreveu:Quanto a saber o que é correto, não temos meios de saber senão tantando sintonizar o radio, comparando entre uma sintonia e outra e aprendendo por meio dos conflitos gerados com as pessoas em sintonias diferentes a nossa volta e pela comparação com elas.
Parece-me que 100 mil anos ou mais de história humana já deveriam ter sido suficientes para que alguma coisa de concreto tivesse sido captada.
Tudo o que temos são especulações.
Tudo o que temos hoje é fruto desse processo, inclusive todo o conhecimento científico, filosófico, artístico e religioso.
Vamos tateando e aprendendo com os erros, aprendendo ao comparar nossas próprias idéias, sentimentos e experiências ao longo da vida, bem como nos comparamos com os outros.
Comparamos os sonhos com o nosso agora, com outros estados, comparamos relacionamentos, sentimentos, etc... é a comparação entre uma coisa e outra que nos leva a "diferenciar" as coisas, mesmo que possamos nos equivocar nos julgamentos distorcidos que muitas vezes fazemos dessas comparações, com o tempo aprendemos e vamos "refinando" o processo, tanto o coletivo quanto o individual.
É assim, as duras penas, que vamos formando conhecimento.
Fernando Silva escreveu:Valdisnnei escreveu:O problema que você sugere não é diferente do problema do solipsismo.
Como você sabe que as pessoas a sua volta são reais?
Como sabe que a ciência funciona de verdade e não está apenas a sonhar que funciona, com um ser o iludindo o tempo todo e se passando por outras pessoas? Talvez um Deus o testando ou um diabo o fazendo correr em busca de ilusões enquanto te faz sofrer até mesmo voluntariamente?
Como você sabe que está acordado agora e não sonhando que entrou no Rev?
Não sabemos. Aceitamos como um axioma.
Os 3 axiomas básicos são: existência, identidade, consciência.
Não temos como demonstrá-los.
É uma escolha tentar dizer o que essas coisas são e como funcionam.
Ter a consciência como axioma não obriga ninguém a concluir e afirmar sem evidências que ela é fruto do corpo, e, ao mesmo tempo, acreditar tão profundamente nisso, que considera qualquer idéia contraria como sendo absurda, risível, maluca...
Uma coisa é nunca ter topado com indicações de que a consciência não depende do corpo, outra é achar que todo mundo tem que ser igual e que ninguém com sanidade mental pode ter se deparado com indicações disto.