Nadja escreveu:[Chegamos a um consenso.
Bingo.
Nadja escreveu:Advogar pela causa do aborto, alegando que as classes mais pobres não têm condições de oferecer à criança condições dignas de sobrevivência é uma manobra para não atacar o que faz com que essas classes não possam oferecer tais condições dignas de sobrevivência a sua prole.
Perfeitamente. E eu também temo que o aborto se torne um paliativo a mais para esse sistema abismal brasileiro.
Mas, de qualquer forma, a mim é uma exigência moral que eu defenda aquilo que eu acredito ser certo, independente se isto pode ser usado futuramente para algo errado. E eu considero o aborto, ainda nas fases iniciais da gestação, como um direito dos pais.
Nadja escreveu:Como já disse, na minha opinião, a única circunstância em que o aborto deve ser defendido é nos casos de estupro ou anencefalia.
Permitir que o aborto seja feito em qualquer circunstância é a precarização da vida levada ao seu extremo, onde que em nome de uma tal liberdade, as pessoas interfiram arbitrariamente sobre o direito de viver de um ser ainda em formação.
Sendo assim, posso crer que naquele debate acerca de "onde se inicia a vida" você é uma das que defendem que a vida tem início na fecundação, certo?
Mas você não pensa que essa é uma demarcação meramente simbólica? Um óvulo recém fecundado é praticamente idêntico a um óvulo ainda não fecundado...
Eu não creio que a vida esteja sendo "precarizada" porquê não concordo que haja vida em tal estágio. Acho inclusive, que a resposta para a questão "onde se inicia a vida?" é tão abstrata e relativa quanto a própria pergunta.
