Samael escreveu:Apo escreveu:Samael escreveu:Apo escreveu:Quem tem estabilidade não deveria poderia ter direito à greve, já que a contrapartida, que seriam a cobrança de produtividade com qualidade e o direito do empregador em avaliá-lo, não existe. Se o cara não fizer o trabalho direito, se for negligente ou simplesmente cruzar os braços e tirar uma soneca, não pode ser demitido.
Já chega o que eles têm de direitos a licença disto e licença daquilo. Não vou dizer todos, mas o que tem de funcionário público "encostado" não é fácil. E a gente que paga..
Outra questão diz respeito às àreas de serviços básicos, como saúde e educação. Pagamos impostos altos para que o Estado mantenha estes serviços em pleno funcionamento ( e já funcionam muito mal, obrigado, quando a pleno). Se a categoria pára, é o caos geral.
A única licença "boazinha" é a licença-prêmio. De resto, só vai haver funcionário "encostado" se houver algum tipo de corrupção (e há muita corrupção, é claro), mas o alvo dos ataques deve ser justamente a corrupção.
Não...tem licenças de saúde a troco e a direito. E muitos dos que trabalham estão só fazendo de conta, estão "encostados" nas mesas do cafezinho, do banco, nos corredores conversando. Ninguém vai obrigá-los a trabalhar mesmo...
Evidente que o problema é a corrupção. Mas quem trabalha para corrupto já sabe que tudo pode acontecer, seja o empregador público ou privado.
Eu trabalhei 1 mês para um safado mau pagador e corrupto. Quando fechou o mês ele levantou acampamento e sumiu do mapa. Éramos adolescentes precisando de estágio ( 12 pessoas ). Trabalhamos, não recebemos nada e ainda tivemos que servir de testemunha. Bem feito para nós. Ninguém mandou topar o jogo do cara de não assinar carteira nem contrato.
Como a máquina pública é corrupta, eu não me amigo com ela. Assim posso criticar de consciência tranquila e não fico reclamando e nem fazendo greve.
Toda vez que trabalhei, assinei contrato e função e salário definido. Nunca fiz greve. Quando estive insatisfeita, peguei minhas coisas na gaveta e saí.
Pelo que se observa nos estatutos e na constituição, as licenças para tratamento de saúde obedecem a rigores tais que não dão nenhuma margem à injustiça. Se ISSO não é seguido à risca, aí sim pode e deve entrar a crítica.
E dizer que há gente "fingindo que trabalha" tentando atacar a existência de um Estado grande é idêntico a criticar o capitalismo a partir de um contrato não cumprido.
Samael...você sofre de alguma síndrome que acredita sempre no cumprimento da Lei e da Constituição. E eu sinceramente não tenho o andídoto contra este mal.
E a sua segunda afirmação tem 2 equívocos: Primeiro que não sou EU que digo isto. Isto é público e notório. Segundo que eu ninguém diz isto para atacar um Estado grande ( seja lá o que for isto) e sim um Estado desprovido de caráter e inchado até o último fio de cabelo ( e o Lula quer inchar mais ainda ).
Além do que, lembro-me de você há uns dias atrás afirmando que quem critica o funcionalismo público e os concursos é porque não tem capacidade de passar. Isto é um absurdo tão grande, que nem merece resposta.
Mas já respondi em outro tópico e vai aqui de novo:
Nem todo mundo almeja a mesma coisa na vida. Nem todo profissional visa se encostar na máquina pública, para ser sustentado pelo Estado. Nem todo mundo estuda para ser um funcionário público, que tem um monte de benesses, não precisa se incomodar se o chefe não gosta dele, se a empresa vai ter dificuldades, se o trabalho não vai corresponder às expectativas.
As pessoas querem um pouco mais do que isto. Querem se desenvolver, querem competir, querem se aprimorar, querem desafios, querem trocar de emprego ou de atividade, querem empreender, mesmo que para isto, tenham alguns riscos pela frente, tenham que suportar trabalhar dodói, até às 11 da noite e não fazer feriadão por qualquer coisa.
Minha família é toda de funcionários públicos. Absolutamente medíocres e acomodados. Embora tenham me enchido a paciência a vida toda ( por amor, claro ) para fazer concursos de todo tipo, acabei fazendo ( ARGH!). Não passei na CEF por detalhe ( 2 questões de prática de serviço bancário - ARGH²) e no Banrisul nem fui na prova.
Coloque -me a estudar como um burro de carga para conseguir entregar algum trabalho para um cliente sem dormir e comer direito, mas que me proporcione um desafio profissional que tenha a ver comigo. Mas não me peça para estudar para concurso público, eu simplesmente me nego.
Mesmo assim, ganhei de presente, uns anos depois, uma vaga com salário muito animador na Assembléia Legislativa do Estado. Era só chegar. Quem me deu de presente foi um casal amigo da família, que depois se envolveria num escândalo público que saiu nos jornais.
Não quero me ver no meio destas coisas. Fui lá, olhei a "brincadeira" e não tive estômago.
Preferi continuar meus estudos e trabalhar na minha área.
So...