Flavio Costa escreveu:Luis Dantas escreveu:Serve bem para muitas pessoas expressarem e viverem seus conteúdos simbólicos. No fundo é uma religião como qualquer outra.
Seria interessante uma classificação desse seu ponto de vista.
Religiões como todas as outras:
Wicca, Catolicismo, Shintoísmo, ...
Religiões pérfidas:
Espiritismo, Kardecismo, Doutrina Espírita, ...
Não é nada realmente novo, mas já que você pede:
religiões legítimas são as que procuram ensinar seus praticantes a adquirir um certo grau de auto-aceitação e a partir daí contribuir para com a sociedade e formar valores morais razoáveis;
religiões degeneradas, se é que merecem ser chamadas de religiões, são as que não tem inclinação a querer ver o quadro geral e se concentram apenas em "resolver o problema" do praticante em si.
Não é exatamente uma questão de qual denominação ou doutrina se segue, porque a religião não é formada apenas pela doutrina escrita; cada pessoa pratica de sua própria forma (mesmo que possa em muitos casos ser uma forma superficial ou imitativa). Mas definitivamente algumas doutrinas são mais fáceis de implementar em forma construtiva do que outras. A Thelema e o Satanismo são confessadamente "sacanas", por isso não as considero legítimas. O Espiritismo é em alguns sentidos muito pior do que ambas, porque tem uma doutrina ambígua que faz com que muitos sejam egocêntricos sem se dar conta, e encoraja neles a postura hipócrita e arrogante que é tão fácil encontrar no meio kardecista. O mesmo eu digo do movimento do Rajneesh, por motivos até certo ponto parecidos.
Há movimentos hipócritas e egocêntricos dentro das religiões mais tradicionais, mas essas são distorções da doutrina - algo que sempre acaba por acontecer e ser corrigido de uma ou outra forma, a não ser que contamine o cerne da doutrina inteira. Eu não considero religiões animistas como a Umbanda e o Candomblé tão nocivas quanto o kardecismo, porque são pelo menos honestas a seu próprio respeito; não tem a pretensão de ser a "terceira revelação" ou "o futuro das religiões", nem costumam usar a idéia de reencarnação de forma tão interesseira.