Cotas nas universidades

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Jack Torrance
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Re: Cotas nas universidades

Mensagem por Jack Torrance »

Apo escreveu:Isto...o cara não tem chance de competir, então ele ganha a possibilidade de entrar competindo num nível abaixo do último candidato que pode competir. Ele entra, e o candidato, com nota maior do que a dele ( mesmo vindo de escola pública e sendo melhor aluno), fica de fora. Uma beleza de justiça! :emoticon2:

Depois ele entra prá universidade e é assolado por conteúdos que demandam alguns requisitos ( que ele não tem) e é capaz ainda de se vitimizar para o professor ( que não vai parar a aula para descer ao nível daquele cotista despreparado). Uma maravilha!

Tudo isto resolve o problema do péssimo nível de nossas escola públicas desde a pré alfabetização até final do ensino médio! :emoticon9:


Mas no geral os cotistas acabam tendo rendimento como os outros alunos. E os professores estão cagando se o cara não vai bem, dependendo é até melhor assim, pra satisfazer o ego do professor.

Off: Já ouvi que um professor de engenharia da Unesp deu 9,9 para um aluno que acertou tudo na prova e disse que na prova dele ninguém tira 10.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”

“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”

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Apo
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Re: Cotas nas universidades

Mensagem por Apo »

Jack Torrance escreveu:
Apo escreveu:Isto...o cara não tem chance de competir, então ele ganha a possibilidade de entrar competindo num nível abaixo do último candidato que pode competir. Ele entra, e o candidato, com nota maior do que a dele ( mesmo vindo de escola pública e sendo melhor aluno), fica de fora. Uma beleza de justiça! :emoticon2:

Depois ele entra prá universidade e é assolado por conteúdos que demandam alguns requisitos ( que ele não tem) e é capaz ainda de se vitimizar para o professor ( que não vai parar a aula para descer ao nível daquele cotista despreparado). Uma maravilha!

Tudo isto resolve o problema do péssimo nível de nossas escola públicas desde a pré alfabetização até final do ensino médio! :emoticon9:


Mas no geral os cotistas acabam tendo rendimento como os outros alunos. E os professores estão cagando se o cara não vai bem, dependendo é até melhor assim, pra satisfazer o ego do professor.


Isto contraria a lógica. Quem não tem preparo básico, acaba criando monstrengos como advogados que não conseguem redigir um contrato sem erros de concordância, arquitetos que não tem noção de matemática básica e coisas assim escabrosas. É que algumas faculdades públicas têm desleixo mesmo, o aluno que se vire e dane-se se ele não sabe escrever ou somar.
Se alguém tem condições de levar adiante um curso com qualidade ( não para o professor, mas para a sua formação mesmo), deveria ter condições de se esforçar nos últimos anos e passar no vestibular. Além do mais, o simples fato de aceitar um favoritismo destes, para mim, já denigre a capacidade do futuro acadêmico e profissional.

Off: Já ouvi que um professor de engenharia da Unesp deu 9,9 para um aluno que acertou tudo na prova e disse que na prova dele ninguém tira 10.


Esta é veeeeeelhaaaa!!!! :emoticon4:
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Jack Torrance
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Re: Cotas nas universidades

Mensagem por Jack Torrance »

Apo escreveu:Isto contraria a lógica. Quem não tem preparo básico, acaba criando monstrengos como advogados que não conseguem redigir um contrato sem erros de concordância, arquitetos que não tem noção de matemática básica e coisas assim escabrosas. É que algumas faculdades públicas têm desleixo mesmo, o aluno que se vire e dane-se se ele não sabe escrever ou somar.
Se alguém tem condições de levar adiante um curso com qualidade ( não para o professor, mas para a sua formação mesmo), deveria ter condições de se esforçar nos últimos anos e passar no vestibular. Além do mais, o simples fato de aceitar um favoritismo destes, para mim, já denigre a capacidade do futuro acadêmico e profissional.


Na prática passa aluno que faz jus ao seu mérito, sendo cotista ou não. Temos aí a estatística que mostra cotistas tão bem quanto os não-cotista.

Você vê que os alunos de escolas públicas, antes de tentarem um vestibular numa universidade pública, fazem cursinho, pois a concorrência é difícil. E tem bastante gente que estudou em escola particular que também faz cursinho. Já nas universidades particulares caça-níqueis, qualquer um (literalmente) passa.

Apo escreveu:Esta é veeeeeelhaaaa!!!! :emoticon4:


Já ouviu falar? Nem sabia que se tratava de mais uma lenda urbana.
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Re: Cotas nas universidades

Mensagem por Apo »

Jack Torrance escreveu:
Apo escreveu:Isto contraria a lógica. Quem não tem preparo básico, acaba criando monstrengos como advogados que não conseguem redigir um contrato sem erros de concordância, arquitetos que não tem noção de matemática básica e coisas assim escabrosas. É que algumas faculdades públicas têm desleixo mesmo, o aluno que se vire e dane-se se ele não sabe escrever ou somar.
Se alguém tem condições de levar adiante um curso com qualidade ( não para o professor, mas para a sua formação mesmo), deveria ter condições de se esforçar nos últimos anos e passar no vestibular. Além do mais, o simples fato de aceitar um favoritismo destes, para mim, já denigre a capacidade do futuro acadêmico e profissional.


Na prática passa aluno que faz jus ao seu mérito, sendo cotista ou não. Temos aí a estatística que mostra cotistas tão bem quanto os não-cotista.


Que mérito? O argumento do primeiro colocado cotista é sempre muito menor do que o do último colocado pelo sistema universal de ingresso. Se o mérito é a classificação, ela é uma fraude.

Que estatísticas são estas suas? As minhas mostram outros números.

Você vê que os alunos de escolas públicas, antes de tentarem um vestibular numa universidade pública, fazem cursinho, pois a concorrência é difícil. E tem bastante gente que estudou em escola particular que também faz cursinho. Já nas universidades particulares caça-níqueis, qualquer um (literalmente) passa.


Não necessariamente. tem aluno pobre que nem cogita em fazer cursinho. Tem aluno rico que nem precisa fazer cursinho. Não é por aí. Estou falando de quem passa, com cursinho ou não. Tem cursinho bom e cursinho lixo. Temos de tudo. Quanto à universidades particulares, não se pode colocar tudo num balaio de gatos. A federal aqui já tá mais prá lá do que prá cá, por falta de investimento do Estado. Alguns poucos cursos ainda são dignos de serem procurados pelos melhores alunos. A PUC por exemplo, não para de investir em estrutura, pesquisa, professores gabaritados etc.
Faculdade de esquina é que aprova qualquer um. Há que se distinguir as coisas.

Apo escreveu:Esta é veeeeeelhaaaa!!!! :emoticon4:


Já ouviu falar? Nem sabia que se tratava de mais uma lenda urbana.


Bah! :emoticon12:

Todo mundo conta esta! hehehe
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Jack Torrance
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Re: Cotas nas universidades

Mensagem por Jack Torrance »

Apo escreveu:Que mérito? O argumento do primeiro colocado cotista é sempre muito menor do que o do último colocado pelo sistema universal de ingresso. Se o mérito é a classificação, ela é uma fraude.


O mérito é que entre os cotistas só passaram os melhores. Podemos dizer que é menos meritocrático que a concorrência dos não-cotistas.

Não entendi isto: O argumento do primeiro colocado cotista é sempre muito menor do que o do último colocado pelo sistema universal de ingresso.

Argumento?

Apo escreveu:Que estatísticas são estas suas? As minhas mostram outros números.


As principais constatações foram: a mudança no perfil de seus estudantes e o desempenho acadêmico dos cotistas durante o ano, que, em 56% dos cursos de graduação, foi igual ou melhor ao dos não-cotistas. "Nós torcíamos por um bom resultado, claro, mas a avaliação nos surpreendeu favoravelmente por ser o primeiro ano deles, que é difícil pra qualquer estudante, e por ter sido um desempenho acima de nossas expectativas"

http://www.unicamp.br/unicamp/canal_abe ... IGIDA.html



UFPR:

Conclusão das disciplinas obrigatórias no primeiro ano de curso:

Não-cotistas = 77%

Cotistas sociais = 78%

Cotistas raciais = 70%

Notas médias nas disciplinas obrigatórias no primeiro ano do curso:

Não-cotistas = 61%

Cotistas sociais = 63%

Cotistas raciais = 56%

IRA – Índice de Rendimento Acadêmico (cumulativo dos anos de 2005 e 2006)

Não-cotistas = 62%

Cotistas sociais = 63%

Cotistas raciais = 53%

Periodização (conclusão dos períodos do curso dentro do prazo), ao final do 1º ano do curso

Não-cotistas = 49%

Cotistas sociais = 52%

Cotistas raciais = 39%

Evasão após dois anos de curso

Não-cotistas = 11,6%

Cotistas sociais = 6%

Cotistas raciais = 4%

http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/node/1866



Nesta mostra o desempenho insatisfatório quanto ao vestibular (UERJ):

http://www.universia.com.br/html/notici ... bdfjj.html

Aqui já mostra, depois de 5 anos, que nos cursos eles são tão capazes quanto os não-cotistas (UERJ):

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 76956/view
__________________________
Quais são as suas estatísticas?

Apo escreveu:Não necessariamente. tem aluno pobre que nem cogita em fazer cursinho. Tem aluno rico que nem precisa fazer cursinho. Não é por aí. Estou falando de quem passa, com cursinho ou não. Tem cursinho bom e cursinho lixo. Temos de tudo.


Sim, no caso do pobre, geralmente, entra numa universidade particular meia-boca, alguns conseguem bolsas em boas universidades particulares, outros entram em universidade pública com curso concorrido (sendo que ele não fez cursinho - isso é raro).

Geralmente os ricos cursam em escolas particulares a vida toda e acabam ficando bem preparados. Uns entram em universidades públicas (boa parte), outros em particulares meia-boca (poucos), e outros em universidades particulares boas (praticamente o mesmo número dos que entram em universidades públicas).

Tudo é chute meu, as baseio-me na minha realidade.

Apo escreveu:Quanto à universidades particulares, não se pode colocar tudo num balaio de gatos. A federal aqui já tá mais prá lá do que prá cá, por falta de investimento do Estado. Alguns poucos cursos ainda são dignos de serem procurados pelos melhores alunos. A PUC por exemplo, não para de investir em estrutura, pesquisa, professores gabaritados etc.
Faculdade de esquina é que aprova qualquer um. Há que se distinguir as coisas.


Sim, conheço casos de universidades públicas porcaria. E também das boas particulares. Eu não coloquei tudo no mesmo saco (as particulares).
____________________________________________________________

Só um comentário pertinente: o problema na questão das cotas é a autodeclaração. Isso enfia um monte de gente que não deveria fazer parte do processo de cotas. Pode estar, entre os cotistas, brancos, que vieram de escolas particulares. Isso pode acabar maquiando os dados. Mas como não há um demonstração disso, ficamos sem saber o que realmente acontece.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”

“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”

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Re: Cotas nas universidades

Mensagem por Apo »

Jack Torrance escreveu:
Apo escreveu:Que mérito? O argumento do primeiro colocado cotista é sempre muito menor do que o do último colocado pelo sistema universal de ingresso. Se o mérito é a classificação, ela é uma fraude.


O mérito é que entre os cotistas só passaram os melhores. Podemos dizer que é menos meritocrático que a concorrência dos não-cotistas.

Não entendi isto: O argumento do primeiro colocado cotista é sempre muito menor do que o do último colocado pelo sistema universal de ingresso.

Argumento?


É, chama-se argumento ao número absoluto que equivale à soma das notas nas provas. Por exemplo:

http://www.nominuto.com/cidades/vestibu ... cao/12873/

Apo escreveu:Que estatísticas são estas suas? As minhas mostram outros números.


As principais constatações foram: a mudança no perfil de seus estudantes e o desempenho acadêmico dos cotistas durante o ano, que, em 56% dos cursos de graduação, foi igual ou melhor ao dos não-cotistas. "Nós torcíamos por um bom resultado, claro, mas a avaliação nos surpreendeu favoravelmente por ser o primeiro ano deles, que é difícil pra qualquer estudante, e por ter sido um desempenho acima de nossas expectativas"

http://www.unicamp.br/unicamp/canal_abe ... IGIDA.html


A tabela oficial com as notas dos candidatos mostra outra realidade. Pelo menos aqui.

Depois eu posto.



UFPR:

Conclusão das disciplinas obrigatórias no primeiro ano de curso:

Não-cotistas = 77%

Cotistas sociais = 78%

Cotistas raciais = 70%

Notas médias nas disciplinas obrigatórias no primeiro ano do curso:

Não-cotistas = 61%

Cotistas sociais = 63%

Cotistas raciais = 56%

IRA – Índice de Rendimento Acadêmico (cumulativo dos anos de 2005 e 2006)

Não-cotistas = 62%

Cotistas sociais = 63%

Cotistas raciais = 53%

Periodização (conclusão dos períodos do curso dentro do prazo), ao final do 1º ano do curso

Não-cotistas = 49%

Cotistas sociais = 52%

Cotistas raciais = 39%

Evasão após dois anos de curso

Não-cotistas = 11,6%

Cotistas sociais = 6%

Cotistas raciais = 4%

http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/node/1866


Isto é, no mínimo, estranho. Já vi pesquisas em que a evasão dos cotistas era maior.
E o que é "rendimento acadêmico"? Notas? Gostaria de ver. Se isto é verdade, é mágica ou milagre. Se for assim, por que eles não fazem vestibular como qualquer um?





Nesta mostra o desempenho insatisfatório quanto ao vestibular (UERJ):

http://www.universia.com.br/html/notici ... bdfjj.html

Aqui já mostra, depois de 5 anos, que nos cursos eles são tão capazes quanto os não-cotistas (UERJ):

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 76956/view


Então por que não fazem o vestibular dentro dos parâmetros universais? As notas deles são sim mais baixas no vestibular. Acontece um milagre depois? Duvido.Só se for em cursos que não exigem muito.


Apo escreveu:Não necessariamente. tem aluno pobre que nem cogita em fazer cursinho. Tem aluno rico que nem precisa fazer cursinho. Não é por aí. Estou falando de quem passa, com cursinho ou não. Tem cursinho bom e cursinho lixo. Temos de tudo.


Sim, no caso do pobre, geralmente, entra numa universidade particular meia-boca, alguns conseguem bolsas em boas universidades particulares, outros entram em universidade pública com curso concorrido (sendo que ele não fez cursinho - isso é raro).

Geralmente os ricos cursam em escolas particulares a vida toda e acabam ficando bem preparados. Uns entram em universidades públicas (boa parte), outros em particulares meia-boca (poucos), e outros em universidades particulares boas (praticamente o mesmo número dos que entram em universidades públicas).

Tudo é chute meu, as baseio-me na minha realidade.


Cada um na sua realidade, então. Ou na forma de perceber a realidade. Mas é chute meu também, apenas baseada na lógica ( quem sabe mais, tem mais condições, e continua assim universidade afora, não existe mágica). Eu acho é que o ensino básico está um lixo. Enfiar gente sem isto nas universidades é injusto sob todos os aspectos.

Apo escreveu:Quanto à universidades particulares, não se pode colocar tudo num balaio de gatos. A federal aqui já tá mais prá lá do que prá cá, por falta de investimento do Estado. Alguns poucos cursos ainda são dignos de serem procurados pelos melhores alunos. A PUC por exemplo, não para de investir em estrutura, pesquisa, professores gabaritados etc.
Faculdade de esquina é que aprova qualquer um. Há que se distinguir as coisas.


Sim, conheço casos de universidades públicas porcaria. E também das boas particulares. Eu não coloquei tudo no mesmo saco (as particulares).


Ok.
____________________________________________________________

Só um comentário pertinente: o problema na questão das cotas é a autodeclaração. Isso enfia um monte de gente que não deveria fazer parte do processo de cotas. Pode estar, entre os cotistas, brancos, que vieram de escolas particulares. Isso pode acabar maquiando os dados. Mas como não há um demonstração disso, ficamos sem saber o que realmente acontece.


Sim, mas ainda insisto que os argumentos da federal aqui são tão claros como água límpida.
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Re: Cotas nas universidades

Mensagem por Jack Torrance »

Apo escreveu:É, chama-se argumento ao número absoluto que equivale à soma das notas nas provas. Por exemplo:

http://www.nominuto.com/cidades/vestibu ... cao/12873/


Se entendi bem, argumento é a nota final, certo?

No link não explica o que é, mas fala do assunto.

Apo escreveu:A tabela oficial com as notas dos candidatos mostra outra realidade. Pelo menos aqui.

Depois eu posto.


Ok.

Apo escreveu:Isto é, no mínimo, estranho. Já vi pesquisas em que a evasão dos cotistas era maior.


Acho que depende da região.

Apo escreveu:E o que é "rendimento acadêmico"? Notas? Gostaria de ver. Se isto é verdade, é mágica ou milagre. Se for assim, por que eles não fazem vestibular como qualquer um?


Acho que um motivo para isso é uma hipótese que explicarei no quote abaixo.

Apo escreveu:Então por que não fazem o vestibular dentro dos parâmetros universais? As notas deles são sim mais baixas no vestibular. Acontece um milagre depois? Duvido.Só se for em cursos que não exigem muito.


O bom desempenho é, ao mesmo tempo, um argumento contra e a favor.

Uma hipótese é que algumas disciplinas exigidas no vestibular não acabam influenciando o desempenho acadêmico. Por exemplo: o cara presta letras, e a matemática só servirá no vestibular, passar no processo seletivo e não fará diferença no curso acadêmico.

Talvez, no geral, os não-cotistas estejam mais preparados no vestibular como um todo, já os cotistas, em suas respectivas áreas.

Apo escreveu:Cada um na sua realidade, então. Ou na forma de perceber a realidade. Mas é chute meu também, apenas baseada na lógica ( quem sabe mais, tem mais condições, e continua assim universidade afora, não existe mágica). Eu acho é que o ensino básico está um lixo. Enfiar gente sem isto nas universidades é injusto sob todos os aspectos.


Apo escreveu:Sim, mas ainda insisto que os argumentos da federal aqui são tão claros como água límpida.


Esse negócio de argumento me deixa confuso... :emoticon33:

Você se refere a pontuação?
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”

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Re: Cotas nas universidades

Mensagem por Jack Torrance »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Os brasileiros em geral nao voltam para os seus cursos, mas os que fazem Poli USP e outras de engenharia precisariam voltar para conseguir o CREA na sua especializacao no Brasil. Os que voltam fazem umas poucas materias e se formam em mais ou menos um ano, podendo inclusive fazer o quarto ano da Ecole Polytechnique no Brasil durante esse tempo.


Pesquisei e vi que algumas universidades brasileiras têm convênios com as écoles centrales. Pelo que vi, a maioria dos alunos que saem do Brasil são dos cursos de engenharia. Além da França, outros países que também têm esse mesmo tipo de convênio são Itália e Alemanha. Acho que só a école que você está é a que tem limite de idade. Disseram que é a melhor em engenharia da França. Disseram também que école é diferente de universidade.

Na Poli-USP o curso de engenharia que é de 5 anos passa a ter 6 ou 7 pra quem for estudar numa école, por ter que cursar algumas disciplinas faltantes. Vi que a Poli-USP (acho que a USP tem São Carlos tem alguma coisa parecida também) e a Unicamp (engenharias elétrica e mecânica) são as universidade do estado de São Paulo que tem o convênio.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”

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Re: Cotas nas universidades

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


O convenio das universidades brasileiras com as Ecoles centrales e exclusivamente destinado aos alunos dos cursos de engenharia, ate onde eu sei.

Eu fiz dois anos de bacharelado em Matematica Aplicada no Brasil. Isso me permitia fazer prova pra Ecole Polytechnique, ENSTA e Ecole de Mines.

A Polytechnique e a mais concorrida e prestigiosa das "Grandes Ecoles", junto com a Ecole Normale Superieure (que e quase exclusivamente voltada para a formacao de professores/pesquisadores, ao contrario da Polytechnique, que e mais aplicada). A principal diferenca entre as "Grandes Ecoles" e as universidades e que os franceses precisam fazer dois anos de preparacao intensiva depois do segundo grau para entao fazer o concurso para todas as Grandes Ecoles, enquanto que as universidades comecam logo apos o termino do ensino medio. As Grandes Ecoles sao bem mais exigentes, e os franceses durante esses dois anos preparacao tem que estudar num ritmo absurdo.

Eu nao conheco as Ecoles Centrales para te dizer como e por la. Aparentemente tem umas que sao boas, como a de Paris, e umas nem tanto, como a de Nantes. Nao sei como funcionam as bolsas para elas.

E verdade que para terminar o convenio os alunos que faziam engenharia no Brasil precisam retornar para fazer alguns creditos afim de obter o CREA, mas aparentemente a negociacao de quais creditos serao validados e meio personalizada. Em geral, os caras de engenharia vem no comeco do 3º ano, ficam 2 anos no minimo e voltam para fazer de um semestre a tres de materias finais no Brasil.

Eu nao tive esse problema, eu valido o meu curso no Brasil sem precisar voltar.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

Trancado