"Nunca conte que traiu"
- francioalmeida
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Re: "Nunca conte que traiu"
Não sei porque, mas esse tópico tem algo a ver com isso:
1. Abelha: O que vai para rua fazer cera e volta cheio de mél.
2. Ateu: Aquele que leva chifre e não acredita.
3. Atleta : É aquele que quando leva chifre sai correndo.
4. Atrevido: Aquele que se mete na conversa da mulher com o Ricardão.
5. Azulejo: Baixinho, quadrado e liso.
6. Banana: A mulher vai embora e deixa uma penca de filhos.
7. Brahma: O que pensa que é o número 1.
8. Bravo: Aquele que quando chamado de corno quer brigar.
9. Brincalhão: Aquele que leva chifre o ano inteiro e no carnaval sai fantasiado de Ricardão.
10. Bateria: O que vive dizendo,"Vou tomar uma solução".
11. Burro - é aquele que segue a mulher o tempo todo e quando flagra a mulher saindo do motel com o Ricardão, exclama: "Eu não entendo!!!
12. Camarada: Aquele que ainda empresta dinheiro para o Ricardão.
13. Caninha: Aquele que só chega em casa bêbado.
14. Cebola: Quando vê a mulher com outro só chora.
15. Cheguei: Aquele que quando chega em casa grita bem alto: "Querida, cheguei!"
16. Churrasco: Aquele que mete a mão no fogo pela mulher.
17. Cigano: Aquele que toda vez que leva chifre, muda de bairro e diz para
os vizinhos que veio de São Paulo.
18. Crente: Aquele que sempre crê que sua mulher é honesta.
19. Cururu: Quando vê a mulher com outro fica todo inchado.
20. Denorex: Aquele que não parece, mas é.
21. Descarado: Aquele que leva chifre e ainda sai desfilando com a mulher.
22. Desconfiado: Aquele que quando chega em casa procura o Ricardão até atrás os quadros.
23. Detetive: Aquele que segue a mulher dos cornos e esquece da dele
25. Educado: Aquele que aprendeu com o pai e nunca deixa de cumprimentar o Ricardão.
26. Elétrico: Quando os outros falam que ele é corno ele diz: "Tô ligado".
27. Familiar: Aquele que leva chifre de parente.
28. Famoso: Aquele que por onde passa é reconhecido como tal.
29. Fofoqueiro: Aquele que leva chifre e sai contando para todo mundo.
30. Fraterno: O que empresta a mulher para o irmão.
31. Frio: O que leva chifre e não esquenta.
32. Galo: O que tem chifres até nos pés.
33. Granja: O que dá casa e os outros comem.
34. Inflação: A cada dia que passa o chifre aumenta.
35. Iô-Iô: O que vai e volta.
36. Manso: Aquele que evita qualquer confusão com o Ricardão.
37. Masoquista: Aquele que leva chifre e não larga a mulher.
38. Matemático: O que vê a mulher fazendo 69 com outro e vai para o bar tomar uma 51.
39. Medroso: O que fica escondido esperando o ricardão ir embora.
40. Morcego: O que só aparece à noite para chupar.
41. Papai Noel: Aquele que leva chifres, vai embora e volta por causa das crianças.
42. Político: O que só faz promessa,"Eu vou matar esse cara".
43. Porco: Aquele que só come o resto.
44. Preguiça: O que só chega atrasado,"Eu ainda te pego".
45. Recado: Aquele que ainda leva bilhete da mulher para o Ricardão.
46. Teimoso: O que leva chifre da mulher e da amante.
47. Terremoto: Quando vê a mulher com outro fica tremendo.
48. Vingativo: Aquele que descobre que é corno e vai para a rua dar para qualquer um.
49. Xuxa: O que não larga a mulher por causa dos baixinhos.
50. Risadinha: O que leu tudo e está rindo de todos outros cornos acima.
1. Abelha: O que vai para rua fazer cera e volta cheio de mél.
2. Ateu: Aquele que leva chifre e não acredita.
3. Atleta : É aquele que quando leva chifre sai correndo.
4. Atrevido: Aquele que se mete na conversa da mulher com o Ricardão.
5. Azulejo: Baixinho, quadrado e liso.
6. Banana: A mulher vai embora e deixa uma penca de filhos.
7. Brahma: O que pensa que é o número 1.
8. Bravo: Aquele que quando chamado de corno quer brigar.
9. Brincalhão: Aquele que leva chifre o ano inteiro e no carnaval sai fantasiado de Ricardão.
10. Bateria: O que vive dizendo,"Vou tomar uma solução".
11. Burro - é aquele que segue a mulher o tempo todo e quando flagra a mulher saindo do motel com o Ricardão, exclama: "Eu não entendo!!!
12. Camarada: Aquele que ainda empresta dinheiro para o Ricardão.
13. Caninha: Aquele que só chega em casa bêbado.
14. Cebola: Quando vê a mulher com outro só chora.
15. Cheguei: Aquele que quando chega em casa grita bem alto: "Querida, cheguei!"
16. Churrasco: Aquele que mete a mão no fogo pela mulher.
17. Cigano: Aquele que toda vez que leva chifre, muda de bairro e diz para
os vizinhos que veio de São Paulo.
18. Crente: Aquele que sempre crê que sua mulher é honesta.
19. Cururu: Quando vê a mulher com outro fica todo inchado.
20. Denorex: Aquele que não parece, mas é.
21. Descarado: Aquele que leva chifre e ainda sai desfilando com a mulher.
22. Desconfiado: Aquele que quando chega em casa procura o Ricardão até atrás os quadros.
23. Detetive: Aquele que segue a mulher dos cornos e esquece da dele
25. Educado: Aquele que aprendeu com o pai e nunca deixa de cumprimentar o Ricardão.
26. Elétrico: Quando os outros falam que ele é corno ele diz: "Tô ligado".
27. Familiar: Aquele que leva chifre de parente.
28. Famoso: Aquele que por onde passa é reconhecido como tal.
29. Fofoqueiro: Aquele que leva chifre e sai contando para todo mundo.
30. Fraterno: O que empresta a mulher para o irmão.
31. Frio: O que leva chifre e não esquenta.
32. Galo: O que tem chifres até nos pés.
33. Granja: O que dá casa e os outros comem.
34. Inflação: A cada dia que passa o chifre aumenta.
35. Iô-Iô: O que vai e volta.
36. Manso: Aquele que evita qualquer confusão com o Ricardão.
37. Masoquista: Aquele que leva chifre e não larga a mulher.
38. Matemático: O que vê a mulher fazendo 69 com outro e vai para o bar tomar uma 51.
39. Medroso: O que fica escondido esperando o ricardão ir embora.
40. Morcego: O que só aparece à noite para chupar.
41. Papai Noel: Aquele que leva chifres, vai embora e volta por causa das crianças.
42. Político: O que só faz promessa,"Eu vou matar esse cara".
43. Porco: Aquele que só come o resto.
44. Preguiça: O que só chega atrasado,"Eu ainda te pego".
45. Recado: Aquele que ainda leva bilhete da mulher para o Ricardão.
46. Teimoso: O que leva chifre da mulher e da amante.
47. Terremoto: Quando vê a mulher com outro fica tremendo.
48. Vingativo: Aquele que descobre que é corno e vai para a rua dar para qualquer um.
49. Xuxa: O que não larga a mulher por causa dos baixinhos.
50. Risadinha: O que leu tudo e está rindo de todos outros cornos acima.
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Re: "Nunca conte que traiu"
Não é fácil. Nem traição de amigo é fácil. Nem de filho, nem de pai e mãe. Enfim, traição é difícil. Ou se amadurece esta coisa humana, ou se vive com pulgas incômodas.
Mas acho que tem quem curta um certo mistério , um segredinho, é mais excitante e tal. Isto é outra coisa.
E eu tô começando a ficar em dúvida: será que sou muito honesta ou sou trouxa?
Sério, já passei desta fase. Sei que sou perigosa, não tenho nada a perder. O pior medo do ciumento é reconhecer que é um potencial traidor, isto sim. Como eu já aceitei que sou, fico na boa.
Mas acho que tem quem curta um certo mistério , um segredinho, é mais excitante e tal. Isto é outra coisa.
E eu tô começando a ficar em dúvida: será que sou muito honesta ou sou trouxa?

Sério, já passei desta fase. Sei que sou perigosa, não tenho nada a perder. O pior medo do ciumento é reconhecer que é um potencial traidor, isto sim. Como eu já aceitei que sou, fico na boa.

- Benetton
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Re: "Nunca conte que traiu"
Quem diria, o Alter-Sumido-Ego comentou algo a respeito, com base na "Veja", de uma forma bem atual.
Para quem tiver paciência de ler até o fim ...
Em Janeiro de 2006
Alter-ego escreveu:
Trair e teclar, é só começar
A internet criou uma nova maneira de
ser infiel: começa com mensagens, evolui
para confidências, logo entra no reino das
fantasias sexuais. Quando menos se espera,
o marido ou a mulher já estão teclando sem
parar com um desconhecido. Mesmo que
nunca se transfira para a vida real,
a traição machuca do mesmo jeito
Tal como acontecia com as mulheres que, no passado, nunca, jamais pensaram em revistar os bolsos do companheiro – as mãos deslizavam sozinhas, imaginem –, nem sequer passava pela cabeça da administradora de empresas carioca Janaína Porto violar a correspondência eletrônica do marido. "Foi acidental, juro", diz. No dia do tal acidente, ele estava no trabalho e ela checava os próprios e-mails no computador da família quando uma luzinha piscou avisando a chegada de uma nova mensagem. "Ele tinha esquecido o Messenger aberto. De repente, leio: 'Oi, lindo, ainda não foi para o escritório?' Eu gelei", conta. Atormentada pelo recado, buscou mais pistas no Orkut do marido.
O conteúdo parecia inofensivo. "Ainda assim, eu sabia que precisava ir fundo porque ele jamais havia comentado comigo sobre aquela pessoa que parecia tão íntima", diz Janaína, que, numa atitude que ela mesma considera "bizarra", contratou um detetive virtual. Em uma semana, teve em suas mãos um relatório com todos os e-mails e mensagens de MSN, Orkut e ICQ trocados pelo marido. "Fiquei chocada. Além dela, ele falava com outras mulheres. Chamavam-se por apelidos, tinham conversas de sentido dúbio, passavam até três horas seguidas teclando. Pelo que deu para perceber, ele nunca foi para a cama com nenhuma, mas havia uma troca de confidências, uma cumplicidade e uma intensidade que havia anos nem eu provava mais", lamenta. O casamento de dez anos sofreu forte impacto. O marido não comenta o assunto, mas Janaína não tem dúvidas: "Sim, considero que ele me traía".
Qualquer pessoa normal – o que exclui da lista os não ciumentos – tende a concordar com Janaína. A traição não é apenas o contato físico, mas também, e de forma tão ou mais insuportável para o traído, a miríade de detalhes que apontam para a intimidade emocional: o sentimento de cumplicidade, a deliciosa excitação de esperar pelo chamado do outro, as confidências sobre segredos e fantasias, o prazer de ir para a cama pensando que amanhã tem mais. Na era pré-eletrônica, dificilmente esses componentes deixariam de desaguar em seu destino natural – a cama. Hoje, os serviços de bate-papo pelo computador, como e-mail, Messenger e Orkut, criaram novos paradigmas de traição e sua contrapartida, o ciúme. Existe a forma mais básica: conhecer alguém pela rede, marcar um encontro e trair. Existe o sexo virtual, que dispensa explicações. E, por fim, a forma mais complexa de relacionamento, talvez a única inovação real num campo em que não parecia haver nada de novo sob o sol desde os primórdios da humanidade, que poderia ser chamada, numa espécie de neologismo, de e-infidelidade.
Começa com a troca de mensagens eletrônicas, o envolvimento vai crescendo, estabelece-se um vínculo íntimo. Tem todos os ingredientes de um caso extraconjugal, mas, na maioria das vezes, o contato físico pode nem ocorrer. Usa-se até um termo do vocabulário eletrônico – teclar – para descrever o contato. Nos consultórios médicos e de terapeutas, esse tipo de comportamento está se tornando uma das maiores queixas de maridos e mulheres. Cresce também o ambiente de paranóia eletrônica: cônjuges inseguros passam a espionar mensagens, investem contra o outro no Orkut e chegam a usar programas de hackers.
Quando se desconfia ou se descobre um aspecto da vida da cara-metade sobre o qual não se tinha a menor idéia, sobretudo se envolve um laço com alguém do sexo oposto, a maioria das pessoas quer saber mais. Aí, em geral, se repete um padrão de comportamento que não tem nada de novo: o desconfiado solta indiretas, lê e-mails, vasculha a vida virtual do cônjuge e faz marcação cerrada sobre a vida real, em busca de pistas da traição. Cria-se um círculo estressante, cada vez mais amplo, quando se passa a espionar também a vida de todo mundo que é, de alguma maneira, ligado ao infiel em potencial. Pode ser quem mandou a mensagem, quem conhece a pessoa que mandou, os parentes dela, e por aí vai. "Dito assim, parece que estamos cercados de obsessivos descontrolados, mas o que ocorre é que realmente a internet despertou nas pessoas um ciúme desmedido uma vez que permite que se vigiem coisas que sempre ficaram trancadas na privacidade de cada um", afirma o sexólogo carioca Amaury Mendes Júnior.
Entender o romance sem sexo envolve conceitos subjetivos, mas qualquer um que tenha passado pela infidelidade emocional, ou branca, como chamam os especialistas, não tem a menor dificuldade em identificá-la. "Ela tem um potencial tão devastador para afetar uma união quanto se um dos cônjuges tivesse sido pego na cama com outra pessoa", diz o psiquiatra Ronaldo Pamplona da Costa, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. Classificar uma conversa por e-mail como infidelidade só parece exagero para quem ainda não sentiu na pele – ou na tela. Uma pesquisa apresentada na última conferência anual da Sociedade Britânica de Psicologia mostrou que 84% dos entrevistados consideravam esse tipo de comportamento traição, sim. "Ele falava com umas três mulheres todos os dias", conta Ráissa Ribeiro, 19 anos, modelo, sobre a crise que a levou a ficar quatro meses separada do marido, Adyr Bandeira Júnior, 25, empresário. "Todo o meu ódio era porque eu percebi que havia uma intimidade, quase um compromisso. Se fosse uma coisa boba, com desconhecidas, uma vez só, acho que eu não me importaria." A separação abalou o marido. "Ela tem razão na crítica. Eu realmente extrapolava", reconhece Adyr, que diz continuar teclando com desconhecidas, mas sob a supervisão de Ráissa – o que equivale mais ou menos a assistir a um filme erótico com a sogra ao lado. "De vez em quando ela entra de outro computador na sala em que estou, para dar uma conferida."
"Falar que não teve relação sexual é sempre uma boa defesa. Mas é grave dividir uma parte significativa da vida emocional com alguém e criar um vínculo que exclua o marido ou a mulher. Esse costuma ser o primeiro passo para a traição", afirma a psicóloga brasileira Beatriz Ávila Mileham, da Universidade Santa Clara, na Califórnia, coordenadora de uma pesquisa sobre o assunto. A infidelidade branca abre uma ferida no coração, sem dúvida – mas a traição de fato arranca sangue. É impossível avaliar com certeza quantos dos casos virtuais redundam em sexo real. Uma pista: segundo a revista americana Psychology Today, estudos recentes indicam que, em 60% dos casos, um relacionamento contínuo e profundo pela internet termina na cama. "É por isso que muitos escondem essa relação do cônjuge. Eles sabem que, no fundo, há uma tensão sexual ocorrendo", diz Magdalena Ramos, coordenadora do núcleo de terapia de casal e família da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Entre as transformações monumentais trazidas pelo advento da internet, talvez as mais surpreendentes sejam as ocorridas no campo do comportamento sexual. O acesso instantâneo a informações e contatos praticamente sem limites trouxe à tona uma torrente de desejos que, décadas depois da revolução sexual, ainda surpreendem. O anonimato e a multiplicação de oportunidades alimentam o furor erótico, seja para procurar parceiros, reais ou virtuais, seja para escarafunchar todas as variantes sexuais já inventadas pelo ser humano – e algumas outras das quais ninguém nunca tinha ouvido falar. Liberados, ainda que momentaneamente, dos freios que delimitam o eterno embate entre pulsões sexuais e civilização, os usuários aproveitam. "O homem que diz que não gosta de entrar num site pornográfico está mentindo", diz o empresário R.F.L. em seu depoimento sobre experiências variadas na rede (veja quadro). Um levantamento da Yankelovich Partners Inc mostra que 60% das páginas visitadas na internet têm algum conteúdo sexual. A palavra sex é a mais escrita nos sites de busca em todo o mundo.
O acesso ilimitado a contatos com parceiros reais ou virtuais é contrabalançado pela possibilidade de que a parte que se sente enganada parta para a espionagem eletrônica. No Orkut, 9 milhões de brasileiros expõem suas informações a quem queira ver. Assim, o marido vasculha o Orkut da mulher, a mulher o do marido, o ex o da ex, a ex o da atual do ex, e todo mundo tira suas próprias conclusões. As crises de ciúme são praticamente inevitáveis. No próprio Orkut, há mais de 200 comunidades tratando do assunto. "Minha namorada vigia meu Orkut" tem inacreditáveis 25.000 participantes. "Você começa olhando uma vez por dia, depois duas, três. Eu cheguei ao ponto de olhar a página dele de cinco em cinco minutos para ver o que as mulheres escreviam para ele. Depois ia lá tomar satisfação", conta a assistente de marketing paulistana Patrícia Basílio, 33 anos, casada há dezoito, autora da instigante comunidade "Peruas no Orkut do meu marido". Antes convencida de que não havia nada que pudesse fragilizar seu casamento, ela ficou insegura. A cada mensagem feminina para o marido, um temporal desabava sobre o casal. "Olha, eu me sentia ridícula porque nunca fui ciumenta, mas aquilo me devastava. Não sabia o que era tudo aquilo, quem eram aquelas mulheres. Um dia, uma escreveu para ele: 'Saudades, você sumiu'. Se ele sumiu é porque um dia apareceu, não é? Eu me descontrolei", conta.
Para evitar mais confusões, o marido cancelou seu registro. "Foram tantas brigas, tanta choradeira, tanto escândalo que eu preferi sair daquilo", diz o empresário Dener Basílio, 37 anos. Se no Orkut boa parte da conversa é pública, no MSN é possível mantê-la em total privacidade. "Eu passava muito tempo em conversas com um amigo. É óbvio que havia um clima sério. Eu me sentia viva, sedutora, desejada. Nunca nos tocamos. Mas, quando você fica empolgada com a situação, quando sente que está fazendo algo errado, acho que isso é o indicador de que você está traindo", diz a administradora de empresas carioca Patrícia Perrett, 32 anos, que manteve esse vínculo diário paralelamente a um sólido relacionamento.
O anonimato e a privacidade propiciados pela internet são poderosas ferramentas de indução à quebra de barreiras. Diante do computador, você pode ser quem quiser, falar o que tiver vontade sem passar pelos sucessivos julgamentos que o contato frente a frente propicia. Tudo fica mais explícito e exposto. Para paquerar pessoalmente, é preciso decifrar muitos sinais, vencer a timidez e ainda se assegurar de que ninguém vai descobrir nada. No ciberespaço, o contato é rápido, seguro e fácil. Para os especialistas, as razões do crescimento desse tipo de vínculo entre adultos comprometidos têm a mesma matriz: o prazer de exercitar o poder de sedução e conquista, aspectos que compreensivelmente desaparecem do casamento.
Os efeitos sobre a vida do casal podem ser enormes. "A paquera passa a ocorrer na sala da sua casa. Isso é assustador", diz a fotógrafa carioca Margaret Manta, 44 anos. Desde que ela e o marido, Wagner Rios, 32, se inscreveram no Orkut, as cenas de ciúme se tornaram constantes. "Ver todo aquele movimento de mulheres mexe com a relação, sim", diz ela. Wagner corrobora a tese: "Eu fico com raiva quando leio algumas mensagens porque acho que a pessoa, no caso ela, dá liberdade para os outros falarem com um tom de intimidade acima do normal entre amigos."
Na busca para amenizar os conflitos gerados pela internet, muitos casais passaram a exigir as senhas pessoais do (a) parceiro (a). A senha do e-mail assumiu o significado que tinha a senha de banco anos atrás – como se fosse a expressão mais enfática de compromisso. Algo do tipo: "Se você não apronta, então me dá sua senha". Quem chega ao exagero de se propor a realmente investigar o outro encontra muitas ferramentas disponíveis. Há uma série de programas de computador para todos os fins e bolsos capazes de grampear mensagens e replicá-las para outras pessoas. Programas como Spector Pro 5.0, eBlaster, Keylogger e ScreenLogger são instalados nas estações de qualquer computador por meio de um e-mail. Passam, então, a enviar informações de tudo o que se faz na máquina.
Pode-se baixar o programa em casa, mas quem não entende de informática costuma procurar um serviço especializado. Por cerca de 2.000 reais, o detetive vai até o computador do casal, instala o programa e passa a acompanhar a correspondência. Se a máquina está no trabalho, opta-se por outra estratégia. "Descobrimos os hábitos da pessoa. Se ela gosta de gastronomia, por exemplo, mandamos uma mensagem sobre esse assunto. Se ela abrir, o computador já passa a ser monitorado", explica o detetive Francisco Aguiar, da Philadelphia Investigações, em São Paulo, com 22 anos de experiência em apurar casos de infidelidade. Embora esses programas sejam eficazes para desvendar as infidelidades virtuais, seu uso pode virar caso de polícia, já que se trata de um crime de violação de uma forma de intimidade que é garantida por lei.
Esse tipo de prova, porém, se tornou comum em casos de separação. Nos grandes escritórios de advocacia, em 90% das separações são apresentadas cópias de e-mails e mensagens de Messenger e Orkut para configurar o que se chama de "quase-adultério". É preciso que um dos cônjuges autorize a violação do computador da casa para não criar problemas com a Justiça. Por exemplo: se a esposa acessa o computador doméstico e acha mensagens gravadas .– sem nenhuma proteção de senha – que demonstram que o marido foi infiel, nesse caso a prova é válida e legal. "Para configurar o adultério é necessário provar a conjunção carnal. Já essa figura jurídica do 'quase-adultério' significa toda situação amorosa na qual você não prova o sexo, mas prova o envolvimento amoroso", afirma a advogada Priscila Corrêa da Fonseca, uma das maiores especialistas em direito de família do país.
Evidentemente, não é a internet que estraga os relacionamentos. Mas que potencializa o dano, potencializa. O clima de suspeita e desconfiança também transforma qualquer casamento num inferno – sem contar que não redunda em nada positivo. "Ler mensagem, vigiar conversa, nada disso funciona. Não se consegue entrar na cabeça do outro. É lá que mora o desejo. E isso ninguém nunca vai conseguir localizar", explica o psicanalista e colunista Alberto Goldin, autor do livro Histórias de Amor e Sexo. Na opinião dos estudiosos do assunto, uma coisa é clara: o uso da internet já se tornou um dos assuntos inescapáveis na vida dos casais (além de dinheiro, valores morais, quem fica com o controle remoto). "É uma discussão tão importante para o relacionamento quanto a intenção de ter ou não filhos", afirma a psicóloga Beatriz Mileham.
" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "
Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.
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Autor Desconhecido.
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Re: "Nunca conte que traiu"
Já vi casamento acabar por isto. Mas não era só na Internet que ela traía. Então...foi só a gota. Ele desconfiou, instalou um espião e pegou tudo.

Re: "Nunca conte que traiu"
Apo escreveu:Não é fácil. Nem traição de amigo é fácil. Nem de filho, nem de pai e mãe. Enfim, traição é difícil. Ou se amadurece esta coisa humana, ou se vive com pulgas incômodas.
Mas acho que tem quem curta um certo mistério , um segredinho, é mais excitante e tal. Isto é outra coisa.
E eu tô começando a ficar em dúvida: será que sou muito honesta ou sou trouxa?![]()
Sério, já passei desta fase. Sei que sou perigosa, não tenho nada a perder. O pior medo do ciumento é reconhecer que é um potencial traidor, isto sim. Como eu já aceitei que sou, fico na boa.
Não tem nada a ver com pulgas incômodas, segredinho ou mistério excitante ou falta de maturidade. Maturidade está no fato de ter consciência de que qualquer criatura humana está sujeita e sente atração por outras pessoas independente do amor e da vida que tem com o consorte, a diferença é que algumas estão conscientes, ou já entenderam isso, e outras não. É ainda saber que a possibilidade de qualqeur ser humano ter relações sexuais ocasionais fora da relação estável é real e recorrente, mas não é uma regra inquebrável. Mas isso não quer dizer que eu queira saber que o fato ocorre com meu marido ou namorado ou queira ficar contando quando aconteceu comigo. Não gosto e não tô a fim de saber, e tão pouco quero que deixe a mais mínima pista de que isso aconteceu ou aconteceria, nem mistérinho ou segredinho, só isso já seria o suficiente pra desestabilizar a relação de minha parte. Sei da possibilidade e vivo bem com ela, ela existe mas não penso nela, nem a temo, dou liberdade assim como gosto muito da minha, não procuro sinais, e não quero que os deixe ou sugestione porque não quero em hipótese alguma saber se, quando, e porque acontceu. Tão pouco vou querer contar no dia em que, e se, aconetecer comigo.
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Re: "Nunca conte que traiu"
Anna escreveu:Não tem nada a ver com pulgas incômodas, segredinho ou mistério excitante ou falta de maturidade. Maturidade está no fato de ter consciência de que qualquer criatura humana está sujeita e sente atração por outras pessoas independente do amor e da vida que tem com o consorte, a diferença é que algumas estão conscientes, ou já entenderam isso, e outras não. É ainda saber que a possibilidade de qualqeur ser humano ter relações sexuais ocasionais fora da relação estável é real e recorrente, mas não é uma regra inquebrável. Mas isso não quer dizer que eu queira saber que o fato ocorre com meu marido ou namorado ou queira ficar contando quando aconteceu comigo. Não gosto e não tô a fim de saber, e tão pouco quero que deixe a mais mínima pista de que isso aconteceu ou aconteceria, nem mistérinho ou segredinho, só isso já seria o suficiente pra desestabilizar a relação de minha parte. Sei da possibilidade e vivo bem com ela, ela existe mas não penso nela, nem a temo, dou liberdade assim como gosto muito da minha, não procuro sinais, e não quero que os deixe ou sugestione porque não quero em hipótese alguma saber se, quando, e porque acontceu. Tão pouco vou querer contar no dia em que, e se, aconetecer comigo.
Que bom é de vez em quando apanhar um pequeno retalho da vida de alguém e pensar o que pensei: grande mulher! a lucidez não é um mito!
Grande Anna
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re: "Nunca conte que traiu"
Ô Clara, Brigada!
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Re: "Nunca conte que traiu"
Anna, não estava me referindo em hipótese alguma a nenhuma opinião daqui, muito menos a ti. Apenas ao fato de que algumas pessoas se sentem atraídas ( por motivos que fogem ao meu entendimento ) por tais tipos de traição. Tem até psicólogo e psiquiatra que dá força para este tipo de "pimenta".

Re: "Nunca conte que traiu"
Apo escreveu:Anna, não estava me referindo em hipótese alguma a nenhuma opinião daqui, muito menos a ti. Apenas ao fato de que algumas pessoas se sentem atraídas ( por motivos que fogem ao meu entendimento ) por tais tipos de traição. Tem até psicólogo e psiquiatra que dá força para este tipo de "pimenta".
Não achei que vc estava se referindo especificamente a mim, não. Mas pensei que valeria deixar claro o meu ponto de vista, visto que para alguns leitores a minha opinião poderia ter ficado meio esfumaçada em meio aos posts dos outros foristas.
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Re: "Nunca conte que traiu"
Anna escreveu:Apo escreveu:Anna, não estava me referindo em hipótese alguma a nenhuma opinião daqui, muito menos a ti. Apenas ao fato de que algumas pessoas se sentem atraídas ( por motivos que fogem ao meu entendimento ) por tais tipos de traição. Tem até psicólogo e psiquiatra que dá força para este tipo de "pimenta".
Não achei que vc estava se referindo especificamente a mim, não. Mas pensei que valeria deixar claro o meu ponto de vista, visto que para alguns leitores a minha opinião poderia ter ficado meio esfumaçada em meio aos posts dos outros foristas.
Ah não esquenta não. Os leitores que se danem com imagens esfumaçadas.

Re: "Nunca conte que traiu"
Apo escreveu:Anna escreveu:Apo escreveu:Anna, não estava me referindo em hipótese alguma a nenhuma opinião daqui, muito menos a ti. Apenas ao fato de que algumas pessoas se sentem atraídas ( por motivos que fogem ao meu entendimento ) por tais tipos de traição. Tem até psicólogo e psiquiatra que dá força para este tipo de "pimenta".
Não achei que vc estava se referindo especificamente a mim, não. Mas pensei que valeria deixar claro o meu ponto de vista, visto que para alguns leitores a minha opinião poderia ter ficado meio esfumaçada em meio aos posts dos outros foristas.
Ah não esquenta não. Os leitores que se danem com imagens esfumaçadas.
É sindrome de cientista e formador de opinião, fumacinhas na minhas idéias jamais.

Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.