Acauan escreveu:SickBoy escreveu: Acauan escreveu:SickBoy escreveu:isso me parece um argumento circular. o crime organizado tem todas as suas consequências porque está a margem da lei.
O crime organizado NÃO tem todas as suas consequências porque está a margem da lei. Ele está fora da lei porque tem todas as suas consequências.
Como se, caso amanhã legalizassem o consumo de drogas, as quadrilhas de traficantes que vivem em guerra entre si por disputa de mercados fossem devolver suas armas, abrir estabelecimentos credenciados honestos e passar a concorrer dentro das regras civilizadas, conquistando clientes pacificamente, pela qualidade e preço.
"amanhã" não. mas penso que gradativamente isso iria ocorrer. porque o preço despencaria. os riscos envolvidos com negócios ilegais são muito maiores. o próprio consumidor prefere algo mais seguro. pra que me arriscar com atravessadores se eu posso comprar numa farmácia?
Em seu computador pessoal você usa um original autêntico e legalizado do Windows comprado em uma loja autorizada ou uma cópia pirata comprada de um revendedor de contrabandos?
pirata
Independente de sua resposta, o exemplo mostra que o fato de uma atividade ser legalizada nunca foi suficiente para coibir alternativas ilegais, mesmo porque, a se aplicar o exemplo do cigarro e das bebidas alcoólicas, os impostos sobre drogas pesadas seriam altíssimos e só isto bastaria para o consumidor buscar uma alternativa de perna-de-pau, olho de vidro e cara de mau com o traficante da esquina.
os impostos seriam altíssimos, isso eu concordo. mas qual o preço "real" da droga? o preço colocado pelo traficante é de alguém de detém o monopólio(com o uso da força), controlando as "bocas", e embutindo aí custos e mais custos de atravessadores, propinas, o próprio risco envolvido na atividade ilegal (perdas incomensuráveis devido a apreensões). e também tem o lado da conveniência ao consumidor. ninguém pode reclamar do traficante ao procon
com uma espécie de concorrência onde à priori não se pudesse matar os concorrentes que forçassem um menor preço, estes cairiam.
SickBoy escreveu:há uma série de fatores que não podem ser descartados.
SE as drogas fossem legalizadas, virariam
briga de cachorro grande. amadores ficariam pra trás. a droga seria industrializada, seguiria padrões de qualidade, dosagens "recomendadas" para viajar com responsabilidade.
é o "livre mercado"
Como sempre lembro neste caso, um país anos luz a frente do Brasil em matéria de civilização, a Suiça, tentou uma legalização controlada das drogas e os resultados foram catastróficos.
Há porque esperar que nestes tristes trópicos, do lado de baixo do Equador onde não existe pecado e qualquer paixão diverte se obtenha resultados melhores?
Não sei dessa experiência da Suíça. mas vejo que mesmo países ricos não conseguem erradicar o consumo de drogas ilícitas. às vezes penso que isso pode ser remar contra a maré. a Holanda é um exemplo que deu certo, claro, nesse caso foi só a maconha. Dessa eu particularmente não vejo nenhum problema em legalizar. quanto às outras drogas, fico com o benefício da dúvida se algumas drogas ditas "pesadas", se comercializadas numa dosagem menor(assim como as bebidas alcóolicas possuem restrição quanto a porcentagem de álcool) fariam assim tanto mal quanto o próprio tráfico.
na verdade seriam necessários números para deduzir qualquer coisa. como algo mostrando que usuários de cocaína cometem mais assassinatos e roubos. mas, pelo contrário, só vejo mortes relacionadas ao tráfico.
SickBoy escreveu:traficantes não são burros, ir contra a demanda não é sensato, creio que eles buscariam se "profissionalizar"
Como os bicheiros se profissionalizaram, o que é muito diferente de se legalizar.
E que muitas vezes ligadas a uma enorme rede de outras atividades ilegais, incluindo o próprio tráfico. e continuam sendo ilegais. não entendi a comparação