Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil

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o anátema
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Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil

Mensagem por o anátema »

André escreveu:
1) Isso é parecido com uma idéia que defendi que no setor privado é que o arbítrio para preconceito racial é mais perigoso. Afinal não existe uma prova, e no encontro cara a cara, a discriminação pode muito bem ocorrer, é só o cara que tem o poder ser racista. Ou outro tipo de preconceito que faça ele somente contratar católicos, por exemplo.

Em grandes empresas, e uso de dados estatísticos, deve haver um órgão para evitar essas distorções e punir racismo, e ai se configura o crime mesmo, pois a pessoa está sendo prejudicada de fato. Enfim isso deve ser evitado e considero mais importante e melhor que cotas.


Eu posso estar totalmente desinformado, mas acho que nunca ouvi falar de nada assim ser proposto, ou existir de fato, em prática.

É surpreendente que haja toda essa preocupação com igualdade racial, com a presunção da causa ser o preconceito racial ao mesmo tempo que algo que aparentemente é tão fundamental e direto não tenha sido proposto, apenas copiaram a idéia de cotas dos anglo-estadunidenses*




_____________

*me pergunto se o prefixo "anglo" não seria submissão aos imperialistas de outrora, os franceses, que tanto nos saquearam no passado. Mas talvez sejam perdoáveis pela revolução e por não serem estadunidenses.
.
Sem tempo nem paciência para isso.

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Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

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betossantana
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Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil

Mensagem por betossantana »

Fernando Silva escreveu:engenharia social


Clássico!!!!
É um problema espiritual, chupe pau!

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betossantana
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Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil

Mensagem por betossantana »

o anátema escreveu:Sabe outra coisa que me faz achar que o racismo é consideravelmente pequeno? A parte dos trabalhadores domésticos. Essa, no meu entendimento da questão, seria a que deveria mostrar maior disparidade racial pela hipótese de racismo, e no entanto é área que menos mostra essa disparidade. Me parece muito mais verossímil que numa relação mais pessoal, o fator racial pesasse mais, do que digamos, na contratação no setor de construção civil; que um racista preferiria muito dar empregos como pedreiros no local de trabalho, mas em casa ter algum branco(a) como empregado(a).


Ué, normalmente o racismo "coloca as pessoas no seu devido lugar", ou seja, a preocupação não é sempre destruir, erradicar ou fazer sumir das vistas a totalidade das pessoas de certa etnia, mas sim muitas vezes colocá-las "em seu devido lugar", como é a notória história do racismo dirigido ao negro. Impedí-los de usufruir dos mesmos ambientes, privilégios e cenas sociais das pessoas opressoras, deixar claro que tal sociedade é divida entre segmentos de pessoas que merecem um status diferenciado, melhor ou pior. Assim, é perfeitamente natural que a maioria dos empregados domésticos seja de negros em uma sociedade racista (prefiro não entrar no mérito da sociedade brasileira ser necessariamente racista a esse ponto), ainda mais que a mão-de-obra negra pra serviços domésticos é muito mais abundante que a branca, no Brasil, e o racismo brasileiro, enviesado e oblíquo, não é forte o bastante a ponto de resistir ao fato de poder pagar menos a um negro do que um branco pra realizar um determinado serviço.

No Brasil ainda há a questão de que as relações sociais domésticas entre pessoas de diferentes faixas de renda, como o empregador e o empregado doméstico, são caracterizadas por um suposto afeto, amizade ou estima recíprocos, "a empregada é parte da família". Francamente, sempre achei isso demasiado ridículo: uma pessoa que você PAGA pra LIMPAR A SUA SUJEIRA é "parte da sua família"? Me poupe. Isso sempre foi um construto cultural usado pra poder cobrar do empregado doméstico mais do que ele necessariamente teria que dar ao empregador por força do vínculo de trabalho. Você vê isso especialmente ativo numa relação que nem mesmo é formalmente de trabalho, que é aquela de famílias da cidade que recebem em seus lares meninas vindas do interior pra, teoricamente, estudarem e desfrutarem de melhores oportunidades de vida em troca de serviços domésticos. Tenho NOJO de gente filha da puta que faz isso, especialmente dessas donas-de-casa gordas e escrotas que exploram até crianças.
É um problema espiritual, chupe pau!

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André
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Re: Re.: Ministra de Lula oficializa o racismo no Brasil

Mensagem por André »

o anátema escreveu:
André escreveu:
1) Isso é parecido com uma idéia que defendi que no setor privado é que o arbítrio para preconceito racial é mais perigoso. Afinal não existe uma prova, e no encontro cara a cara, a discriminação pode muito bem ocorrer, é só o cara que tem o poder ser racista. Ou outro tipo de preconceito que faça ele somente contratar católicos, por exemplo.

Em grandes empresas, e uso de dados estatísticos, deve haver um órgão para evitar essas distorções e punir racismo, e ai se configura o crime mesmo, pois a pessoa está sendo prejudicada de fato. Enfim isso deve ser evitado e considero mais importante e melhor que cotas.


Eu posso estar totalmente desinformado, mas acho que nunca ouvi falar de nada assim ser proposto, ou existir de fato, em prática.

É surpreendente que haja toda essa preocupação com igualdade racial, com a presunção da causa ser o preconceito racial ao mesmo tempo que algo que aparentemente é tão fundamental e direto não tenha sido proposto, apenas copiaram a idéia de cotas dos anglo-estadunidenses*




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*me pergunto se o prefixo "anglo" não seria submissão aos imperialistas de outrora, os franceses, que tanto nos saquearam no passado. Mas talvez sejam perdoáveis pela revolução e por não serem estadunidenses.
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Pois é.E o pior que o modelo estadunidense pertence a uma realidade diferente da nossa na qual mestiçagem que houve que não foi tão grande quanto a nossa, teve menos repercussão pelo seguinte motivo lá mestiço de branco com negro é negro(é familiar), aqui depende do fenótipo.

Independente disso sou contrario a critérios raciais serem introduzidos em processos de seleção públicos. Pois é uma questão de princípios. O processo de seleção publico seja ele qual for pressupõe que é isento em relação a cor, ou melhor "Cego para cor", por isso tem que haver critérios, provas, absolutamente claros e medindo mérito. Pode se pensar algo para se relativizar o mérito de alunos de escolas publicas e baixa renda, diminuindo-se um ponto o ponto de corte, para os melhores desses setores entrarem nas Universidades publicas.

É no setor privado, muito mais do que no público, que o racismo pode e coloca suas garras de fora. Infelizmente como vc disse, propostas dessa natureza são raras, eu a algum tempo fiz um e-mail para circular por grupos Universitários que continha alguma proposta nessa linha. Mas realmente algo muito mais importante para igualdade racial, e para o combate da discriminação, em todas as frentes, seria isso. E digo em todas as frentes pq se um negro somente contratar negros digamos para 30 cargos, aonde haviam mais candidatos qualificados não negros, igualmente é um caso de racismo. Assim como preconceito religioso tb pode ocorrer. Tem que se apurar denuncias e usar mecanismos estatísticos, pq não da pra ir de empresa em empresa checando. Mas criar mecanismos que de forma dinâmica e eficiente fiscalizem isso é possível.
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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Trancado