salgueiro escreveu:Apo escreveu:salgueiro escreveu:É incompreensível associar a figura de um Deus justo a uma atitude dessa, Acauan, só pela tentativa de justificar um ato bárbaro.
Bjs
E o que eles iriam fazer? Desistir de deus e do que está no livro maravilhoso? Seria escolher entre a cruz e a espada.
Um pouquinho de racionalidade Apo seria o suficiente.
Como assim, sal? O que seria "um pouquinho de racionalidade"? A racionalidade é a apenas a complementação de nosso emocional. O que é racional para uns, foge totalmente à razão para outros. E os motivos e justificativas, então, nem se fala...
A prova disto é que os seguidores da DE acham aqueles experimentos dos anos 20 do século dezenove algo muito razoável.
Desisti do catolicismo quando me impuseram que fé tem que ser cega, caso alguém me pergunte se eu tiver que ter uma deficiência física qual não escolheria seria a cegueira.
Não me impuseram coisa alguma. Eu percebi que o cristianismo era estranho por si só. Assim como acreditar em deuses e, pior, num só e específico deus. Por aí, você vê que a racionalização encontra mais ou menos resistência e mais ou menos permissão para vir à tona. É a emocionalidade que faz o contraponto. Ou seja, se não for x, só pode ser y! Sair disto é que é racionalizar de verdade.
Aos 11 anos numa aula de português fizemos a experiência do telefone sem fio, aquela onde se conta uma pequena estória no pé do ouvido e ela vai sendo passada entre alguns alunos.[ quote]
Esta é apenas 1 entre várias formas que a criança tem de perceber como tudo que envolve comunicação é passível de manipulação. Ou por falhas da mente humana ou por má fé ( talvez por fé demais ).
Lembro de ter brincado de telefone sem fio na primeira série, quando eu já sabia em que aquilo ia dar. Isto porque meu amado irmão retorcia tudo o que eu dizia ou fazia a favor dele.
Depois era a vez de minha mãe contar pro meu pai ( tudo meio distorcido novamente). Então, meu pai vinha me perguntar se era verdade que tinha ocorrido tal coisa entre mim e meu irmão: uma estória totalmente diversa do que houve. Como meu irmão era sempre o pobrezinho porque eu era a mais velha e ele tinha disritmia (muito em moda naquela época

), sobrava pra cristã aqui.
Só uma palhinha pra mostrar de onde nasce o ceticismo.
Pois é, o resultado me deixou de cabelo em pé, a estorieta inicial em nada lembrava a final. Como alguém pode levar a Bíblia ao pé da letra sabendo que foi escrita a trocentos anos atrás e passou por zilhões de traduções além do que os evangelhos foram previamente "escolhidos".
Desculpa, mas assim como levam a sério um monte de estórias caquéticas de várias doutrinas, seitas e lendas, transmitidas ao longo das gerações por motivos variados.
Acredita quem quiser.
Eu penso assim: qual a necessidade que o ser humano tem de passar "receitas", respostas, lendas, impressões, tradições e adiante? Manter-se apegado a algum elo no passado? Encontrar-se neste elo? Ter a sensação de que antepassados sabiam de coisas que devemos respeitar porque algum tipo de sabedoria conservadora precisa ser respeitado ou nos perderemos em algum labirinto do presente que nos faça desestruturar a identidade do que somos como espécie? Por que esta necessidade de levar a sério o "telefone sem fio " da história? Curiosidades e lendas, assim como valores culturais passados deveriam ser vistos em perspectiva sempre, pois é nela que estão.
Além do mais, sabemos o tempo inteiro que o ser humano mente, inventa, se diverte, altera, experimenta e suborna. Por que se deixar envolver assim, justificar e ainda tentar convencer os demais? Ou punir os que pensam diferente?
Acho tudo muito maluco.