Evolução - Modelagem Matemática?

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Lúcifer
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Lúcifer »

famado escreveu:Essa sua assinatura é perigosa, visto que vc é um cara meio limitado. Ta pensando em suicídio? :emoticon12:


Ai, ai. Vamos partir para os ataques gratuítos.

1- É claro que sou limitado. Ninguém nesse mundo é dono da verdade. E, caso você não saiba ou não conheça, existem graus de inteligência. Algumas pessoas podem ser melhores do que outras em determinados assuntos, mas não quer dizer que essa é uma pessoa inteligente. NINGUÉM NO MUNDO SABE TUDO!
Por exemplo: Se eu perguntasse para você, quais são as condições de tratamento, de uma forma geral, para uma pessoa com glascow 3, na lata você não saberia responder.
Nem saberia me dizer quais as chances e condições de uma mulher que tenha um parto cesária, ter um segundo parto normal.
Na lata, sem procurar no deus google, você saberia me responder isso?
Eu duvido.

Então, vamos parar com esses ataques gratuítos, porque já estão dando no saco. Eu estou parando e espero que você tenha uma postura de homem e não de um moleque mimado e pare com essas ofensas idiotas, pois afinal, quem começou ofendendo foi você. Então seja homem e tome uma atitude de homem.
Boa noite.
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Karsus
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Karsus »

- Evolução de plantas, bactérias, bicos de pássaros não provam que a doutrina da evolução (aquela que diz que um organismo unicelular deu origem a tudo mais em termos de vida) existe ou existiu;


A idéia da ancestralidade comum universal ( é disso que você fala, e não de evolução "per se" ) me parece muito convincente, como por exemplo, o fato de todos seres vivos utilizarem DNA como principal meio de armazenar informações hereditárias ( os vírus formam um corner case, assim como nem toda informação hereditária precisa estar codificada no DNA ), na universalidade dos processos embrionários em organismos multicelulares ( ou melhor, em estágios iniciais deles, e a similaridade se extende de acordo com a proximidade filogenética ) e uma boa lista de evidências que coadunam com a "doutrinha evolutiva".

Não há provas da evolução (aquela que levou um organismo unice...). Não há um fossilzinho sequer. Nem um pequenininho, nenhunzinhozinho.


Lide acima.

3 - A evolução não resiste ao correto método científica de verificação:


Defina 'verificação".

Não é observável


Sim, o é. Você pode vê-la ocorrendo a todo instante, aliás. A questão é que ela não é, em geral, observável em escala de tempo confortável para seres humanos ( assim como muitos processos da Geologia, Paleontologia e talvez, História e Arqueologia ).

não é reprodutível,


De fato, não o é ( ou melhor, você pode até reproduzí-la, mas não vai obter o mesmo resultado, pois o acaso faz parte do estudo dela ). Assim como qualquer disciplina que precise envolver escalas de tempo, como Paleontologia, Arqueologia e Cosmologia.

é um postulado mais complicado do que o necessário para se provar,


Extenda esse trecho.

é matematicamente inviável,


Extenda esse trecho. E mesmo que seja matematicamente "inviável", isso se deve á precariedade da nossa matemática, e não dos sistemas biológicos, além da validade do estudo comparativo para a Biologia Evolutiva.

está fundamentada na abiogênese, que é outra total inviabilidade


A Biologia Evolutiva independe da Origem da Vida. A BioEvo ainda seria válida mesmo que um agente sobrenatural fosse responsável pela criação da vida.

Onde estão B, C...,K...,X e Y (todo o alfabeto restante)?


Leve em conta a dificuldade ( e impossibilidade prática, em certos casos ) do processo de fossilização. E do fato de que Criacionista não costumam lembrar da existência de Exaptações, Pré-Adaptações e do reconhecimento de espécies por critérios Não-Tipológicos ( ou mesmo das Espécies em Anel ).

Minha resposta: Não, pois não é representativa. Trata-se apenas de uma mudança micro, comum na natureza, que não prova que B evoluiu para C e daí para D e assim por diante, até chegar a Z.


Eu preciso que você defina Micro-Mudanças e Macro-Mudanças. E por que uma série de Micro-Mudanças em um contínuo temporal não poderia ser confundida com uma Macro-Mudança ( ou por que elas não formariam Macro-Mudanças).

3 – Alguém já observou, reproduziu, ou provou que houve pelo menos uma transformação B para C ao longo de A até Z?


Eu antes, sugiro você abandonar o conceito tipológico/essenciológico de espécies. Ele já foi derrubado há ao menos 60 anos. Mas, um caso que pode lhe interessar:

Eu devo ter citado isso antes, mas nada melhor do que relembrar o recente experimento do Lenski, Borland e Blount com a E. Coli, onde depositando colônias de tais bactérias em um meio com quantidades pequenas de Glicose, mas uma quantidade muito maior de Citrato ( e uma das características da E. Coli é justamente ser Glicose Positiva e Citocromo Negativa em meio Aeróbio ). E, tcharams, 31 500 gerações depois, temos o surgimento de E. Coli capazes de metabolizar Citocromo. E tal característica foi se aprimorando por gerações subsequentes.

Se quer o artigo completo, basta ir nesse atalho: http://www.pnas.org/content/105/23/7899.full.pdf+html


Edit: Apenas por dúvida, qual desse pressupostos você acha falso:

1. Os organismos evoluem continuamente ao longo do tempo ( Evolução em Si )
2. É possível traçar um ancestral comum entre diferentes organismos, sejam eles extintos ou ainda vivos. (Ancestralidade Comum Universal)
3. As espécies se multiplicam ao longo do tempo ( Especiação )
4. A evolução se dá por meio de mudanças graduais em populações ( Gradualismo )
5. O mecanismo da evolução é a competição entre diferentes organismos por recursos limitados, que leva á reprodução diferencial ( Seleção Natural )

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Suyndara
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Suyndara »

Sr Tapado,

O modelo que citei é uma prova do surgimento de formas ao acaso :emoticon45:

Não lhe disse que isso prova Evolução, ela já foi provada há séculos :emoticon4:

Dãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa :emoticon17:

Vá estudar um pouquinho, vai?
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famado
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por famado »

Karsus e Suyndara.

Pela milionésima vez, evolução de bactérias não é (como se chama mesmo? Ah... sei lá...aquela coisa do unicelular até as miríades de vida atuais). Nessas experiências de bactérias, gramas, algas e bananas, não se transformam os mesmos em protozoários, mangueiras, aguas vivas e maças, mas estas coisas continuam sendo elas mesmas. Vcs estão loucos???

E esse modelo? E daí? O que isso muda? Vossos exemplos, vossos "corners cases", vossos "per ses", vossas "exaptações", não passam de blá-blá-blá que não acrescentam nada. Absolutamente não justificam a doutrina da evolução. Será que é muito difícil de enxergar?

O Richard Dawkins fez mesmo a cabeça de vocês hein!

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Karsus
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Karsus »

Pela milionésima vez, evolução de bactérias não é (como se chama mesmo? Ah... sei lá...aquela coisa do unicelular até as miríades de vida atuais). Nessas experiências de bactérias, gramas, algas e bananas, não se transformam os mesmos em protozoários, mangueiras, aguas vivas e maças, mas estas coisas continuam sendo elas mesmas.


Sim, as experiências não mostrarão esses "saltos" por que eles não acontecem em uma escala de tempo observável para humanos, e sim na escala de tempo geológica. As evidências vêm de outros mecanismo, como a quase universalidade do código genético e a universalidade do DNA/RNA, ou, algo mais ilustrativo, fato de que o gene que gera a proteína Pax-6 no rato pode ser usado para gerar a proteína Eyeless na Drosophila melanogaster, e ambas proteínas tem o mesmo papel, de atuar na produção do olho durante o desenvolvimento embriológico.

Vossos exemplos, vossos "corners cases", vossos "per ses", vossas "exaptações", não passam de blá-blá-blá que não acrescentam nada.


É realmente difícil discutir com alguém que não se presta ao menos de tentar entender o que escrevo.

Absolutamente não justificam a doutrina da evolução.


Defina "doutrina da evolução".

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Apo
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Apo »

fumado escreveu: Nessas experiências de bactérias, gramas, algas e bananas, não se transformam os mesmos em protozoários, mangueiras, aguas vivas e maças, mas estas coisas continuam sendo elas mesmas.



Coisa triste...
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Suyndara
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Suyndara »

Onde foi que eu falei de bactérias? :emoticon5:

Só pra constar: Richard Dawkins é um divulgador científico, quem lhe disse que ele publica na Evolution ou criou algum modelo???

Dãaaaaaaaaaaaa :emoticon17:

Se você está se referindo a saltacionismo, isso já foi provado em alguns casos sim e também nesse modelo (grande mudança de forma de uma geração para outra, sem existência de "intermediários"). Na maioria dos casos no entanto, a evolução foi de fato lenta e gradual :emoticon45:

Se vc não quer estudar e aprender como a amebinha chega a vertebrado, azar o seu :emoticon4:
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famado
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por famado »

Achar que a natureza deu um salto, de tal maneira que um animal se transformou em outro absolutamente diferente é uma boa saída para justificar o fato de não haver intermediários. Precisa apenas de um pouco mais de fé. :emoticon12:
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famado
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por famado »

Karsus escreveu: Defina "doutrina da evolução".


A evolução não é uma teoria, menos ainda uma ciência, como alguns agora resolveram chamar, mas é antes uma pseudociência. Foi até inicialmente chamada de teoria, mas quando se mostrou um postulado inviável, com total falta de provas, impossível de observar ou reproduzir, não pode ser chamada de outra coisa a não ser DOUTRINA, pois a única maneira de aceitá-la é pela fé. Assim, trata-se de uma doutrina pregada pela religião ateísta/agnóstica/cética.
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Karsus
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Karsus »

A evolução não é uma teoria, menos ainda uma ciência, como alguns agora resolveram chamar, mas é antes uma pseudociência. Foi até inicialmente chamada de teoria, mas quando se mostrou um postulado inviável, com total falta de provas, impossível de observar ou reproduzir, não pode ser chamada de outra coisa a não ser DOUTRINA, pois a única maneira de aceitá-la é pela fé. Assim, trata-se de uma doutrina pregada pela religião ateísta/agnóstica/cética.


E o que você leu e notou que permitiu chegar a tal conclusão?

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Lúcifer
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Lúcifer »

Karsus escreveu:
A evolução não é uma teoria, menos ainda uma ciência, como alguns agora resolveram chamar, mas é antes uma pseudociência. Foi até inicialmente chamada de teoria, mas quando se mostrou um postulado inviável, com total falta de provas, impossível de observar ou reproduzir, não pode ser chamada de outra coisa a não ser DOUTRINA, pois a única maneira de aceitá-la é pela fé. Assim, trata-se de uma doutrina pregada pela religião ateísta/agnóstica/cética.


E o que você leu e notou que permitiu chegar a tal conclusão?


Que ler nada. Ele já disse que não consegue ler mais do que dois parágrafos.
Deve ter sido o pastor que apertou o REC na cabeça dele e, como um bom gravador, vive repetindo as mesmas palavras sem provas nenhuma.
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famado
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por famado »

Karsus escreveu:
E o que você leu e notou que permitiu chegar a tal conclusão?


A coisa é meio que óbvia. Tinha um amigo meu que vivia falando que não havia elos (e ele não é ateísta, mas espírita), aí eu comecei a inquirir as pessoas como vc e a ler artigos. Aí foi fácil chegar à conclusão que realmente não há elos, ou transicionais, ou intermediários (ou sei lá o nome), não há como observar, não há como reproduzir e é um postulado mais complicado que o necessário para se prova. Logo, não resiste ao correto método de verificação científica e se trata de uma fraude, um delírio, uma mentira, que repetida muitas vezes virou verdade (ou pseudoverdade). É mais ou menos como fazem muitos políticos no Brasil.
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docdeoz
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por docdeoz »

Suyndara escreveu:Ok.

Prometi que não daria aulas online, e também sei que nossos 2 coleguinhas surtados jamais mudaraão de opnião, mas achei interessante postar umas idéias novas em Evolução...

O Acaso existe sim e é mais simples de se modelar do que se imagina...

Segundo Brian Goodwin, um dos grandes nomes da biologia teórica e amigo pessoal de Dawkins, o problema fundamental da biologia é como se gera a forma (não só ontogenia, mas toda a morfologia em si)

Goodwin é um dos principais proponentes da idéia de que processos físicos, particularmente dinâmica não-linear, são responsáveis por boa parte do espaço de formas possíveis. Em outras palavras, a dinâmica de sistemas complexos determinam boa parte do espaço de formas, enquanto que a seleção natural simplesmente escolhe os parâmetros nas equações pré-definidas.

Assim, enquanto Paley (teologia natural) interpretava a admirável morfologia dos organismo em relação a seu ambiente como evidência do desígnio divino, Darwin explicava-a como resultado da seleção natural – a cega adaptação momento a momento dos organismos às condições predominantes, os produtos da mutação aleatória distribuída de acordo com a sobrevivência :emoticon4:

No entanto, a teoria darwinista limita as hipóteses, uma vez que versões da teoria que neguem o lento gradualismo e o papel central da seleção natural podem ser verdadeiras em casos específicos, mas em outros casos os processos são outros (deriva, mutação, etc).

Os biólogos moleculares descobriram que a seqüência dos nucleotídeos especifica precisamente a seqüência linear dos aminoácidos nas proteínas, mas segundo Goodwin, cometeram um erro ao imaginar que, semelhantemente, a seqüência linear dos genes num genoma especifica a gênese da forma de um embrião, análogo a um programa de computador.

“ Os genes estabelecem os valores dos parâmetros. Isso quer dizer que eles produzem as partes componentes do sistema, dentro de uma série de valores. As transições morfológicas, então, são conseqüências do ciclo de dinâmica gerando geometria, e geometria modificando dinâmica. Isso nos dá uma perspectiva gratuita de morfogênese” (Brian)


Vou citar um exemplo de aplicação real de sistemas dinâmicos complexos para biologia, para entender onde Goodwin quis chegar, mostro em linhas gerais o modelo da Acetabulária:

Acetabularia acetabulum é uma espécie de alga:
Imagem

O verticilo (chapeuzinho) dessa alga não tem qualquer função conhecida, segundo os darwinistas: ou nós não conseguimos encontrar sua função ou uma vez ele teve uma função e agora é vestigial…

Brian e seus colegas de laboratório construíram um modelo matemático do desenvolvimento do organismo como um modo de compreender as transições morfogenéticas, as principais etapas através das quais passa o organismo em desenvolvimento. Essencialmente, o modelo inclui aspectos da regulação de cálcio na célula, as mudanças do estado mecânico do citoplasma (elasticidade e viscosidade), e a resposta da parede da célula (esses seriam os parâmetros do sistema).

Quando sugeriram o modelo, esses pesquisadores imaginavam encontrar muitos padrões possíveis e que seria muito demorado e talvez até improvável encontrar os parâmetros que refletissem a morfogênese da Acetabularia. Mas o resultado surgiu muito depressa, como se a forma da acetabularia fosse uma propriedade profunda do sistema.

O gradiente de cálcio com um máximo no pólo torna-se instável quando se processa o crescimento, e transforma-se num anel com uma camada de cálcio elevado e tensão aumentada. A parede se suaviza nessa camada em razão do acoplamento entre a tensão citoplasmática e a elasticidade da parede, de modo que a parede desenvolve a curvatura máxima na região do anel e se achata na direção da ponta.

Dessa forma, a formação do verticilo é simplesmente o único resultado possível da dinâmica do sistema (Os sistemas dinâmicos possuem uma propriedade emergente, um sistema de “atratores” para os resultados possíveis dentro do espaço-forma). Ou seja, todos os membros dessa família de alga (Dasycladaceae) fazem verticilos pq essa propriedade emerge no processo de organização da célula, algumas espécies usam esse verticilo, outras não. E isto vai contra o paradigma de “uma forma – uma função”

“ Para um neodarwiniano, qualquer tipo de forma biológica é possível, dentro de certos limites mecânicos. Mas isso não é correto, pois a dinâmica organizacional da morfogênese define um número limitado de pontos nesse espaço, onde a possível ordem da forma biológica é restrita de um modo fundamental”. (Brian)

Quando usei morfometria na minha tese percebi que realmente o espaço de “formas possíveis” é realmente muito restrito :emoticon26:

Alguns links interessantes sobre o assunto:

http://www.springerlink.com/content/l2g17t7nv4170r80/

http://jcs.biologists.org/cgi/content/abstract/97/3/503

http://www.springerlink.com/content/k7lh002111713267/

http://www.springerlink.com/content/lkcvwuhbby233lp3/

Adoro quando um paradigma é “ameaçado” por novas descobertas científicas :emoticon32:

Os resultados das redes booleanas de Kauffmann (não comento aqui, mas é uma das pesquisas iniciais da teoria da complexidade...ele é autor do livro: "A origem da Ordem") e do modelo matemático da Acetabularia de Goodwin significam que nem sempre a seleção natural é a responsável pelos processos evolutivos, talvez as “possibilidades adaptativas” estejam matematicamente limitadas em alguns casos :emoticon4:

E os criacionistas ainda estão estacionados na era Darwin :emoticon17:

[]s


Como assim? Já comentei alhures que as formas matemáticas tem a ver com a termodinâmica!

Tudo é uma questão de energia... Se aquela forma X é usada, é porque é energeticamente mais econômica que outra qualquer. (vantagem seletiva evidente- o caminho entre dois pontos não é uma reta, mas o que consome menos energia!)

Isto está em Gould! Em Polegar do Panda...

http://docdeoz.multiply.com/photos/hi-r ... _Gould%236
(HNT) ויאמר אלי אחד מן־הזקנים אל־תבכה הנה נצח האריה אשר הוא משבט Rev 5:5
http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?t=13986
http://rv.cnt.br/viewtopic.php?t=14653

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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Apo »

famado escreveu:
Karsus escreveu:
E o que você leu e notou que permitiu chegar a tal conclusão?


A coisa é meio que óbvia. Tinha um amigo meu que vivia falando que não havia elos (e ele não é ateísta, mas espírita), aí eu comecei a inquirir as pessoas como vc e a ler artigos. Aí foi fácil chegar à conclusão que realmente não há elos, ou transicionais, ou intermediários (ou sei lá o nome), não há como observar, não há como reproduzir e é um postulado mais complicado que o necessário para se prova. Logo, não resiste ao correto método de verificação científica e se trata de uma fraude, um delírio, uma mentira, que repetida muitas vezes virou verdade (ou pseudoverdade). É mais ou menos como fazem muitos políticos no Brasil.



Pergunto a quem entende: estes elos que costumam brotar pelo mundo raramente, devem ser levados a sério? Recentemente encontraram em SP um tal elo perdido dos crocodilos. Mas só notícias nacionais a respeito.



Encontrado nos EUA elo perdido na evolução das rãs

Da EFE

Redação Central, 21 mai (EFE).- O fóssil de um anfíbio que viveu há milhões de anos no Texas (Estados Unidos) é o elo perdido que demonstra que as rãs e as salamandras descendem dos temnospôndilos, uma espécie extinta, segundo um estudo da Universidade de Calgary (Canadá).


O exame e a descrição detalhada do fóssil do Gerobatrachus hottoni (rã maior de Hotton) colocam fim à principal polêmica sobre a evolução dos vertebrados, que se devia à falta de informação sobre formas de transição conhecidas.

"Este fóssil preenche esse vazio", diz Jason Anderson, professor da Faculdade de Veterinária da Universidade de Calgary e autor principal do estudo, publicado na última edição da revista científica britânica "Nature".

Anderson qualificou de "agridoce" a coincidência da descoberta com o "Ano dos Rãs", convocado em 2008 pelos conservacionistas para alertar o mundo sobre desaparecimento de muitas espécies de rãs e outros anfíbios.

Calcula-se que nas últimas décadas podem ter desaparecido 130 espécies devido à mudança climática, à poluição e aos efeitos mortais de um fungo quitrídio, que se alimenta da queratina da pele das rãs.

O fóssil, descoberto em 1995 no Texas, mas recuperado recentemente pela equipe de Anderson, tem a forma arcaica de um temnospôndilo, mas também traços das salamandras, rãs e sapos atuais. Isso permite compreender melhor a origem e a evolução dos anfíbios modernos.

Seu crânio, sua coluna e seus dentes mostram uma mistura de traços de rã - a larga forma do crânio - e salamandra - a fusão de dois ossos no tornozelo -, afirma o estudo.

O número de vértebras do fóssil é exatamente um intermediário entre a coluna das modernas rãs e salamandras e os anfíbios mais primitivos.

O fóssil, que data do período Permiano, há cerca de 250 milhões de anos e antes do aparecimento dos dinossauros, também esclarece outra controvérsia relativa à época na qual ambas as espécies evoluíram em dois grupos diferentes, assinala o estudo.


Com estes novos dados, tudo parece indicar que "as rãs e salamandras se separaram em algum momento há entre 240 e 275 milhões de anos, ou seja, muito antes do que sugeriam anteriores dados moleculares", segundo o co-autor do estudo, Robert Reisz, professor da Universidade de Toronto Mississauga. EFE


http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia ... 74,00.html

Elo entre o homem e o macaco foi encontrado na Etiópia13/4/2006 19:00:27


Por Redação, com BBC - de Nova York


Cientistas norte-americanos acreditam ter descoberto fósseis de um ancestral direto do ser humano, que teria vivido mais de 4 milhões de anos atrás, mapeando um trecho desconhecido da evolução humana. Segundo a matéria divulgada na publicação científica Nature, os fósseis achados pertencem à espécie Australopithecus anamensis, um gênero de hominídeo aceito como um ancestral do homem.

A importância do achado está no fato de relacionar o Australopithecus com hominídeos bípedes mais primitivos, fazendo uma ponte crucial para a compreensão da evolução como um todo. Comparado com outros fósseis da mesma região da Etiópia, o anamensis, de cerca de 4,1 milhões de anos, parece estabelecer uma sucessão evolutiva com espécimes anteriores e posteriores a ele.

- O fato do anamensis estar entre hominídeos de diferentes períodos é muito significativo para esta seqüência etíope - disse o professor Tim White, da Universidade da Califórnia, um dos cientistas que descobriram os fósseis em pesquisas na Etiópia.

Com o achado do anamensis, diminuiria a lacuna no mapa da evolução, entre o Ardipithecus Ramidus, de cerca de 4,4 milhões de anos e o Australopithecus afarensis, que data de cerca de 3,4 milhões de anos atrás.

A primeira possibilidade levantada pelos cientistas é a de que uma espécie teria simplesmente evoluído da anterior, mas não está descartada a hipótese de que elas tenham coexistido por um determinado período. Contudo, a descoberta não elimina todas as dúvidas sobre a evolução do Ardipithecus para o Australopithecus.

- Os buracos na teoria não foram completamente preenchidos, você preenche um, mas cria dois outros menores. Agora queremos saber o que aconteceu entre 4,4 milhões e 4,1 milhões de anos. São 300 mil anos. Um período longo para a evolução humana - explicou o professor White.

Vivendo em florestas

Os fósseis encontrados pertencem a oito indivíduos e incluem o maior dente canino de um hominídeo já encontrado e o mais antigo fêmur, além de ossos das mãos e pés. As escavações em Asa Issie, na Etiópia, revelaram restos de porcos, macacos e grandes felinos. A fauna sugeriria que o anamensis vivia numa floresta densa e fechada. O anamensis apresentou uma camada mais grossa de esmalte nos dentes do que o Ardipithecus, sugerindo que o último ainda estava se adaptando a uma dieta mais abrasiva de raízes.


http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=102469

Eritreia: O fóssil é o elo que falta na linhagem do elefante
As descobertas de fósseis ilustram habitualmente a história passada da Terra, que era absolutamente desconhecida pelos investigadores. O artigo principal da National Geographic, intitulado “The rise of Mammals”, publicado em Abril de 2003, afirma que os estudos do ADN complementaram e reforçaram a capacidade de investigação sobre o fóssil.


© PNAS / Illustration by Gary H. Marchant
Acontece o mesmo com a descoberta de um fóssil em Dogali, ao longo do escarpamento oriental da Eritreia em 1997, que permitiu aos cientistas defender novas ideias sobre a tendência evolucionista do elefante. Em 1998, Jeheskel Shoshani, que é actualmente professor de Biologia na Universidade de Asmara, mudou para a Eritreia para aí estudar uma população única de elefantes que tinha sido isolada dos outros membros da espécie, levando-a assim a cruzamentos consanguíneos e a mutações genéticas. Mas a investigação sobre os elefantes relevou-se extremamente difícil, dado o fato de a manada vaguear numa zona da fronteira Etiópia-Eritreia. Após aturados estudos sobre o fóssil, nos quais participaram investigadores locais e estrangeiros, foi publicado um documento erudito nas Actas da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos da América (PNAS) em Outubro de 2006.

Foram publicados relatórios idênticos em 6 de Novembro de 2006, pela Universidade de Michigan: uma criatura do tamanho de um porco, que vagueou há 27 milhões de anos na Terra, representa o elo que falta entre os parentes conhecidos mais antigos dos elefantes e o grupo mais recente dos antepassados dos elefantes modernos. Este estudo foi levado a cabo por uma equipa internacional à qual pertence William J. Sanders, paleontologista da Universidade de Michigan.

As descobertas do grupo sugerem que os mastodontes e os ancestraisidos elefantes são originários da África, ao contrário de mamíferos tais como rinocerontes, girafas e antílopes, que encontram as suas origens na Europa e na Ásia, antes de imigrarem para África. Ao datar o novo fóssil, descoberto num país da África Oriental, a Eritreia, as origens dos elefantes e mastodontes recuam mais 5 milhões de anos em relação aos registos precedentes, afirma Sanders.

“O novo fóssil descoberto na Eritreia é importante porque mostra aspectos da anatomia dental comuns aos do grupo avançado, incluindo molares com mais pontas e coroas complexas e com uma maturação e emergência de molares retardada”. Mas a criatura que o novo fóssil representa tinha também características comuns com paleomastodontes, entre outras, um corpo mais pequeno e uma estrutura maxilar que sugere defesas de elefante e trombas mais curtas.

No Verão de 1997, Melake Ghebrekristos, um agricultor de Dogali, encontrou uma maxila na sua exploração agrícola e verificou que esta era completamente diferente dos ossos que ele tão bem conhecia. Segundo o fóssil, o animal tinha um focinho longo e defesas pequenas e alimentava-se essencialmente de vegetais. O exame dos ossos revelou que estes tinham entre 27 e 28 milhões de anos. É uma descoberta de grande relevo. Os elefantes remontam a cerca de 55 milhões de anos, mas os elefantes modernos adquiriram a sua aparência e tamanho actual há cerca de um milhão de anos. Até à data, porém, os cientistas não tinham descoberto nenhum elefante pertencente ao período de 34 a 24 milhões de anos.

O prof. Shoshani considera difícil atribuir o osso a qualquer outra espécie animal anterior conhecida, o que o levou, seguramente, a aprofundar o seu estudo.
Foram efectuados estudos e análises aprofundados dos dentes da maxila, necessários para identificar a espécie do indivíduo. Verificou-se que esse indivíduo pertencia à categoria dos proboscídeos – grandes mamíferos com tromba – dos quais são descendentes os elefantes modernos de hoje. Verificou-se que a formação dos dentes ocupava uma estrutura intermédia entre os elefantes modernos e os da antiguidade. Além disso, exibia uma deslocação dental horizontal que continua a verificar-se nos elefantes modernos. Trata-se, sem dúvida, do mais antigo vestígio desta característica jamais encontrado.

Além disso, o documento mostra de que maneira os investigadores extrapolaram o tamanho do animal - cerca de 130 cm de altura a nível da espádua e 484 kg de massa corporal em média. Estes tamanhos mostram que esses elefantes eram mais pequenos do que os elefantes modernos, embora o espécimen encontrado fosse um jovem adulto em crescimento. Os investigadores lembraram igualmente que o animal estava ainda a crescer e, provavelmente, não tinha atingido ainda o seu tamanho máximo. Os dados analisados e as características do animal permitiram aos investigadores colocá-lo entre os clados Elephantimorpha e Elephantida, entre os quais existia uma lacuna do elo que falta – “uma hipótese já defendida há 84 anos”. Trata-se de uma linha de evolução do elefante actual. O prof. Shoshani acrescentou igualmente que “[o indivíduo encontrado] é um intermédio, pelo tamanho, características físicas e pela data – características estas que fazem dele o elo que falta”. Por esta razão, o significado da descoberta deste animal é, sem dúvida, de extrema importância, devido ao seu contributo para o esclarecimento da evolução dos elefantes.

Os membros do grupo de investigadores não quiseram acreditar em si mesmos ao mencionarem a sua descoberta nas Actas da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos da América (PNAS) e nomearam a espécie como sendo Eritreum melakeghekristosi, referindo-se à Eritreia, que é o país onde esta foi encontrada, e a Melake Ghebrekristos, que encontrou o espécimen e reconheceu a sua importância.

Para a Eritreia, trata-se de uma descoberta muito importante que completa os resultados de escavações efectuadas e muitos outros que estão provavelmente escondidos algures à espera de investigações semelhantes. Como a Eritreia se encontra na grande fossa tectónica africana, conhecida pelo seu papel de laboratório na evolução de mamíferos, não será surpreendente que haja outras descobertas que serão uma importante contribuição para o conhecimento científico do mundo. Todavia, há que ter o máximo cuidado em preservar os artefactos e as relíquias que são alicerces da história. Falando disso, o dr. Seife defendeu que toda a pessoa empenhada deverá estar consciente da importância do património histórico do país, prenhe de histórias inenarráveis que não poderão ser desvendadas se for destruído.

Frisa-se assim que as descobertas de Dogoli, Abdur e Buya deram à Eritreia o estatuto de um dos mais importantes repositórios da evolução e cultura da humanidade. A protecção do património natural único da Eritreia é um capital a promover através do ecoturismo para a geração actual e as gerações futuras. Este relatório é a primeira narrativa combinada sobre a fauna mamífera extinta e existente da Eritreia. Antes de 1993, todas as publicações relativas à fauna da Eritreia eram feitas a título da Etiópia, uma vez que a Eritreia era uma província deste país. Os dados aqui apresentados, espera-se, servirão de base à futura investigação sobre a paleozoogeografia e neozoogeografia dos mamíferos da Eritreia.

Akberet Seyoum


http://www.acp-eucourier.info/Eritrea-F ... .html?&L=3
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por docdeoz »

Isso já foi mais que discutido e Gould afirmava- o gradualismo não foi visto nos fósseis...

A extrema raridade das formas de transicao do registro fossil persiste como "segredo do negocio" da paleontologia. As arvores evolutivas que adornam nossos manuais tem dados apenas nas pontas e nos nodos dos seus ramos; o resto, por mais razoavel que seja e inferencia, e nao evidencia de fosseis. No entanto, Darwin aferrou-se tanto ao gradualismo, que comprometeu toda a sua teoria numa negacao desse registro literal.

Apos exarar a opiniao de Darwin sobre o registro fossil imperfeito e o gradualismo, afirma Gould: "nunca foi "visto" nas rochas".

Apos, confronta duas incoerencias entre os fosseis e o gradualismo:
1. Estase. Muitas especies nao exibem qualquer mudanca direcional durante sua estada na terra: aparecem no registro fossil com um aspecto muito semelhante ao que tinham quando se extinguiram: a mudanca morfologica e geralmente limitada e sem direcao.
2.Aparecimento subito. Em qualquer area restrita, uma especie nao surge gradualmente pela transformacao continua dos seus antepassados, mas sim de uma vez so e "completamente formada".

A explicacao se da atraves do equilibrio pontuado em que as especies separadas geograficamente sofrem grande pressao para sua especiacao: "Os isolados pequenos e perifericos sao laboratorios da mudanca evolutiva". Como a especiacao ocorre em pequenos grupos isolados, so vai apresentar-se no registro fossil quando transformar-se numa grande populacao, explicando os hiatos no registro fossil.

PP, p, 165. O Polegar do Panda, Martins fontes, Stepehn Jay Gould
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por docdeoz »

Portanto, não se espera, pela própria teoria, espécies de transição.

Quando são achados já sabe o que pode-se pensar...
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por docdeoz »

Gradualismo e Preconceito

Como acentuam varios outros ensaios, defendendo a posicao de que a ciencia nao e uma maquina objetiva e dirigida para verdade, mas uma atividade quintessencialmente humana, afetada por paixoes, esperanca e preconceitos culturais. Tradicoes culturais de pensamento influenciam fortemente as teorias cientificas, dirigindo com frequencia as linhas de especulacao, em especial (como neste caso) quando virtualmente não existem informacoes para constranger a imaginacao ou preconceito. No meu proprio trabalho (ver os ensaios 17 e 8) fiquei muito impressionado pela poderosa e infeliz influencia que o gradualismo exerceu sobre a paleontologia por meio do velho mote natura non facit saltum (a natureza nao da saltos). [red]O gradualismo, a ideia de que toda a mudanca deve ser suave, lenta e continua, nunca foi lido a partir das rochas.[/red] Constituiu um preconceito cultural comum, em parte uma resposta do liberalismo do sec. XIX a um mundo em revolucao. Mas continua a colorir nossa supostamente objetiva interpretacao da historia da vida.

PP. 202-Polegar do Panda, Martins Fontes- Stephen Jay Gould

Sob pressão seletiva, a pequena população transicional só aparecerá nos fósseis quando for uma grande população...
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Apo »

Mais outro, este mais novo do que a Lucy:

SUPOSTO ELO PERDIDO É BECO SEM SAÍDA EVOLUTIVO, DIZ ESTUDO


- Australopiteco chegou a ter idade estimada em 4 milhões de anos.
Novo estudo mostra que fóssil "só" tinha 2,2 milhões.Imprimir Enviar por e-mail Receber Newsletter

Do G1, com agências

Pedra de onde foi extraído o fóssil Little Foot, na África do Sul O fóssil de australopiteco mais completo já encontrado, que chegou a ser evocado como possivelmente um ancestral importante na linha evolutiva humana, é provavelmente apenas mais um beco sem saída -- uma espécie que não conseguiu vingar no longo trajeto até o surgimento do Homo sapiens. E é muito mais jovem do que antes se pensava.

Little Foot, ou "Pé Pequeno", foi descoberto na Caverna Sterkfontein, na África do Sul. O local chegou a ser apelidado de "Berço da Humanidade" pelo tesouro de relíquias de hominídeos que abrigava.

Até hoje, este fóssil é o esqueleto de australopiteco mais completo já encontrado, melhor conservado até que a célebre Lucy, descoberta na Etiópia. Ele atravessou os séculos quase intacto, deitado onde caiu morto, em um terreno úmido que o sepultou, antes de se transformar em um sarcófago natural de rocha calcária.

Com características simiescas e humanas, o fóssil foi encontrado nos anos 1990, graças a um trabalho diligente e muita sorte. Inicialmente, sua idade foi calculada entre 3 e 3,5 milhões de anos e depois, em mais de 4,1 milhões de anos. Essas datas geraram grande empolgação entre os antropólogos.

De um lado, elas indicavam que Little Foot era contemporâneo de Lucy, o famoso fóssil de Australopithecus afarensis encontrado no Vale do rio Awash, na Etiópia, em 1974, e, até então, principal concorrente do título de ancestral da humanidade.

Mas segundo um artigo publicado na edição desta sexta-feira (8) da revista americana "Science", a idade de "Little Foot" provavelmente é de cerca de 2,2 milhões de anos. Se assim for, ao invés de ser um ancestral direto da humanidade, o "Little Foot" provavelmente seria apenas um primo distante.

O método de datação se baseia em uma medição do isótopo de chumbo, Pb 206, derivado d0 decaimento do urânio-238, em camadas de rochas acima e abaixo do fóssil. Quanto mais chumbo houver na amostra, mais antiga é a rocha.

Sterkfontein, situada 50 km ao norte de Johannesburgo, produziu cerca de um terço dos fósseis conhecidos de hominídeos do mundo.

Glória
O Little Foot ganhou fama graças ao paleoantropólogo sul-africano Ronald Clarke. Em 1994, Clarke localizou quatro ossos do pé esquerdo de hominídeos enquanto examinava sacos de ossos de animais fossilizados que haviam sido retirados de uma gruta depois da explosão de uma mina, décadas antes.

Ele os atribuiu ao gênero do hominídeo australopiteco e, porque os ossos eram relativamente pequenos, o espécime recebeu o apelido de Little Foot. Clarke passou os cinco anos seguintes examinando exaustivamente outros sacos de fósseis e acabou encontrando outros ossos dos pés do mesmo indivíduo.

Isso levou a uma busca por mais vestígios da gruta, que resultou na descoberta dos ossos de seu dono: o esqueleto quase completo do hominídeo.


http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0, ... 03,00.html
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por docdeoz »

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Lúcifer
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Lúcifer »

famado escreveu:
Karsus escreveu:
E o que você leu e notou que permitiu chegar a tal conclusão?


A coisa é meio que óbvia. Tinha um amigo meu que vivia falando que não havia elos (e ele não é ateísta, mas espírita), aí eu comecei a inquirir as pessoas como vc e a ler artigos. Aí foi fácil chegar à conclusão que realmente não há elos, ou transicionais, ou intermediários (ou sei lá o nome), não há como observar, não há como reproduzir e é um postulado mais complicado que o necessário para se prova. Logo, não resiste ao correto método de verificação científica e se trata de uma fraude, um delírio, uma mentira, que repetida muitas vezes virou verdade (ou pseudoverdade). É mais ou menos como fazem muitos políticos no Brasil.


Que artigos você leu? Qual a edição? Qual editora? Quem redigiu? Foi livro, revista ou o que?
Provas, meu filho. Queremos provas.
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Karsus »

DocdeOz

O Gould comentando sobre Gradualismo é algo que me dói, por que ele é essencialmente um gradualista, mas argumenta em cima de um espantalho que é a idéia que todo gradualista filogenético acha que as taxas de evolução em diferentes ramos da vida tem que ser constantes. A situação é um pouco diferente, por que de fato a evolução ocorre em diferentes velocidades em diferentes grupos ( eu estou usando os termos grupo e ramo como equivalentes ao termo táxon ), como berra o Gould com a idéia do Equilíbrio Pontuado ( idéia, aliás, que não é exatamente dele e do Eldredge, mas sim do Mayr ). Só que ele exagera ao afirmar que a evolução se dá em saltos ( isso é quase retornar ao Mutacionismo do DeVries, Morgan e Bateson ) e que não há continuidade no registro fóssil ( que deve-se ressaltar, é imperfeito e suas evidências são essencialmente morfológicas ).

E, eu creio que as ossadas do Mayr e do Gould estão se revirando ao usar comentários deles para opor a Biologia Evolutiva, por que olhe só, ambos eram defensores vigorosos de tal ramo :emoticon16:

Aí foi fácil chegar à conclusão que realmente não há elos, ou transicionais, ou intermediários (ou sei lá o nome), não há como observar, não há como reproduzir e é um postulado mais complicado que o necessário para se prova. Logo, não resiste ao correto método de verificação científica e se trata de uma fraude, um delírio, uma mentira, que repetida muitas vezes virou verdade (ou pseudoverdade).


E que livros/artigos de autores ligados a Biologia Evolutiva você leu? O DocdeOz ao menos lista aqui dois biólogos evolutivos ( na verdade, um paleontólogo e um zoológo ) com status considerável na comunidade científica. E tu?

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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Suyndara »

Docdeoz escreveu:Como assim? Já comentei alhures que as formas matemáticas tem a ver com a termodinâmica!

Tudo é uma questão de energia... Se aquela forma X é usada, é porque é energeticamente mais econômica que outra qualquer. (vantagem seletiva evidente- o caminho entre dois pontos não é uma reta, mas o que consome menos energia!)


Hein? :emoticon5:

Alguns modelos podem até possuir relação com a termodinâmica, mas definitivamente não é o caso do que citei :emoticon45:

A questão aqui não se a forma X é usada ou não e sim como ela surge :emoticon4:

E vantagem seletiva está relacionado a picos na paisagem adaptativa e não necessariamente ao consumo de energia...

[]s
Editado pela última vez por Suyndara em 05 Dez 2008, 07:58, em um total de 1 vez.
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Suyndara »

docdeoz escreveu:Isso já foi mais que discutido e Gould afirmava- o gradualismo não foi visto nos fósseis...

A extrema raridade das formas de transicao do registro fossil persiste como "segredo do negocio" da paleontologia. As arvores evolutivas que adornam nossos manuais tem dados apenas nas pontas e nos nodos dos seus ramos; o resto, por mais razoavel que seja e inferencia, e nao evidencia de fosseis. No entanto, Darwin aferrou-se tanto ao gradualismo, que comprometeu toda a sua teoria numa negacao desse registro literal.

Apos exarar a opiniao de Darwin sobre o registro fossil imperfeito e o gradualismo, afirma Gould: "nunca foi "visto" nas rochas".

Apos, confronta duas incoerencias entre os fosseis e o gradualismo:
1. Estase. Muitas especies nao exibem qualquer mudanca direcional durante sua estada na terra: aparecem no registro fossil com um aspecto muito semelhante ao que tinham quando se extinguiram: a mudanca morfologica e geralmente limitada e sem direcao.
2.Aparecimento subito. Em qualquer area restrita, uma especie nao surge gradualmente pela transformacao continua dos seus antepassados, mas sim de uma vez so e "completamente formada".

A explicacao se da atraves do equilibrio pontuado em que as especies separadas geograficamente sofrem grande pressao para sua especiacao: "Os isolados pequenos e perifericos sao laboratorios da mudanca evolutiva". Como a especiacao ocorre em pequenos grupos isolados, so vai apresentar-se no registro fossil quando transformar-se numa grande populacao, explicando os hiatos no registro fossil.

PP, p, 165. O Polegar do Panda, Martins fontes, Stepehn Jay Gould


Cada um vende seu peixe como pode não é?

Já no final da vida Gould estava bem mais maleável com essa questão do equilíbrio pontuado (depois das brigas constantes com Wilson).

Fato é que o equilíbrio pontuado foi comprovado em algumas espécies, mas ainda assim não é um conceito geral.

A ausência de fósseis transicionais é bem explicada por biólogos evolutivos de verdade como Maynard Smith :emoticon45:

Aliás, a resposta está no seu próprio post:

"Como a especiacao ocorre em pequenos grupos isolados, so vai apresentar-se no registro fossil quando transformar-se numa grande populacao, explicando os hiatos no registro fossil."

Se a evolução nunca tivesse sido observada até que a procura por fósseis se justificaria, mas não é o caso :emoticon26:

[]s
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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por famado »

Karsus escreveu: E que livros/artigos de autores ligados a Biologia Evolutiva você leu? O DocdeOz ao menos lista aqui dois biólogos evolutivos ( na verdade, um paleontólogo e um zoológo ) com status considerável na comunidade científica. E tu?


E o que importa? O rei está nu! Não adianta elaborar teses, artigos ou tratados sobre evolução. Ela falha desde o início. Tudo que se pode escrever a favor dela é igual aos trabalhos desenvolvidos pelos puxa-sacos do rei a respeito dos maravilhosos ornamentos da roupa invisível que ele vestia. Tudo loucura, pois a roupa não existe, foi apenas a invenção dos vigaristas, para enganar os menos preparados.
...Maligna é esta geração; ela pede um sinal; e não lhe será dado outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas. Lc 11:29

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Re: Evolução - Modelagem Matemática?

Mensagem por Lúcifer »

famado escreveu:
Karsus escreveu: E que livros/artigos de autores ligados a Biologia Evolutiva você leu? O DocdeOz ao menos lista aqui dois biólogos evolutivos ( na verdade, um paleontólogo e um zoológo ) com status considerável na comunidade científica. E tu?


E o que importa? O rei está nu! Não adianta elaborar teses, artigos ou tratados sobre evolução. Ela falha desde o início. Tudo que se pode escrever a favor dela é igual aos trabalhos desenvolvidos pelos puxa-sacos do rei a respeito dos maravilhosos ornamentos da roupa invisível que ele vestia. Tudo loucura, pois a roupa não existe, foi apenas a invenção dos vigaristas, para enganar os menos preparados.


Da mesma forma que os religiosos.
Ninguém consegue provar as existências e os "milagres" de deus, mas os coitados dos cristãos cegos para a vida continuam a acreditar que todos os animais do mundo entraram em um barquinho e deus fez chover 40 dias e 40 noites.
O rei está nu pro seu lado também.
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