Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:E ai que mora o problema, não foi confirmado.
É um dos fatos mais bem estabelecidos das ciências naturais. Sua incredulidade pessoal está te impedindo de fazer uma análise honesta das evidências para a ancestralidade comum. Até mesmo neocriacionistas mais sofisticados como Michael Behe aceitam o fato da ancestralidade comum universal.
Não existe nenhuma evidência para descontinuidades na sistemática. A biodiversidade terrestre se apresenta exatamente como o esperado se todos os seres vivos fossem aparentados.
Apresente evidências para descontinuidades na sistemática que mostrarei que você está errado.
Eu não preciso provar a teoria como errada para não acreditar nela.
Minha incredulidade parte de dois pontos, o que inclui o fato de que não tenho conhecimento profundo do evolucionismo.
Eu acredito naquilo que posso comprovar pessoalmente e, que já tenha feito. Mesmo isso, não coloco como certeza e, o que nunca comprovei pessoalmente, só deixo na categoria do provável/improvável.
O evolucionismo de qualquer forma, me parece um tiro no escuro.
O que eu sei, é que o homem tem conhecimento limitado do genoma dos seres vivos e, interpreta o pouco que conhece, como sendo prova irrefutavel de parentesco.
Eu vejo que existem outras possibilidades para as semelhanças genéticas, bem como vejo que existe uma diferença muito grande, entre uma bactéria ficar mais resistente a um agente químico e uma bactéria poder evoluir em um homem, só isso.
Fora isso, ainda tem as coisas que eu aprendi e comprovei pessoalmente e, que levantam duvidas a necessidade e veracidade de um sistema evolutivo como esse.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Ainda assim é uma explicação, não um fato em si mesmo.
Da mesma forma que é um fato você possuir um pai e uma mãe, é um fato que existe continuidade biológica entre você, um dinossauro e um abacateiro. Todas as genealogias de seres vivos terrestre se cruzam.
Não, o fato é que existem semelhanças físicas e genéticas entre dinossauros, um abacateiro e eu.
A idéia do parentesco é a explicação, o fato é apenas a semelhança, não o parentesco.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Não sou criacionista.
Então apresente processos naturais capazes de explicar a biodiversidade terrestre como sistemática descontínua.
Não tenho teorias sobre o assunto, pra mim é um mistério e pronto.
Não preciso de outra teoria para não acreditar na teoria da evolução, apenas preciso saber que é possível explicar isso das mais variadas formas e, pelo conhecimento que tenho, até mesmo a "fraude" ou o "engodo", são hipóteses tão prováveis quanto a teoria da evolução.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Ou seja, um subproduto sentimental/instintivo e um subproduto anatômico que coincidem?
Exatamente. E vale lembrar que o comportamento homossexual sazonal na Natureza não se restringe ao sexo anal, também inclui "outercourse" como masturbação, "rubbing" e sexo oral. Usos sexuais de estruturas que originalmente não servem para reprodução.
O problema é que são coincidências, que acabam de encontro a muitas outras coisas que não citei.
A variedade de prazeres é muito grande e, todas são classificadas ou como "coincidência" ou com outra explicação.
Já vi explicações melhores sobre os prazeres e, que se encaixam melhor com os fatos de nossa realidade.
Azathoth escreveu:Conhecemos muito mais a respeito do desenvolvimento atípico de homens e mulheres homossexuais, existe uma forte relação com a exposição a hormônios sexuais no ambiente pré-natal. A orientação sexual definitiva é estabelecida na infância.
Outra coisa que discordo.
A homossexualidade/heterossexualidade, não passam de "preferências" que dependem da historia de vida de cada um.
Biologicamente e mentalmente, o homem é bisexual, o que vai inclina-lo para um lado ou outro é apenas sua estória de vida e seu desenvolvimento mental.
Concordo apenas quando diz que isso é definido na "infância", mas a sexualidade definida na infância, está bem longe de ser definitiva.
Me pergunto os motivos evolutivos para criar seres bisexuais, ou talvez até mesmo pansexuais.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Ou seja, mais uma vez não sabem.
Não, não sabemos, o que faz desse um dos problemas mais interessantes das neurociências.
Esse é outro problema.
Como julgam o parentesco entre as espécies como fato, não percebem que esse "fato/idéia" encontra problema para explicar como um monte de coisas iria ser fruto dessa evolução não demonstrada.
Não que não percebam os problemas, mas justificam com a idéia: "Que ocorreu é fato, só falta descobrir como ocorrei tal coisa especifica."
É um salto de fé.
Azathoth escreveu:Não conhecemos outros processs naturais capazes de projetar faculdades complicadas e exuberantes além da seleção cumulativa, natural ("ecológica") e sexual. Se você tiver outra proposta interessantes, apresente em revistas científicas revisadas por pares. Outros mecanismos propostos em análise como engenharia genética natural de Robert Shapiro continuam dependendo do algoritmo neodarwiniano para finalizar o processo.
O problema está em tentar explicar o inexplicável.
Pra mim, não faz diferença o "universo" ter surgido do "nada" apenas como matéria morta por um BIG-BANG, depois ter "evoluido", ou "tudo" ter surgindo do "nada" exatamente "como é hoje", sem evolução. Ou mesmo um Deus ter surgido do nada e criado isso tudo como é.
Nem uma dessas idéias faz o menor sentido, nem explicam o "absurdo" da existência de tudo e de todos.
O problema está em querer "explicar".
Eu posso explicar isso tudo de outra forma irrefutavel, e com menos lacunas e problemas que a evolução.
Mesmo se eu disser que nada disso é real, que você está apenas a dormir e sonhar isso tudo, não vai poder refutar.
Posso criar as mais elaboradas explicações e motivos para cada elemento de seu sonho e, elas vão fazer o maior sentido... mas isso não significa que essa explicação seja real.
A resposta nesse caso é simples, nunca vi a evolução e não vejo motivos para acreditar nela.
O que você vê como "parentesco" é subjetivo e pode ser explicado de outras formas. Existem outras explicações que não dependem da evolução.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Porque quando "vemos" algo, ou "cheiramos" algo, isso é acompanhado de uma sensação física?
Quando vemos algo, não temos apenas o sentido da "visão", mas isso é acompanhado de uma sensação física prazerosa.
O mesmo vale para quando "ouvimos" algo.
Esse é o "hard problem" da consciência. Existem várias explicações propostas. Como exemplo, para o naturalismo biológico de John Searle, intencionalidade e experiência subjetiva são propriedades emergentes de processos de alto nível do cérebro que provocam causação nos níveis de organização mais abaixo.
Para o dualismo de propriedade naturalista de David Chalmers, experiência é uma propriedade não-física fundamental do Universo e existem leis psicofísicas regendo sistemas físicos organizados de forma apropriada.
Para materialistas eliminativos como Daniel Dennett, a unidade da experiência subjetiva - "qualia" - da forma como definida por filósofos da mente é auto-contraditória, não pode possuir todos os atributos concedidos a mesma ao mesmo tempo. Por ser um conceito incoerente, deve ser eliminado, não existindo um "hard problem".
Pois é... idéia que também é subjetiva.
A meu ver, o maior problema da consciência na evolução, está em explicar o fato de que se nosso estado atual de consciência, permite satisfatoriamente nossa atual sobrevivência como prega a idéia materialista/evolutiva. O problema é que esse estado atual de consciência é um estado inferior de falta de controle mental, sendo que é possível ao homem controlar melhor a mente, atingindo um estado mais desperto de consciência que permite harmonia com a existência e que joga por terram todas as teorias evolutivas sobre o desenvolvimento da moral.
Bem como cria a pergunta do porque seriamos dotados disso (todos nós), se o nosso atual estado já permite a sobrevivência satisfatória.
Que mecanismo criaria isso?
É uma pergunta que eu me faço, mas que é desconhecida pela ciência em geral.
Meu ceticismo, não tem apenas fonte no desconhecimento mais profundo do wvolucionismo (o desconhecimento influencia minha postura sim), mas também tem origem em conhecimentos que tenho e que são desconhecidos do senso científico comum.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Como explicar o prazer pela musica?
Porque senso de humor e diversão?
Pequeno sumário de uma das visões: talento musical e expressão artística possuem valor adaptativo segundo o psicólogo Geoffrey Miller. Demonstração de criatividade conta muito na competição intra-específica.
Segundo o mesmo, senso de humor está ligado ao que se chama de comportamento proteiforme, a irreverência e o inesperado nos interessam muito, da mesma forma como novidades (ambientes e objetos novos) também atiçam os sentimentos de nossos primos chimpanzés e gorilas.
Resta responde o porque isso causa sentimentos.
O desconhecido, por exemplo, pode causar medo.
Porque não um condicionamento instintivo. Seria muito mais eficiente se sermos mais racionas e menos sentimentais.
A musica ajudar na competição, não explica o porque causa prazer ou o porque gostamos dela em primeiro lugar.
Porque temos o humor e gosto por lugares novos?
Evolutivamente falando, podemos buscar lugares novos por um grande número de razões que propiciam a sobrevivência, mas todas poderiam ser meramente instintivas sem nenhuma necessidade de causar prazer ou medo.
Sempre tentam explicar o prazer de alguma forma.
Ou o prazer ajuda a instigar o sujeito a reproduzir, ou a fazer outro algo com beneficio a sobrevivência ou quando isso não pode ser explicado por motivos de sobrevivência, vira mera coincidência, ou simplesmente não se sabe exatamente o porque... Não convence.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:É lindo como podemos "inventar" explicações pra tudo isso... mas é isso que estamos fazendo, inventando explicações sobre algo que não sabemos.
Inventar hipóteses é imprescindível para o desenvolvimento da ciência. Todos os exemplos que estou lhe citando são retirados de pesquisas realizadas por cientistas, realizando predições testáveis e amparados por evidência empírica. Alguns são trabalhos muito mais especulativos e devem ser extintos com o tempo, outros são mais sólidos e podem servir de base para pesquisas mais relevantes no futuro.
A ignorância de cientistas em questões tão interessantes como algumas das levantadas pelo tópico é justamente sua maior força, em contraponto ao dogmatismo de muitos pseudocientistas e religiosos.
Só o que você não percebeu é a enormidade do que estão tentando explicar, bem como a enormidade das lacunas daquilo que você define como fato.
Teorizar e buscar explicações é ótimo, gera muitos conhecimentos casuais de coisas que não eram exatamente o que procuravam.
Veja, estudar os genes é ótimo, estudar tudo é ótimo.
A ciência está cheia de coisas práticas que podemos usar, ela é otima em compreender o funcionamento superficial do mundo causal e, tirar proveito disso.
Só que a ciência não explica a realidade de forma profunda e, para tudo que se sabe, existem milhares de coisas sobre o mesmo objeto que não sabemos.
O único problema é se apegar a crenças e deixar interpretações subjetivas das coisas descobertas, distorcer nossa visão do mundo.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Um computador pode ter câmeras e "ver", pode calcular e processar essas informações, pode guardar dados e depois acessa-los.
Com isso tudo pode ele ser consciente ou isso já é um passo a mais?
Segundo os funcionalistas já é um passo a mais mas ainda falta muito para inteligência artificial "hard".
E segundo eu, mesmo uma inteligência artificial "hard", não é um ser consciente.
Não sei se somos capazes de criar uma consciência, nem ao menos sabemos ao certo o que ela é ou não. A maioria confunde consciência com razão e capacidade de pensar.
Azathoth escreveu:Arrogância é negar o fato da evolução e recusar-se a propor uma alternativa.
Arrogância é propor que um teoria é um fato.
Eu não nego a teoria, ou a "possibilidade".
Quem afirma que é fato, é que está de forma arrogante, negando todas as outras muitas "possibilidades". Incluindo a possibilidade Deus.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Podemos procurar explicações e pensar logicamente sobre muitas delas, mas definir essas explicações como fato, é um passo muito grande para algo que não foi reproduzido.
Todas as observações que levam cientistas a aceitar o fato da ancestralidade comum universal estão ao seu alcance.
E todas as observações sobre a realidade que me levam a perceber que existe algo mais nisso tudo, estão ao seu alcance e ao alcance de qualquer cientista.
Aqui estamos empatados.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Podem mesmo maquinas complexas e conscientes serem criadas ao acaso?
Mas é claro que não! Se seleção natural fosse um processo "ao acaso" ela não funcionaria! Evolução é um processo estocástico.
Desculpe, mas seleção natural está incluída no que chamei de acaso, pois é um processo que ocorre sem premeditação em um mundo de causas e efeitos.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Ao menos aqui no fórum, muitos consideram como "fato", que uma bactéria ao longo de milhões de anos resultou em um humano.
Isso é uma possibilidade, não um fato.
Não, é um fato que você e todos os vertebrados descendem de organismos unicelulares.
Pode demonstrar esse fato, ou apenas acredita nele?
Até hoje não vi ninguém demonstrando que um organismo unicelular, pode virar qualquer outra coisa.
Gostaria de ver um organismo unicelular, virando uma maquininha biologia simples, multi-celular com um órgão simples e funcional.
Esse é o mínimo para considerar seriamente a hipótese de que pode gerar um cérebro humano complexo.