Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Apo escreveu:Não sei por que eu devo acreditar em espíritos e não no Diabo...
É só uma questão de gosto. E gosto não se discute, lamenta-se. Espíritos, pelo menos entre nós espíritas, falam e dão o ar da graça e nos apresentam provas do que são. Já o Diabo dá o ar da graça nas igrejas evangélicas, pois os evangélicos têm o péssimo hábito de viverem encapetados (ou encarpetados...).
Apo escreveu:Não sei por que eu devo acreditar em espíritos e não no Diabo...
É só uma questão de gosto. E gosto não se discute, lamenta-se. Espíritos, pelo menos entre nós espíritas, falam e dão o ar da graça e nos apresentam provas do que são. Já o Diabo dá o ar da graça nas igrejas evangélicas, pois os evangélicos têm o péssimo hábito de viverem encapetados (ou encarpetados...).
Eu não perguntei porque espíritas acreditam em espíritos ( que dizem eles, lhes falam ao pé do ouvido tsctsc) ou porque os evangélicos acreditam no Diabo.
Eu quero saber por que motivos racionais alguém opta por aceitar a existência de uma coisa e não de outra. Gosto pessoal ou as duas coisas existem e cada um usa a que mais serve as suas demandas?
Mais uma dúvida: por que não pode existir espírito e Capeta ao mesmo tempo? É só pensar um pouco, e a existência dos dois é plenamente racionalizada.
Apo escreveu:- Como é que ele resiste tão doutrinariamente à racionalidade dos argumentos só por causa do ele precisa acreditar? Por que a DE é tão importante a ponto de fazer as pessoas pagarem micos assim?
Porque ainda não me apresentaram argumentos racionais, madame.
Longe disto, Bot. Você é como todo religioso doutrinado: pode até demonstrar inteligência extraordinária em todos os demais aspectos da existência. Mas entrou na seara da doutrina e da fé, parece que desligam um chip e ligam outro. Na fé e na convicção religiosos, a razão é distorcida para validar todo e qualquer dogma. Tão distorcida é, que vocês sequer têm consciência disto. Os que acordam, se veem num ambiente totalmente novo e nunca mais conseguem voltar para aquela dimensão. A menos que sejam redoutrinados, obviamente. Nem sei que mecanismo mental é este que permite a doutrinação, mas parece acometer a uns mais do que a outros.
Você quer um argumento que invalide os absurdos que você apresenta para justificar teorias bisonhas. Ora, por mais que se mostre que são absurdas, nunca serão racionais dentro do contexto das razões criadas para fazer sentido para quem vê sentido nelas. Deve ser por que batem com algumas necessidades internas não solucionadas através do que vocês chamam de "vácuo". O tal vácuo é a vida real com suas ambiguidades e que vocês não suportam como parte do existir. Então, algum maluco inventa umas coisas, floreia, cria causas e efeitos e vocês endossam porque acham que "sim, agora faz sentido!".
Vamos ver se consigo deixar claro que argumentos racionais eu gostaria de ver caso existam:
1) A questão envolvendo as dores humanas e as injustiças da vida têm embaraçado os filósofos e confundido as religiões. Há pessoas, eu entre elas, que desejam saber de alguma coisa que dê sentido a esses problemas. Falou você em vácuo? Sim, entre o meu velho fiat pálio e nada, eu prefiro ficar com o meu velho carrinho, até porque está funcionando bem. Do pouco que conheço das outras religiões, pareceu-me que o produto por elas oferecido é de qualidade ainda inferior, ao menos para mim. Em nada me deixou satisfeito. Assim então eu queria saber de argumentos lógicos e racionais que deem sentido o problema das dores humanas e injustiças da vida no sentido moral da coisa.
2) Existe, como já tenho há muito falado, um vasto cabedal de experimentos mediúnicos levados a cabo por mais de 200 cientistas ao longo de 80 anos e que chegaram a resultados parecidos. Tendo em vista que pouquíssimos desses cientistas eram ou tinham simpatia pelo Espiritismo e que entre eles havia os que entraram de sola justamente para provar toda a fraudulência do Espiritismo, então eu queria que me dessem explicações lógicas e racionais que explicasse a participação desses cientistas a favor desse gigantesco embuste, pois até agora nunca me apresentaram um único motivo plausível para tanto. Certo, eu compreendo que um biólogo, geólogo, químico, físico ou outro cientista qualquer, fortemente fanatizado por alguma fé cristã, interprete de maneira equivocada as evidências científicas existentes para enquadrá-las no que diz o texto bíblico. Mas este não era o caso dos mais de 200 cientistas que citei, até porque como eu disse só uns poucos eram espíritas. E como já disse, um grande bam-bam-bam cético ter de mentir para defender a fé cética em vez de desmontar o experimento feito pelo Crookes fortalece ainda mais a minha convicção de que aqueles cientistas não deveriam estar tão errados quanto a comunidade cética proclama.
Dá pra começar?
Editado pela última vez por Botanico em 19 Fev 2010, 06:34, em um total de 1 vez.
Apo escreveu:Não sei por que eu devo acreditar em espíritos e não no Diabo...
É só uma questão de gosto. E gosto não se discute, lamenta-se. Espíritos, pelo menos entre nós espíritas, falam e dão o ar da graça e nos apresentam provas do que são. Já o Diabo dá o ar da graça nas igrejas evangélicas, pois os evangélicos têm o péssimo hábito de viverem encapetados (ou encarpetados...).
Eu não perguntei porque espíritas acreditam em espíritos ( que dizem eles, lhes falam ao pé do ouvido tsctsc) ou porque os evangélicos acreditam no Diabo.
Eu quero saber por que motivos racionais alguém opta por aceitar a existência de uma coisa e não de outra. Gosto pessoal ou as duas coisas existem e cada um usa a que mais serve as suas demandas?
Mais uma dúvida: por que não pode existir espírito e Capeta ao mesmo tempo? É só pensar um pouco, e a existência dos dois é plenamente racionalizada.
Bem, no meu caso espírita, a razão de se aceitar os espíritos e não o Demo é como está no LE. Os espíritos foram criados na condição zero, simples e ignorantes, chamados então de PRINCÍPIO INTELIGENTE e, pela experimentação com a matéria, foram aos poucos acumulando experiências, primeiro em animais mais simples, depois em outros mais complexos, primeiro em mundos inferiores e depois em mundos superiores até que finalmente adquiriram consciência de sua existência e aí se tornaram ESPÍRITOS. Agora retornam a mundos inferiores e continuam o processo evolutivo, mas encarnando-se exclusivamente em humanos. Concluído o processo evolutivo, o espírito não mais reencarna e passa para a condição definitiva de espírito puro.
No meio desse processo, há os que permanecem em condição de maldade e nesses casos não valeriam mais do que aqueles chamados de diabos ou demônios. Contudo sua condição não é permanente, prosseguindo no processo evolutivo, libertam-se dessa condição. Assim o futuro pertence a todos. Os que perderam mais tempo fazendo besteiras e sofrendo por conta delas, só podem se queixar de si mesmos. Se quiser então discorrer todo o seu raciocínio para mostrar o quanto tal proposição é ilógica, fique à vontade.
Agora quanto ao Diabo, este é uma entidade que a fé cristã nos oferece nesta condição: era um anjo da categoria querubin, perfeito, bonitão, muito bem trajado, ungido (?), etc e tal. Uma coisa fofa. Aí sabe-se lá porque cargas d'água resolveu virar Diabo, opor-se ao Divino e a querer mandar mais do que Ele. De bom ficou mau, virou a mesa e um terço dos outros anjos achou que ele tinha razão e aí viraram demônios...
Bem, quer saber porque motivos racionais optei pela primeira e não por essa segunda? Bem, lá no livro Céu e Inferno, do Karduco, são delineados os motivos. a) Se o tal Satanás e a sua trupe de demônios eram anjos de luz, eles eram perfeitos. Como, sendo perfeitos, puderam falir a ponto de desconhecer a autoridade do Divino e se rebelarem contra Ele? Se a perfeição deles fosse produto de um avanço progressivo, até se poderia conceber um triste retrocesso, mas não da forma como nos são apresentados, isto é: perfeitos de origem.
b) A crença de que o Diabo & Cia Bela eram anjos bons e perfeitos que deram para trás implica automaticamente na falência de Deus, pois este queria criar seres perfeitos, mas falhou em seu propósito. Assim então o Deus dos cristãos não é infalível (e lendo-se a Bíblia, parece que não é mesmo).
c) Se Satanás & Cia Bela ficaram soltos depois de sua falência, temos aqui outra imprudência Divina, pois já que deu tudo errado o melhor a fazer era jogar o dito-cujo e sua trupe num buraco negro qualquer e fim de papo. Mas aí o burraldo Deus dos cristãos cria um casal humano, mais burro que uma porta, pois não sabiam a diferença entre bem e mal, e olha só: deixa o Diabo solto por lá para fazê-los pecar contra Deus também. Nada disso faz sentido, mas é o ensinamento cristão.
d) Toda a bagunça armada acima depõe contra a onisciência divina, pois se esperaria que um Deus que soubesse todo o presente, passado e futuro tivesse a prudência de não fazer coisas cujo reparo seria impossível. A fé cristã não prevê reparo para o Demo & Cia Bela, nem para as almas por ele seduzidas. Está reservado para essa trupe o fogo eterno do Inferno. Teríamos aqui um Deus infinitamente vingativo e que não poderia ser ao mesmo tempo um Deus infinitamente bom.
Apo escreveu:Eu não perguntei porque espíritas acreditam em espíritos ( que dizem eles, lhes falam ao pé do ouvido tsctsc) ou porque os evangélicos acreditam no Diabo.
Eu quero saber por que motivos racionais alguém opta por aceitar a existência de uma coisa e não de outra. Gosto pessoal ou as duas coisas existem e cada um usa a que mais serve as suas demandas?
Mais uma dúvida: por que não pode existir espírito e Capeta ao mesmo tempo? É só pensar um pouco, e a existência dos dois é plenamente racionalizada.
Dona Apokalíptica e demais,
Por que o espiritismo é verdadeiro e as outras religiões não
As experiências acumuladas demonstram que o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos possibilita uma melhor visão global dos paradigmas corporativos. No entanto, não podemos esquecer que a constante divulgação das informações obstaculiza a apreciação da importância das regras de conduta normativas. Percebemos, cada vez mais, que a competitividade nas transações comerciais exige a precisão e a definição das novas proposições. Por outro lado, a estrutura atual da organização auxilia a preparação e a composição das diversas correntes de pensamento.
A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com o novo modelo estrutural aqui preconizado acarreta um processo de reformulação e modernização dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. A prática cotidiana prova que o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação cumpre um papel essencial na formulação do fluxo de informações. Por conseguinte, o acompanhamento das preferências de consumo maximiza as possibilidades por conta do investimento em reciclagem técnica. Do mesmo modo, a consolidação das estruturas estende o alcance e a importância das condições inegavelmente apropriadas.
Acima de tudo, é fundamental ressaltar que a consulta aos diversos militantes oferece uma interessante oportunidade para verificação dos índices pretendidos. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como o início da atividade geral de formação de atitudes deve passar por modificações independentemente de todos os recursos funcionais envolvidos. Evidentemente, o desafiador cenário globalizado afeta positivamente a correta previsão do sistema de participação geral. Não obstante, a expansão dos mercados mundiais aponta para a melhoria das condições financeiras e administrativas exigidas.
Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como a necessidade de renovação processual ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança do levantamento das variáveis envolvidas. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se o comprometimento entre as equipes talvez venha a ressaltar a relatividade dos métodos utilizados na avaliação de resultados. Podemos já vislumbrar o modo pelo qual a mobilidade dos capitais internacionais prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes de alternativas às soluções ortodoxas.
Gostaria de enfatizar que o entendimento das metas propostas apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção dos níveis de motivação departamental. Todavia, a crescente influência da mídia nos obriga à análise do processo de comunicação como um todo. A nível organizacional, o surgimento do comércio virtual agrega valor ao estabelecimento dos modos de operação convencionais. É claro que o fenômeno da Internet garante a contribuição de um grupo importante na determinação da gestão inovadora da qual fazemos parte.
Assim mesmo, a execução dos pontos do programa promove a alavancagem dos procedimentos normalmente adotados. No mundo atual, a contínua expansão de nossa atividade não pode mais se dissociar das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. Neste sentido, a hegemonia do ambiente político desafia a capacidade de equalização das direções preferenciais no sentido do progresso.
É importante questionar o quanto a revolução dos costumes é uma das consequências do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades. Desta maneira, a determinação clara de objetivos representa uma abertura para a melhoria do impacto na agilidade decisória. O empenho em analisar a complexidade dos estudos efetuados facilita a criação das formas de ação. O cuidado em identificar pontos críticos na valorização de fatores subjetivos estimula a padronização dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência.
O que temos que ter sempre em mente é que a percepção das dificuldades assume importantes posições no estabelecimento do orçamento setorial. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que a adoção de políticas descentralizadoras faz parte de um processo de gerenciamento das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições. Pensando mais a longo prazo, o consenso sobre a necessidade de qualificação causa impacto indireto na reavaliação do retorno esperado a longo prazo. Caros amigos, o julgamento imparcial das eventualidades pode nos levar a considerar a reestruturação do remanejamento dos quadros funcionais.
O que temos que ter sempre em mente é que a consolidação das estruturas pode nos levar a considerar a reestruturação das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. No mundo atual, o entendimento das metas propostas estimula a padronização das condições inegavelmente apropriadas. Percebemos, cada vez mais, que a mobilidade dos capitais internacionais deve passar por modificações independentemente dos modos de operação convencionais.
O cuidado em identificar pontos críticos na crescente influência da mídia prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes das diversas correntes de pensamento. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com o desafiador cenário globalizado agrega valor ao estabelecimento dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como o julgamento imparcial das eventualidades cumpre um papel essencial na formulação do orçamento setorial.
Não obstante, o fenômeno da Internet assume importantes posições no estabelecimento do investimento em reciclagem técnica. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos estende o alcance e a importância das regras de conduta normativas. Assim mesmo, a consulta aos diversos militantes maximiza as possibilidades por conta dos índices pretendidos.
É claro que o início da atividade geral de formação de atitudes possibilita uma melhor visão global dos níveis de motivação departamental. O empenho em analisar a constante divulgação das informações causa impacto indireto na reavaliação da gestão inovadora da qual fazemos parte. É importante questionar o quanto a competitividade nas transações comerciais acarreta um processo de reformulação e modernização das condições financeiras e administrativas exigidas. Evidentemente, a necessidade de renovação processual auxilia a preparação e a composição do levantamento das variáveis envolvidas.
Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se a estrutura atual da organização talvez venha a ressaltar a relatividade dos métodos utilizados na avaliação de resultados. Podemos já vislumbrar o modo pelo qual o novo modelo estrutural aqui preconizado oferece uma interessante oportunidade para verificação de alternativas às soluções ortodoxas. Gostaria de enfatizar que o comprometimento entre as equipes facilita a criação das novas proposições. Pensando mais a longo prazo, a expansão dos mercados mundiais nos obriga à análise dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. Todavia, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do retorno esperado a longo prazo.
Do mesmo modo, o consenso sobre a necessidade de qualificação garante a contribuição de um grupo importante na determinação do remanejamento dos quadros funcionais. As experiências acumuladas demonstram que a execução dos pontos do programa promove a alavancagem dos procedimentos normalmente adotados. Acima de tudo, é fundamental ressaltar que a contínua expansão de nossa atividade é uma das consequências dos paradigmas corporativos. Neste sentido, a hegemonia do ambiente político desafia a capacidade de equalização das direções preferenciais no sentido do progresso.
A prática cotidiana prova que o surgimento do comércio virtual afeta positivamente a correta previsão do sistema de participação geral. Desta maneira, a complexidade dos estudos efetuados aponta para a melhoria do impacto na agilidade decisória. A nível organizacional, o acompanhamento das preferências de consumo apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições. Caros amigos, a valorização de fatores subjetivos faz parte de um processo de gerenciamento do processo de comunicação como um todo.
No entanto, não podemos esquecer que a determinação clara de objetivos exige a precisão e a definição do fluxo de informações. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que a adoção de políticas descentralizadoras obstaculiza a apreciação da importância do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades. Por conseguinte, a revolução dos costumes ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança de todos os recursos funcionais envolvidos. Por outro lado, o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação representa uma abertura para a melhoria das formas de ação.
Evidentemente, o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação auxilia a preparação e a composição das condições financeiras e administrativas exigidas. A prática cotidiana prova que o entendimento das metas propostas maximiza as possibilidades por conta dos métodos utilizados na avaliação de resultados. Por outro lado, a mobilidade dos capitais internacionais apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção dos modos de operação convencionais.
O cuidado em identificar pontos críticos no desafiador cenário globalizado afeta positivamente a correta previsão de todos os recursos funcionais envolvidos. É importante questionar o quanto a crescente influência da mídia agrega valor ao estabelecimento do levantamento das variáveis envolvidas. A nível organizacional, a estrutura atual da organização cumpre um papel essencial na formulação do orçamento setorial. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que o fenômeno da Internet pode nos levar a considerar a reestruturação dos índices pretendidos.
Podemos já vislumbrar o modo pelo qual o acompanhamento das preferências de consumo facilita a criação das diversas correntes de pensamento. É claro que a execução dos pontos do programa nos obriga à análise do investimento em reciclagem técnica. No mundo atual, a consulta aos diversos militantes deve passar por modificações independentemente dos níveis de motivação departamental. O empenho em analisar a constante divulgação das informações causa impacto indireto na reavaliação do remanejamento dos quadros funcionais.
A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com o surgimento do comércio virtual acarreta um processo de reformulação e modernização das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. Caros amigos, a adoção de políticas descentralizadoras promove a alavancagem dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. As experiências acumuladas demonstram que o comprometimento entre as equipes exige a precisão e a definição das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições.
Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como o novo modelo estrutural aqui preconizado oferece uma interessante oportunidade para verificação do fluxo de informações. Gostaria de enfatizar que a determinação clara de objetivos talvez venha a ressaltar a relatividade das novas proposições. Do mesmo modo, o consenso sobre a necessidade de qualificação ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança do impacto na agilidade decisória.
Pensando mais a longo prazo, a hegemonia do ambiente político não pode mais se dissociar do retorno esperado a longo prazo. Todavia, o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos estende o alcance e a importância da gestão inovadora da qual fazemos parte. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se o início da atividade geral de formação de atitudes prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes de alternativas às soluções ortodoxas.
Acima de tudo, é fundamental ressaltar que a competitividade nas transações comerciais é uma das consequências dos paradigmas corporativos. Desta maneira, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades. Neste sentido, a contínua expansão de nossa atividade faz parte de um processo de gerenciamento do sistema de participação geral. O que temos que ter sempre em mente é que a complexidade dos estudos efetuados estimula a padronização dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. Não obstante, a revolução dos costumes aponta para a melhoria das condições inegavelmente apropriadas.
Assim mesmo, a valorização de fatores subjetivos garante a contribuição de um grupo importante na determinação do processo de comunicação como um todo. No entanto, não podemos esquecer que a consolidação das estruturas representa uma abertura para a melhoria dos procedimentos normalmente adotados. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como a necessidade de renovação processual obstaculiza a apreciação da importância das direções preferenciais no sentido do progresso. Por conseguinte, o julgamento imparcial das eventualidades desafia a capacidade de equalização das regras de conduta normativas.
Percebemos, cada vez mais, que a expansão dos mercados mundiais assume importantes posições no estabelecimento das formas de ação. Por outro lado, a valorização de fatores subjetivos auxilia a preparação e a composição de alternativas às soluções ortodoxas. A prática cotidiana prova que a revolução dos costumes promove a alavancagem dos métodos utilizados na avaliação de resultados. Todavia, a mobilidade dos capitais internacionais apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção do sistema de participação geral.
O cuidado em identificar pontos críticos na hegemonia do ambiente político exige a precisão e a definição dos modos de operação convencionais. Desta maneira, o fenômeno da Internet agrega valor ao estabelecimento do fluxo de informações. Acima de tudo, é fundamental ressaltar que a estrutura atual da organização causa impacto indireto na reavaliação do remanejamento dos quadros funcionais.
No entanto, não podemos esquecer que o início da atividade geral de formação de atitudes ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança do processo de comunicação como um todo. É importante questionar o quanto o julgamento imparcial das eventualidades facilita a criação das diversas correntes de pensamento. No mundo atual, a execução dos pontos do programa não pode mais se dissociar do investimento em reciclagem técnica. É claro que a consulta aos diversos militantes acarreta um processo de reformulação e modernização das direções preferenciais no sentido do progresso.
Por conseguinte, a expansão dos mercados mundiais nos obriga à análise do impacto na agilidade decisória. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que a consolidação das estruturas assume importantes posições no estabelecimento da gestão inovadora da qual fazemos parte. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como a adoção de políticas descentralizadoras afeta positivamente a correta previsão das formas de ação. As experiências acumuladas demonstram que o acompanhamento das preferências de consumo talvez venha a ressaltar a relatividade das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições.
Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como a determinação clara de objetivos pode nos levar a considerar a reestruturação do levantamento das variáveis envolvidas. Não obstante, a complexidade dos estudos efetuados deve passar por modificações independentemente dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. Do mesmo modo, a necessidade de renovação processual estende o alcance e a importância do orçamento setorial. Percebemos, cada vez mais, que o desafiador cenário globalizado faz parte de um processo de gerenciamento do retorno esperado a longo prazo.
Podemos já vislumbrar o modo pelo qual o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos aponta para a melhoria dos procedimentos normalmente adotados. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se o consenso sobre a necessidade de qualificação prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes das novas proposições. Caros amigos, o surgimento do comércio virtual é uma das consequências do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades.
A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global de todos os recursos funcionais envolvidos. A nível organizacional, o novo modelo estrutural aqui preconizado desafia a capacidade de equalização dos paradigmas corporativos. O que temos que ter sempre em mente é que a competitividade nas transações comerciais estimula a padronização dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. Gostaria de enfatizar que o entendimento das metas propostas garante a contribuição de um grupo importante na determinação das condições inegavelmente apropriadas.
Neste sentido, o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação oferece uma interessante oportunidade para verificação dos índices pretendidos. Assim mesmo, a crescente influência da mídia cumpre um papel essencial na formulação dos níveis de motivação departamental. Evidentemente, a constante divulgação das informações obstaculiza a apreciação da importância das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. O empenho em analisar o comprometimento entre as equipes representa uma abertura para a melhoria das regras de conduta normativas.
Pensando mais a longo prazo, a contínua expansão de nossa atividade maximiza as possibilidades por conta das condições financeiras e administrativas exigidas. Podemos já vislumbrar o modo pelo qual a valorização de fatores subjetivos cumpre um papel essencial na formulação dos níveis de motivação departamental. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se o comprometimento entre as equipes maximiza as possibilidades por conta dos métodos utilizados na avaliação de resultados. Por outro lado, o consenso sobre a necessidade de qualificação auxilia a preparação e a composição do sistema de participação geral. No entanto, não podemos esquecer que o surgimento do comércio virtual prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades.
Pensando mais a longo prazo, a execução dos pontos do programa não pode mais se dissociar do fluxo de informações. O cuidado em identificar pontos críticos na estrutura atual da organização causa impacto indireto na reavaliação do remanejamento dos quadros funcionais. O empenho em analisar o início da atividade geral de formação de atitudes deve passar por modificações independentemente das diversas correntes de pensamento.
É importante questionar o quanto a necessidade de renovação processual facilita a criação das condições inegavelmente apropriadas. Evidentemente, o fenômeno da Internet nos obriga à análise do investimento em reciclagem técnica. É claro que a consulta aos diversos militantes acarreta um processo de reformulação e modernização das direções preferenciais no sentido do progresso. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como a expansão dos mercados mundiais faz parte de um processo de gerenciamento de alternativas às soluções ortodoxas. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que a crescente influência da mídia assume importantes posições no estabelecimento da gestão inovadora da qual fazemos parte.
Por conseguinte, a adoção de políticas descentralizadoras afeta positivamente a correta previsão dos modos de operação convencionais. As experiências acumuladas demonstram que o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos talvez venha a ressaltar a relatividade das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições. Não obstante, a percepção das dificuldades agrega valor ao estabelecimento das regras de conduta normativas. A prática cotidiana prova que a complexidade dos estudos efetuados garante a contribuição de um grupo importante na determinação do impacto na agilidade decisória.
Do mesmo modo, o julgamento imparcial das eventualidades representa uma abertura para a melhoria do orçamento setorial. Percebemos, cada vez mais, que o acompanhamento das preferências de consumo é uma das consequências dos índices pretendidos. Gostaria de enfatizar que a consolidação das estruturas ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos procedimentos normalmente adotados. Neste sentido, o entendimento das metas propostas exige a precisão e a definição das novas proposições.
No mundo atual, a mobilidade dos capitais internacionais desafia a capacidade de equalização das condições financeiras e administrativas exigidas. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com a determinação clara de objetivos oferece uma interessante oportunidade para verificação de todos os recursos funcionais envolvidos. Caros amigos, o novo modelo estrutural aqui preconizado estende o alcance e a importância do processo de comunicação como um todo.
O que temos que ter sempre em mente é que o desafiador cenário globalizado possibilita uma melhor visão global dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. A nível organizacional, a hegemonia do ambiente político estimula a padronização dos paradigmas corporativos. Acima de tudo, é fundamental ressaltar que o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação promove a alavancagem do levantamento das variáveis envolvidas.
Todavia, a revolução dos costumes obstaculiza a apreciação da importância do retorno esperado a longo prazo. Assim mesmo, a constante divulgação das informações apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como a contínua expansão de nossa atividade pode nos levar a considerar a reestruturação das formas de ação. Desta maneira, a competitividade nas transações comerciais aponta para a melhoria dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência.
Podemos já vislumbrar o modo pelo qual a contínua expansão de nossa atividade cumpre um papel essencial na formulação das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que a mobilidade dos capitais internacionais acarreta um processo de reformulação e modernização dos paradigmas corporativos. Por outro lado, o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação facilita a criação do levantamento das variáveis envolvidas. Percebemos, cada vez mais, que o novo modelo estrutural aqui preconizado obstaculiza a apreciação da importância do retorno esperado a longo prazo. Pensando mais a longo prazo, a expansão dos mercados mundiais talvez venha a ressaltar a relatividade do investimento em reciclagem técnica.
No entanto, não podemos esquecer que a estrutura atual da organização causa impacto indireto na reavaliação do remanejamento dos quadros funcionais. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se a execução dos pontos do programa estende o alcance e a importância dos métodos utilizados na avaliação de resultados. Neste sentido, a necessidade de renovação processual auxilia a preparação e a composição de todos os recursos funcionais envolvidos.
Evidentemente, o consenso sobre a necessidade de qualificação promove a alavancagem do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades. É claro que o início da atividade geral de formação de atitudes garante a contribuição de um grupo importante na determinação das direções preferenciais no sentido do progresso. Do mesmo modo, a consulta aos diversos militantes nos obriga à análise dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. As experiências acumuladas demonstram que a crescente influência da mídia não pode mais se dissociar da gestão inovadora da qual fazemos parte. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com a consolidação das estruturas apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção dos modos de operação convencionais.
A nível organizacional, a determinação clara de objetivos representa uma abertura para a melhoria das diversas correntes de pensamento. Não obstante, a percepção das dificuldades agrega valor ao estabelecimento dos procedimentos normalmente adotados. O cuidado em identificar pontos críticos na complexidade dos estudos efetuados oferece uma interessante oportunidade para verificação do impacto na agilidade decisória. É importante questionar o quanto a competitividade nas transações comerciais maximiza as possibilidades por conta do orçamento setorial.
O empenho em analisar o desafiador cenário globalizado é uma das consequências dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. Desta maneira, a revolução dos costumes ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança das regras de conduta normativas. Por conseguinte, o entendimento das metas propostas exige a precisão e a definição das novas proposições.
No mundo atual, a hegemonia do ambiente político deve passar por modificações independentemente das condições financeiras e administrativas exigidas. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos desafia a capacidade de equalização das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições. Caros amigos, o surgimento do comércio virtual pode nos levar a considerar a reestruturação do processo de comunicação como um todo. Gostaria de enfatizar que o julgamento imparcial das eventualidades possibilita uma melhor visão global do fluxo de informações. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como a valorização de fatores subjetivos prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes das condições inegavelmente apropriadas.
Acima de tudo, é fundamental ressaltar que o comprometimento entre as equipes faz parte de um processo de gerenciamento do sistema de participação geral. Todavia, o fenômeno da Internet estimula a padronização dos níveis de motivação departamental. Assim mesmo, a constante divulgação das informações afeta positivamente a correta previsão dos índices pretendidos.
A prática cotidiana prova que a adoção de políticas descentralizadoras assume importantes posições no estabelecimento das formas de ação. O que temos que ter sempre em mente é que o acompanhamento das preferências de consumo aponta para a melhoria de alternativas às soluções ortodoxas. Podemos já vislumbrar o modo pelo qual o consenso sobre a necessidade de qualificação exige a precisão e a definição das regras de conduta normativas.
Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que a mobilidade dos capitais internacionais promove a alavancagem do sistema de participação geral. As experiências acumuladas demonstram que a necessidade de renovação processual apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção do levantamento das variáveis envolvidas. Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades nos obriga à análise do processo de comunicação como um todo. Percebemos, cada vez mais, que a expansão dos mercados mundiais talvez venha a ressaltar a relatividade dos modos de operação convencionais.
No entanto, não podemos esquecer que o acompanhamento das preferências de consumo causa impacto indireto na reavaliação do remanejamento dos quadros funcionais. Do mesmo modo, a adoção de políticas descentralizadoras estende o alcance e a importância das formas de ação. Neste sentido, a constante divulgação das informações auxilia a preparação e a composição dos métodos utilizados na avaliação de resultados. O cuidado em identificar pontos críticos na valorização de fatores subjetivos maximiza as possibilidades por conta do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades.
Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se a competitividade nas transações comerciais possibilita uma melhor visão global dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. A prática cotidiana prova que o desafiador cenário globalizado obstaculiza a apreciação da importância dos procedimentos normalmente adotados. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com a crescente influência da mídia não pode mais se dissociar dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. Por outro lado, a consolidação das estruturas prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes de todos os recursos funcionais envolvidos.
Gostaria de enfatizar que o julgamento imparcial das eventualidades ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança das diversas correntes de pensamento. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como o novo modelo estrutural aqui preconizado representa uma abertura para a melhoria das direções preferenciais no sentido do progresso. O que temos que ter sempre em mente é que a complexidade dos estudos efetuados facilita a criação do investimento em reciclagem técnica. É importante questionar o quanto a execução dos pontos do programa cumpre um papel essencial na formulação do orçamento setorial.
O empenho em analisar a determinação clara de objetivos estimula a padronização do impacto na agilidade decisória. Assim mesmo, a revolução dos costumes afeta positivamente a correta previsão das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. Acima de tudo, é fundamental ressaltar que o entendimento das metas propostas desafia a capacidade de equalização das novas proposições.
Continua...
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
Agora vou apresentar ao Ensejo o texto sobre o experimento de Crookes.
Uma vez que o Pedroca também está com dúvidas por eu ter falado de uma forma materializada dentro da biblioteca do Crookes, então vou colocar o capítulo 8 do texto:
PROCEEDINGS OF THE SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH VOLUME 54, PART 195, MARCH 1964 WILLIAM CROOKES E OS FENÔMENOS DE MEDIUNIDADE FÍSICA Por R. G. Medhurst e K. M. Goldney
Esse texto trata de como Crookes lidou com vários médiuns e o 8 é justamente o da Eva Fay. Em verde inclui comentários meus em relação ao texto de Massimo Polidoro. Também inclui as notas de rodapé junto ao texto, pois elas sempre repetiam os números e isso podia dar confusão.
8. Crookes e Sra Fay Sra Annie Eva Fay foi uma médium americana cuja especialidade supostamente era o movimento paranormal de objetos colocado à distância dela, enquanto ela própria era, ostensivamente, amarrada em sua cadeira. Ao passar por Londres, ela fez apresentações durante a maior parte de 1874 que, entretanto, anunciava-se serem de origem mediúnica {lembre-se que Polidoro disse que ela NÃO SE APRESENTOU como sendo médium!}. Isto foi proclamado como verdade por aqueles que anunciavam as apresentações1. Como disse James Burns (um ativista espiritualista e editor de The Medium and Daybreak) - The Medium and Daybreak, 12 de março de 1875, pág. 161. A autenticidade da mediunidade da Sra. Fay tem sido amplamente questionada — como de fato tem sido a probidade de todos os outros médiuns — mais particularmente porque ela permitiu que fosse anunciada e exibiu-se como uma atriz em seu serviço. Os fenômenos acontecem em suas sessões pré-organizadas com tal regularidade, que a muitos não deixa escapar a suspeita de que são uma série de truques, inescrutáveis para o público, mas passíveis de imitação por peritos.* Outros dizem ainda que podem se permitir serem eles mesmos amarrados e aí reproduzirem 'todos os seus truques’. No momento atual um apresentador que executou suas sessões em Hanover Square está agora imitando as manifestações dela, seguindo a reprodução do anúncio prévio e a exibição de um “fenômeno” nada espiritual imagem de uma jovem senhora amarrada! Vista de todos os ângulos, a autenticidade da mediunidade da Sra. Fay envolve um assunto muito importante. As razões das quais podem ser facilmente imaginadas pelo leitor e que deixa todas as dúvidas no assunto em suspenso é que experiências do Sr. Crookes foram bem sucedidas. * Os que estão habituados a investigar médiuns bem desenvolvidos, são favorecidos com uma quase certa regularidade de fenômenos. As objeções levantadas contra médiuns são frequentemente desnecessárias, e às vezes maliciossa. (Nota de rodapé de Burns.) A mediunidade da Sra Fay certamente estaria esquecida hoje se não fossem os testes notáveis de Crookes. Antes de discuti-los, será interessante considerar alguns dos eventos anteriores. Cartas inéditas de Frederick W. H. Myers, Sir Rayleigh e Henry Sidgwick deixam claro que, no fim de 1874, estava sendo armado um esquema para uma extensa investigação da mediunidade da Sra Fay. Pretendia-se que seria executado por um grupo que incluía Myers, Crookes, Sidgwick, Rayleigh, e provavelmente Edmund Gurney. Tal empreendimento teria indubitavelmente feito história na Pesquisa Psíquica! De acordo com o diário inédito de Myers, sua primeira sessão com a Sra Fay foi em junho de 1874, aparentemente na companhia de Sidgwick. Sessões adicionais, às vezes com a presença de Crookes, são registradas em novembro e dezembro de 1874 e janeiro de 1875. A menção mais antiga que vimos da investigação formal proposta está numa carta de Rayleigh a Myers datada de 23 de novembro de 1874. Myers deve evidentemente ter sugerido que Sra Fay deveria ser paga em trezentas ou quatrocentas libras para uma longa série de sessões e Rayleigh, que sentiu que esta soma 'poderia ser bem gasta caso se conseguisse uma demonstração realmente satisfatória de Espiritualismo', teve dúvidas em gastar tanto dinheiro apenas na ‘esperança de fazer muito'. Ele diz: Eu não sei que evidências você ou o Sr. Crookes obtiveram da autenticidade da Sra. Fay e então estou escrevendo em completa ignorância, mas não se devia considerar qualquer número de sessões como muito mais valioso do que a tivemos em Carlton Gardens. Eu reservaria grande importância às condições do acordo possível de ser feito, como por exemplo, se o Sr. Fay devesse ser afastado e o controle geral ficar em nossas mãos. Algum de tipo de acordo estava aparentemente se chegando com a médium. Em uma carta a Sidgwick datada de 26 de novembro de 1874, Myers escreve da Sra Fay (até lá ele estava referindo a ela como 'Eva'): Em seu compromisso para conosco ficou claramente entendido que ela deve se submeter a todo teste concebível. As evidências morais de sua lisura aumentam constantemente. Cada aumento de intimidade com ela me leva a um aumentado respeito por sua retidão, coragem e generosidade. Na mesma carta, Myers menciona a opinião de Eva de que Sidgwick era uma testemunha inconveniente (Em um manuscrito não datado preservado pela família de Lodge, Crookes observa: 'Existem algumas pessoas muito convencidas de que nada de psíquico acontecerá em sua presença. O Prof. Sidgwick é uma dessas. Apesar de repetidos testes, ele nunca testemunhou qualquer coisa.'). Ela objetou à sua impaciência, e por estar insatisfeito para com as precauções que posteriormente tinham sido tomadas. Presumivelmente isto determinou que Sidgwick não estaria com a senhora futuramente. Em uma carta não datada (Esta cartas subsequentes de Sidgwick estão preservadas na biblioteca de Trinity College, Cambridge.) para Myers ele escreve: Refletindo a respeito, eu penso que deveria findar a possibilidade (que nós deixamos remota e indefinida) de minha adesão aos assuntos de Fay. Isto se deve a várias situações, que levaria muito tempo para se explicar com a delicadeza adequada — mas eu o farei quando nos encontrarmos, se puder. Claro que eu posso mudar de idéia; mas no momento eu me sinto disposto a deixar Sra. F. para você e Crookes às suas ordens [muitas felicidades] como médium. Como um amigo seu, ela sempre clamará o concurso de meus cumprimentos amáveis & serviços. Provavelmente em alguns anos ela virá a se lamentar de seu tratamento a um homem [evidentemente Sidgwick!] cujos sacrifícios na causa da Humanidade então se terão precipitado para um futuro sombrio — mas você não precisa preocupar sua mente por estas imagens sombrias. Você deve concentrar seus recursos na Sra. Fay. Quanto mais Crookes dá ele mesmo os ares de tirania, mais da que é necessária na Câmara dos Comuns — se você não se importará de ser momentaneamente considerado como um da Câmara dos Comuns — devia ter o poder do Erário. Em resposta a isto, numa carta datada de 3 de dezembro de 1874, Myers observa: Concordo sobre você não se unir a mim e a Crookes se realmente nós fizermos pouco com Eva neste inverno. Mas não garanta que você mesmo nunca testemunhe as revelações dela, pois eu espero que aquele doce e nobre poder ser permitirá permanecer em atividade por ainda uns 30 ou 40 anos, e pode sob da providência de Deus. ser um agente principal em trazer Vida e Imortalidade para nos iluminar. Eu não temo Crookes. O leão não se permitirá ser privado de seu filhote, — nem o filhote de seu leão. Em uma carta adicional a Sidgwick datada de 9 de dezembro de 1874, Myers revelou isto: Moses viu o 'Willy'(imitador?) de Eva fazendo manifestações por ela, — quer dizer: outro crédulo serve de testemunha para o malabarista que não pode apreciar moralistas. (Isto é sarcasmo do tipo mais leve). Existe uma crise nos negócios de Eva. Eu não sei o que vai acontecer, mas escreverei novamente.... Você não precisa dizer a Rayleigh sobre os crimes passados do Sr. Fay, como ninguém propõe que ele deva ter qualquer coisa para fazer com nossa investigação, e Eva só disse a mim particularmente, e não gostaria que se espalhasse isso, para o próprio bem dele. Sidgwick, em sua resposta (datada ‘terça-feira ') escreve: ... Eu não devo talvez vir a cidade na segunda-feira, pois Rayleigh quer que eu vá a Terling — ou talvez eu deva viajar com ele por uma noite durante a semana. Ele está bastante propenso a participar dos negócios de Fay, suponho. Eu devo persuadi-lo tão fortemente quanto eu posso. Penso porém que devia deixar ele saber o que você disse a mim sobre o registro do ‘Colonel’ — mas isto é você quem decide. A proposta de Myers em não dizer a Rayleigh sobre uma circunstância obviamente muito material e o desejo de Sidgwick em concordar neste curso de ação, pode ser imaginada como dar um tratamento um tanto insincero a um colega, particularmente devido à soma de dinheiro envolvida, é então muito significativo. Mas fica tristemente evidente que existia uma certa ausência de confiança entre os colaboradores. Além do comentário de Sidgwick relativo aos ares de tirania de Crookes na carta citada acima, ele observa em outra carta para Myers: ... mas num modo geral pareceu ser possível que Crookes estava ajeitando o seu caminho para ganhos de outras fontes e não se sentir muito mal para servir de desculpa para cortar relações com você, a fim de ganhar independência e assegurar sua prioridade científica. Por razões que não estão claras, a investigação de Eva Fay proposta em colaboração nunca veio a ser concretizada. Existe uma carta interessante de Rayleigh a Myers quanto a este assunto, escrita em janeiro de 1875. Citamo-na uma vez que ela mostra a atitude de Crookes para com os médiuns com os quais trabalhou. Até lá pareceria que Crookes assumira largamente o comando da investigação de Sra Fay. Terling Place, Witham, Essex. 15 janeiro de 1875. Caro Myers,
Eu vejo pouca chance em meu caminho em pedir à Sra. Fay para vir aqui novamente sem uma boa explicação de sua conduta incomum, mas eu escrevi a Gurney e talvez algo ainda possa ser feito. Eu recebi uma carta estranha de Crookes dizendo que uma explicação era certamente devida a mim da Sra. Fay, mas não dando isto, como ele disse que não desejou publicar qualquer coisa deste assunto. Se eu pudesse lhe dar uma entrevista então ele não teve nenhuma dúvida de que poderia me satisfazer de uma forma que nenhuma outra foi aberta à Sra. Fay. Eu não me sinto muito disposto a lhe dar mérito no assunto mesmo. Devo confessar que todas estas dificuldades reduziram ainda mais a limitada convicção a que cheguei — provavelmente mais do que é razoável. O comportamento de Crookes parece-me tão estranho que eu não posso evitar em conceder menos valor a seu testemunho em que principalmente confiei. O que significava para ele se eu era um crente ou não? A senhora Rayleigh lembra-me (o que jamais me passou na mente) que Sra. Jencken disse-nos que Crookes sempre tentou preveni-la por dar uma sessão sem ele, e até persuadiu-a a cessar bruscamente compromissos definidos. E ele evidentemente tem se comportado muito estranho quanto ao assunto de seu casamento, de forma que Sr. J. não o encontrará. Estou muito desapontado com Crookes porque minha primeira impressão dele era favorável. Desejando a vocês todos sucesso, Seu muito verdadeiramente, Rayleigh. Nós não pudemos descobrir quais eram os motivos para o descontentamento do Senhor Rayleigh, mas algum acordo deve ter sido alcançado, desde que um mês mais tarde, Rayleigh frequentou pelo menos um dos testes elétricos de Crookes, que nós vamos discutir mais tarde nesta seção. Concluímos esta nota dos eventos que precederam os testes de Crookes com uma passagem de uma carta de Myers a Sir Oliver Lodge, datada de 15 de março de1892. Ele escreve: Meu caro Lodge, Eu espero realmente que Crookes possa ser Presidente da Brit. Assn. em 1894. Eu não sei de qualquer empecilho em que sua honestidade possivelmente podia ser posta em dúvida, exceto no que se relaciona às execuções de suas experiências bem sucedidas com Sra. Fay, que era indubitavelmente uma fraude. Mas a experiência elétrica — que é bem conhecida — era de um caráter tão contundente, e as testemunhas tão capazes de julgá-la (Senhor Rayleigh etc.), que parece absurdo lançar qualquer carga contra Crookes por aquele incidente. Outro incidente aconteceu numa sessão com Crookes, Sra. Fay, Edmund Gurney e eu mesmo, que levou E. G. entreter dúvidas sobre se Crookes não levou uma brincadeira a um ponto de injustificável mistificação. Mas eu agora estou seguro de que o incidente tem outra interpretação. Passou deste modo: estávamos sentados na escuridão, e Crookes estava segurando as mãos da Sra. Fay. De repente um livro que estava no joelho da Sra. Fay foi atirado com grande violência em E. G., a quem a Sra. Fay não gostava. Este fato — que acontece com uma pessoa, seja médium ou não, era certamente também uma fraude, — pareceu mostrar que as mãos da Sra. Fay tinham sido soltas; E E. G., primeiramente suspeitou de Crookes, supôs que ele soltou as mãos dela, como uma brincadeira, permitindo que ela lançasse o livro. Conhecendo melhor Crookes agora, eu percebo que a suspeita que influenciou E. G. foi só uma amostra da maneira que Crookes, deliberadamente e com muito sucesso, achou que adotara o melhor controle, a fim de prender os 'médiuns' à vontade. Eu ainda penso que a Sra. Fay lançou o livro, mas eu não acho que Crookes estava ciente de que ela ficou livre por um momento. Eu penso, de fato, que ele não tinha em sua mente a idéia de a abraçar e que ela conseguiu soltar uma mão, como médiuns frequentemente o fazem com testemunhas menos eminentes. Ela era extremamente hábil. Não há necessidade de se deter mais nesta história velha, a menos que você pense que qualquer versão dela é efetivamente uma fonte de desconfiança de Crookes. E. G. mencionou isto a várias pessoas: considerando que ela decorreu, como eu digo, uma injusta mistificação da parte de Crookes — que eu penso que não foi. Vamos mencionar este incidente novamente em nossa seção final. Ao longo de fevereiro de 1875 (no período, é interessante notar, durante o qual as 'Sessões da Florence Corner com Leila estavam sob vigorosa observação), Crookes conduziu uma série de testes elétricos com a Sra Fay em sua própria casa. Quatro estão registradas: como sempre, a destruição por atacado de documentos que parece ter continuado ao longo dos anos e nos deixa sem saber se existiam outras mais. As quatro sessões conhecidas aconteceram nos dias 5, 6, 19 e 25 de fevereiro. Uma, provavelmente aquela do dia 6, teve a participação de Lord Rayleigh. Existem duas longas notas da terceira sessão, uma do próprio Crookes (The Spiritualist, 12 de março de 1875, pág. 126 et seq.) e uma por Sergeant Cox (The Mechanism of Man, Vol. 2, Longman, Londres, 1879, pág. 446 et seq.). A quarta sessão é longamente descrita por James Burns no The Medium & Daybreak, 12 de março de 1875, pp. 161 et seq.) Devemos citar a nota de Crookes desta importante experiência (que, como disse Perovsky Petrovo-Solovovo, 'sempre foi considerada como uma das mais conclusivas, até por aqueles que — como eu — não deseja desconsiderar quaisquer incidentes na carreira de uma médium tão suspeita como bastante convincente ' — S.P.R. Diário, Vol. IX, pág. 11, janeiro de 1899). Faltantes, como é comum nos relatórios de Crookes, estão os nomes da maior parte das testemunhas. Cox os dá como sendo Crookes, Galton, Huggins, (Sir Francis Galton e Sir William Huggins era ambos os Membros da Sociedade Real naquele tempo, e Huggins era o Presidente mais antigo), Ionides e o próprio Cox, certamente uma companhia distinta! Harrison também estava presente, entretanto Cox, por algum motivo, o omite.
(este texto que se segue é o que Polidoro cita em suas referências. Portanto ele O LEU)
UM EXAME CIENTÍFICO DA MEDIUNIDADE DE SRA. FAY.2 (The Spiritualist, 12 de março de 1875, pp. 126-8.) Por William Crookes, F.R.S. Editor do 'QUARTERLY JOURNAL OF SCIENCE'. Há um ano atrás, a Sra. Annie Eva Fay veio dos Estados Unidos a este país, trazendo uma boa reputação de médium para a produção de fenômenos físicos. Ficou claro para mim que os primeiros métodos inventados pelo Sr. Varley para testar a mediunidade da Srta Cook, chegaram a resultados muito satisfatórios no caso dela, como já registrado por ele em The Spiritualist [A referência entusiástica de Crookes para o teste de Varley deve ser considerada em relação a sugestão de Trevor Hall, de que Crookes desejava jogar um véu sobre de experiências de Varley (The Spiritualists, pág. 51)], e seriam os mais indicados para demonstrar se os fenômenos ocorridos na presença da Sra. Fay seriam produzidos por passes de mágica ou seriam genuínos. A experiência mostrou que as melhores condições para a produção dos fenômenos mais notáveis em mediunidade da Sra. Fay são de que ela devia ser isolada das outras pessoas presentes e na escuridão. Então, a fim de conseguir manifestações sob condições de teste, foi necessário que a médium estivesse tão manietada que ela não pudesse se livrar sozinha ou por qualquer outro poder sem que os observadores percebessem. Sra. Fay é normalmente amarrada com fitas ou barbante. Eu propus manietá-la com uma corrente elétrica. Este método tem a vantagem de certeza absoluta, uma vez que, se o médium libertar suas mãos ou corpo dos fios, em estado de transe ou não, o galvanômetro do lado de fora fará os espectadores saberem o momento em que o circuito foi interrompido. Por outro lado, se os fios forem unidos, de forma que a corrente ainda possa passar, o efeito se tornará ainda mais evidente pelo galvanômetro. Na sexta-feira à noite, 19 de fevereiro (de 1875), Sra. Fay veio sozinha à minha casa, para se submeter a estes testes, na presença de vários homens de notório saber científico. Ela entrou na sala de visitas, e conversou conosco por mais ou menos um quarto de uma hora, após o que meus amigos desceram a escada para examinar o aparato elétrico e minha biblioteca, que deveria ser usada como o gabinete escuro. Eles examinaram os armários e abriram as escrivaninhas. Colocaram tiras de papel acima das fixações das venezianas da janela e as lacraram hermeticamente com seus anéis de sinete (cera marcada com o relevo do sinete de um anel). Eles também lacraram hermeticamente, de modo semelhante, sobre a segunda porta da biblioteca, que abre num corredor. A outra porta da biblioteca abre para o meu laboratório, no qual os experimentadores permaneceriam durante os testes. Uma cortina foi então suspensa acima desta porta, para manter a biblioteca em escuridão adequada e permitir a passagem rápida e fácil para dentro e para fora. Desenho ilustrando o esquema que mostra ao arranjo do aparato.
(há um esquema do aparelho, mas não dá para colocá-lo aqui)
D, bateria. F, galvanômetro. H, controle para cortar mais ou menos a corrente a fim de regular a defleção do galvanômetro. E, caixa de rolos de resistência. A e B, chaves iniciar e interromper o contato. (A) está sempre fechada, e é usada só para corrigir ou verificar o zero. (B) pressionada para K, coloca os rolos de resistência em lugar do médium. Os dois fios de arames em cada lado da seta vão para a biblioteca onde ficará a médium. A médium segurará duas manivelas, presas aos arames abaixo da seta, fechando o circuito deste modo, e fará a lâmpada do galvanômetro ser defletida na escala. O desvio agora será ajustado, com o propósito de distribuir a corrente entre o galvanômetro e o desvio, causando uma defleção conveniente no primeiro. Qualquer movimento da médium é agora visto por uma variação da posição do ponto de luz. Se os fios ou manivelas, de qualquer forma, sofrerem um curto-circuito, o ponto de luz pula fora da escala; e se, por outro lado, o contato for rompido pela médium, a luz imediatamente cairá para zero. Para medir a resistência da médium, a chave, B, é fechada, o que coloca os rolos de resistência no circuito em lugar da médium. As cavilhas serão então tiradas até a defleção no galvanômetro for igual àquela produzida pela médium; as resistências são então ambas equiparadas da médium e dos rolos, e os valores são lidos nos últimos. O galvanômetro de reflexão, com o rolo de resistência e de desvio, foi colocado junto à parede no laboratório, pelo lado da cortina, e dois pequenos pedaços de arame muito espessos atravessavam a parede, e estavam firmemente soldados a duas manivelas de metal no outro lado. Estas manivelas deveriam ser seguradas pela Sra. Fay, cujo corpo, deste modo fechava o circuito elétrico, e deu-me uma defleção no galvanômetro que varia com sua resistência elétrica. As manivelas de metal estavam firmemente cobertas com dois pedaços de linho embebidos em sal e água. Antes de começar as experiências, a Sra. Fay mergulhou suas mãos em salmoura e em então segurou as manivelas, eu sempre achei que o nível de defleção seria mais constante, devido à ampla quantidade de superfície exposta para aumentar o contacto com as mãos. Quando ela segurou os terminais, a quantia exata de defleção devido à resistência de seu corpo foi medida pelo galvanômetro. Se ela fizesse as manivelas tocarem uma na outra, a defleção tornar-se-ia tão grande que faria a luz pular rapidamente fora da escala; se ela deixasse de segurar as manivelas por um momento, o facho de luz caía para o zero; se ela tentasse substituir seu corpo por qualquer coisa para estabelecer contato parcial entre as duas manivelas, aconteceriam grandes oscilações do indicativo luminoso enquanto isso estava sendo feito, tornando evidente a tentativa, uma vez que as chances de mudanças teriam sido infinitas contra a quantidade certa de defleção produzida. Meus amigos inspecionaram estas condições, e dois deles, membros famosos da Royal Society, tentaram estabelecer a conexão dos dois terminais com um lenço úmido. Por uma série de ajustes cuidadosos, a cada uma destas tentativas, eles tiveram de me perguntar qual quantidade de defleção que havia sido produzida no galvanômetro. Deste modo, eles obtiveram, em uma das tentativas, a quantidade de resistência igual àquela de um corpo humano. Mas teria sido impossível efetivar isto, sem as informações dos valores indicados pelo galvanômetro, e tudo isso produzia violentas oscilações do raio de luz, que denunciavam que eles estavam tentando restabelecer um novo contato por truques de algum tipo. Por sugestão de um deles, já que isto era apenas uma fonte potencial de erro, as manivelas de metal foram então pregadas tão mais separadamente, que ele expressou estar satisfeito com o arranjo, pois nem mesmo ele, nem qualquer outra pessoa podia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir. (compare isso com o que disse Polidoro. Em seu texto, ele deu a entender que BASTARIA o lenço molhado para burlar o controle, mas como pode ver, na verdade isso seria impossível, pois não se teria como acertar, na bamba, o valor correto da resistência do corpo humano) A Sra. Fay foi então convidada a descer à biblioteca; Ela sentou-se em sua cadeira de frente para as manivelas de metal, e os bicos de gás da biblioteca foram então apagados, exceto um, que foi diminuído. Nós anotamos a distância dela dos vários objetos proeminentes. Uma caixa musical estava sobre a minha escrivaninha a uma distância de cerca de 1,20 metros dela; um violino estava na mesa a uma distância de cerca de 2,5 metros; e a escada da minha biblioteca apoiava-se contra as prateleiras de livros a uma distância de cerca de 3,7 metros. Aí pedimos que ela umedecesse suas mãos na salmoura e que segurasse os terminais. Ao ser feito isto, uma defleção foi produzida na escala do galvanômetro devido à resistência de seu corpo; então deixamos a biblioteca e entramos no laboratório, que era suficientemente iluminado por gás para víssemos tudo distintamente. Começamos os testes às 8.55 da noite; a defleção pelo galvanômetro era 211°, e a resistência do corpo da Sra. Fay, 6.600 unidades da British Association. Às 8.56 a defleção era de 214°, e neste momento um sino de mão começou a tocar na biblioteca. Às 8.57 a defleção era 215°. Uma mão projetou-se para fora do gabinete no lado mais afastado da Sra. Fay. Deve ficar claramente entendido que eu estava num lado da parede com o galvanômetro, que Sra. Fay estava no lado oposto, segurando as manivelas, soldadas aos pedaços de arame, tão firmemente que ela não podia mover suas mãos ou as manivelas dois centímetros à direita ou esquerda, e sob aquelas condições, uma mão saiu mais lateralmente da porta cortinada ao nosso lado, a uma distância de 90 cm da manivela de metal, e tudo isso dois minutos depois que deixamos o aposento. Às 8.58 a defleção era 208°; às 8.59 era 215°, e neste momento uma mão saiu do outro lado da cortina, e deu uma cópia do jornal The Spiritualist ao Sr. Harrison. Às 9 horas a defleção era 209°; neste momento uma mão foi vista novamente sair e segurava uma cópia do livro de Sergeant Cox intitulado What am I? Às 9.01 a defleção era 209°, a mão apareceu novamente, e deu um pequeno livro Spectrum Analysis ao seu autor, que era um dos observadores. Às 9.02 a defleção era 214°; uma mão era novamente visível e deu a uma viajante famosa que estava presente um livro intitulado Art of Travel. Às 9.03, a mão jogou uma caixa de cigarros contra outro cavalheiro que estava presente, que era sabido ser parcial e via a médium como uma praga. Eu posso afirmar positivamente que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando Sra. Fay entrou no quarto. Às 9.04 a defleção era 213°. Eu novamente medi a resistência de corpo da Sra. Fay, e era então 6,500 unidades da British Association. Neste momento um pequeno relógio ornamentado, que pendia no pedaço de manto a 1,5 metros da médium, foi nos dado. Às 9.046, a defleção era 210°; Serjeant Cox, e alguns dos outros observadores, disseram que eles viram uma forma humana inteira de pé na abertura da cortina. Às 9.05, o vi o circuito subitamente ser interrompido. Entrei na biblioteca imediatamente, seguido pelos outros, e encontramos a Sra. Fay desfalecida, ou em transe. Ela jazia inconsciente na cadeira, mas foi reavivada no curso de meia hora. Deste modo esta notável sessão durou exatamente 10 minutos. Uma antiga peça de porcelana, em forma de prato, foi encontrada no topo de minha escrivaninha na biblioteca; não estava lá antes das experiências começaram. Em minha sala de visitas de cima há um modelar que circunda toda a parede, próximo ao teto, a mais ou menos 2,5 metros do chão; presos neste modelar estão várias peças de porcelana antiga, inclusive alguns pratos pequenos. A Sra. Fay tinha estado na sala de visitas talvez uma hora antes da sessão começar, mas ela ficou lá em presença de várias testemunhas; a sala estava bem iluminada e ela teria que subir numa cadeira para alcançar um dos pratos próximos ao teto, e é claro que todos veriam isto. Os pratos tinham estado naqueles modelares por semanas sem serem mexidos e nenhum membro de minha família teve ocasião de tocar neles. E um dos cavalheiros presentes disse que ele estava certo que o prato não estava na escrivaninha quando as experiências começaram porque ele olhou para o topo da escrivaninha com a intenção de colocar isto a limpo e assim descartar essa possibilidade. Muitos casos semelhantes de transporte de objetos sólidos de um lugar até outro por meio anormal estão registrados na literatura espiritualista. Antes de a Sra. Fay vir em casa aquela noite, ela só conhecia os nomes de dois dos convidados que estariam presentes, mas durante a noite a inteligência que atuou no trabalho exibiu uma quantidade incomum de conhecimento sobre as testemunhas e o trabalho de suas vidas. O livro Spectrum Analysis não tinha registro literário ainda, mas foi removido de seu lugar e dado ao seu autor. Embora eu saiba geralmente a posição dos livros em minha biblioteca, eu certamente não poderia achá-los na escuridão, e eu não tenho nenhuma razão para supor que Sra. Fay soubesse qualquer coisa sobre tal livro recém escrito, ou sobre minha biblioteca, ou que fora escrito pela pessoa particularmente presente. Em ocasiões anteriores eu apliquei um teste elétrico para manifestações da Sra. Fay. Em 5 de fevereiro último nós tivemos uma sessão que começou às 9.15 da noite. A defleção quando ela pegou nas manivelas foi 260°; oscilou — 266°, 190°, 220°, 240°, então permaneceu fixa em 237°; A resistência da médium às 9.20 (Evidentemente uma errata, ou para 220° ou possivelmente para 9.20.) era 5,800 unidades da British Association. Batidas eram ouvidas às 9.28, quando a defleção estava oscilando entre 215° e 245°. Às 9.30, a luz tendia a se fixar em 230°; A resistência era 5,900. Muitas batidas eram ouvidas agora, aparentemente na porta perto da médium, mas não havia nenhum movimento da luz, o que provava que as mãos da Sra. Fay estar perfeitamente quietas. Às 9.31 a defleção era 234°. Ouvi a médium então suspirar e soluçar. O indicador do galvanômetro estava fixo em 233°, embora vários instrumentos estivessem tocando agora ao mesmo tempo. Os movimentos foram então ouvidos no quarto; vários artigos eram lançados no laboratório pela abertura da cortina; O violino foi entregue a mim por uma mão visível, que também foi vista por outros no quarto. Tudo isso enquanto o indicador luminoso permanecia muito fixo, o que provava que a médium estava quieta enquanto estas coisas estavam acontecendo. Às 9.34 a luz estava fixa em 236°, e o zero estava correto. Às 9.37 nós podíamos ouvir a caixa musical sendo tocada, a luz ainda mantinha-se fixa. Às 9.38 a defleção era 238°. Às 9.39 a médium interrompeu o circuito, soltando as manivelas. Ela só foi capaz de dizer, 'Estou tão cansada de segurar estas coisas. Ela estava baqueada, mas se recuperou em pouco tempo. No sábado, 6 de fevereiro, outra sessão experimental foi feita em minha casa. Foi um pouco às pressas, em benefício de um eminente F.R.S. (amigo da sociedade real), que estava impossibilitado de comparecer à sessão a noite anteiror. Sra. Fay era a médium. Algumas precauções extras foram tomadas. A biblioteca foi completamente revistada, as portas e janelas foram trancadas e tiras de papel engomado foram colocadas nelas. Estes pedaços de papel estavam então hermeticamente lacrados com um anel que pertencente a uma senhora presente. Depois que o teste elétrico foi aplicado, da mesma maneira que na noite anterior. Quase as mesmas coisas aconteceram, com os mesmos resultados, isto é nós não pudemos descobrir o movimento mais leve por parte da médium. Minha escrivaninha, que se fecha firmemente com uma trava, foi fechada cuidadosamente logo antes da sessão, foi encontrada ainda aberta depois que a sessão terminou. Isto ocorreu em muito pouco tempo. Ela começou às 9.15 e terminou às 9.30 da noite. A princípio eu sempre permito aos novos médiuns que vêm a mim que estabeleçam suas próprias condições; pois eu não sei que fenômenos podem acontecer e aí não estou em posição de sugerir testes, nem, possivelmente, devia eu poder consegui-los antes dos médiuns terem confiança em mim de que não os acusarei de quaisquer truques, depois do que eles sempre se mostraram desejosos em me ajudar à medida que podem. Todas as manifestações dependem de condições delicadas intimamente associadas ao estado nervoso dos sensitivos, e a maioria das manifestações são interrompidas quando acontece qualquer coisa que os incomoda. De acordo com a nota (The Medium and Daybreak, 12 de março de 1875, pág. 161) de Burns (aprovada por Crookes), a sessão de 25 de fevereiro seguiu um curso semelhante. Ele descreve um efeito adicional não mencionado por Crookes. A luz na escala parecida permanecer fixa o tempo todo, mas uma observação cuidadosa determinou que ela se moveu mais de uma divisão, um espaço menor que o grau em um termômetro, e atenção precisa por parte de observadores experientes revelou o fato que uma pulsação leve era notável no raio de luz, devido à respiração da Sra. Fay. Se isto era um efeito genuíno, confirmaria além de qualquer dúvida razoável, que um ser humano estava no circuito. Claro que é sabido que debaixo de condições difíceis de observação é possível que uma oscilação aparente deste tipo pareça uma ilusão óptica. Esperamos decidir o assunto experimentalmente no tempo devido. O relatório de Burns acrescenta detalhes adicionais relativos ao ambiente físico. Ele dá um plano da biblioteca de Crookes, e explica as precauções tomadas para assegurar que nenhuma pessoa estranha podia entrar na biblioteca. Burns ficou muito impressionado pela eficácia das preparações de Crookes. Ele escreve: A biblioteca foi minuciosamente examinada e preparada para a sessão. Sr. Crookes teria tomado tais precauções na casa do mais ardente espiritualista; ele teria possivelmente se sujeitado a alguma pequena ofensa pelo muito que fazia. Todo canto foi examinado. As fixações da janelas-venezianas postas à mostra, a porta no corredor foi trancada e fechada hermeticamente com o selo do Sr. Bergheim. Estas precauções não foram empreendidas com a vistas a ridicularizar as condições do teste normalmente impostas nas sessões, mas na maneira mais séria e conscienciosa para não deixar nenhuma brecha aberta por meio da qual se poderiam levantar suspeitas sobre a natureza dos fenômenos. As janelas teriam permanecido fechadas hermeticamente também, mas depois de muita reclamação de seus convidados, Sr. Crookes em última instância cedeu, mas devido aos restos de cera e papel, nós podíamos ver que as venezianas tinham sido hermeticamente fechadas em ocasiões anteriores. As janelas dão para um jardim na frente e uma área ampla, separada da rua por uma pesada grade de ferro, de forma que uma entrada pelas janelas não só seria um feito difícil, mas altamente perigoso, pois o próprio experimentador poderia acabar nas mãos da polícia. Para nosso conhecimento, só dois métodos foram propostos por meio dos quais o médium podia ter enganado. Podmore, em Modern Spiritualism, Vol. 2, Methuen, Londres, 1902, pág. 158, faz estas observações: Desta nota [isto é aquela de James Burns] não dá a entender que quaisquer precauções foram tomadas para assegurar que as mãos da Sra. Fay estavam realmente no circuito; se um rolo de resistência fosse preso às manivelas, só teria sido necessário à médium sob a luz fraca colocar suas mãos perto delas durante a inspeção momentânea do Sr. Crookes. Para descobrir um artifício do tipo provavelmente praticado, teria bastado nada menos que uma inspeção cuidadosa em plena luz. Se Crookes fosse tão descuidado quase ao ponto da imbecilidade, esta explicação podia explicar o teste descrito por Burns, como o posteriormente descrito. Mas, a menos que nós estejamos preparados para acreditar que Podmore tinha que ter explicação natural a todo evento, não fica claro por que ele limitou sua atenção para a sessão de Burns (Podmore tendeu muito a explicações ‘fáceis’ e negligenciava qualquer evidência inconveniente. Cf. Análise do Padre Thurston do tratamento de Podmore aos testes de acordeão de D. D. de Home: The Church and Spiritualism, Milwaukee, 1933, Capítulo IX, e especialmente pág. 173.). Na sessão descrita por Crookes, dois Membros da the Royal Society, ambos experimentadores experientes e um, pelo menos, como nós sabemos de suas cartas anteriores, nos fenômenos de Fox (vejam pág. 41), tomaram muito cuidado com artifícios. Ele estava ainda presente na biblioteca com Crookes quando Sra Fay pegou as manivelas, e usou dos minutos precedentes na procura por um método possível de fraude. A sugestão do Podmore não pode ser descartada como uma impossibilidade absoluta mas, como tantas de tais sugestões, postula um grau de incompetência por parte dos experimentadores que parece quase mais incrível que os efeitos paranormais descritos. É como Crookes disse, em outra ocasião: Meus críticos não me darão crédito para a posse de um mínimo de bom senso? E eles não podem imaginar que as precauções óbvias que lhes ocorrem, tais como as que eles usam para apontar falhas em minhas experiências, não teriam também me ocorrido no curso da investigação prolongada e paciente?
Houdini teve uma explicação alternativa para o teste elétrico. Em Magician Among the Spirits (Harper, Nova Iorque, 1924, pág. 204), ele reporta uma alegada conversação com Sra Fay. ‘Ela me disse que quando Maskelyne, o mágico, estragou a excursão dela com uma exposição, viu-se forçada a recorrer a uma estratégia. Indo à casa do Professor Crookes, ela se lançou em sua clemência e submeteu-se a uma série de testes especiais. Com um lampejo nos olhos, ela disse que se aproveitaria dele. Parece que ela se viu sem a menor chance no Mundo de conseguir enganá-lo devido ao galvanômetro*, mas por um golpe de sorte para ela e de azar para o Professor Crookes, a luz elétrica falhou por um segundo no teatro em que ela estava se apresentando e ela aproveitou a oportunidade para o enganar.' * O 'galvanômetro' é um instrumento usado controlar a médium. É um dispositivo elétrico fornecido com um sintonizador e duas manivelas, é construído de forma que se o médium soltar-se de qualquer uma das manivelas, o contato seria interrompido e o sintonizador registraria a falha. A médium, para enganar a testemunha, simplesmente colocou uma das manivelas na dobra nua de seu joelho e a manteve presa lá e assim, com sua perna, manteve o circuito fechado e pôs a mão livre para fora e assim produziu o “espírito”. (Nota de rodapé do Houdini.) (veja só a que ponto a fé, mesmo sendo uma fé cética, pode cegar uma pessoa: o grande bam-bam-bam cético Massimo Polidoro aceitou tal declaração sem um mínimo de reflexão. Os céticos se gabam de achar pelo em ovo e caspa em bola de bilhar quando se trata de avacalhar médiuns e fenômenos mediúnicos, mas quando alguém fala qualquer besteira que avacalha os médiuns, aí a lucidez cética se apaga e o cético torna-se estupidamente crédulo.
1) O teste foi feito NA CASA DE CROOKES e não num teatro. 2) Ela deu sorte porque "a luz elétrica falhou por um segundo no teatro...). A lâmpada elétrica foi inventada em 1876 e, naturalmente, não se tornou disponível no comércio e no uso geral imediatamente (não existiam redes elétricas). E o experimento foi feito em... 1875. Como você mesmo pode ler no texto, a biblioteca e o laboratório de Crookes eram ILUMINADOS A GÁS. E o galvanômetro funcionava a BATERIA. Não fosse a sua cruzada em defesa da fé cética, Polidoro talvez refletisse um pouco e se desse conta que tal entrevista entre a médium e Houdini nunca aconteceu. Houdini provavelmente imaginou o que ele faria no caso, mas como viveu numa época em que já existiam iluminação elétrica e até alguns eletrodomésticos, não se deu conta que tais coisas não existiam em 1875 e aí INVENTOU essa entrevista e o grande bam-bam-bam cético não foi cético o bastante para perceber o engodo.) A observação sobre a luz elétrica e o teatro é tolice, obviamente, e levanta dúvida de que essa conversação de fato tenha acontecido. A sugestão que a médium colocou um elétrodo na dobra de seu joelho é engenhosa e poderia se aplicar a sessões anteriores, quando ela não era mantida sob observação até o momento em que pegou as manivelas. Mas se esta era a explicação, ela ficara muito desconcertada durante a sessão de Crookes de 19 de fevereiro de 1875, quando ela encontrou as manivelas chumbadas, e aos F.R.S. (membros da sociedade real) presentes seria esperado visualizar seus consequentes contorcionismos com um interesse considerável! Em sua nota, Crookes reportou que Sergeant Cox, e outros, disseram que às 9.45 da noite eles viram uma forma humana completa na abertura da cortina. No Spiritualist de 26 de março de 1875 (pág. 151), o próprio Cox muda o tempo desta ocorrência para 9.00 da noite, o momento quando, de acordo com Crookes, a Cox foi dado pela abertura da cortina uma cópia de seu livro What am I? Ele também afirmou que a forma estava vestida da mesma maneira que a médium. Quatro anos mais tarde, ele se lembrou de mais. Além de ver a forma de pé, ele viu outra forma, assim nós fomos até a cadeira, e tocamos as manivelas, ela ainda estava lá, na mesma postura, mas estava muito escuro para eu notar o vestido. Sua conclusão, tanto na hora da sessão e mais tarde, era de que a figura em pé seria corpo em transe da Sra Fay, e a figura sentada sua 'forma espiritual'. Não é completamente claro por que ele descreveu o caso daquele modo circular, a não ser que ele teve dificuldade em distinguir um vestido idêntico ao materializado. Resumindo, não há nenhuma evidência óbvia por qual meio a Sra Fay, sem ajuda, pudesse ter burlado as precauções sob das condições descritas. A observação de Cox, tomada pelo valor de face, sugeriria um cúmplice. Mas considerando o modo elaborado de busca e lacração (também descrito independentemente por Burns) e o fato que estas eram premissas de Crookes, parece difícil evitar a conclusão de que, se os fenômenos eram fraudulentos, o próprio Crookes teria de estar metido na conspiração — uma conspiração, que se tenha em mente, dirigida, entre outros, contra três cientistas do mesmo calibre ou até maior que o seu próprio. Por outro lado, se os fenômenos eram genuínos, nós temos aqui ainda outro caso de um médium produtor de prodígios para Crookes, os quais não estavam, aparentemente, tão prontamente disponíveis a investigadores contemporâneos e, certamente, não tem nenhum paralelo hoje. Crookes, tendo uma vez declarado sua convicção nos poderes de um médium em particular, nunca se retratou. No que diz respeito a esse assunto, os médiuns que ele patrocinou de forma alguma nunca, admitiram publicamente tê-lo enganado. Devemos citar duas cartas relacionadas com a investigação de Fay que ilustram estes pontos. Uma, (The Spiritualist, dezembro de 1877, pág. 293. 103) de Crookes ao Sr R. Cooper, de Boston, Massachusetts, foi escrita nove meses ou mais depois dos testes elétricos. Lê-se como segue: Caro Senhor, Em resposta a sua carta de 25 de outubro, que eu recebi esta manhã, eu insisto em estabelecer que ninguém tem qualquer autorização minha para dizer que nutro quaisquer dúvidas sobre a mediunidade da Sra. Fay. As notas publicadas do teste das sessões que aconteceram em minha casa são a melhor evidência que posso dar da minha convicção dos poderes da Sra. Fay. Eu devia lamentar muito achar que quaisquer rumores aos quais você menciona devem ofender a Sra. Fay, a quem eu sempre achei mais disposta a se submeter a qualquer condição que eu achei justa em propor.
Creia-me, muito verdadeiramente seu, William Crookes. 20 Mornington Road, Londres, N.W. 8 de novembro, 1875.
A outra carta que desejamos citar, escrita pela Sra Fay ao Editor do diário espiritualista americano The Banner of Light, é de interesse adicional devido a rumores postos a circular por mágicos profissionais, de que esta senhora gabou-se de haver enganado Crookes (Veja a declaração citada de Houdini acima em uma carta (preservada nos arquivos da Sociedade) do gerente de W. Morton Maskelyne, para o 'Dr. Sr. Barrett ', datada de 2 de setembro de 1876; existe a frase: 'Nós sabemos que o Sr. Crookes foi enganado (não estava cumpliciado, mas foi iludido) pela Srta [sic] Fay, e a madame (?) subseqüentemente se fez gabar-se disto.') Dr Carpenter, um velho inimigo de Crookes (Cf. Researches, de Crookes, 1874, pp. 45—80.) lançou um ataque direto na Nature, baseado no patrocínio de Crookes à Sra Fay. Parece que Crookes, cuja habilidade na conduta de controvérsia ácida era de muita eficiência, não teve grandes dificuldades em repelir o ataque ( Para informações adicionais ver Fournier d Albe'que é The Life of Sir William Crookes, pp. 272-3.). As alegações do Dr Carpenter provocaram a carta da Sra Fay ao The Banner of Light (Reproduzidos na The Spiritualist, 4,1878 de janeiro, pág. 11.) com a qual nós concluímos esta seção.
Eu desejo que fiquem estabelecidos alguns fatos em referência a um artigo em seu jornal de 8 de dezembro que se refere a mim mesma, numa carta do Sr. Crookes contra o ataque do Dr Carpenter. Primeiro, é falso que o Sr. Crookes tenha dado a mim uma carta que fala da natureza espiritualística de minhas manifestações, e referindo-se a Membros da Royal Society. A única carta, para seu conhecimento, que o Sr. Crookes já escreveu relativa à minha mediunidade (com a exceção da escrita para o Sr. Cooper) apareceu em Londres no Daily Telegraph, e em outros diários, em março, 18755. (A Sra Fay é ligeiramente confusa aqui. O que apareceram em vários jornais (inclusive no Daily Telegraph) durante este período, foram os resumos do relatório de Crookes na The Spiritualist, que nós reproduzimos. Não existe nenhuma carta de Crookes no Daily Telegraph na ou próximo da data mencionada). Segunda, em resposta à declaração do Dr. Carpenter de que uma oferta foi feita por meus gerentes a mim em maio, 1875, de uma soma equivalente em dinheiro para expor todos os meus truques, eu agora direi para o Dr. Carpenter, como eu disse a meus gerentes, eu não tenho nada para expor. Estou de posse de uma carta, datada de 18 de novembro, 1877, perguntando-me se eu consideraria um preço para visitar a Inglaterra sob do título de uma "Exposee", e mostre como eu teria enganado os membros da Sociedade Real. Minha resposta é como segue:— 'Tão pobre quanto sou e tão esperta quanto eu deveria ser, como sugerido pelo Dr. Carpenter e outros, sou obrigada a recusar sua tentadora proposta para encher minha bolsa tentando impossibilidades. Eu sinceramente tenho esperança de poder me sustentar e a meu filho numa ocupação mais ilustre'. Akron, Ohio, 10 de dezembro, 1877. Annie Eva Fay.
Acho que se ler com atenção, Ensejo, talvez entenda porque perdi completamente o meu respeito pelas argumentações céticas.
Editado pela última vez por Botanico em 26 Fev 2010, 06:42, em um total de 2 vezes.
Que bom que você ainda acha que está em posição de fazer essa escolha, Botanico.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi "First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
Ênfase no "acha". Você perdeu completamente o fio da meada, e está tratando a inversão do ônus da prova como a coisa mais natural do mundo.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi "First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
Luis Dantas escreveu:Ênfase no "acha". Você perdeu completamente o fio da meada, e está tratando a inversão do ônus da prova como a coisa mais natural do mundo.
Qual o ônus da prova que estou invertendo? Apresentei um artigo do Massimo Polidoro, onde ele afirma e confirma, sem sombra de dúvida, de que Crookes havia sido enganado por certo truque ao qual a médium teria recorrido.
Apresentei o relatório de Crookes, que Polidoro leu, onde fica evidente que o tal truque era irrealizável e que as fontes que Polidoro usou para substanciar sua tese eram duvidosas.
Luis Dantas escreveu:Ênfase no "acha". Você perdeu completamente o fio da meada, e está tratando a inversão do ônus da prova como a coisa mais natural do mundo.
Qual o ônus da prova que estou invertendo? Apresentei um artigo do Massimo Polidoro, onde ele afirma e confirma, sem sombra de dúvida, de que Crookes havia sido enganado por certo truque ao qual a médium teria recorrido.
Apresentei o relatório de Crookes, que Polidoro leu, onde fica evidente que o tal truque era irrealizável e que as fontes que Polidoro usou para substanciar sua tese eram duvidosas.
A mim está cabendo qual ônus de prova?
Você quer acreditar em espíritos e em reencarnação e acha que isso é o bastante, desde que não lhe provem que está errado.
Acontece que quem deve provar alguma coisa é quem faz a alegação da existência, não quem duvida da mesma. Como se costuma dizer, eu posso acreditar que há xícaras com o meu nome orbitando saturno e você não vai conseguir provar que estou errado... mas e daí?
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi "First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
Para quê afinal Deus teve que criar espíritos ? Qual a finalidade dos espíritos ? (sem esse papo de evoluir e bla blá blá...)
O que quero saber é o que ele quis criando espíritos, seres e todo o resto, quis companhia ? Acabar com o tédio cósmico ??
Teorizando.... Toda maquina precisa de um determinado combustivel, certo? Pois bem; deus fez o bonequinho de barro, mas como naquela época não existiam pilhas de longa duração (não sei porque ele não criou isso), ele precisava de um combustivel para que o bonequinho começasse a andar e se mexer, por isso ele "soprou" o hálito da vida, ou como pode se chamar, a alma primal, o primeiro espirito, uma pequena parcela do criador que ele tirou de si para animar o seu bonequinho e, a cada vez que os descendentes do bonequinho tem filhos, mais desse pequeno poder do sopro divino se misturam para criar novos espiritos, ou seja, a metade de uma parcela do sopro divino se mistura com outra metade para se criar uma nova.
Aproveitando o ensejo, essas páginas de discussão daria uma otima tese em alguma faculdade / universidade séria.
Luis Dantas escreveu:Ênfase no "acha". Você perdeu completamente o fio da meada, e está tratando a inversão do ônus da prova como a coisa mais natural do mundo.
Qual o ônus da prova que estou invertendo? Apresentei um artigo do Massimo Polidoro, onde ele afirma e confirma, sem sombra de dúvida, de que Crookes havia sido enganado por certo truque ao qual a médium teria recorrido.
Apresentei o relatório de Crookes, que Polidoro leu, onde fica evidente que o tal truque era irrealizável e que as fontes que Polidoro usou para substanciar sua tese eram duvidosas.
A mim está cabendo qual ônus de prova?
Você quer acreditar em espíritos e em reencarnação e acha que isso é o bastante, desde que não lhe provem que está errado.
Acontece que quem deve provar alguma coisa é quem faz a alegação da existência, não quem duvida da mesma. Como se costuma dizer, eu posso acreditar que há xícaras com o meu nome orbitando saturno e você não vai conseguir provar que estou errado... mas e daí?
Mas que gracinha, não? Muito que bem, creio em espíritos porque, conforme já disse, milhares de experimentos já foram feitos desde 1850 até hoje. Os tais médiuns (os autênticos, não farsantes que se faziam passar por médiuns e que foram desmascarados POR ESPÍRITAS E PESQUISADORES METIDOS NO ASSUNTO) podiam repassar informações das quais supostamente apenas os falecidos saberiam, ou pelo menos o médium não teria como obter na lata. Vários dos mesmos pesquisadores, por não serem simpáticos ao Espiritismo, tentaram hipóteses alternativas, mas se eventualmente os casos x ou y poderiam ser explicados por elas, os caso z e w não se enquadravam. No fim chegaram àqueles onde só a ação do espírito pode ser a explicação.
Idem para a reencarnação, onde pesquisadores, talvez o mais famoso seja o Ian Stevenson, deram-nos pistas de que ela seria algo fatual.
Só que você, de que me lembro, limita-se apenas a por essas e outras figuras no RIDÍCULO. Não desmonta os experimentos e propostas.
Digamos que alguém me mande um trabalho científico, tratando de um levantamento estatístico, que demonstra que um predador come mais a parte superior de uma folha e cita outro trabalho parecido, onde os outros autores concluíram que isso se devia à maior concentração do alcaloide Z na parte inferior da folha. E quem me enviou joga com a ideia de que o mesmo deveria ocorrer na folha e predador por ele estudados.
O que eu faria? Diria que a conclusão a que o autor chegou, apenas por inferência, tornaria o trabalho dele inaceitável para a publicação. Ele teria então de coletar as folhas, separá-las em duas partes e fazer uma análise química para verificar se há maior concentração na parte inferior do alcaloide Z ou de outro agente defensivo que faça o predador preferir a parte superior em detrimento da inferior.
Entendeu? Agora vejamos o que eu acho que você faria, pelo que tem feito até agora. Suponho que você diria apenas:
Seu trabalho não pode ser aceito porque está errado.
Bem, o autor ficará confuso. Onde está o erro? O que devo corrigir? Sabe, às vezes, um pesquisador jovem e inexperiente e mal orientado pode escrever coisas que pensem estar certas, mas não estão.
Pois é EXATAMENTE assim que você procede, Dantas. Eu já apresentei e anuncei que há todo um experimental científico feito sobre a mediunidade e cuja maior tendência é apontar para a existência de espíritos. Penso assim que quem não gostou deveria analisar essa pesquisa toda e apontar onde estão os erros, no que eles comprometem a validade dos trabalhos e o que os pesquisadores deveriam ter feito para que a coisa desse certo. Só que em vez disso, o que tenho visto é gente agindo como você: dizem que os tais experimentos e pesquisas feitas estão todos errados, mas que não lhes cabem apontar ou justificar suas afirmações: cabe a nós provar que os dito-cujos estão certos...
Apo escreveu:Quantas vezes já postaram aqui os experimentos do tal Cookies? Que coisa enjoada.
O que isto prova? Que ovo tem pêlo?
Não. É só um convite aos grandes sábios céticos que militam aqui pelo fórum para fazer aquilo que vejo desejando a tempos: desmontar esses ditos experimentos (do Crookes e dos outros), demonstrar que estavam todos errados, mostrar o que deveria ter sido feito para que fossem cientificamente válidos ou... Admitir que estavam certos.
Só que em vez disso, o que tenho visto é gente agindo como você: dizem que os tais experimentos e pesquisas feitas estão todos errados, mas que não lhes cabem apontar ou justificar suas afirmações: cabe a nós provar que os dito-cujos estão certos...
É mole?
É como deve ser, Botanico. Qualquer um que tenha um mínimo de noção de método científico sabe disso. Já era para você ter aprendido a esta altura, e não adianta ficar de pirraça e dizer que quer outra coisa.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi "First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
(Bolas, meu tempo ficou reduzido para tratar essas longas patuscadas, mas aí vai mais um...)
Botanico escreveu:
Ensjo escreveu:um só artigo não estabelece "fatos" científicos confiáveis. É pela continuidade de experimentos e obtenção de dados compatíveis que uma ideia vai ganhando confiabilidade. O espiritismo falha miseravelmente nesse critério para ter qualquer pretensão de cientificidade.
Quero lembrar ao desinformado Ensejo que no período de 1850 a 1930 (80 anos portanto) mais de 200 cientistas fizeram experimentos mediúnicos com diversos médiuns, em diferentes países, trabalhando em grupo ou isolados; formaram institutos para a investigação da coisa
Coisa que que há muito foi abandonada pelo mainstream científico pela falta de resultados convincentes.
Botanico escreveu:e, trabalhando independentemente, chegaram a resultados parecidos quando testaram os mesmos médiuns
Óbvio, pois cada "médium" tem seu repertório particular de truques.
Botanico escreveu:e DESMASCARARAM FARSANTES, indicando que seus métodos eram eficazes para isso.
Mas não 100% eficazes. Houdini, graças ao seu conhecimento de magia, desmascarou farsantes que cientistas tomaram por legítimos.
Botanico escreveu:Se conhece alguma outra coisa que tenha apenas valor teórico que tenha sido mais amplamente investigada do que o mediunismo, favor me apresentar.
E igualmente desacreditada? Que tal o flogisto, ou o éter luminífero?
Botanico escreveu:
Ensjo escreveu:Os livros espíritas são tão científicos quanto jornais de igrejas. São literatura dogmática para consumo interno.
Suponho que o Ensejo tenha feito UMA FARTA LEITURA das várias OBRAS ESPÍRITAS DEDICADAS AO ASPECTO EXPERIMENTAL da coisa
Os cristãos também têm farta literatura sobre as supostas benesses da fé. Quantidade não é cientificidade.
Botanico escreveu:"[....] o fracasso de Crookes em descobrir um evidente artifício quando se deparou com ele [...] quando Crookes lidou com Annie Eva Fay [...]" Polidoro [...] considerou Crookes incompetente o bastante para descobrir um EVIDENTE artifício com o qual teria se deparado. Só que Crookes estava em outro aposento [...]
"Deparar-se" não está aqui no sentido de "ver" o artifício, mas de tê-lo aplicado contra si. Para Polidoro é evidente que Fay tivesse dado um jeito de manter o contato, mas Crookes caiu no truque.
Botanico escreveu:"Quando ela se casou com seu primeiro marido, Henry Cummings Melville Fay, um auto-proclamado médium [...]" [...] ela SÓ TEVE UM MARIDO.[...]
Engraçado que tinhas sublinhado a expressão "auto-proclamado médium", e a tua crítica à passagem aborda uma coisa totalmente diferente.
Botanico escreveu:"Annie era ousada o bastante para apresentar truques e ilusões junto seu ato principal: um "Lenço Espiritual Dançante," uma "Mão batedora," e uma "Levitação" foram incluídos nos anos em diante seu programa." Se ela era só uma ilusionista de teatro, por que acrescentou "lenço espiritual"? Afinal ela se apresentava como ilusionista ou como médium?
Como ilusionista. Ela não era médium, assim como não era mágica. "Lenço espiritual" é apenas o NOME do truque, provavelmente infuenciado pelo espiritualismo em voga na época. Olha os panes no senso comum, Botânico!
Botanico escreveu:"Por algum tempo, na América, suas apresentações foram consideradas um exemplo real de Espiritualismo. Emma Hardinge, uma médium e historiadora de Espiritualismo, em seu livro Modern American Spiritualism (1870), declarou que fraudes de Melville Fay foram "abertamente expostas pelos próprios Espiritualistas"; [...]" [...] Por que será que ninguém levou essas declarações a sério?
As declarações foram levadas a sério, tanto que os Fays só foram considerados espiritualistas "por algum tempo".
Botanico escreveu:Rosina Showers foi uma suposta médium que, junto com a Florence Cook, uma verdadeira médium, foi investigada por William Crookes.
"Verdadeira"... Engraçado que elas chegaram a atuar JUNTAS algumas vezes, e nem Cook e nem "Katie King", a fantasminha que ela supostamente produzia, desmascararam a fraude de Showers com quem dividiam a sessão. Que conveniente!
Botanico escreveu:os Fays eram farsantes? Por que ninguém os desmascarou?
Porque para isso em geral é preciso invadir o ambiente no meio da sessão, como aconteceu com Showers. Crookes deixou Fay ficar à vontade por trás da cortina.
Botanico escreveu:"Quando os Fays foram a Londres em junho de 1874, (...) mencionaram "entretenimentos incluindo sessões espíritas na luz e às escuras todos os dias", "manifestações misteriosas" e "uma série de efeitos estonteantes", porém, não havia sugestão alguma de que eles tivessem qualquer relação com o Espiritualismo. Todavia, Annie acreditou que ela era mesma uma médium de efeitos físicos. [...] a médium FARSANTE acreditou ser ela própria uma médium de efeitos físicos?
É realmente estranho dizer que ela ACREDITOU ser uma médium. Seria mais lógico dizer que "ACREDITOU-SE" que ela era uma médium. Existe a possibilidade de ser uma tradução ruim para o português. Tens o texto original do Polidoro?
Botanico escreveu:"Foi por essa época que John Nevil Maskelyne e George Alfred Cooke, dois famosos ilusionistas britânicos que tinham seu próprio teatro em Egyptian Hall e que já haviam expostos os truques usados pelos irmãos Davenport, incluíram em seu espetáculo "Uma sessão indescritível" com Cooke, amarrado da mesma maneira dos americanos, duplicando seus feitos." [...] Mas expô-los do que se eles não se anunciaram como médiuns? Seriam apenas mágicos imitando outros mágicos...
Expor o truque, Botânico. Mostrar como é feito. Isso independe do que o ilusionista alega ser.
Botanico escreveu:"As experiências mais importantes de todas feitas sobre a “mediunidade” de Annie foram, sem dúvida, os "testes elétricos de Crookes," feitos em sua própria casa em fevereiro de 1875 (Crookes 1875)." Essa aqui vou comentar depois
"Para uma sessão ulterior, dois dos convidados eram mais céticos que o anfitrião. Quando eles inspecionaram o sistema elétrico de controle, antes de a sessão começar, descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto (? – o correto seria dizer fechado). Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não poderia ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que se poderia ser usada uma tira de pano mais longa ou algum outro tipo de resistor." [...] CITAÇÃO DESONESTA [...] leva o leitor a tirar uma conclusão errada do ocorrido. Lendo o texto acima, eu concluí o seguinte: os safados dos espíritas tentam vender a tese de que o controle pelo galvanômetro é tão eficaz que impossibilitaria qualquer fraude. Mas como demonstrado acima, bastaria um lenço molhado ou um outro resistor qualquer para que o circuito fosse fechado e burlasse o controle. [...]
Apenas estou vendo um ajuste do mecanismo para evitar um determinado truque não previsto originalmente. E mesmo assim as fraudes não ficaram impossibilitadas, como foi confessado pela própria Fay, que conseguiu dar um outro jeitinho.
Botanico escreveu:"(...) Aparentemente, ao final de sua excursão, seu gerente estava insatisfeito com o fato que as investigações dos cientistas não produziram qualquer ganho adicional a seus bolsos, e escreveu para J. N. Maskelyne sugerindo organizar uma exposição pública da sua ex-cliente. Ele ofereceu para revelar como as experiências de Crookes foram fraudadas por uma soma significativa de dinheiro. Maskelyne recusou a oferta,(...) Afinal por que as investigações dos cientistas deveriam produzir mais ganhos se o casal se apresentava como mágicos apenas?
O TEXTO responde: "Annie Eva Fay [...] estava sendo TRATADA COMO uma "médium" [...]. Se os investigadores psíquicos estavam determinados a ver se ela era mesmo uma médium, então ela concordaria e tiraria bom proveito disto enquanto pudesse. Assim restabeleceria sua reputação e OBTERIA MAIS INTERESSE DO PÚBLICO PARA SEUS ESPETÁCULOS."
Botanico escreveu:E por que será que Maskelyne [...] recusou essa tentadora oferta?
Uma das razões pode ser esta, que está NO TEXTO: "[O ex-gerente de Fay] ofereceu para revelar como as experiências de Crookes foram fraudadas POR UMA SOMA SIGNIFICATIVA DE DINHEIRO."
Botanico escreveu:Chamamos a isso de HISTÓRIA MAL CONTADA.
E eu chamo a isso de PANE NO SENSO COMUM DO BOTÂNICO.
Botanico escreveu:"A despeito da exposição [dos truques de Fay feita por Washington Irving Bishop para o New York Daily Graphic], ela continuou trabalhando com o sucesso habitual e reintroduziu o ato da leitura de mentes em seu programa.(...) Mais "exposições" e os Fays continuam com seus espetáculos numa boa.
Olha o PANE, Botânico! Achas mesmo que TODO MUNDO leu o New York Daily Graphic daquele dia e SE INTERESSOU em ler a matéria? A série do "Mister M" passou na Rede Globo em horário nobre para o Brasil inteiro, e ainda assim tem gente que NÃO viu, NÃO sabe explicar os truques, e PAGARIA para ver um espetáculo de magia contendo esses truques.
Botanico escreveu:NÃO HÁ QUALQUER DESCRIÇÃO DAS EXPOSIÇÕES tão fartamente feitas...
Tu analisas textos científicos e não sabes o que significa a expressão "FUGIR AO ESCOPO"? Os Fays eram ILUSIONISTAS. Não é preciso explicar como seus (vários) truques de palco eram feitos em um texto que trata especificamente do que foi feito durante as sessões com Crookes.
Botanico escreveu:"Em 1906 H. A. Parkyn, editor da revista Suggestion, contribuiu com um longo artigo sobre os métodos de truque usados pela Srta Fay (...) Esta "exposição" era desnecessária, desde que naquele momento ela estava declarando em seu programa que pessoas crédulas e tolas não deviam ser influenciadas pela sua apresentação, uma vez que ela "não era uma médium espiritualista" e não existia nada "de sobrenatural ou milagroso" em sua apresentação. Mais incoerências: lá na Inglaterra ela própria se achou uma autêntica médium de efeitos físicos
"Se achou"... se a tradução estiver certa.
Botanico escreveu:e até se submeteu ao escrutínio de pesquisadores psíquicos conhecidos da mídia. E agora ela se declara só ilusionista e que não era médium, nem existia nada de sobrenatural...
Não tem nada de incoerente nisso. Fay parece ter se dado conta de que fazer-se passar por médium não lhe rendia vantagens que fizessem as complicações valerem a pena.
Botanico escreveu:"Houdini a considerou "uma das mais inteligentes médiuns da história" [...] (Silverman 1996). Gozado... Onde e quando Houdini disse isso? Note que é uma referência recente (1996). O correto quando fazemos referências científicas, se não temos o trabalho original em mãos, é citar o autor original, a data apud Silverman 1996.
De acordo. Mas este É um artigo científico?
Botanico escreveu:"Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe [color=#FFFF00]todos os seus segredos. "Ela falou livremente de seus métodos," registrou Houdini. "Nunca em qualquer momento ela deu a entender que acreditava em Espiritualismo." Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente colocou uma manivela da bateria em baixo de sua articulação do joelho, mantendo assim o circuito fechado, mas deixando uma mão livre para fazer as coisas que ele pedira." [...] O lance acima é COMPLETAMENTE mentiroso e Polidoro SABIA DISSO. Mas aí vou ter de lhe contar o lance em detalhes depois.
E esse é todo o cerne da questão. Ficar pescando picuinhas no artigo que mais demonstram teus sucessivos panes no senso comum só nos consome tempo precioso...
Botanico escreveu:"Brooks-Smith relata o seguinte: "não há nenhuma dificuldade em deslizar um pulso e antebraço juntos através de uma manivela e segurar a outra manivela, mantendo assim o circuito fechado através do antebraço, e então liberando a outra mão, sem produzir qualquer movimento grande no indicador do galvanômetro." (...) " Deste modo, não só se confirmou a revelação de Eva, mas também "a explicação de nota de rodapé do Houdini em 1924 (pág. 102) de que em 1874 Florence Cook podia ter destacado um dos eletrodos que constituíam-se num soberano de ouro e papel salino de um pulso e o segurou na dobra de seu joelho" (Brooks-Smith 1965)." Colin BrookeSmith de fato fez experimentos usando um galvanômetro da época de Crookes (talvez tivesse usado até O MESMO galvanômetro de Crookes, segundo entendi do texto deste autor). Só que eu posso considerar que ele fez um trabalho MUITO PORCO. [...] numa certa altura ele quis simular o experimento que Varley fez com a Florence Cook, como citado pelo Polidoro. Varley prendeu os fios do galvanômetro em duas moedas de ouro e enrolou-as em papel absorvente, saturados com solução salina. Em seguida colocou cada um desses enrolados molhados um em cada pulso dela, prendendo-os com elásticos. O que BrookeSmith fez? Olha só o que ele diz: _ Como eu NÃO TINHA elásticos, desatarrachei as manivelas e soltei os fios de cobre, colocando-os em vários locais (dentro das meias, cueca, etc) e constatei que não havia grandes oscilações no marcador do galvanômetro. Que você achou disso? [...] Até parece que elásticos são coisas raríssimas e caras, que lhe custaria muito obtê-los...
O objetivo dos elásticos era manter os eletrodos em contato com a pele, o que foi conseguido.
Botanico escreveu:E cadê os contatos de ouro, os papéis absorventes e a solução salina, tudo muito bem embrulhado, cujo desmonte seria muito trabalhoso?
Pelo que o texto descreve, o "embrulho" compunha o eletrodo. A pessoa não precisava DESMONTAR o eletrodo, apenas abrir o elástico, para poder encostar o eletrodo (ainda bem embrulhadinho) em outro ponto da pele e deixar a mão livre.
Botanico escreveu:"Não existe mais dúvida, agora, de que aquele artifício realmente aconteceu durante os testes de Crookes, exatamente como descrito por Annie Eva Fay; o que ainda é obscuro é se ele era um imbecil total (improvável) ou um cúmplice voluntário. Em todo caso, uma coisa não pode ser negada: o grande William Crookes teve um interesse especial em médiuns jovens, atraentes, pretextando um interesse científico e estava disposto a testar todas elas, ainda que fossem fraudes evidentes como Eva Fay, em sua própria casa, bem debaixo de nariz da sua esposa." Já que não pode destruir o experimento, destrua o experimentador... Olha só a segurança de Polidoro: Não existe mais dúvida de que aquele artifício realmente aconteceu...
Fay confessou como fez, e as simulações reproduziram. O experimento ESTÁ destruído.
Botanico escreveu:[Crookes] validou médiuns homens também. Vai querer me dizer que ficou atraído por esses caras?
Não, e nem o texto sugere que tivesse interesse EXCLUSIVO em belas mocinhas médiuns.
Botanico escreveu:Depois vou lhe mandar o RELATÓRIO ORIGINAL de Crookes
Por favor. Depois deste teu espetáculo de pane no senso comum, não me pareces muito habilitado como um intermediário confiável para contar a história...
Botanico escreveu:E por que eu deveria acreditar em ambas as coisas? Os espíritos são o produto de UM CONCEITO de que nossa consciência sobrevive após a morte do corpo físico. Na fé cristã isso é só um dogma, já que é PROIBIDO contatar espíritos. O dogma de que existe vida após a morte (alma ou espírito) é o pilar de sustentação de ambas as vertentes, cristianismo e espiritismo, e nenhuma é mais importante por ser menos bizarra do que a outra. A grande diferença é que o espiritismo acha que tem um canal direto de comunicação com o outro lado e tenta demonstrar isso sem sucesso, dentro de uma ótica racional, o que o torna uma seita ridícula e cada vez mais esquisita que o seu concorrente.
Botanico escreveu: No caso do Espiritismo, se os tais espíritos existem dentro do conceito estabelecido, isso poderia ser verificado de alguma forma. Bem as comunicações através de médiuns permitiram que as formas de se expressar, os trejeitos, o conhecimento de fatos desconhecidos do médium e até dos próprios parentes são para nós a prova de que o conceito de sobrevivência da consciência após a morte é verdadeiro.
O conceito estabelecido é muito pessoal, e experiência pessoal serve apenas para alimentar uma crença e não reproduz a realidade. Como estatisticamente esse conceito não de reproduz num ambiente que não seja controlado, isso de nada vale.
Botanico escreveu: Já querer pretender que esses tais espíritos poderiam CAUSAR fenômenos naturais e de grande magnitude já é muito fantástico como você bem lembrou. Disso não temos evidências claras. Em situações limitadas, podemos ver os espíritos causarem fenômenos físicos, mas mesmo assim sabemos que há o concurso de médiuns. Os espíritos somente não teriam como fazê-lo.
O que está no LE pra mim é tudo muito fantástico e não me surpreendo com a atitude de fantasmas iterferindo em fenômenos geológicos! Se existem espíritos superiores que fazem reuniões no Sol, aqui pra nós, isso é fichinha!
Botanico escreveu:Essa é a vantagem que temos sobre os crentes da Bíblia. É proibido duvidar dessa, pois é uma revelação divina. Já no nosso caso, o LE e os outros são revelações de espíritos, que já sabíamos de antemão serem falhos, ignorantes em muitas coisas e que, mesmo que não o fossem, não teriam como nos revelar fatos relevantes que iam de encontro aos fatos da época em que Kardec viveu.
Isso só mostra que apesar da ignorância de Kardec para vários fatos, ele conseguiu doutrinar uma meia dúzia de babacas. No final em meio a tantas incongruências, tudo se explica, foi obra de espíritos ignorantes!
Botanico escreveu: Então se há coisas falhas ou duvidosas, estamos autorizados a usar do nosso bom senso para decidir o que fazer com elas. Eu, cá comigo, não moveria um dedo para defender ou justificar o que efetivamente está errado.
O meu bom senso é de que isso tudo não passa de mais uma estória de homens contada pra homens colocadas em um livro cheio de fantasias que se tenta digerí-lo como verdade e até mesmo ciência.
Nós também sabemos o quanto a verdade é muitas vezes cruel, e nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
Henri Poincaré (1854-1912)
Quando se coloca o centro de gravida da vida não na vida, mas no "além"-no nada-, tira-se à vida o seu centro de gravidade.
Nietzsche - O Anticristo.
Só que em vez disso, o que tenho visto é gente agindo como você: dizem que os tais experimentos e pesquisas feitas estão todos errados, mas que não lhes cabem apontar ou justificar suas afirmações: cabe a nós provar que os dito-cujos estão certos...
É mole?
É como deve ser, Botanico. Qualquer um que tenha um mínimo de noção de método científico sabe disso. Já era para você ter aprendido a esta altura, e não adianta ficar de pirraça e dizer que quer outra coisa.
Não funciona assim, Dantas. O método científico, ao menos em teoria, NÃO PREVÊ GOSTOS PESSOAIS PARA TOMADAS DE DECISÕES. O cientista deve ater-se aos fatos. Quando Crookes mostrou seus experimentos com médiuns aos seus colegas cientistas, descrevendo os métodos e os resultados obtidos, seus colegas não ficaram convencidos (porque contrariava o bem aceito pensamento materialista da época), MAS NENHUM DELES SOUBE DIZER ONDE CROOKES ESTAVA ERRADO.
Se os críticos e céticos de ontem e hoje NÃO SABEM DIZER ONDE É QUE ESSA PESQUISA MEDIÚNICA ESTAVA ERRADA então, por inferência, conclui-se que está certa. O ônus da prova cabe a quem afirma, certo? Então se o pessoal cético diz que as pesquisas mediúnicas estavam e estão erradas até hoje, caberia a esse pessoal dizer onde, como e porque estão erradas.
Agora afirmar que estão erradas, mas dizer que somos nós que temos que descobrir os erros... tem algum nome para essa falácia lá na língua das araras? Em português seria algo como transferência do ônus da prova...
Botanico escreveu:E por que eu deveria acreditar em ambas as coisas? Os espíritos são o produto de UM CONCEITO de que nossa consciência sobrevive após a morte do corpo físico. Na fé cristã isso é só um dogma, já que é PROIBIDO contatar espíritos.
Carlos Castelo escreveu:O dogma de que existe vida após a morte (alma ou espírito) é o pilar de sustentação de ambas as vertentes, cristianismo e espiritismo, e nenhuma é mais importante por ser menos bizarra do que a outra. A grande diferença é que o espiritismo acha que tem um canal direto de comunicação com o outro lado e tenta demonstrar isso sem sucesso, dentro de uma ótica racional, o que o torna uma seita ridícula e cada vez mais esquisita que o seu concorrente.
Por que diz que tentamos demonstrar isso sem sucesso? Os tais cristãos apelam para os seus queridos demônios para dizer que os espíritos que se comunicam são essas figuras aí. O Quemedo apela para o inconsciente quevediano, o Zangari para a Força PSI, o Rhine para PK, PS, PI, PQP... O pessoal cético para leituras frias, quentes ou mornas... Se tais propostas explicam farsantes ou anímicos, não acho que funcionam bem para vários outros casos investigados.
Botanico escreveu: No caso do Espiritismo, se os tais espíritos existem dentro do conceito estabelecido, isso poderia ser verificado de alguma forma. Bem as comunicações através de médiuns permitiram que as formas de se expressar, os trejeitos, o conhecimento de fatos desconhecidos do médium e até dos próprios parentes são para nós a prova de que o conceito de sobrevivência da consciência após a morte é verdadeiro.
Carlos Castelo escreveu:O conceito estabelecido é muito pessoal, e experiência pessoal serve apenas para alimentar uma crença e não reproduz a realidade. Como estatisticamente esse conceito não de reproduz num ambiente que não seja controlado, isso de nada vale.
Bem, médiuns foram estudados durante vários anos. A Leonore Piper, que foi inclusive seguida por detetives para verificar se não obtinha informações por meios normais, o foi durante 15 anos. E chegaram-se aos tais resultados de relevância estatística. O jornalista Jules Bois (o mesmo que se dizia amante da Florence Cook e de quem ficou sabendo que Crookes foi enganado com truques bobos e infantis) analisando os cinco grossos volumes que resumem essas pesquisas, encontrou um erro ali. UM erro em 15 anos de pesquisa. É muito grave!
Como vê, meu caro Carlos Castelo (Branco?), não adianta fazer coisa alguma para convencer os céticos. Eles sempre encontram alguma desculpa. Por esse motivo, ficamos naquilo de lidar com as pessoas em particular. Se estas ficam convencidas, tudo bem. Se não ficarem, também nenhum problema. Não sei porque isso seria mais ridículo do que um pastor desencapetando fiéis no palco na frente da TV...
Botanico escreveu: Já querer pretender que esses tais espíritos poderiam CAUSAR fenômenos naturais e de grande magnitude já é muito fantástico como você bem lembrou. Disso não temos evidências claras. Em situações limitadas, podemos ver os espíritos causarem fenômenos físicos, mas mesmo assim sabemos que há o concurso de médiuns. Os espíritos somente não teriam como fazê-lo.
Carlos Castelo escreveu:O que está no LE pra mim é tudo muito fantástico e não me surpreendo com a atitude de fantasmas iterferindo em fenômenos geológicos! Se existem espíritos superiores que fazem reuniões no Sol, aqui pra nós, isso é fichinha!
Não estou sabendo de que os espíritos esfriam e/ou apagam o Sol para fazer alguma reunião lá. O que tem o cu a ver com as calças?
Botanico escreveu:Essa é a vantagem que temos sobre os crentes da Bíblia. É proibido duvidar dessa, pois é uma revelação divina. Já no nosso caso, o LE e os outros são revelações de espíritos, que já sabíamos de antemão serem falhos, ignorantes em muitas coisas e que, mesmo que não o fossem, não teriam como nos revelar fatos relevantes que iam de encontro aos fatos da época em que Kardec viveu.
Carlos Castelo escreveu:Isso só mostra que apesar da ignorância de Kardec para vários fatos, ele conseguiu doutrinar uma meia dúzia de babacas. No final em meio a tantas incongruências, tudo se explica, foi obra de espíritos ignorantes!
Por que seriam meia-dúzia e porque seriam babacas? Tem os números para provar isso? Aliás, as pesquisas feitas mostram até o contrário: entre os espíritas estão os de melhor escolaridade... E o fato de proclamarem os cristãos que a Bíblia é a Palavra de Deus não torna o Universo tão mais jovem, não torna a Terra plana, nem solidifica o Céu. Quem são os mais babacas, ô meu?
Botanico escreveu: Então se há coisas falhas ou duvidosas, estamos autorizados a usar do nosso bom senso para decidir o que fazer com elas. Eu, cá comigo, não moveria um dedo para defender ou justificar o que efetivamente está errado.
Carlos Castelo escreveu:O meu bom senso é de que isso tudo não passa de mais uma estória de homens contada pra homens colocadas em um livro cheio de fantasias que se tenta digerí-lo como verdade e até mesmo ciência.
Há alguma obra religiosa ou científica que não seja obra de homens e para os homens? E por acaso a Ciência é prevenção contra o ridículo? Já ouviu em Eugenia?
Botanico escreveu:Não funciona assim, Dantas. O método científico, ao menos em teoria, NÃO PREVÊ GOSTOS PESSOAIS PARA TOMADAS DE DECISÕES. O cientista deve ater-se aos fatos. Quando Crookes mostrou seus experimentos com médiuns aos seus colegas cientistas, descrevendo os métodos e os resultados obtidos, seus colegas não ficaram convencidos (porque contrariava o bem aceito pensamento materialista da época), MAS NENHUM DELES SOUBE DIZER ONDE CROOKES ESTAVA ERRADO.
Se os críticos e céticos de ontem e hoje NÃO SABEM DIZER ONDE É QUE ESSA PESQUISA MEDIÚNICA ESTAVA ERRADA então, por inferência, conclui-se que está certa. O ônus da prova cabe a quem afirma, certo? Então se o pessoal cético diz que as pesquisas mediúnicas estavam e estão erradas até hoje, caberia a esse pessoal dizer onde, como e porque estão erradas.
Agora afirmar que estão erradas, mas dizer que somos nós que temos que descobrir os erros... tem algum nome para essa falácia lá na língua das araras? Em português seria algo como transferência do ônus da prova...
Botanico, é exatamente aí que você se engana. Deixando de lado por ora quão confiável é essa sua história do Crookes (o que não é uma questão trivial, mas nem preciso resolvê-la), ainda assim ele não está certo até que alguém prove que esteja errado.. Isso seria verdade em criminalística, não em ciência.
Seria preciso que ele mostrasse uma tese suficientemente clara e reprodutível para que outros pudessem repetir seus experimentos e comprovar suas afirmações. Você é que está propondo que se recorra a gostos pessoais e se confie na palavra do Crookes em vez de nos fatos. Isso configura, como de hábito, uma combinação de "Ad Hominen" e de Inversão do Ônus da Prova.
Um cientista não tem mais obrigação de explicar Crookes do que teria de explicar David Copperfield.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi "First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
Botanico escreveu:Não funciona assim, Dantas. O método científico, ao menos em teoria, NÃO PREVÊ GOSTOS PESSOAIS PARA TOMADAS DE DECISÕES. O cientista deve ater-se aos fatos. Quando Crookes mostrou seus experimentos com médiuns aos seus colegas cientistas, descrevendo os métodos e os resultados obtidos, seus colegas não ficaram convencidos (porque contrariava o bem aceito pensamento materialista da época), MAS NENHUM DELES SOUBE DIZER ONDE CROOKES ESTAVA ERRADO.
Se os críticos e céticos de ontem e hoje NÃO SABEM DIZER ONDE É QUE ESSA PESQUISA MEDIÚNICA ESTAVA ERRADA então, por inferência, conclui-se que está certa. O ônus da prova cabe a quem afirma, certo? Então se o pessoal cético diz que as pesquisas mediúnicas estavam e estão erradas até hoje, caberia a esse pessoal dizer onde, como e porque estão erradas.
Agora afirmar que estão erradas, mas dizer que somos nós que temos que descobrir os erros... tem algum nome para essa falácia lá na língua das araras? Em português seria algo como transferência do ônus da prova...
Botanico, é exatamente aí que você se engana. Deixando de lado por ora quão confiável é essa sua história do Crookes (o que não é uma questão trivial, mas nem preciso resolvê-la), ainda assim ele não está certo até que alguém prove que esteja errado.. Isso seria verdade em criminalística, não em ciência.
Seria preciso que ele mostrasse uma tese suficientemente clara e reprodutível para que outros pudessem repetir seus experimentos e comprovar suas afirmações. Você é que está propondo que se recorra a gostos pessoais e se confie na palavra do Crookes em vez de nos fatos. Isso configura, como de hábito, uma combinação de "Ad Hominen" e de Inversão do Ônus da Prova.
Um cientista não tem mais obrigação de explicar Crookes do que teria de explicar David Copperfield.
USUALMENTE o método científico começa com um LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO, ou seja, quero saber o que já foi feito sobre certo tema antes de começar a fazer coisas e depois descobrir que já foram feitas... Sabe, existe um problema, não no método científico, mas na divulgação dos trabalhos científicos: os periódicos científicos QUEREM COISAS INÉDITAS. Eu não posso refazer um trabalho científico que já foi feito por outro colega sob alegação de que estou replicando o dito-cujo, pois uma das premissas do tal método é que a coisa deve ser replicada para se verificar se realmente é o que se disse ser. Ninguém faz isso em Ciência.
Só há interesse em replicar experimentos quando a coisa ou é muito duvidosa ou é muito revolucionária ou quando o objeto da pesquisa tem alto potencial econômico. Fora isso, se o assunto pesquisado vai ao encontro das expectativas da comunidade científica, é mais um trabalho que vai para as listas de referências bibliográficas até que alguém descubra, por acidente, que o trabalho era uma baita fraude...
Voltando para o Crookes, bem, ele convidou seus colegas para irem ver a coisa que ele estava vendo. ELES SE RECUSARAM. Bem, como se vai reproduzir um experimento se outros cientistas não querem fazê-lo? Uns poucos gatos pingados resolveram ver por si mesmos (Varley, Cox, Gully, etc) e viram as mesmas coisas que Crookes viu. Melhor ainda fizeram Carpenter e Ramsay (descobridor do argônio), o primeiro disse que Crookes sofria de alucinações (e a comunidade cética leva isso tão a sério, que acredita que chapas fotográficas também podem ficar alucinadas!) e o segundo dizia que não se podia confiar no que Crookes dizia pois ele estava "extremamente míope". Bem, eu também tenho miopia, mas um par de óculos resolve o problema muito bem e em várias fotos, Crookes aparece de óculos... E agora me diga: por que Carpenter e Ramsay não foram eles próprios tirar a coisa a limpo? Por que não foram eles refazerem os experimentos e mostrar ao Crookes: _ Ô alucinado! Ô ceguinho! Olha só as falcatruas que descobrimos aqui e ali.
Essa, Dantas, é uma NOVA (ou talvez velha, pois já vem desde mais da metade do século XIX) maneira de se fazer Ciência: Não se faz mais experimentos. Se contraria o pensamento científico vigente, proclama-se que é besteira e ponto. E vejo que a comunidade cética aprova isso plenamente, certo?
Esse trabalho tende sim a ser algo criminalístico. O cientista não pode pensar que está lidando com fenômenos físicos ou químicos. Ele está lidando com gente. E gente é imprevisível, gente pode ser esperta ou burra, gente tem vontades e milindres. Então exige-se sutileza para se lidar com a coisa. E Crookes tinha isso.
Falou você em replicar? Pois bem, já disse várias vezes aqui que ao longo de 80 anos (1850-1930), mais de 200 cientistas fizeram experimentos mediúnicos e chegaram a resultados parecidos. Uma coisa dessas, aplicada a algum fenômeno físico qualquer certamente não despertaria mais dúvidas nenhumas, mas como foi aplicado à mediunidade, então...