André escreveu:Negativo, tais conquistas são parte da razão pela qual o presente da França e o futuro são tão promissores. E tal exigência é somente o desejo de ganância, de uma direita econômica abandonada pelos seus próprios partidos, que em desespero, apela para catastrofismos absolutamente fictícios, para destruir o que existe de melhor nos atuais regimes europeus. Mas os europeus hoje são mais politizados, conquistaram a duras penas, vivem melhor, e não vão abrir mão, por mais que o capital financeiro pressione.
Não André, os políticos vão recuar enquanto der. É só uma questão de tempo.
Alguns pontos que não há como discordar extraído do link: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=39
1 - Aumento da expectativa de vida
O sucesso do Estado do Bem Estar Social gera paz, saúde, educação, desenvolvimento. A conseqüência disso é o aumento da expectativa de vida da população desses países. O Estado estava preparado, através de seus sistemas de previdência e saúde pública principalmente, a sustentar as pessoas por um determinado número de anos. Com o aumento da expectativa de vida, essas pessoas passaram a viver por muito tempo à custa do Estado, o que pesou muito no orçamento, e contribuí gradualmente para a formação de um déficit.
2 - Diminuição da natalidade
Países mais desenvolvidos possuem população com menos filhos. Com menos nascimentos e uma expectativa de vida crescente, a população envelhece. A oferta de mão de obra diminui, gerando problemas para o sistema capitalista de produção.
Para solucionar o problema, iniciam-se grades fluxos de imigração. Imigrantes que aceitavam trabalhar por menores salários e sem quaisquer direitos trabalhistas. Os sindicatos se enfraquecem, bem como, em médio prazo, a própria legislação trabalhista. Surge um novo problema: o preconceito contra o imigrante.
3 - Insatisfação
Esse foi um problema surgido quase que exclusivamente nos países europeus. A pouca diferença salarial percebida entre os cidadãos passou a causar uma enorme insatisfação. Pessoas que trabalhavam em grandes cargas horárias recebiam pouco mais que pessoas que laboravam em horário reduzido. Pessoas que exerciam profissões que requerem alto grau de especialização ganhavam pouco mais que outras que executavam tarefas que pouca ou nenhuma qualificação.
Como se vê, a quase que igualdade de condições tinha por conseqüência um estado de pouquíssima mobilidade social As pessoas tinham o essencial. Mas acabavam seduzidas pelo ideal pregado pelo liberalismo, a alta mobilidade social, o american dream. Logo, essa insatisfação tinha um componente que foge à possibilidade de combate por parte do Estado do Bem Estar Social. Trata-se de um componente psicológico. O mesmo componente que faz com que cubanos que possuam moradia, educação e alimentação em seu país fujam para os EUA sem saberem o que vão encontrar. Trata-se do desejo humano, verdadeiro fator dessa insatisfação.
Como disse Andre, é só uma questão de tempo. É uma bola de neve, meu caro! Não há como escapar!