Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Dizer que a física "larga" a lógica é dizer que ela não faz sentido. Se essa é uma condição para explicar certo fenômenos, então o problema está na descrição que está sendo feita sobre tais fenômenos, e não na lógica! (mais uma vez: querer o contrário seria querer o sem sentido.) Se supormos uma situação ABSURDA onde ou se "larga a lógica" (seja lá o que isso queira dizer) ou se larga a mq, deve-se largar a mq (note que essa seria uma situação absurda, pois, se a mq tem sentido, se é racional, esse "largar a lógica" não pode ser feito). Se a mq contraria a lógica, então quem sai perdendo é a própria mq, pois se mostra ERRADA.
Obs: Se dissermos pejorativamente que "esoterismo" são essas aquelas coisas malucas, sem sentidos, obscuras, irracionais, etc.. e se a mq pretende "contrariar" a lógica, então ela seria exotérica por excelência.... Não me admira que, hoje em dia, há muitos livros esotéricos (friso: MAU ESOTERISMO) que se fundam na mecânica quantica...
Isso apenas sob o ponto de vista de que a lógica, "as condições do pensamento, a coleção dos mecanismos da própria racionalidade", alcançados através da... própria racionalidade(!!) seja algo absoluto.
Como eu disse, você de fato crê que um sistema, mecanismo, função, ou seja lá como queiram chamar, pode se auto-explicar em sua totalidade partindo de si próprio e utilizando a si mesmo para isso!!
Pensar assim nada mais é do dar atributos de onipotência a tal sistema, tornando-o divino. Fazer isso é fugir da salutar arte de pensar, raciocinar e adentrar no obscuro e impreciso caminho da fé, do sentimento da fé.
Não me admira que, hoje em dia, há centenas de milhões de livros esotéricos, crenças, crendices e bobagens sem fim que se fundamentam na arte espúria de endeusar concepções humanas... com o intuito de enganar e se aproveitar do próprio ser humano!
Editado pela última vez por Fayman em 02 Abr 2007, 15:21, em um total de 1 vez.
Fayman
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OS GUARDIÕES DO TEMPO RELÂMPAGOS DE SANGUE ANJO - A FACE DO MAL AMOR VAMPIRO (Coletânea 7 autores)
Sr. Incógnito escreveu: Veja bem... o que eu direi está longe de ser uma caracterização perfeita da metafísica... para isso, seria preciso uma monografia inteira! Mas, posso definir, quase que de forma caricatural, dessas maneira:
1. Metafísica é a ciência absolutamente universal. 2. É a ciência do ser enquanto ser.(ontologia) 3. É a ciência das primeiras causas e dos primeiros princípios. 4. É a ciência da substância (ousiologia)
Metaf[isica é a ciência primeira.
Então tô dentro. Venho do “nada cabalístico”, passando por 3 universo até o quarto (o nosso). Pretendo mostra uma possibilidade qualitativa de explicar o porque o espaço-tempo vem a existir (em 11 dimensões) e a matéria, bem como o homem molda nosso universo e a relação mente, cérebro, matéria, eu. Abç Leo
Sr. Incógnito escreveu:E agora um desafio para quem quiser responder
Por que se adotar a mq e dizer (absurdamente) que ela "contraria a lógica" se podemos adotar a física clássica (ou, na verdade, qualquer outra coisa) e dizer que ela também contraria a lógica????
Alguém diz (o exemplo é inventado, claro, e não sério!): "A física clássica não explica certas coisas, pois ela diz que todos objetos quando largados no ar caem, mas eu larguei esse aqui e ele não caiu...assim ela não explica tudo".... Ora, ai eu digo: Ela explica sim, só que ela desafia a lógica! A "lógica diz" que tudo cai, mas, "como a lógica é limitada" a física clássica a desafia e a ultrapassa.
Isso seria o mesmo que dizer: "A lógica diz que uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto...porém, na mq vemos coisas assim... Assim, ela desafia a limitada lógica"......
Por isso, nem percam tempo... Não há motivos para perder tempo com a mecânica quântica que desafia a lógica se podemos usar a física clássica, com a ressalva de que ela também desafia a lógica. Isso é, dizendo que ambas "desafiam a lógica" podemos usar qualquer uma que o resultado será o mesmo. Ou vai me dizer que a MQ é melhor porque desafia "menos" a lógica???
Aí está o desafio!
obs: Essas posições que eu coloquei acima são absurdas! É absurdo "desafiar a lógica", "negar a lógica", etc...
Sr. Incógnito escreveu: Veja só... A física moderna NÃO PODE "negar" o princípio de não contradição, por exemplo. Na verdade, ela não nega. Eu sei muito bem que há quem diga essas coisas por aí, mas é um absurdo... Por isso, a crítica qwue Fayman fez no primeiro post sobre os filósofos, serve mais para os físicos, pois agora é moda que muitos deles parem de faser física e tentem fazer filosofia... Inclusive, entre eles pode haver excelentes físicos, mas que são péssimos filósofos... Dizer que a física "larga" a lógica é dizer que ela não faz sentido. Se essa é uma condição para explicar certo fenômenos, então o problema está na descrição que está sendo feita sobre tais fenômenos, e não na lógica! (mais uma vez: querer o contrário seria querer o sem sentido.) Se supormos uma situação ABSURDA onde ou se "larga a lógica" (seja lá o que isso queira dizer) ou se larga a mq, deve-se largar a mq (note que essa seria uma situação absurda, pois, se a mq tem sentido, se é racional, esse "largar a lógica" não pode ser feito). Se a mq contraria a lógica, então quem sai perdendo é a própria mq, pois se mostra ERRADA.
Obs: Se dissermos pejorativamente que "esoterismo" são essas aquelas coisas malucas, sem sentidos, obscuras, irracionais, etc.. e se a mq pretende "contrariar" a lógica, então ela seria exotérica por excelência.... Não me admira que, hoje em dia, há muitos livros esotéricos (friso: MAU ESOTERISMO) que se fundam na mecânica quantica...
Veja bem: se uma moeda não pode dar cara e coroa (ou cara e “não cara”), se um peão não pode girar no sentindo horário e anti-horário, se a lógica é montada (ou existe) racionalmente orquestrada em fatos, o que fazer quando os fatos contrariam a lógica? Abandonar os fatos? O que dizer de elétrons que giram em ambos os sentido (em relação a determinado eixo), em quantas que se comportam hora como partícula e hora como onda? Por isso dize que se teve de “largar” a lógica. Constatações eram feitas em que a lógica, simplesmente, apontava como impossíveis. Logo, os pilares da lógica cotidiana, lógica usada no mundo macro, nos eventos que estamos familiarizados (acredito q a lógica venha dai) têm de ser revisto quando se considera MQ. Ou há outra possibilidade? Não estou debochando, mas eu não consigo ver outra saída além de se admitir uma “lógica clássica” e uma “lógica Quântica”, com a primeira sendo uma aproximação “macro” da segunda. Abç Leo
me nego a continuar a discussão nos termos que estão
É estava demorando...
simplesmente porque não se respeitam nem as menores condições para isso (pois não se respeitam as leis lógicas.
Interessante, mas mesmo você achando a imbecilidade das imbecilidades as afirmações, ou hipóteses aqui levantadas, você não discutiria o assunto?
Nem mesmo para ensinar a nós, imbecis que dizem “mas não poderia ser assim e não assado”?
Ok, você tem todo o direito de ignorar tais coisas e se mandar, não seria nenhuma novidade, mas gostaria que você fizesse um esforço e lesse e analisasse uma última postagem, que farei amanhã ou depois, tudo dependendo de ter tempo disponível.
Caso você ache que aquilo também venha a ser uma tremenda bobagem, somente mais uma imbecilidade, apenas peço que você diga o porque. Depois disso, se não quiser mais participar, fazer o quê, né?
Ah, sim, quanto a isto:
. NÃO HÁ como negar o PNC (embora Fayaman diga que não nega em um momento, enquanto diz que nega em outro).
Não, não foi isso o que eu disse. Talvez, tenha sido o que você entendeu! Mas tá bom, ta bom, sem brigas e sem neuras. Digamos que eu tenha me expressado mal.
Como eu lhe pedi, espere a próxima postagem e... arrase com ela! É um direito seu!
Fayman
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OS GUARDIÕES DO TEMPO RELÂMPAGOS DE SANGUE ANJO - A FACE DO MAL AMOR VAMPIRO (Coletânea 7 autores)
Let me think for a while escreveu:A incomensurabilidade entre nossos juízos concernentes ao que venha a ser "nada" é uma questão wittgeinsteiniana apenas.
não, é uma difenrença ontológica!
Let me think for a while escreveu: Seu nada é o nada filosófico da ausência de tudo. Tudo leva a crer que tal não ocorre no Universo.
Claro que não ocorreu... Se o nada "ocorre" no universo e se o universo foi criado do nada, então, o universo, para ser criado, pressuporia a existência do universo.... E isso é absurdo.
Let me think for a while escreveu:O que não diminui a beleza de podermos criar matéria a partir do vácuo absoluto. Agora, se queres ficar brincando com o que possa ser este vácuo que gera matéria e, então, não pode ser "nada", divirta-se.
Eu nada disso sobre o vácuo! Aliás, seu erro é usar, justamente, o temro "nada" em dois sentido diferentes (ora "no meu" ora "no seu").
Let me think for a while escreveu:Minha formação científica me deixa tranquilo quanto a estes problemas filosóficos destituídos de relevância epistemológica uma vez que aceito o "nada" como sendo uma teia energética onde pululam partículas e anti-partículas.
Então não estamos falando do mesmo objteo. Entenda isso!
Let me think for a while escreveu: O nada que representa a ausência de tudo não me é útil em nenhuma instância. Resumindo, substitua a palavra "nada" lá em cima na minha "auto-refutação" pelo que você quiser.
é você que deve tomar cuidado para não usar em mais de um sentido e confundir os dois...
Let me think for a while escreveu: Ainda, chamar uma "anti-coisa" de "coisa", como você faz, é realmente não entender o que significa uma anti-partícula. E sua pesquisa do Google não vai te ajudar. A repetição do papagaio não possui valor cognitivo agregado.
é mesmo? Será que não é você que apresenta um discurso vazio? Seria a anti-coisa algo que não existe? Ora, assim ela não existe! SEria algo que existe? Ora, aí eloa existirai. Se´ria algo que existe e não-existe? Ora, aí seria um absurdo!
Sobre o nada filosófico que é ausencia de tudo. Bem é esse o ponto que me faz pender para idéia do Universo eterno, é que do nada, nada pode ser criado. Logo pressupõe sempre algo existente. Mesmo a Flutuação quântica no Vácuo é algo, é muito mais difícil de compreender ou explicar, e da aparência de criação, pois é o nada físico, mas não é o nada absoluto.
Por essas e outras que levo bem em conta os diversos modelos de Universo Eterno. Um é o rítmico ou cíclico, em que o Big Bang é expansão, e o Big Crunch a retração. Ou se for o que se chama de Universo aberto ele está em constante transformação e expansão. Para mim as constantes são as transformações, e penso ser mais provável, que não tenha nem um fim determinado nem um inicio. Podemos datar o Big Bang que seria o inicio não a partir do nada, mas o inicio da configuração que levou a formação da Via Láctea, da Terra, das outras constelações.... Mas antes dessa explosão existia algo detectável, algo não abstrato.
Isso sempre me pareceu mais convincente e Marcelo Gleiser já escreveu sobre essas hipóteses como possibilidades, tanto matemáticas quanto físicas, Novello tb, e outros. Mas acho são muito contra intuitivas, para serem aceitas.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
André escreveu:Sobre o nada filosófico que é ausencia de tudo. Bem é esse o ponto que me faz pender para idéia do Universo eterno, é que do nada, nada pode ser criado. Logo pressupõe sempre algo existente. Mesmo a Flutuação quântica no Vácuo é algo, é muito mais difícil de compreender ou explicar, e da aparência de criação, pois é o nada físico, mas não é o nada absoluto.
Por essas e outras que levo bem em conta os diversos modelos de Universo Eterno. Um é o rítmico ou cíclico, em que o Big Bang é expansão, e o Big Crunch a retração. Ou se for o que se chama de Universo aberto ele está em constante transformação e expansão. Para mim as constantes são as transformações, e penso ser mais provável, que não tenha nem um fim determinado nem um inicio. Podemos datar o Big Bang que seria o inicio não a partir do nada, mas o inicio da configuração que levou a formação da Via Láctea, da Terra, das outras constelações.... Mas antes dessa explosão existia algo detectável, algo não abstrato.
Isso sempre me pareceu mais convincente e Marcelo Gleiser já escreveu sobre essas hipóteses como possibilidades, tanto matemáticas quanto físicas, Novello tb, e outros. Mas acho são muito contra intuitivas, para serem aceitas.
Olá, André! O ponto que você levanta é um mal entendido comum... Saiba que, do fato do universo existir desde sempre, não se excluiria que ele fosse criado. Em outras palavras, um unverso pode ser "eterno" e mesmo assim ser criado. A criação a partir do nada não implica em um início no univeso... até mais
Não é um mal entendido, é uma idéia, e uma possibilidade que o Universo seja eterno e não ter sido criado. Claro que existe a possibilidade que vc escreveu, mas para mim, ou em minha opinião, e acho que terreno especulativo como esse isso conta muito, essa possibilidade não faz tanto sentido para mim quanto a que expus. Não tenho condiçoes de evidencia-la apenas me parece convincente.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
André escreveu:Não é um mal entendido, é uma idéia, e uma possibilidade que o Universo seja eterno e não ter sido criado. Claro que existe a possibilidade que vc escreveu, mas para mim, ou em minha opinião, e acho que terreno especulativo como esse isso conta muito, essa possibilidade não faz tanto sentido para mim quanto a que expus. Não tenho condiçoes de evidencia-la apenas me parece convincente.
Pelo que sei, até o momento, os cálculos indicam a possibilidade de um universo cíclico, mas, devido a entropia, este ciclo tem um início. Abç Leo
André escreveu:Não é um mal entendido, é uma idéia, e uma possibilidade que o Universo seja eterno e não ter sido criado. Claro que existe a possibilidade que vc escreveu, mas para mim, ou em minha opinião, e acho que terreno especulativo como esse isso conta muito, essa possibilidade não faz tanto sentido para mim quanto a que expus. Não tenho condiçoes de evidencia-la apenas me parece convincente.
Pelo que sei, até o momento, os cálculos indicam a possibilidade de um universo cíclico, mas, devido a entropia, este ciclo tem um início. Abç Leo
Falas do desgaste. Bem Marcelo Gleiser coloca o Universo Ciclico em "Dança no Universo" como uma das alternativas do Universo sem criação. E apesar de todos os pesares, os chamados mitos sem criação, das suas diferentes variedades, sempre me parecem mais convincentes.
Algo vir do nada e ter um inicio determinado, me parece muito mais uma explicação religiosa do que cientifica. PQ o que faria essa mudança somente poderia ser um Deus.
Tanto é que até em mecânica Quântica o Nada absoluto ou filosófico, não existe.E é tratado como impossibilidade.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
2. Se eu me nego a discutir não é por arrogância ou algo assim, mas simplesmente pq, violando o pnc, qualquer possibilidade de um discurso se extingue!
Ok, entendo seu posicionamento, mas isso significa que tal discussão é proibida? Da maneira como você expõe, a impressão que passa é que este é um assunto proibido. Não deve ser questionado e fim.
Quanto ao livro, vou procurar, mas talvez leve algum tempo para ler.
Fayman
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OS GUARDIÕES DO TEMPO RELÂMPAGOS DE SANGUE ANJO - A FACE DO MAL AMOR VAMPIRO (Coletânea 7 autores)
André escreveu:Falas do desgaste. Bem Marcelo Gleiser coloca o Universo Ciclico em "Dança no Universo" como uma das alternativas do Universo sem criação. E apesar de todos os pesares, os chamados mitos sem criação, das suas diferentes variedades, sempre me parecem mais convincentes.
Algo vir do nada e ter um inicio determinado, me parece muito mais uma explicação religiosa do que cientifica. PQ o que faria essa mudança somente poderia ser um Deus.
Tanto é que até em mecânica Quântica o Nada absoluto ou filosófico, não existe.E é tratado como impossibilidade.
Mais ou menos. O tempo de expansão e fechamento do ciclo é proporcional ao estado inicial de entropia do início do ciclo. Como a entropia tende aumentar, ao refletir os ciclos ao passado, temos ciclos menores, até a “geração” (ou criação). Abç Leo
André escreveu:Não é um mal entendido, é uma idéia, e uma possibilidade que o Universo seja eterno e não ter sido criado. Claro que existe a possibilidade que vc escreveu, mas para mim, ou em minha opinião, e acho que terreno especulativo como esse isso conta muito, essa possibilidade não faz tanto sentido para mim quanto a que expus. Não tenho condiçoes de evidencia-la apenas me parece convincente.
E se eu te contar que a criação é demonstrável como necessária? O motivo seria, justamente, o princípio "do nada nada sai" (e isso não excluiria um universo eterno, como eu disse), além de outros. Não vou me ater nisso, apenas estou comentando... não é exatamente o foco principal do tópico.
Vc pode contar, mas dificilmente vai me convencer pois evidencias para isso são bem difíceis.
O princípio “do nada ,nada é gerado” para mim diz que sempre houve algo, e nunca houve criação, nem vai ter final.Tudo que há é constantes transformações, que não tem ponto inicial, nem ponto final. Para mim essa alternativa faz mais sentido.
Dizer que é um mal entendido para mim eu poderia igualmente dizer é um mal entendido supor como necessário um criador, ou criação, e isso é baseado numa expectativa que se desenvolve de uma perspectiva de raciocínio que tudo tem inicio, meio e fim, o que para natureza não faz muito sentido. Um exemplo é a sua existência, se pensa que simplesmente tem inicio, meio e fim, quando na verdade a energia e matéria que te formou são anteriores a sua existência, e vão continuar a existir depois que vc morrer. O que é datado é a consciência um período que varia e é seu tempo de vida.(podendo ser por exemplo 80 anos)
Editado pela última vez por André em 04 Abr 2007, 13:49, em um total de 1 vez.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
André escreveu:Falas do desgaste. Bem Marcelo Gleiser coloca o Universo Ciclico em "Dança no Universo" como uma das alternativas do Universo sem criação. E apesar de todos os pesares, os chamados mitos sem criação, das suas diferentes variedades, sempre me parecem mais convincentes.
Algo vir do nada e ter um inicio determinado, me parece muito mais uma explicação religiosa do que cientifica. PQ o que faria essa mudança somente poderia ser um Deus.
Tanto é que até em mecânica Quântica o Nada absoluto ou filosófico, não existe.E é tratado como impossibilidade.
Mais ou menos. O tempo de expansão e fechamento do ciclo é proporcional ao estado inicial de entropia do início do ciclo. Como a entropia tende aumentar, ao refletir os ciclos ao passado, temos ciclos menores, até a “geração” (ou criação). Abç Leo
Em física tradicional a máxima ainda é "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Já na física quântica podemos imaginar o ciclo "começando" a partir de uma flutuação quântica. Logo antes tinha a flutuação quântica. Essa pode estar envolvida em outro ciclo enérgico oscilatória. Mas que a energia total se mantém constante, não se perde, então o que há é transformação, e a geração do clico é uma etapa dessa transformação, mas não significa o inicio de tudo que já existiu.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Em física tradicional a máxima ainda é "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
André, esta “máxima” é da Química. Talvez seja válida em Mecânica Clássica, mas com certeza, não o é na Relatividade Geral, que foi exatamente o modelo que desencadeou toda a discussão sobre a singularidade inicial.
Modelos mais abrangentes especulam o que aconteceria quando conceitos quânticos são introduzidos.
Já na física quântica podemos imaginar o ciclo "começando" a partir de uma flutuação quântica. Logo antes tinha a flutuação quântica.
Não, esta visão não é correta. Flutuações Quânticas não são algo per si. O que você poderia imaginar é que “alguma coisa” pré-existente sofresse flutuações de natureza quântica e que desse origem ao ciclo.
Tanto é que até em mecânica Quântica o Nada absoluto ou filosófico, não existe.E é tratado como impossibilidade.
Contudo, não é tão simples assim e fim. De acordo com as equações da RG, o próprio Espaço-Tempo (ET) surge a partir do Big Bang. Afirmar que “algo” desprovido de espaço-tempo existia previamente é bastante complicado, se não impossível. Muito se fala do Vácuo Quântico. Na grande maioria dos modelos, parte-se de um ET pré-existente vazio (as flutuações se dão em sua Densidade de Energia do chamado ponto zero). Contudo, há outras possibilidades, onde esse próprio “vácuo” deve ser visto apenas como uma “potencialidade” (por falta de termo melhor) ou “tendência a existir”. Nesse sentido, tal “entidade” e/ou “concepção” em absoluto seria algo real. Nesse ponto de vista, a criação se daria a partir do Nada.
Agora, discutir se, mesmo não sendo algo real, esse nada é ou não o nada filosófico...
Essa pode estar envolvida em outro ciclo enérgico oscilatória. Mas que a energia total se mantém constante, não se perde,
Não. Em nenhum modelo cíclico está claro que a Entropia, em um determinado ponto se reduz. Caso não reduzisse, o esquema tende a finalizar de algum modo. Como o Leo disse, “O tempo de expansão e fechamento do ciclo é proporcional ao estado inicial de entropia do início do ciclo”.
O que implica que, se a entropia tiver, em um início de ciclo, exatamente o mesmo valor do final do cliclo anterior, a cada novo universo, o cliclo será cada vez menor, até um ponto onde o processo não consegue mais ocorrer (sem entrar no mérito de como tal processo ocorreria). Caso o valor da entropia de início de ciclo seja MENOR que do final do ciclo anterior, obrigatoriamente ela deverá se reduzir e isso não está absolutamente claro como poderia ocorrer, sem violar exatamente aquilo que você está pregando, que a energia do Universo a cada ciclo é igual e se mantém constante.
Fayman
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sr. Incognito escreveu:Outra coisa é negarmos o pnc, ou supormos sua "falsidade", e pretendermos manter uma discussão. Isto seria impossível,
Entendo que certos questionamentos sobre o PNC seja algo delicado e controverso. Mesmo filósofos e físicos (ambos devidamente letrados nas duas áreas), não tem um consenso, com grupos posicionados em ambos os lados da questão.
Mas independente disso, para você, dizer algo do tipo "imaginemos a hipótese de que o PNC não seja absolutamente válido, sendo inválido em determinados casos extremos" equivale a negá-lo e/ou supor que ele seja totalmente falso?
Fayman
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Em física tradicional a máxima ainda é "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
1)André, esta “máxima” é da Química. Talvez seja válida em Mecânica Clássica, mas com certeza, não o é na Relatividade Geral, que foi exatamente o modelo que desencadeou toda a discussão sobre a singularidade inicial.
Modelos mais abrangentes especulam o que aconteceria quando conceitos quânticos são introduzidos.
Já na física quântica podemos imaginar o ciclo "começando" a partir de uma flutuação quântica. Logo antes tinha a flutuação quântica.
2)Não, esta visão não é correta. Flutuações Quânticas não são algo per si. O que você poderia imaginar é que “alguma coisa” pré-existente sofresse flutuações de natureza quântica e que desse origem ao ciclo.
Tanto é que até em mecânica Quântica o Nada absoluto ou filosófico, não existe.E é tratado como impossibilidade.
3)Contudo, não é tão simples assim e fim. De acordo com as equações da RG, o próprio Espaço-Tempo (ET) surge a partir do Big Bang. Afirmar que “algo” desprovido de espaço-tempo existia previamente é bastante complicado, se não impossível. Muito se fala do Vácuo Quântico. Na grande maioria dos modelos, parte-se de um ET pré-existente vazio (as flutuações se dão em sua Densidade de Energia do chamado ponto zero). Contudo, há outras possibilidades, onde esse próprio “vácuo” deve ser visto apenas como uma “potencialidade” (por falta de termo melhor) ou “tendência a existir”. Nesse sentido, tal “entidade” e/ou “concepção” em absoluto seria algo real. Nesse ponto de vista, a criação se daria a partir do Nada.
Agora, discutir se, mesmo não sendo algo real, esse nada é ou não o nada filosófico...
Essa pode estar envolvida em outro ciclo enérgico oscilatória. Mas que a energia total se mantém constante, não se perde,
4)Não. Em nenhum modelo cíclico está claro que a Entropia, em um determinado ponto se reduz. Caso não reduzisse, o esquema tende a finalizar de algum modo. Como o Leo disse, “O tempo de expansão e fechamento do ciclo é proporcional ao estado inicial de entropia do início do ciclo”.
O que implica que, se a entropia tiver, em um início de ciclo, exatamente o mesmo valor do final do cliclo anterior, a cada novo universo, o cliclo será cada vez menor, até um ponto onde o processo não consegue mais ocorrer (sem entrar no mérito de como tal processo ocorreria). Caso o valor da entropia de início de ciclo seja MENOR que do final do ciclo anterior, obrigatoriamente ela deverá se reduzir e isso não está absolutamente claro como poderia ocorrer, sem violar exatamente aquilo que você está pregando, que a energia do Universo a cada ciclo é igual e se mantém constante.
1)De acordo, não usei os termos corretos.
2)Correto para mim é justamente o que vc diz aqui "alguma coisa pré-existente sofresse flutuações de natureza quântica e que desse origem ao ciclo".Ou seja, o ciclo e seu inicio não é origem de tudo em si, mas necessita de algo concreto do mundo natural para começar. A outra alternativa que não haveria nada e ai é absolutamente nada, para mim favorece a idéia de Deus, não Deus pessoal, ou com intenção, mas a idéia que algo externo a natureza a criou. Essa hipótese eu considero, mas entendo como menos provável.
3)A idéia do Universo Eterno o tempo existe antes e sempre existiu, não tendo inicio nem fim. Agora antes do Big Bang, fica difícil, se não impossível, medir ou datar. Podemos datar o inicio do ciclo, ou o inicio da explosão que gerou a configuração das galáxias, creio que 15 bilhões de anos, é uma das estimativas.
4)Entendi. Mas levanto uma questão.
Vc considera mais provável o surgimento de algo do nada absoluto, ou filosófico?
Ou que algo do mundo material ou energético, falo de existência física, detectável, tenha sempre, de alguma forma existido?
Essas são as duas alternativas que me vejo confrontado, tenho serias duvidas, sou incapaz de provar qualquer coisa. Por isso gosto das definições de Gleiser em que ele fala dos mitos com criação e mitos sem criação. Em resumo terreno ainda especulativo, porém fértil para reflexões.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Vc considera mais provável o surgimento de algo do nada absoluto, ou filosófico?
Ou que algo do mundo material ou energético, falo de existência física, detectável, tenha sempre, de alguma forma existido?
Não é uma questão do que eu considero provável. Por sua própria definição, o nada dos filósofos não pode existir, caso contrário, deixa de ser nada. Esta é amaneira que eles apresentam a questão.
Contudo, quando falei do vácuo quântico desprovido de espaço-tempo, etc, ele não pode ser visto como “algo”, uma “coisa” material ou energética, com existência física e detectável, e que possui existência. Veja, conforme a interpretação mais aceita da MQ, você não atribui existência real a elétrons, ou a partículas em geral, salvo quando realiza uma inteiração / medição / observação. Em outras palavras, tais quanta estariam “em potencial”, com todos os estados possíveis sobrepostos. Perceba que uso termos entre aspas, pois é muito difícil descrever isto com palavras ou mesmo, encontrar as palavras adequadas, que não induzam a erros de interpretação. De maneira similar, visto dessa forma, esse vácuo quântico não é algo físico, dotado de matéria e/ou energia, etc, mas “algo em potencial”.
Fayman
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OS GUARDIÕES DO TEMPO RELÂMPAGOS DE SANGUE ANJO - A FACE DO MAL AMOR VAMPIRO (Coletânea 7 autores)
Um pequeno artigo de Roberto de Andrade Martins publicado na revista SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL, número 2 , julho de 2002.
O retorno do éter. A rica estrutura do espaço vazio, que de vazio mesmo só tem o nome.
Durante muito tempo, a antiga idéia do ‘’éter’’ foi combatida e a palavra tirada de todos os livros científicos. No entanto, o éter retornou à física, e está bem ativo, rindo-se dos que o rejeitaram.
No século XIX, acreditava-se que todo o espaço era preenchido pelo éter. Essa substância invisível ocuparia não apenas as regiões ‘’vazias’’ do Universo, mas também existiria também dentro dos objetos materiais. Supunha-se que a luz era uma onda do éter.
Além disso, o éter também servia para explicar as forças existentes entre as cargas elétricas.
Essas idéias foram abandonadas no início do século XX, combatidas pela teoria da relatividade. Einstein afirmou que o éter era um ente puramente hipotético e devia ser excluído da física porque não podia ser observado. Portanto, deveria existir o vácuo- o espaço totalmente vazio, sem éter ou qualquer coisa semelhante.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, nem Einstein nem qualquer outro pesquisador provou que o éter não existe (sic). Nunca se pode provar que não há nada em uma certa região do espaço, pois ali podem existir entes físicos ainda desconhecidos, que não sabemos detectar. Pelo contrário, é possível provar que existe alguma coisa em certa região do espaço. Para isso basta observar fenômenos físicos produzidos nessa região, pois o nada não pode produzir efeitos. Ora, segundo os físicos, o vácuo contém muitas coisas capazes de produzir efeitos.
Segundo a teoria geral da relatividade, cada ponto do espaço tem certas propriedades (a métrica do espaço- tempo), q eu variam de um ponto a outro quando existe um campo gravitacional. A velocidade da luz, por exemplo, pode ter valores distintos em diversas regiões do espaço ‘’vazio’’, como se o vácuo tivesse um índice de refração variável. Mas como dois NADAS poderiam ser diferentes? É claro que um lugar onde há um campo gravitacional não é uma região absolutamente vazia e sim um espaço cheio de alguma coisa que produz efeitos físicos.
Podemos não chamar essa coisa de ‘’éter’’, mas seria absurdo dizer que não há nada lá.
O vácuo da teoria quântica também não é um espaço vazio. De acordo com essa teoria, em qualquer região do espaço aparentemente vazia, estão continuamente surgindo e desaparecendo ‘’partículas virtuais’’, que pode ser elétrons, fótons, mesóns ou até mesmo elefantes. Esses entes surgem sem nenhuma causa, existem durante um tempo muito curto (limitado pelo princípio da incerteza de Heisenberg) e depois desaparecem. O turbilhão de fótons virtuais que preenche todo o espaço constitui a ‘’flutuação do ponto zero’’ (ZPF), que é estudado pela eletrodinâmica quântica. Quando duas placas metálicas, sem carga elétrica, são colocadas muito próximas uma da outra, ocorre uma redução de densidade desses fótons entre elas, e os fótons externos as empurram uma em direção à outra, com força inversamente proporcional à quarta potência da distância. Esse é o ‘’efeito Casimir’’, que já foi medido e confirmou a teoria.
A densidade da energia dos fótons no vácuo é imensa, e há pesquisadores, como Harold E. Puthoff, investigando a possibilidade de utilizar essa energia para fins práticos. Um pesquisador da NASA, Marc G. Millis, tem estudado a possibilidade de modificar o vácuo quântico ou a estrutura do campo gravitacional para produzir a propulsão de veículos espaciais de longa distância.
Esses exemplos mostram que na física atual, o espaço ‘’vazio’’ está cheio de entes físicos. O modelo de éter do século XIX foi abandonado, mas o avanço científico exigiu a introdução de novos entes semelhantes ao antigo. Pode-se dizer que o éter está bem vivo e forte, embora o nome ‘’éter’’ seja um tabu e os cientistas prefiram dizer que estão falando sobre as propriedades do espaço vazio.
Roberto de Andrade Martins é físico e historiador da ciência, professor do Instituto de Física da Unicamp.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!