Prêmio Nobel causa polêmica ao fazer declarações racistas

[SickBoy]

:emoticon12: ... pois é. Quem pode chamar de música uma coisa dessas?

http://br.youtube.com/watch?v=lDyZ_fXKcZs

puta merda, saiu água do olho aqui



quanto a esse lance de cultura, outro dia vi uma pesquisa (se é que o IBGE é confiável ) que negros gastam proporcionalmente mais com cultura do que brancos. acho que passou no jornal nacional até.

[francioalmeida]

Interessante a afirmação do cientista.

Andei pesquisando pela internet a definição de inteligência para melhor argumentar e o que encontrei não foi nada diferente do conceito que eu carregava.

O que é inteligência? Como medir a inteligência? o que é ser "mais" inteligente?

O conceito de inteligência segundo a enciclopédia britânica é:

"mental quality that consists of the abilities to learn from experience, adapt to new situations, understand and handle abstract concepts, and use knowledge to manipulate one's environment."

"Qualidade mental que consiste das habilidades para aprender com a experiência, adaptar-se as novas situações, compreender e lidar com conceitos abstratos e usar o conhecimento para manipular o meio."

Ou seja, não significa inteligência a uma capacidade de decorar texto por exemplo, pois isso é nada mais que uma habilidade e como vimos a inteligência consiste num conjunto de habilidade, onde armazenar informação pode ser tão somente uma habilidade vantajosa.

Para melhor entender, pegamos como exemplo Vladimir Kramnik, Campeão mundial de xadrez. Sua habilidade em processar jogadas, prever reações do adversários, adaptar-se a novas jogadas, visualizar ciladas no tabuleiro e induzir o adversário ao erro são surpreendente, que vulgarmente, poderiamos chamá-lo de inteligente, porém, será que ele manteria sua colocação de "campeão" numa competição de matemática?.

O fato é que alguns indivíduos desenvolvem certas habilidades específicas mais que outros, ou já nascem com facilidade para desenvolvê-la, mas comparar essas habilidades com o conjunto amplo que seria a inteligência, é algo complicado.

Acho muito difícil, achar um grupo que desenvolva as habilidades da inteligência de modo amplo e unânime mais que outro grupo. Acredito, sim, que alguns grupos possam desenvolver uma habilidade desse conjunto mais que o outro grupo e vice-versa. Ter uma única habilidade mais desenvolvida é um caminho muito longo para definição de inteligência.

Bem, vamos esperar, como sou negro, deixa eu esconder meu diploma antes que confisquem.

[..mig]

deves estar errado. algum branco te corrigirá

[Botanico]

Ainda bem!
Mas fique quietinho ô cara! Já pensou se o Watson aí ler o Livro dos Espíritos e as obras abobrinhas escritas pelo Kardec e gritar:
_ Elementar! Meu caro Watson! Kardec já dizia o que hoje digo!

Vai que ele se torne espírita e aí virá a comunidade cética dizer que ele é racista não por ter descoberto CIENTIFICAMENTE que os negros são mais burros que os brancos e sim por ser... espírita.

Sujou!

É verdade...
Não se esqueça que somos "irracionais" sob a ótica de alguns ateus.
Sujou!

Esqueceu de hipócritas... irracionais e hipócritas.

Ei, seu faraó esquecido, adorador do Sol, agora inclua o Watson nesse grupo, pois já saiu na Folha hoje um desmentido dele, dizendo que "não foi aquilo o que ele quis dizer...".

Então será que posso dizer os grandes cientistas que vocês céticos idolatram são também irracionais e hipócritas? Acho que sim.

Bem complicado.
Em outros infinitos tópicos, acusa-se o babão do Kardec de racista, e estão lá RCA e Botânico dizendo que não, que não é bem assim, e etc.
Daí, quando surge a oportunidade de usar isso para ataque, eles confirmam a mesma idéia.
E ainda chamam os outros de hipócritas.

Mas seu faraó adorador do Sol como vou usar isso para o ataque? Já disse antes que Kardec falou o que falou porque CIENTIFICAMENTE era o que se pensava em sua época. E pós sua época, Galton inventou a eugenia e os americanos aperfeiçoaram o processo, entendendo que os reprovados deveriam ser capados e vários estados americanos aprovaram leis nesse sentido, COM O COMPLETO AVAL DA COMUNIDADE CIENTÍFICA. É, meu caro, as grandes figuras da comunidade científica americana eram membros de sociedades eugênicas. Seria interessante saber se Watson não fazia parte de alguma delas.
Também países europeus adotaram políticas eugênicas CIENTIFICAMENTE EMBASADAS. A Suécia agora está fazendo aí um mea-culpa agora pouco. A eugenia só ficou um pouco mais envergonhada quando o Hitler a levou muito a sério e decidiu que os geneticamente reprovados não deveria ser apenas capados, mas extintos imediatamente. Sacomé: a dona Marta Suplício é uma grande defensora do aborto, mas seu eu entregar a ela um bebê desnutrido, filho de uma mãe que não tem condições de criá-lo e dizer:
_ Vai! Esmaga a cabeça do indesejável aí.
Aí ela vai protestar e se recusar. Lógico matar o que não se vê é menos incômodo do que matar o que se vê. E com a eugenia é a mesma coisa: capar o cara de forma a impedi-lo de ter um filho geneticamente indesejável é simples, agora matar o cara só porque é geneticamente indesejável, mas não está dando problema algum... já começa a ficar politicamente incorreto.

Mesmo assim a eugenia continuou por baixo dos panos, mantendo as leis de esterelização compulsória até meados dos anos 1970.

E TUDO ISSO FOI JUSTIFICADO CIENTIFICAMENTE: NINGUÉM USOU KARDEC PARA JUSTIFICAR O PROCESSO. Kardec ficou lá, esquecido até dos espíritas nesses pontos considerados racistas e é lembrado por vocês céticos e não por nós. E querem que justifiquemos o racismo do cara. Ora, justifiquem primeiro o racismo CIENTÍFICO, pelo qual milhares foram esterilizados e milhões foram assassinados e depois a gente conversa sobre o eventual racismo espiritual-carnal de Kardec.

O que eu sei e o que em geral todos os espíritas sabem é que aquilo tudo que se pensava cientificamente sobre a superioridade racial não passa de balela... mas os grandes medalhões da ciência genética parecem não querer admitir isso. Já que vocês céticos os adoram, decidam: vocês são contra ou a favor do racismo cientificamente comprovado?

[RCAdeBH]

Quando o assunto incomoda a "panelinha" some ou desvia o foco do tema.
Patético.
Vamos lá , membros da panelinha, vamos discutir.

[Aranha]

- Minha filha tem autismo, recomendaram tratamento através de dieta supressiva de glúten e caseína, sou completamente cético em relação aos resultados, embora alguns cientistas recomendem fortemente, logo, não sou do tipo que dou aval de credibilidade prum sujeito só porque ele usa jaleco branco, ainda mais quando ele expressa opinião, cientistas falam merda também.

- Mas antes dar crédito a cientistas do que dar aval prá caras que se apresentam como sacerdotes porta-vozes da verdade absoluta tipo esses médiuns, padres e pastores que tem por aí.

- Não que eu esteja dando razão a algum dos lados, mas o Botânico e o RHABCZZIHLL devem concordar que dar credibilidade é milhões de vezes mais racional que ter fé, pois, num caso, se surgirem argumentos para derrubar o que o cara falou simplesmente se esquece, já para a fé sempre surgem sempre argumentos/mentiras/fugas novas para cada desmentido e a falsidade se perpetua, pois a verdade absoluta é inabalável.

Abraços,

[aknatom]

E TUDO ISSO FOI JUSTIFICADO CIENTIFICAMENTE: NINGUÉM USOU KARDEC PARA JUSTIFICAR O PROCESSO. Kardec ficou lá, esquecido até dos espíritas nesses pontos considerados racistas e é lembrado por vocês céticos e não por nós. E querem que justifiquemos o racismo do cara. Ora, justifiquem primeiro o racismo CIENTÍFICO, pelo qual milhares foram esterilizados e milhões foram assassinados e depois a gente conversa sobre o eventual racismo espiritual-carnal de Kardec.

Certo. Aceito seu desafio. Vou justificar o racismo científico: desenvolvimento intelectual e desenvolvimento científico não implica naturalmente em desenvolvimento moral. São cientistas, são inteligentes, mas moralmente valem tanto quanto qqr um dos bostas que estão presos, talvez menos ainda porque um bandido comum não consegue matar o tanto de gente que foi assassinada usando como justificativa essas idéias "cientificamente embasadas". Moralmente são uns merdas, o que tira toda a vontade de ler biografias destes e me faz ser mais atento a um possível viés ideológico em qqr trabalho científico publicado pela criatura. Não que eu não tenha com outros, só vou estar mais atento com estes.
Agora justifique o racismo espiritual carnal do Kardec, que na minha opinião, tem a mesma capacidade moral dos por mim supracitados, com a diferença que por ser um cientista dos mais furrecos não conseguiu a mesma exposição logo não conseguiu incitar tantos crimes assim, o que não diminui a culpa já que sua intenção era fundar um novo cristianismo com fundamentos recistas, o que eventualmente mataria muito mais gente do que o Holocausto.
Por gentileza, tenha palavra e cumpra o proposto por você mesmo, justifique. Não se preocupe em rebater a minha justificativa, ela é apenas uma opinião pessoal que não precisa ser contestada, ela pode ser totalmente sobreposta por alguma explicação mais aceitável sua. Se não tiver essa capacidade, ainda assim não se preocupe em rebater a minha "opinião pessoal", vá cuidar do teu jardim que vc ganha mais.

[Najma]

E... não é que ele voltou atrás? Sentou no rabo? Que bonitinho...

Nobel se desculpa "profundamente" por declarações sobre africanos

da Folha Online



Depois da péssima repercussão a respeito de suas afirmações sobre a inteligência dos africanos, o biólogo James Watson, 79, ganhador do Prêmio Nobel, se desculpou "profundamente" por suas declarações. "Não foi o que eu quis dizer", afirmou.

Africanos são menos inteligentes, segundo disse o Nobel James Watson, de 79 anos
Em entrevista ao jornal britânico "The Sunday Times", o cientista afirmou que os africanos são menos inteligentes do que ocidentais e, em razão disso, se declarou pessimista em relação ao futuro da África.

Ele disse ao jornal que "todas as nossas políticas sociais são baseadas no fato de que a inteligência deles [dos negros] é igual à nossa, apesar de todos os testes dizerem que não". "Pessoas que já lidaram com empregados negros não acreditam que isso [a igualdade de inteligência] seja verdade."

Nesta quinta-feira (18), entretanto, Watson tentou voltar atrás. "Eu não consigo entender como poderia ter dito o que me é atribuído", afirmou o biólogo, em comunicado entregue à agência Associated Press.

O cientista disse também que entendia a repercussão negativa de suas afirmações. "Eu certamente posso entender porque as pessoas, lendo essas palavras [a entrevista ao The Sunday Times], reagiram dessa maneira".

Por fim, ele pediu desculpas: "A todos aqueles que tiraram conclusões das minhas palavras de que a África, como um continente, é geneticamente inferior, eu só posso me desculpar profundamente. Isso não foi o que eu quis dizer. E mais importante do meu ponto de vista, não há base científica para essa crença."

Com informações da Associated Press e The Guardian

----------------------------------



Eu falei que não ia adiantar dizer que "não é bem assim"...

[aknatom]

Só faltou complementar a frase "A todos aqueles que tiraram conclusões das minhas palavras de que a África, como um continente, é geneticamente inferior, eu só posso me desculpar profundamente." com um "na Africa do sul tem muitos brancos, o que dá um certo equilíbrio..."

[Najma]

Só faltou complementar a frase "A todos aqueles que tiraram conclusões das minhas palavras de que a África, como um continente, é geneticamente inferior, eu só posso me desculpar profundamente." com um "na Africa do sul tem muitos brancos, o que dá um certo equilíbrio..."

[emmmcri]

Só faltou complementar a frase "A todos aqueles que tiraram conclusões das minhas palavras de que a África, como um continente, é geneticamente inferior, eu só posso me desculpar profundamente." com um "na Africa do sul tem muitos brancos, o que dá um certo equilíbrio..."

[Najma]

:emoticon12: ... pois é. Quem pode chamar de música uma coisa dessas?

http://br.youtube.com/watch?v=lDyZ_fXKcZs

puta merda, saiu água do olho aqui

... tem mais aqui. Mas isso já é algo que não se pode chamar de humor nem aqui nem na China:
http://br.youtube.com/watch?v=d3KDq5JzWd4

quanto a esse lance de cultura, outro dia vi uma pesquisa (se é que o IBGE é confiável ) que negros gastam proporcionalmente mais com cultura do que brancos. acho que passou no jornal nacional até.

Pra você ver. A situação do negro é mais ou menos aquela de alguém que está preso num quartinho de favela, só com uma TV passando programa do Faustão o dia todo e não pode sair de lá de jeito nenhum. Como exigir que gostem de música clássica, de programas educativos, se eles não tiverem acesso a isso?

Se tiver acesso, é óbvio que vai mudar de canal, buscar algo melhor. Eu penso assim, acredito mesmo nisso.

[RCAdeBH]

- Minha filha tem autismo, recomendaram tratamento através de dieta supressiva de glúten e caseína, sou completamente cético em relação aos resultados, embora alguns cientistas recomendem fortemente, logo, não sou do tipo que dou aval de credibilidade prum sujeito só porque ele usa jaleco branco, ainda mais quando ele expressa opinião, cientistas falam merda também.

Nunca ouvi falar desse tratamento. Qual a especialidade desse médico que te falou isso?
Na minha opinião e experiência um autista consegue ótimos resultados com muito amor e paciência dos pais e irmãos, o resto é balela.

- Mas antes dar crédito a cientistas do que dar aval prá caras que se apresentam como sacerdotes porta-vozes da verdade absoluta tipo esses médiuns, padres e pastores que tem por aí.

Concordo contigo. Toda unanimidade é burra e todo absolutismo é desespero.
Infelizmente no meio espirita existem esses absurdos como tirar medicação de pacientes por se achar que a doença é causada por obsessão. E isso acontece tambem no meio protestante, o que é uma pena.
Temos que ter cuidado com os "cabeças" de todas as religiões, aí incluo o ateísmo tambem. Já ví sair muita merda da cabeça de ateus bem festejados e formadores de opinião.

[Botanico]

E TUDO ISSO FOI JUSTIFICADO CIENTIFICAMENTE: NINGUÉM USOU KARDEC PARA JUSTIFICAR O PROCESSO. Kardec ficou lá, esquecido até dos espíritas nesses pontos considerados racistas e é lembrado por vocês céticos e não por nós. E querem que justifiquemos o racismo do cara. Ora, justifiquem primeiro o racismo CIENTÍFICO, pelo qual milhares foram esterilizados e milhões foram assassinados e depois a gente conversa sobre o eventual racismo espiritual-carnal de Kardec.

Certo. Aceito seu desafio. Vou justificar o racismo científico: desenvolvimento intelectual e desenvolvimento científico não implica naturalmente em desenvolvimento moral. São cientistas, são inteligentes, mas moralmente valem tanto quanto qqr um dos bostas que estão presos, talvez menos ainda porque um bandido comum não consegue matar o tanto de gente que foi assassinada usando como justificativa essas idéias "cientificamente embasadas". Moralmente são uns merdas, o que tira toda a vontade de ler biografias destes e me faz ser mais atento a um possível viés ideológico em qqr trabalho científico publicado pela criatura. Não que eu não tenha com outros, só vou estar mais atento com estes.
Agora justifique o racismo espiritual carnal do Kardec, que na minha opinião, tem a mesma capacidade moral dos por mim supracitados, com a diferença que por ser um cientista dos mais furrecos não conseguiu a mesma exposição logo não conseguiu incitar tantos crimes assim, o que não diminui a culpa já que sua intenção era fundar um novo cristianismo com fundamentos recistas, o que eventualmente mataria muito mais gente do que o Holocausto.
Por gentileza, tenha palavra e cumpra o proposto por você mesmo, justifique. Não se preocupe em rebater a minha justificativa, ela é apenas uma opinião pessoal que não precisa ser contestada, ela pode ser totalmente sobreposta por alguma explicação mais aceitável sua. Se não tiver essa capacidade, ainda assim não se preocupe em rebater a minha "opinião pessoal", vá cuidar do teu jardim que vc ganha mais.

Bem, na verdade não vi exatamente uma justificativa em suas palavras e não concordo com elas, pois faltou um ponto essencial de porque se adotaram políticas eugênicas com o aplauso da comunidade científica: _ Não tinha gente nossa no lado ruim da coisa.

É isso aí: não havia cientistas negros, índios, latinos ou orientais no meio da comunidade científica americana. Isso, por si só, já era considerado uma prova da burrice congênita e genética desses povos. Por outro lado, entre criminosos e gente pobre ou mal colocada socialmente, havia muitos representantes das ditas raças acima. Logo, adotar políticas que reduzissem suas populações era algo que a classe científica só poderia aplaudir...

Religião é veneno, certo? Pois bem, se houver algum chatólico lendo essas linhas, ele poderá ao menos dizer que os países de maioria católica tiveram o que os cientistas que você mencionou não tiveram: coragem moral de ir contra a coisa, em defesa da vida. É! Além dos americanos, os países europeus de maioria protestante, ainda que não todos, adotaram leis eugênicas.

Muito que bem, para finalizar quanto às suas palavras, ao menos fico satisfeito com uma coisa: ciência não traz suporte moral para ninguém. Nesse ponto, ela é tão veneno quanto a religião.

Agora vamos tratar do Karduco.
EU NÃO VOU JUSTIFICAR O RACISMO DELE. No máximo vou explicar sua posição e o motivo de suas palavras. Como já disse antes, não apenas a ciência, mas a própria realidade de sua época davam pleno suporte à idéia de que as raças caucasóides seriam supostamente superiores quanto ao quesito intelectual, econômico e militar. Dá para imaginar o que passaria na cabeça de um europeu, com um exército seu à frente, armado de canhões, fuzis modernos, metralhadoras e vindo contra ele um exército chinês, com desajeitadas roupas coloridas, espadas, leques e sombrinhas? Só poderia pensar que esse bando de amarelos eram muito burros. Certo?

Bem, de posse desse conhecimento, cientificamente "comprovado" e endossado pela realidade, Kardec também supôs que a raça caucásica seria superior às outras. Que motivos teria ele para pensar o contrário? Sabe me dizer?

Ah! Mas ele tinha os espíritos superiores para secretariá-lo. Bastaria perguntar a eles, ou esperar que eles corrigissem o que foi dito de errado. Ah! A ingênua crença cética de que os espíritos superiores seriam como os gênios da lâmpada das estórias de Aladim. Sabe, meu caro, isso não é fácil, nem simples. Kardec não era exatamente um cientista, mas professor e pedagogo. Tinha uma formação eclética, como a maioria das pessoas educadas de sua época. Mas não era um antropólogo (e se fosse, isso em nada o ajudaria) e daí não tinha como discutir essa questão racial com os espíritos.

Veja só a sinuca de bico que ficamos com eles. Se um espírito me trouxesse uma revelação científica importante, mas a qual eu não tenho meios, nem recursos para verificá-la. Que posso fazer? Se eu aceitar a dita cuja, publicá-la em alguma obra espírita e vier a se confirmar verdadeira mais tarde. Ah! Que maravilha! Olha só: eu posso esfregá-la na cara de vocês céticos e mostrar que o Espiritismo pode trazer revelações científicas importantes...

Mas por outro lado, isso poderia ser só um trote. Uma brincadeira de algum espírito e quando se confirma que tudo não passa de balela, aí como ficamos nós espíritas? O Ramatis falou que em Marte havia cidades, canais, enchentes, marcianos... Nada disso foi encontrado. Que restou ao médium Hercílio Maes dizer então? Aquilo que vocês chamam de aderroque:
_ No manuscrito NÃO FOI IDENTIFICADO DE QUE PLANETA SE TRATAVA. Foi só quando fui enviar para a publicação que houve uma manifestação, dizendo que era de Marte que se tratava. Hesitei em colocar isso, mas o espírito insistia que devia fazê-lo. Ao comentar com o editor, esse fez questão que se dissesse que era mesmo Marte, pois muitos acreditavam que Marte seria assim mesmo e dizer que era um "planeta qualquer" não tornaria o livro vendável.

Assim então veio o livro Vida no Planeta Marte, que serve hoje para envergonhar os espíritas. E o pior é que mesmo as edições novas, não trazem qualquer explicação ou justificativa... Muito que bem então. O que manda a prudência? Que você fique com o que se sabe antes de aceitar uma revelação sem condições de se obter comprovação. Foi o que Kardec fez.

Aí então entra a lógica. Se há então raças inferiores, cuja genética produz indivíduos prejudicados intelectual e moralmente, então é lógico imaginar que nelas encarnam espíritos inferiores, onde a falta de qualidade do material carnal não lhe será prejudicial em termos de desempenho. Convertendo isso em um exemplo mais familiar a nós, a informática, se um camarada vai só digitar textos e navegar na internet, um AT com 128 MB de RAM, processador de 800 MHz e HD de 40 GB e win 98 já está em boa medida. Seria um desperdício um cara que vai fazer só isso ter um computador de 64 bits, 4 GB de RAM DDR3, Pentium de 4 GHz, HD SATA de 500 GB... Pois é. Se um espírito inferior encarnasse num caucasóide, ele não aproveitaria todo o potencial dessa máquina superior. Por outro lado, um espírito mais "evoluído" poderia encarnar no corpo de um negro como castigo ou para tentar melhorar alguma coisa no meio da negada...

A coisa tem lógica, não? Só que o tempo acabou por mostrar que tal coisa não era assim. Os japoneses derrotaram os russos em 1904, pondo fim ao mito da invencibilidade do homem branco. Isso só não abalou a comunidade caucasóide, pois os russos, os eslavos, são caucasóides inferiores aos anglo saxônicos e germânicos. Numa burrada, poderiam sair perdendo. Mas depois os japoneses derrotaram os ingleses e holandeses e aí os orientais viram que eles não eram invencíveis. O lugar do homem branco na Ásia nunca mais seria o mesmo. Começou a luta pela independência e babau!

Mas significa que os eugenistas se deram por vencidos? Não. Apenas enfiaram a viola no saco, mas não mudaram sua maneira de pensar. E está aí o Watson, com seu projeto genoma e alimentando as mesmas esperanças eugenistas. Antes os eugenistas tinham só a aparência física (os brancos são bonitos, os negros e outros são feios...), as condições sociais e o simples "quer falar comigo, sobe!" como justificativas para as suas políticas. Agora, tendo o mapeamento de DNA, qual será a desculpa para não se capar um geneticamente estropiado? Diga-me você.

É isso.

[docdeoz]

Vejam esta opinião:

Tenemos entonces aquí una especie de bifurcación esencial, que corresponde
a una recuperación del análisis de las luchas en la forma de la
dialéctica y a un retomar el tema de los enfrentamientos de razas en la
teori'a del evolucionismo y de la lucha por la vida. A partir de aquí, siguiendo
preeminentemente esta segunda rama, trataré de mostrarles de
qué modo se produjo el desarrollo de un racismo biológico-social. Este
racismo se funda sobre la idea (que es absolutamente nueva y hará funcionar
el discurso en un modo diferente) según la cual la otra raza no es la
que llegó de afuera, no es la que por determinado tiempo ha triunfado y
dominado, sino aquella que en forma permanente, incesante, se infiltra en
el cuerpo social (o mejor dicho, se reproduce ininterrumpidamente dentro
y a partir del tejido social). En otras palabras: lo que en la sociedad se nos
aparece como polaridad, como fi-actura binaria, no sena tanto el enfrentamiento
de dos razas extrañas una a la otra, como el desdoblamiento de
una sola y misma raza en una super-raza y una sub-raza; o también, a
partir de una raza, la reaparición de su propio pasado. Brevemente: el
revés y la parte inferior de la raza que aparece en ella.
Tendremos por ende esta consecuencia fundamental: el discurso de la
lucha de razas -que en la época en que apareció y comenzó a funcionar
(siglo xvii) constituía esencialmente un instrumento de lucha para campos
descentrados- será re-centrado y se convertirá en el discurso del poder,
de un poder centrado, centralizado y centralizador. Llegará a ser el
discurso de un combate a conducir, no entre dos razas, sino entre una raza
puesta como la verdadera y única (la que detenta el poder y es titular de la
norma) y los que constituyen oíros tantos peligros para el patrimonio biológico.
En ese momento aparecerán todos los discursos biológico-racistas
sobre la degeneración y todas las instituciones que. dentro del cuerpo so-
56
cial. harán funcionar el discurso de la Tucha de razas como principio de
segregación, de eliminación y de normalización de la sociedad.
p. 56Michel Foucault
GENEALOGÍA
DEL RACISMO
CARONTE
E N S A Y O S
© Editorial Altamira
Calle 49 N° 540
La Plata, Argentina
S (54-21) 21 85 00

Mais esta:

Darwin e os Grandes Enigmas da vida-SJG,213:

"Fica claro que, neste caso {racismo}, não foi a ciência que influenciou as atitudes racistas. Muito pelo contrário, foi uma crença a priori na inferioridade negra que determinou a seleção preconceituosa de "provas". De um rico corpo de dados que poderia apoiar praticamente qualquer asserção racial, os cientistas selecionaram fatos que corroboravam suas conclusões prediletas, se gundo as teorias em voga no momento".

Claro como a água do Guaíba...

[docdeoz]

http://www.orkut.com/AlbumZoom.aspx?uid ... 0490&pid=3

[docdeoz]

1. O Silêncio sobre o racismo no meio acadêmico brasileiro
Uma parte das resistências às ações afirmativas que hoje observamos no Brasil
se deve à ignorância e à desinformação, resultados do silêncio que a academia branca
impôs a si mesma e à sociedade, durante mais de um século, sobre a sua realidade
interna de exclusão racial. Poderosos e eficientes mecanismos de disfarce e de
silenciamento do racismo foram acionados constantemente no interior da academia.
Somente agora, com a discussão das cotas, começa a abrir-se um pouco a cortina do
racismo acadêmico propriamente dito. Já é hora, portanto, de perguntar: por que, após
tanto tempo, temos universidades ainda tão brancas? Isto não é resultado de uma prática
racista que está na sociedade apenas: resulta de um esforço sistemático (mesmo que
quase nunca verbalizado) feito pelos próprios acadêmicos. E uma parte considerável
1 Este texto, ainda inacabado, é uma versão inteiramente corrigida e ampliada de um ensaio anterior
(Carvalho 2003). Agradeço a Valter Roberto Silvério o estímulo para publicá-lo neste dossiê.
3
desse esforço deveu-se à produção das Ciências Sociais, encarregadas que foram de
produzir um modelo de relações raciais no país que o colocassem em vantagem com
relação aos Estados Unidos à África do Sul e fora do risco de um questionamento
internacional análogo ao que sofreram esses países. Escusado dizer, esse segmento de
cientistas sociais é composto quase que exclusivamente de pessoas brancas e quem
pagou o preço desse discurso positivo (e falso) foram os negros e os índios, que ficaram
até hoje fora das universidades.

AS AÇÕES AFIRMATIVAS COMO RESPOSTA AO RACISMO ACADÊMICO
E SEU IMPACTO NAS CIÊNCIAS SOCIAIS BRASILEIRAS
José Jorge de Carvalho
Universidade de Brasília

[francioalmeida]

deves estar errado. algum branco te corrigirá

[Adrianoped]

1. O Silêncio sobre o racismo no meio acadêmico brasileiro
Uma parte das resistências às ações afirmativas que hoje observamos no Brasil
se deve à ignorância e à desinformação, resultados do silêncio que a academia branca
impôs a si mesma e à sociedade, durante mais de um século, sobre a sua realidade
interna de exclusão racial. Poderosos e eficientes mecanismos de disfarce e de
silenciamento do racismo foram acionados constantemente no interior da academia.
Somente agora, com a discussão das cotas, começa a abrir-se um pouco a cortina do
racismo acadêmico propriamente dito. Já é hora, portanto, de perguntar: por que, após
tanto tempo, temos universidades ainda tão brancas? Isto não é resultado de uma prática
racista que está na sociedade apenas: resulta de um esforço sistemático (mesmo que
quase nunca verbalizado) feito pelos próprios acadêmicos. E uma parte considerável
1 Este texto, ainda inacabado, é uma versão inteiramente corrigida e ampliada de um ensaio anterior
(Carvalho 2003). Agradeço a Valter Roberto Silvério o estímulo para publicá-lo neste dossiê.
3
desse esforço deveu-se à produção das Ciências Sociais, encarregadas que foram de
produzir um modelo de relações raciais no país que o colocassem em vantagem com
relação aos Estados Unidos à África do Sul e fora do risco de um questionamento
internacional análogo ao que sofreram esses países. Escusado dizer, esse segmento de
cientistas sociais é composto quase que exclusivamente de pessoas brancas e quem
pagou o preço desse discurso positivo (e falso) foram os negros e os índios, que ficaram
até hoje fora das universidades.

AS AÇÕES AFIRMATIVAS COMO RESPOSTA AO RACISMO ACADÊMICO
E SEU IMPACTO NAS CIÊNCIAS SOCIAIS BRASILEIRAS
José Jorge de Carvalho
Universidade de Brasília

Concordo totalmente com o texto.

[Conde Loppeux de Villanue]

conde - atitude típica dos até então chamados cépticos.

[NadaSei]

perguntar: por que, após
tanto tempo, temos universidades ainda tão brancas? Isto não é resultado de uma prática
racista que está na sociedade apenas: resulta de um esforço sistemático (mesmo que
quase nunca verbalizado) feito pelos próprios acadêmicos. E uma parte considerável.

É evidente que não.
O problema é financeiro, não são os negros que se encontram excluídos das universidades, são os pobres.

[Adrianoped]

perguntar: por que, após
tanto tempo, temos universidades ainda tão brancas? Isto não é resultado de uma prática
racista que está na sociedade apenas: resulta de um esforço sistemático (mesmo que
quase nunca verbalizado) feito pelos próprios acadêmicos. E uma parte considerável.

É evidente que não.
O problema é financeiro, não são os negros que se encontram excluídos das universidades, são os pobres.

São os pobres e os negros. Se existem somente 2 a 5% de negros nas universidades é devido aos brancos terem melhores condições socioeconômicas. O principal mérito destes é do investimento em educação por parte da família e não um mérito individual e de inteligência como muitos supõe.

[Jeanioz]

perguntar: por que, após
tanto tempo, temos universidades ainda tão brancas? Isto não é resultado de uma prática
racista que está na sociedade apenas: resulta de um esforço sistemático (mesmo que
quase nunca verbalizado) feito pelos próprios acadêmicos. E uma parte considerável.

É evidente que não.
O problema é financeiro, não são os negros que se encontram excluídos das universidades, são os pobres.

São os pobres e os negros. Se existem somente 2 a 5% de negros nas universidades é devido aos brancos terem melhores condições socioeconômicas. O principal mérito destes é do investimento em educação por parte da família e não um mérito individual e de inteligência como muitos supõe.

Isso, méritos individuais não mudam estatísticas, isso se deve a condições socias, políticas, históricas e econômicas que afetam todo um grupo.

Por quê os racistas não conseguem ver isso?

[Fernando Silva]

É possível que o problema já comece na barriga da mãe, subnutrida ou entupida de porcarias baratas.
E continua na falta de cuidados na infância, na doutrinação visível ou não de "você é inferior e deve se limitar ao seu lugar".
Alguns superam isto tudo e chegam onde muito branco de classe média/alta não chega, mas há grandes chances de a maioria se acomodar com pouco, dando origem às estatísticas.

Se essas diferenças enormes acontecem entre irmãos, por que não aconteceriam entre pessoas que cresceram em condições tão diferentes?

[Adrianoped]

Tem um novo estudo sobre a mobilidade intergeracional de renda no Brasil que demonstra a influência da renda na permanência na pobreza, mais um estudo mostrando os mecanismos do ciclo da pobreza.

Assim como tem pessoas que superam a pobreza existem ricos que perdem tudo. Dizer que a grandes chances da maioria dos pobres se acomodar é um preconceito sem base científica alguma.

A estatísticas do "alguns" para se deduzir um comportamento da maioria é a falácia da generalização apressada (falsa indução), quando uma regra específica é atribuída ao caso genérico.

Essa idéia preconceituosa contra pobres e negros não tem embasamento nem teórico e nem empírico, pelo contrário vai contra as teorias atuais e as pesquisas empíricas.