McLanche infeliz

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Avatar do usuário
Herf
Mensagens: 1178
Registrado em: 03 Mar 2007, 15:38

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Herf »

Abmael escreveu:- Em primeiro lugar, releia o que escrevi, não fiz correlação entre livre mercado e direito do consumidor, por outro lado, para que haja concorrência justa, o consumidor deve ter possibilidade de escolher o que quer comprar.

Mas "direito de comprar" não significa tolher o direito da outra parte de vender o que bem entender. Só se pode comprar o que se oferece.

Seria algo como eu exigir que o estado atue fazendo com que as pessoas ocasionalmente comprem de mim, já que eu tenho o "direito de escolher o que vender"...

- No entanto, a venda casada é usada para normalmente para atentar contra a livre-concorrência, um bom exemplo era o NETSCAPE que era considerado superior ao EXPLORER mas foi sumariamente tirado do mercado quando o EXPLORER passou a fazer parte do WINDOWS (quem iria comprar um navegador se o S.O. já vinha com um?), a MICROSOFT tentou aplicar o mesmo golpe com o WINDOWS MEDIA PLAYER também incorporado, mas a UE deu um basta e ainda aplicou multa.

E qual o problema com isso? Se a empresa quiser, pode simplesmente aumentar o preço do produto principal e fornecer o outro gratuitamente, como um brinde.

- O estado deve proteger o mercado garantindo a livre concorrência aos capitalistas interferindo nestas situações, a livre concorrência deve ser baseada na qualidade e no preço e não na capacidade de coerção de uma empresa.

O que os apoiadores dessa medida defendem é que oferecer um produto/serviço/promoção melhor que os demais é "coerção" por parte de uma empresa...
Editado pela última vez por Herf em 06 Jan 2008, 10:08, em um total de 1 vez.

Radaga
Mensagens: 11
Registrado em: 02 Jan 2008, 13:57

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Radaga »

Orbe escreveu:Já que os pais não fazem seu tabalho direito...


Devemos instaurar um Estado Policial que dita as regras de comportamento, determina o que se deve ou não fazer até dentro de sua própria casa e não concede liberdades individuais baseados no princípio que só o Estado sabe o que o cidadão realmente quer e precisa. :emoticon19:

Você está feliz, cidadão? Quem é seu melhor amigo? Qual o seu nível de segurança?

Avatar do usuário
Johnny
Mensagens: 14128
Registrado em: 10 Mar 2006, 16:06
Gênero: Masculino

Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Johnny »

BEm que a Adobe, Autodesk e Corel poderiam fazer isso!. Comprem nosso produto e ganhem de presente o SO MS com pacotes Office de graça.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

Imagem

Avatar do usuário
Aranha
Mensagens: 6595
Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
Gênero: Masculino
Localização: Nova York
Contato:

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Aranha »

Procedure escreveu:
Abmael escreveu:- Em primeiro lugar, releia o que escrevi, não fiz correlação entre livre mercado e direito do consumidor, por outro lado, para que haja concorrência justa, o consumidor deve ter possibilidade de escolher o que quer comprar.

Mas "direito de comprar" não significa tolher o direito da outra parte de vender o que bem entender. Só se pode comprar o que se oferece.


- Impor é diferente de oferecer.

Procedure escreveu:Seria algo como eu exigir que o estado atue fazendo com que as pessoas ocasionalmente comprem de mim, já que eu tenho o "direito de escolher o que vender"...


- Comparação absurda.

Procedure escreveu:
- No entanto, a venda casada é usada para normalmente para atentar contra a livre-concorrência, um bom exemplo era o NETSCAPE que era considerado superior ao EXPLORER mas foi sumariamente tirado do mercado quando o EXPLORER passou a fazer parte do WINDOWS (quem iria comprar um navegador se o S.O. já vinha com um?), a MICROSOFT tentou aplicar o mesmo golpe com o WINDOWS MEDIA PLAYER também incorporado, mas a UE deu um basta e ainda aplicou multa.

E qual o problema com isso? Se a empresa quiser, pode simplesmente aumentar o preço do produto principal e fornecer o outro gratuitamente, como um brinde.


- Só que o produto principal é o S.O. WINDOWS que tem, na prática, o monopólio do mercado, e sem o qual o PC não funciona.

- O estado deve proteger o mercado garantindo a livre concorrência aos capitalistas interferindo nestas situações, a livre concorrência deve ser baseada na qualidade e no preço e não na capacidade de coerção de uma empresa.

O que os apoiadores dessa medida defendem é que oferecer um produto/serviço/promoção melhor que os demais é "coerção" por parte de uma empresa...


- Quando vendedores condicionam venda de COCA-COLA aos comerciantes via compra de KAIZER é coerção sim. pois sem vender COCA-COLA o comerciante quebra, quando a VIRTUA põe no contrato que você deve usar o portal deles é coerção sim, pois os outros faziam a mesma coisa para quebrar os provedores de baixo custo e gratuitos, quando o WINDOWS coloca o EXPLORER no produto sem seu consentimento é coerção sim pois o WINDOWS é hegemônico nos PCs, e não vem com essa de brinde que não existe almoço grátis.

- Me mostre um país capitalista sério onde isto não seja ilegal.

Araços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Avatar do usuário
Herf
Mensagens: 1178
Registrado em: 03 Mar 2007, 15:38

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Herf »

Abmael escreveu:
Procedure escreveu:Mas "direito de comprar" não significa tolher o direito da outra parte de vender o que bem entender. Só se pode comprar o que se oferece.
- Impor é diferente de oferecer.

É claro que é. Mas você não é obrigado a comprar a combinação pão+brinquedo se não gostou dela. E não é culpa da Coca Cola se o seu estabelecimento vai quebrar só por que você não vende Coca Cola, já que não gostou da idéia de vender Kaiser também. É o que está sendo oferecido.

De qualquer forma, se vender Kaiser traz prejuízos ao dono de supermercado por vender menos que a Brahma e se ele não puder vender Brahma sem deixar de vender Coca Cola (por causa da proposta da Coca Cola em só vender o refrigerante a quem vender Kaiser e mais nenhuma outra cerveja), que se reúna com outros mercadistas insatisfeitos e ameace boicotar a Coca Cola. Queria ver se a política de venda combinada se sustentaria, neste caso.

- Comparação absurda.

Seria bom se você explicasse por quê.

- Só que o produto principal é o S.O. WINDOWS que tem, na prática, o monopólio do mercado, e sem o qual o PC não funciona.

Pois então? Pode vender o produto principal e dar o outro de "brinde", aumentando, evidentemente, o preço do produto principal. O impacto sobre a concorrência não será muito diferente.

- Me mostre um país capitalista sério onde isto não seja ilegal.

Essa é uma discussão sobre se é ético ou não vender dois produtos combinadamente. Do ponto de vista da ética, é irrelevante o que se passa a respeito em países "capitalistas sérios".

Avatar do usuário
zumbi filosófico
Mensagens: 2054
Registrado em: 19 Out 2007, 20:01
Gênero: Masculino

Re.: McLanche infeliz

Mensagem por zumbi filosófico »

Nesse caso dos SO e programas diversos. Monopólio essencialmente não é considerado algo indesejável? Concorrência não é desejável? Supondo que seja, os passos que podem levar ao monopólio - como esses "brindes" no SO - não são também indesejáveis?
Imagem

Avatar do usuário
zumbi filosófico
Mensagens: 2054
Registrado em: 19 Out 2007, 20:01
Gênero: Masculino

Re.: McLanche infeliz

Mensagem por zumbi filosófico »

O caso do IE é um exemplo interessante de como o monopólio prejudica a qualidade, e as coisas se tornam populares a despeito dela. De vez em quando, olhando códigos-fonte das páginas se encontra linhas com comentários como "Esquema para contornar o bug esquisito do IE".
Imagem

Avatar do usuário
Apáte
Mensagens: 9061
Registrado em: 20 Jul 2006, 19:32
Gênero: Masculino
Localização: Asa Sul
Contato:

Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Apáte »

Que culpa o Bill Gates tem se outras empresas não conseguem oferecer um produto com 10% da qualidade?
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi

Orbe
Mensagens: 906
Registrado em: 27 Set 2007, 04:29
Gênero: Masculino

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Orbe »

Radaga escreveu:
Orbe escreveu:Já que os pais não fazem seu tabalho direito...


Devemos instaurar um Estado Policial que dita as regras de comportamento, determina o que se deve ou não fazer até dentro de sua própria casa e não concede liberdades individuais baseados no princípio que só o Estado sabe o que o cidadão realmente quer e precisa. :emoticon19:

Você está feliz, cidadão? Quem é seu melhor amigo? Qual o seu nível de segurança?


Exagerado...

Podemos fazer de outra maneira então.

Podemos incluir no currículo escolar, de ensino fundamental, conteúdos sobre os malefícios do fast-food. Invés de cortar os brindes podemos doutrinar os pirralhos. Qual você prefere?

Orbe
Mensagens: 906
Registrado em: 27 Set 2007, 04:29
Gênero: Masculino

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Orbe »

Double.

Avatar do usuário
Apáte
Mensagens: 9061
Registrado em: 20 Jul 2006, 19:32
Gênero: Masculino
Localização: Asa Sul
Contato:

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Apáte »

Apáte escreveu:A face ditatorial dos ditos esquerdas, direitas e centro revela-se tão sutilmente como as flores que desabrocham na primavera.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi

Avatar do usuário
Aranha
Mensagens: 6595
Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
Gênero: Masculino
Localização: Nova York
Contato:

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Aranha »

Procedure escreveu:
- Impor é diferente de oferecer.

É claro que é. Mas você não é obrigado a comprar a combinação pão+brinquedo se não gostou dela.


- Neste caso eu não consideraria venda casada como já expliquei anteriormente.

Procedure escreveu:E não é culpa da Coca Cola se o seu estabelecimento vai quebrar só por que você não vende Coca Cola, já que não gostou da idéia de vender Kaiser também. É o que está sendo oferecido.


- É culpa da COCA-COLA se ela se aproveita da situação para lhe empurrar um produto que você não quer e é sacanagem com os concorrentes da KAISER, que mesmo oferecendo um produto melhor ou mais barato perdem vendas devido a coação exercida pelo concorrente.

Procedure escreveu:De qualquer forma, se vender Kaiser traz prejuízos ao dono de supermercado por vender menos que a Brahma e se ele não puder vender Brahma sem deixar de vender Coca Cola (por causa da proposta da Coca Cola em só vender o refrigerante a quem vender Kaiser e mais nenhuma outra cerveja), que se reúna com outros mercadistas insatisfeitos e ameace boicotar a Coca Cola. Queria ver se a política de venda combinada se sustentaria, neste caso.


- Já viu isso alguma vez na sua vida? - O problema é: "E se isso não acontecer?", os comerciantes podem não ter conscientização ou organização ou mobilização suficiente para reagir, então o estado entra via ministério público ou CADE para acertar a situação, qual o problema nisso?

Procedure escreveu:
- Comparação absurda.

Seria bom se você explicasse por quê.


- Superficial, simplório, sem relação como o que estou escrevendo e equivocado nas premissas.

Procedure escreveu:
- Só que o produto principal é o S.O. WINDOWS que tem, na prática, o monopólio do mercado, e sem o qual o PC não funciona.

Pois então? Pode vender o produto principal e dar o outro de "brinde", aumentando, evidentemente, o preço do produto principal. O impacto sobre a concorrência não será muito diferente.


- Porisso o estado interfere, é interesse do estado e do livre-mercado que a concorrência seja a mais perfeita possível. Tais práticas são coibidas em qualquer parte em nome da boa concorrência, é uma regra do jogo.

Procedure escreveu:
- Me mostre um país capitalista sério onde isto não seja ilegal.

Essa é uma discussão sobre se é ético ou não vender dois produtos combinadamente. Do ponto de vista da ética, é irrelevante o que se passa a respeito em países "capitalistas sérios".


- Pois bem, partindo da premissa que isso pode ser classificado como coerção e forma de burlar a concorrência é anti-ético sim.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Radaga
Mensagens: 11
Registrado em: 02 Jan 2008, 13:57

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Radaga »

Orbe escreveu:
Radaga escreveu:
Orbe escreveu:Já que os pais não fazem seu tabalho direito...


Devemos instaurar um Estado Policial que dita as regras de comportamento, determina o que se deve ou não fazer até dentro de sua própria casa e não concede liberdades individuais baseados no princípio que só o Estado sabe o que o cidadão realmente quer e precisa. :emoticon19:

Você está feliz, cidadão? Quem é seu melhor amigo? Qual o seu nível de segurança?


Exagerado...

Podemos fazer de outra maneira então.

Podemos incluir no currículo escolar, de ensino fundamental, conteúdos sobre os malefícios do fast-food. Invés de cortar os brindes podemos doutrinar os pirralhos. Qual você prefere?


Aí sim, eu tava sendo sarcastico pra ver se alguem percebia que proibir e decretar nunca é o melhor caminho.

Avatar do usuário
Jeanioz
Mensagens: 5473
Registrado em: 27 Set 2006, 16:13
Gênero: Masculino
Localização: Curitiba - Paraná

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Jeanioz »

Radaga escreveu:Você está feliz, cidadão? Quem é seu melhor amigo? Qual o seu nível de segurança?


Todo o poder aos cidadãos infravermelhos!!! :emoticon12:
"Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola."
Napoleão Bonaparte


"Religião é uma coisa excelente para manter as pessoas comuns quietas."
Napoleão Bonaparte

Avatar do usuário
RicardoVitor
Mensagens: 2597
Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
Localização: Esquerdolândia

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por RicardoVitor »

Abmael escreveu:
RicardoVitor escreveu:É venda casada, e eu não vejo problema algum com vendas casadas.


- Você não é um defensor do livre mercado?


Sim, defendo que ninguém deva interferir na livre troca de mercadorias entre as pessoas.

Abmael escreveu:- A venda casada é um atentado contra o direitos do consumidor se comprar o que mais lhe convêm e é um atentado à livre concorrência também.

Abraços,


O consumidor não tem direito algum de comprar o que mais lhe convêm. Tem direito a comprar o que alguém está disposto a vender. Se, por exemplo, eu estiver disposto a comprar a sua televisão, Abmael, terei que depender da sua vontade de vendê-la. Você tem o direito de não colocá-la a venda. Aproveitando o exemplo, se você quisesse vender essa televisão, mas não quisesse vendê-la sem o aparelho de DVD (pra que serve um DVD sem TV?), você deve ser livre a optar por vendê-la somente com o DVD junto. Você estabeleceria o que está vendendo: Uma televisão que acompanha um aparelho de DVD. Se alguém aparecesse querendo somente a televisão, não seria vantajoso para você o negócio, logo, você não deveria sob hipótese alguma ser forçado pelo Estado a vendê-la sem o aparelho de DVD. A escolha de vender ou não o produto deve ser sua, de ninguém mais. O mesmo com o caso do tópico, a escolha de vender o produto McLanche Feliz + Brinquedo deve ser do McDonalds, cabe àqueles que desejam adquirir o produto decidir se este vale ou não o valor cobrado. Se não existisse ninguém disposto a adquirir tal produto, o McDonalds não o venderia, ou o separaria em dois produtos distintos. Isso, novamente, cabe ao vendedor e ao comprador decidirem se tal negócio é vantajoso a si mesmos ou não.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!

Avatar do usuário
RicardoVitor
Mensagens: 2597
Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
Localização: Esquerdolândia

Re.: McLanche infeliz

Mensagem por RicardoVitor »

Abmael escreveu:- No entanto, a venda casada é usada para normalmente para atentar contra a livre-concorrência, um bom exemplo era o NETSCAPE que era considerado superior ao EXPLORER mas foi sumariamente tirado do mercado quando o EXPLORER passou a fazer parte do WINDOWS (quem iria comprar um navegador se o S.O. já vinha com um?), a MICROSOFT tentou aplicar o mesmo golpe com o WINDOWS MEDIA PLAYER também incorporado, mas a UE deu um basta e ainda aplicou multa.


A pergunta colocada no meio do seu post (quem iria comprar um navegador se o S.O. já vinha com um?) meio que já justifica e explica a derrocada da Netscape. Quem iria adquirir um navegador (gratuito, como sempre foi o Netscape) que não oferecia nenhuma vantagem significante em relação ao rival embutido no MS Windows, o Internet Explorer? Se a Netscape não foi competente o bastante para tornar seu navegador superior ao IE de forma que atraísse os usuários de Windows, nada mais natural que perdesse a concorrência. O fato do IE estar embutido no Windows é apenas um diferencial, uma vantagem, em nada tem a ver com alguma impossibilidade da Netscape de se reestabelecer no mundo dos navegadores web. Ninguém deixa de utilizar o Ahead Nero porque o Windows Media tem a capacidade de queimar CDs. Ninguém deixa de utilizar o Photoshop porque o Windows possue softwares para edição de imagens. Porque são softwares que possuem seus diferenciais, realizam tarefas com excelência e isso os garante no mercado, mesmo com a Microsoft lançando equivalentes embutidos no Windows. Por que acha que o Firefox, em tão pouco tempo, tomou uma boa parte do share que o IE conquistou? Porque tem seus diferenciais, tem se demonstrado um software estável e rápido, enfim, tem suas vantagens em relação ao concorrente. A Microsoft tem todo o direito de embutir em seu produto o que ela desejar, desde que não prejudique o produto da concorrente diretamente (fazer ele "travar" no Windows, por exemplo, entre outras sabotagens). Ora, se ninguém tivesse criado nada melhor que o Paintbrush na área de edição de imagens, por que a Microsoft deveria retirar o produto do MS Windows?

Abmael escreveu:- Outro exemplo é a COCA-COLA que obrigava os comerciantes a comprarem KAISER, ou a NET que obrigava seus assinantes internet a utilizar seu portal quando haviam até portais gratuitos no mercado.


Não obrigava de forma alguma. Quem não aceitasse o produto KAISER+COCA, que não comprasse. Quem assume os riscos de queda nas vendas é a própria da COCA-COLA, mais ninguém. A PEPSI e outros refrigerantes agradecem. O mesmo com a NET.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!

Avatar do usuário
Aranha
Mensagens: 6595
Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
Gênero: Masculino
Localização: Nova York
Contato:

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Aranha »

RicardoVitor escreveu:
Abmael escreveu:
RicardoVitor escreveu:É venda casada, e eu não vejo problema algum com vendas casadas.


- Você não é um defensor do livre mercado?


Sim, defendo que ninguém deva interferir na livre troca de mercadorias entre as pessoas.



- É exatamente do que se trata, a prática da venda casada tolhe esta liberdade.


RicardoVitor escreveu:
Abmael escreveu:- A venda casada é um atentado contra o direitos do consumidor se comprar o que mais lhe convêm e é um atentado à livre concorrência também.

Abraços,


O consumidor não tem direito algum de comprar o que mais lhe convêm.



- Caso haja concorrência, tem sim, quando há monopólio ou hegemonia este direito se perde, porisso o estado interfere para que ele se mantenha e o mercado se mantenha também.


RicardoVitor escreveu:Tem direito a comprar o que alguém está disposto a vender.


- Podem haver muitos dispostos a vender, o consumidor escolhe o que mais lhe convém, eis aí a beleza do livre mercado com livre concorrência.

RicardoVitor escreveu: Se, por exemplo, eu estiver disposto a comprar a sua televisão, Abmael, terei que depender da sua vontade de vendê-la.


- Errado. você pode comprar de outro. (acho que estou me repetindo)...

RicardoVitor escreveu: Você tem o direito de não colocá-la a venda. Aproveitando o exemplo, se você quisesse vender essa televisão, mas não quisesse vendê-la sem o aparelho de DVD (pra que serve um DVD sem TV?), você deve ser livre a optar por vendê-la somente com o DVD junto. Você estabeleceria o que está vendendo: Uma televisão que acompanha um aparelho de DVD. Se alguém aparecesse querendo somente a televisão, não seria vantajoso para você o negócio, logo, você não deveria sob hipótese alguma ser forçado pelo Estado a vendê-la sem o aparelho de DVD. A escolha de vender ou não o produto deve ser sua, de ninguém mais. O mesmo com o caso do tópico, a escolha de vender o produto McLanche Feliz + Brinquedo deve ser do McDonalds, cabe àqueles que desejam adquirir o produto decidir se este vale ou não o valor cobrado. Se não existisse ninguém disposto a adquirir tal produto, o McDonalds não o venderia, ou o separaria em dois produtos distintos. Isso, novamente, cabe ao vendedor e ao comprador decidirem se tal negócio é vantajoso a si mesmos ou não.


- OK, o problema é quando tal prática prejudica a concorrência e sem concorrência, sem livre-mercado, segundo os princípios básicos do liberalismo, o estado tem o dever de garantir a maior concorrência possível.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Avatar do usuário
Aranha
Mensagens: 6595
Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
Gênero: Masculino
Localização: Nova York
Contato:

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Aranha »

RicardoVitor escreveu:
Abmael escreveu:- No entanto, a venda casada é usada para normalmente para atentar contra a livre-concorrência, um bom exemplo era o NETSCAPE que era considerado superior ao EXPLORER mas foi sumariamente tirado do mercado quando o EXPLORER passou a fazer parte do WINDOWS (quem iria comprar um navegador se o S.O. já vinha com um?), a MICROSOFT tentou aplicar o mesmo golpe com o WINDOWS MEDIA PLAYER também incorporado, mas a UE deu um basta e ainda aplicou multa.


A pergunta colocada no meio do seu post (quem iria comprar um navegador se o S.O. já vinha com um?) meio que já justifica e explica a derrocada da Netscape. Quem iria adquirir um navegador (gratuito, como sempre foi o Netscape) que não oferecia nenhuma vantagem significante em relação ao rival embutido no MS Windows, o Internet Explorer? Se a Netscape não foi competente o bastante para tornar seu navegador superior ao IE de forma que atraísse os usuários de Windows, nada mais natural que perdesse a concorrência. O fato do IE estar embutido no Windows é apenas um diferencial, uma vantagem, em nada tem a ver com alguma impossibilidade da Netscape de se reestabelecer no mundo dos navegadores web. Ninguém deixa de utilizar o Ahead Nero porque o Windows Media tem a capacidade de queimar CDs. Ninguém deixa de utilizar o Photoshop porque o Windows possue softwares para edição de imagens. Porque são softwares que possuem seus diferenciais, realizam tarefas com excelência e isso os garante no mercado, mesmo com a Microsoft lançando equivalentes embutidos no Windows. Por que acha que o Firefox, em tão pouco tempo, tomou uma boa parte do share que o IE conquistou? Porque tem seus diferenciais, tem se demonstrado um software estável e rápido, enfim, tem suas vantagens em relação ao concorrente. A Microsoft tem todo o direito de embutir em seu produto o que ela desejar, desde que não prejudique o produto da concorrente diretamente (fazer ele "travar" no Windows, por exemplo, entre outras sabotagens). Ora, se ninguém tivesse criado nada melhor que o Paintbrush na área de edição de imagens, por que a Microsoft deveria retirar o produto do MS Windows?


- E então o grande Bill Gates embutirá tudo dentro do WINDOWS e ao final, quando todos seus concorrentes estivessem mortos, ele reinará sozinho determinando todos os preços e o que todos poderão comprar no reino da informática, que cenário bonito.

RicardoVitor escreveu:
Abmael escreveu:- Outro exemplo é a COCA-COLA que obrigava os comerciantes a comprarem KAISER, ou a NET que obrigava seus assinantes internet a utilizar seu portal quando haviam até portais gratuitos no mercado.


Não obrigava de forma alguma. Quem não aceitasse o produto KAISER+COCA, que não comprasse. Quem assume os riscos de queda nas vendas é a própria da COCA-COLA, mais ninguém. A PEPSI e outros refrigerantes agradecem. O mesmo com a NET.


- Tá bem explicadinho lá onde escrevi, no entanto, parace que você não leu direito então vou explicar de novo, as vendas ca COCA não caíram porque os comerciantes não podem ficar sem COCA que é o refrigerante líder de vendas, a NET também ficou na boa porque os outros provedores também estavam vendendo portais casados tolhendo o consumidor de escolher o portal melhor ou mais barato e tolhendo o próprio mercado da saudável concorrência.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Avatar do usuário
Herf
Mensagens: 1178
Registrado em: 03 Mar 2007, 15:38

Mensagem por Herf »

Superficial, simplório, sem relação como o que estou escrevendo e equivocado nas premissas.

Não, não é. Tem-se dois produtos, e só se quer vender os dois juntos. Se alguém acha que o benefício que se pode obter com o produto principal excede o custo que se tem comprando juntamente o segundo, compra. Do contrário, não compra. Da mesma forma que você só compra uma mercadoria "normal", "não-combinada", se o benefício que você extrai dela excede o seu preço. Não há porque ver as coisas de modo diferente aqui. Do seu ponto de vista, seria melhor que não se vendesse nada do que vender as duas coisas juntamente.

Porisso o estado interfere, é interesse do estado e do livre-mercado que a concorrência seja a mais perfeita possível. Tais práticas são coibidas em qualquer parte em nome da boa concorrência, é uma regra do jogo.

Controle de preços?

partindo da premissa que isso pode ser classificado como coerção e forma de burlar a concorrência é anti-ético sim.

Partindo dessa premissa, sim.

Abmael escreveu:
RicardoVitor escreveu:Se, por exemplo, eu estiver disposto a comprar a sua televisão, Abmael, terei que depender da sua vontade de vendê-la.


- Errado. você pode comprar de outro. (acho que estou me repetindo)...

Não, ele quer a SUA televisão. E como ficamos?

O problema é: "E se isso não acontecer?", os comerciantes podem não ter conscientização ou organização ou mobilização suficiente para reagir

É culpa da Coca Cola também se os comerciantes não negociarem com a empresa por incompetência própria em se organizarem?

Tá bem explicadinho lá onde escrevi, no entanto, parace que você não leu direito então vou explicar de novo, as vendas ca COCA não caíram porque os comerciantes não podem ficar sem COCA que é o refrigerante líder de vendas

Sim, eles podem. Basta que o prejuízo em vender Coca Cola + associação menos o concorrente da associação supere o benefício em vender apenas o produto da concorrência. A Coca Cola não é onipotente, ora. Há um ponto a partir do qual não seria vantajoso vendê-la.

Avatar do usuário
Aranha
Mensagens: 6595
Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
Gênero: Masculino
Localização: Nova York
Contato:

Mensagem por Aranha »

Procedure escreveu:
Superficial, simplório, sem relação como o que estou escrevendo e equivocado nas premissas.

Não, não é. Tem-se dois produtos, e só se quer vender os dois juntos. Se alguém acha que o benefício que se pode obter com o produto principal excede o custo que se tem comprando juntamente o segundo, compra. Do contrário, não compra. Da mesma forma que você só compra uma mercadoria "normal", "não-combinada", se o benefício que você extrai dela excede o seu preço. Não há porque ver as coisas de modo diferente aqui. Do seu ponto de vista, seria melhor que não se vendesse nada do que vender as duas coisas juntamente.


- Entende-se por venda casada, a prática comercial em que o fornecedor condiciona a venda de um produto ou serviço, à aquisição de outro produto ou serviço.

- O fornecedor quando pratica a venda casada tem por objetivo colocar, novamente, no mercado um produto ou serviço que está em baixa – ou, ainda, é possível quando ele monopoliza ou é hegemônico na venda de um determinado produto, e passa a condicionar a venda deste, à aquisição de um outro que tem similares no mercado, tornando-se, desta forma, monopolizador de dois produtos ou serviços.

Procedure escreveu:
Porisso o estado interfere, é interesse do estado e do livre-mercado que a concorrência seja a mais perfeita possível. Tais práticas são coibidas em qualquer parte em nome da boa concorrência, é uma regra do jogo.

Controle de preços?


- Pelo contrário, com boa concorrência ninguém controla preços.

Procedure escreveu:
partindo da premissa que isso pode ser classificado como coerção e forma de burlar a concorrência é anti-ético sim.

Partindo dessa premissa, sim.


- São premissas básicas para um livre-mercado com livre-concorrência.

Abmael escreveu:"Procedure"
Abmael escreveu:
RicardoVitor escreveu:Se, por exemplo, eu estiver disposto a comprar a sua televisão, Abmael, terei que depender da sua vontade de vendê-la.


- Errado. você pode comprar de outro. (acho que estou me repetindo)...

Não, ele quer a SUA televisão. E como ficamos?


- O comprador pode processar o vendedor ou se submeter à exigência, dadas as circustâncias apresentadas eu me submeteria.

Procedure escreveu:
O problema é: "E se isso não acontecer?", os comerciantes podem não ter conscientização ou organização ou mobilização suficiente para reagir

É culpa da Coca Cola também se os comerciantes não negociarem com a empresa por incompetência própria em se organizarem?


- Que absurdo, quer dizer que se moradores de um bairro barra pesada não tiverem mobilização suficiente para exigir policiamento, que morram?!?

Procedure escreveu:
Tá bem explicadinho lá onde escrevi, no entanto, parace que você não leu direito então vou explicar de novo, as vendas ca COCA não caíram porque os comerciantes não podem ficar sem COCA que é o refrigerante líder de vendas

Sim, eles podem. Basta que o prejuízo em vender Coca Cola + associação menos o concorrente da associação supere o benefício em vender apenas o produto da concorrência. A Coca Cola não é onipotente, ora. Há um ponto a partir do qual não seria vantajoso vendê-la.


- você encheu a situação de suposições favoráveis à sua tese para justificar seu pensamento, assim é mole.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Orbe
Mensagens: 906
Registrado em: 27 Set 2007, 04:29
Gênero: Masculino

Re: Re.: McLanche infeliz

Mensagem por Orbe »

Radaga escreveu:
Orbe escreveu:
Radaga escreveu:
Orbe escreveu:Já que os pais não fazem seu tabalho direito...


Devemos instaurar um Estado Policial que dita as regras de comportamento, determina o que se deve ou não fazer até dentro de sua própria casa e não concede liberdades individuais baseados no princípio que só o Estado sabe o que o cidadão realmente quer e precisa. :emoticon19:

Você está feliz, cidadão? Quem é seu melhor amigo? Qual o seu nível de segurança?


Exagerado...

Podemos fazer de outra maneira então.

Podemos incluir no currículo escolar, de ensino fundamental, conteúdos sobre os malefícios do fast-food. Invés de cortar os brindes podemos doutrinar os pirralhos. Qual você prefere?


Aí sim, eu tava sendo sarcastico pra ver se alguem percebia que proibir e decretar nunca é o melhor caminho.


Que eu saiba assassinato é proibido. E há diversos países onde decretos proíbem jogar lixo nas ruas.

"Proibir e decretar NUNCA é o melhor caminho"?

Além disso, percebeu o "doutrinar" ali na minha resposta?

Mas, vamos lá... Proibir a colocação de brindes em produtos nada saudáveis, voltados ao público infantil, não tira a liberdade de ninguem.

Primeiramente a criança não tem liberdade alguma. Ela faz o que os pais mandam e permitem. Segundo, mesmo que possuissem liberdade, crianças com menos de 12 anos raramente teriam o devido discernimento para usufrui-la. Com mais de 12 anos já não tem...

E ainda que você argumente em favor da liberdade de decisão dos pais, estes não tem o direito de usar de sua liberdade para entupir seus filhos de guloseimas, prejudicando assim sua saúde. A liberdade dos pais termina onde os cuidados com a saúde da criança começam.

Ainda há a questão do comércio/indústria. Se o estabelecimento é uma lanchonete deve vender alimentos. Não brinquedos ou figurinhas ou chaveirinhos. Se o estabelecimento quer vender brinquedos, então que mude de lanchonete para loja de brinquedos ou shopping center.

Para finalizar, prefiro ver uma proibição na combinação brinde+guloseima do que ver uma geração de obesos, cardíacos, diabéticos e etc. Considerando a quantidade de adultos ignorantes nesse país, isso não é algo muito difícil de acontecer.

Mais barato proibir do que o Estado (e consequentemente nós, através dos impostos) arcar com os custos do tratamento dessas doenças ou de campanhas de conscientização que não surtem efeito.

Avatar do usuário
Ilovefoxes
Mensagens: 1802
Registrado em: 20 Fev 2007, 15:44
Gênero: Masculino

Mensagem por Ilovefoxes »

- Entende-se por venda casada, a prática comercial em que o fornecedor condiciona a venda de um produto ou serviço, à aquisição de outro produto ou serviço.

- O fornecedor quando pratica a venda casada tem por objetivo colocar, novamente, no mercado um produto ou serviço que está em baixa – ou, ainda, é possível quando ele monopoliza ou é hegemônico na venda de um determinado produto, e passa a condicionar a venda deste, à aquisição de um outro que tem similares no mercado, tornando-se, desta forma, monopolizador de dois produtos ou serviços.
Então quando eu compro um computador, e ele vem com HD e leitor de CD, não seria venda casada?
Aliás, todas as peças de computadores são feitas por empresas diferentes e podem ser retiradas com uma chave de fenda em 5 minutos.
- Que absurdo, quer dizer que se moradores de um bairro barra pesada não tiverem mobilização suficiente para exigir policiamento, que morram?!?
É, me parece lógico.
Da mesma forma que se um bêbado não tem força de vontade para parar que morra em um acidente de carro.
- Pelo contrário, com boa concorrência ninguém controla preços.
E se não tiver boa concorrência, faz o que?
Ainda há a questão do comércio/indústria. Se o estabelecimento é uma lanchonete deve vender alimentos. Não brinquedos ou figurinhas ou chaveirinhos. Se o estabelecimento quer vender brinquedos, então que mude de lanchonete para loja de brinquedos ou shopping center.
Não quer dividir também quem vende verduras de quem vende carne? :emoticon5:
Para finalizar, prefiro ver uma proibição na combinação brinde+guloseima do que ver uma geração de obesos, cardíacos, diabéticos e etc. Considerando a quantidade de adultos ignorantes nesse país, isso não é algo muito difícil de acontecer.
A comida não voa para a boca das pessoas. As pessoas são donas das próprias ações. Isso é tirania.

Se elas vão ficar obesas, elas vão ficar gordas e feias, não você. Se você vai ter que pagar imposto por isso, bem vindo a democracia.

Orbe
Mensagens: 906
Registrado em: 27 Set 2007, 04:29
Gênero: Masculino

Mensagem por Orbe »

Ilovefoxes escreveu:
Ainda há a questão do comércio/indústria. Se o estabelecimento é uma lanchonete deve vender alimentos. Não brinquedos ou figurinhas ou chaveirinhos. Se o estabelecimento quer vender brinquedos, então que mude de lanchonete para loja de brinquedos ou shopping center.


Não quer dividir também quem vende verduras de quem vende carne? :emoticon5:


Não, pois ambos são alimentos.

Mas se você gosta de mistura, que tal o seu restaurante preferido começar a vender produtos de limpeza? Bem ao lado dos pratos e talheres, os funcionários podem arrumar um lugar para as garrafas de água sanitária. As garrafas de alcool, por exemplo, poderiam ficar ao lado do fogão.

Dê essa sugestão para eles. :emoticon19:


Ilovefoxes escreveu:
Para finalizar, prefiro ver uma proibição na combinação brinde+guloseima do que ver uma geração de obesos, cardíacos, diabéticos e etc. Considerando a quantidade de adultos ignorantes nesse país, isso não é algo muito difícil de acontecer.


A comida não voa para a boca das pessoas. As pessoas são donas das próprias ações. Isso é tirania.

Se elas vão ficar obesas, elas vão ficar gordas e feias, não você. Se você vai ter que pagar imposto por isso, bem vindo a democracia.


Não me refiro aos adultos. Os adultos que explodam de tanto comer. Pouco importa, pois estão cientes das consequências.

Me refiro as crianças e adolescentes. Eles não tem discernimento para decidir o que é melhor para eles. E se seus pais também não tem, alguem tem que intervir.

Melhor essa suposta "tirania" com as pobres criancinhas que não poderão mais brincar com os brindes do McLanche Feliz (estou muito triste por elas...) que uma futura população de vida curta, baixa produtividade e geradora de altas despesas com saúde.

Acho revoltante andar pela rua e ver pais arrastando crianças que nem dez anos tem ainda e já parecem bolas com pernas e braços. E acho ainda mais revoltante saber que vou ser obrigado a pagar o tratamento das doenças derivadas da obesidade, que essa criança certamente vai desenvolver graças aos pais incompetentes. O dinheiro dos meus impostos pode ser melhor aplicado em outras coisas.

Avatar do usuário
Aranha
Mensagens: 6595
Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
Gênero: Masculino
Localização: Nova York
Contato:

Mensagem por Aranha »

Ilovefoxes escreveu:
- Entende-se por venda casada, a prática comercial em que o fornecedor condiciona a venda de um produto ou serviço, à aquisição de outro produto ou serviço.

- O fornecedor quando pratica a venda casada tem por objetivo colocar, novamente, no mercado um produto ou serviço que está em baixa – ou, ainda, é possível quando ele monopoliza ou é hegemônico na venda de um determinado produto, e passa a condicionar a venda deste, à aquisição de um outro que tem similares no mercado, tornando-se, desta forma, monopolizador de dois produtos ou serviços.
Então quando eu compro um computador, e ele vem com HD e leitor de CD, não seria venda casada?
Aliás, todas as peças de computadores são feitas por empresas diferentes e podem ser retiradas com uma chave de fenda em 5 minutos.
- Que absurdo, quer dizer que se moradores de um bairro barra pesada não tiverem mobilização suficiente para exigir policiamento, que morram?!?
É, me parece lógico.
Da mesma forma que se um bêbado não tem força de vontade para parar que morra em um acidente de carro.
- Pelo contrário, com boa concorrência ninguém controla preços.
E se não tiver boa concorrência, faz o que?
Ainda há a questão do comércio/indústria. Se o estabelecimento é uma lanchonete deve vender alimentos. Não brinquedos ou figurinhas ou chaveirinhos. Se o estabelecimento quer vender brinquedos, então que mude de lanchonete para loja de brinquedos ou shopping center.
Não quer dividir também quem vende verduras de quem vende carne? :emoticon5:
Para finalizar, prefiro ver uma proibição na combinação brinde+guloseima do que ver uma geração de obesos, cardíacos, diabéticos e etc. Considerando a quantidade de adultos ignorantes nesse país, isso não é algo muito difícil de acontecer.
A comida não voa para a boca das pessoas. As pessoas são donas das próprias ações. Isso é tirania.

Se elas vão ficar obesas, elas vão ficar gordas e feias, não você. Se você vai ter que pagar imposto por isso, bem vindo a democracia.



- Estou tentando manter um debate educado, vou fingir que não li esse monte de lixo, não deve ser sério.

Abraço,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Avatar do usuário
Aranha
Mensagens: 6595
Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
Gênero: Masculino
Localização: Nova York
Contato:

Mensagem por Aranha »

- Estou impressionado como os liberalóides daqui defendem o que nem conhecem, segundo eles a tal liberdade só vale para os capitalistas e tudo é permitido e o céu é o limite.

- O papel clássico do Estado Capitalista liberalista deve ser o de incentivar a livre iniciativa e o livre mercado, para isso deve limitar liberdades empresariais que atentem contra a mesma liberdade dos demais, ou seja, não permitir domínio do mercado e eliminação da concorrência, isto se chama conflito de interesses, quando ocorre numa sociedade civilizada é necessário um estado para arbitrar.

- Vejam que não se trata de tirar uma liberdade, e sim evitar que a liberdade de um tolha a liberdade do outro.

- Isto está de acordo com a teoria de um dos pais do liberalismo, Adam Smith, ele defendia que os indivíduos podem estruturar a sua vida econômica e moral sem se restringir às intenções do Estado e que as nações seriam tanto mais fortes e prósperas quanto mais permitissem o exercício da iniciativa individual. Assim sendo, ele defendeu o fim dos pesados mercados regulados mercantis e feudais, que eram dominados pelos grandes monopólios estatais ou similares, ainda defendia o principio do "laissez-faire" – segundo o qual, o governo não deveria interferir no funcionamento livre do mercado, o qual, com certas pré-condições, naturalmente, se auto-regularia por intermédio da agregação das decisões individuais e produziria muito mais eficientemente.

- Mas uma liberdade não pode ferir outra, por isso uma das principais pré-condições para o livre mercado defendida por Smith era a de que o governo deveria prevenir que indivíduos usassem força ou fraude para burlarem a livre competição.

- Os atos de concentração, em princípio, não configuram práticas abusivas e buscam aumentar a eficiência da empresa, desde que não causem restrição à concorrência e à liberdade de compra, quando isto ocorre, configura-se o abuso do poder econômico.

- Logo, é o princípio da livre iniciativa que fundamenta primordialmente todo o aparato jurídico de Coibição do abuso do poder econômico utilizado por estados capitalistas, tais legislações, geralmente versam sobre formação de cartéis, venda casada, sistemas seletivos de distribuição e preços predatórios (Duping).

- Eis uma definição básica de mercado livre de sobre a qual os liberóides desinformados daqui do RV deveriam meditar:

“A free market is a market in which prices of goods and services are arranged completely by the mutual consent of sellers and buyers. By definition, in a free market environment buyers and sellers do not coerce or mislead each other nor are they coerced by a third party.”

Fred E. Foldvary


Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Trancado