Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Lord of Dreams escreveu: Primeiro, dogma não é uma "verdade incontestável", mas sim um princípio que ao qual é dado o caráter de "verdade absoluta" por aqueles que nele crêem. Ou seja, é a aceito como verdade somente por aqueles que crêem no dogma, e não por toda a humanidade. A virgindade de Maria e a santidade do Papa é um dogma católico, por exemplo, mas nem por isso os espiritas considerariam esta uma "verdade absoluta".
Vamos ver... para alguém que crê que sem um deus regente o universo não existiria, qualquer menção à necessidade da existência de um deus regente trata-se de uma verdade incontestável.
Lord of Dreams escreveu: "você está alegando que o espiritismo é místico E dogmático em contraposição ao que os próprios espíritas alegam que não são?"
Exatamente. O fato de os adeptos de uma religião dizerem que a mesma é isso ou não é aquilo não faz com que isso seja verdade.
Noventa e nove por cento dos evangélicos vão dizer que na verdade sua religião vem lá do cristianismo primitivo, sendo que a verdade é surgiram de facções que se separaram do catolicismo.
Verdade... Bem como para quem já leu os livros do Chico Xavier, os primeiros cristãos eram na realidade espíritas, aka "seguidores do espírito da verdade".
Lord of Dreams escreveu: A grande maioria dos espíritas kardecistas diz que o espiritismo não tem dogmas simplesmente por desconhecerem o real significado da palavra dogma (inclusive o próprio Kardec, em seu Livro dos Espíritos, se refere ao "dogma da reencarnação". Como resposta padrão, os espíritas sempre citam outro dito de Kardec, de que "uma mesma palavra é usada para significar várias coisas", ou que "o significado das palavras muda com o tempo", mas o fato é que não houve qualquer alteração no significado da palavra dogma da época de Kardec para cá).
Os espíritas são dogmáticos (que aí sim, dependendo do uso, adquire um significado de autoritário em um uso mais figurativo, "aquele que impõe dogmas")? Não sei, não conheço todos os espíritas. Mas o espiritismo tem dogmas? Sem dúvida, como toda doutrina/sistema religioso. O espiritismo tem um caráter místico? Novamente sim, como todo sistema religioso.
Mas aí é que está. Como eu falei lá em cima, se o sujeito não concebe um universo sem deus, dizer que deus existe não é um dogma. Já para quem conteste a veracidade de tal afirmação, passa a ser um dogma no sentido de ter que aceitar sem contestação OU não fazer parte das fileiras que seguem a doutrina. E isso não acontece no espiritismo. Pessoas podem contestar, não há a necessidade de simplesmente acatar uma suposta verdade. Acontece que os próprios livros espíritas dão um jeito de fazer a pessoa acreditar que os pretensos dogmas aka "verdades ditadas pelo espírito da verdade", estão certos.
Lord of Dreams escreveu: Primeiro, dogma não é uma "verdade incontestável", mas sim um princípio que ao qual é dado o caráter de "verdade absoluta" por aqueles que nele crêem. Ou seja, é a aceito como verdade somente por aqueles que crêem no dogma, e não por toda a humanidade. A virgindade de Maria e a santidade do Papa é um dogma católico, por exemplo, mas nem por isso os espiritas considerariam esta uma "verdade absoluta".
Vamos ver... para alguém que crê que sem um deus regente o universo não existiria, qualquer menção à necessidade da existência de um deus regente trata-se de uma verdade incontestável.
Logo, um dogma para aquela pessoa, e para as doutrinas que se baseiam nesta crença, o que não implica necessariamente que seja algo com uma existência real. O fato de, por ter nascido em uma cultura em que as coisas são avaliadas por fatores como "merecimento" e "recompensa", eu veja o mundo nestes termos, não faz com que o mundo seja necessariamente assim ou mesmo que todos os seres humanos tenham que viver por esta base. :)
Najma escreveu:
Lord of Dreams escreveu: "você está alegando que o espiritismo é místico E dogmático em contraposição ao que os próprios espíritas alegam que não são?"
Exatamente. O fato de os adeptos de uma religião dizerem que a mesma é isso ou não é aquilo não faz com que isso seja verdade.
Noventa e nove por cento dos evangélicos vão dizer que na verdade sua religião vem lá do cristianismo primitivo, sendo que a verdade é surgiram de facções que se separaram do catolicismo.
Verdade... Bem como para quem já leu os livros do Chico Xavier, os primeiros cristãos eram na realidade espíritas, aka "seguidores do espírito da verdade".
Justamente, muitas vezes as definições que os religiosos aplicam às próprias crenças estão já "contaminadas" por elas mesmas. O fato de um evangélico se considerar o único "salvo" entre todos os humanos não faz com que as outras religiões também acreditem nisso (caso acontecesse, só sobrariam duas opções: virar satanistas ou se autodestruir). :)
Najma escreveu:
Lord of Dreams escreveu: A grande maioria dos espíritas kardecistas diz que o espiritismo não tem dogmas simplesmente por desconhecerem o real significado da palavra dogma (inclusive o próprio Kardec, em seu Livro dos Espíritos, se refere ao "dogma da reencarnação". Como resposta padrão, os espíritas sempre citam outro dito de Kardec, de que "uma mesma palavra é usada para significar várias coisas", ou que "o significado das palavras muda com o tempo", mas o fato é que não houve qualquer alteração no significado da palavra dogma da época de Kardec para cá).
Os espíritas são dogmáticos (que aí sim, dependendo do uso, adquire um significado de autoritário em um uso mais figurativo, "aquele que impõe dogmas")? Não sei, não conheço todos os espíritas. Mas o espiritismo tem dogmas? Sem dúvida, como toda doutrina/sistema religioso. O espiritismo tem um caráter místico? Novamente sim, como todo sistema religioso.
Mas aí é que está. Como eu falei lá em cima, se o sujeito não concebe um universo sem deus, dizer que deus existe não é um dogma. Já para quem conteste a veracidade de tal afirmação, passa a ser um dogma no sentido de ter que aceitar sem contestação OU não fazer parte das fileiras que seguem a doutrina. E isso não acontece no espiritismo. Pessoas podem contestar, não há a necessidade de simplesmente acatar uma suposta verdade. Acontece que os próprios livros espíritas dão um jeito de fazer a pessoa acreditar que os pretensos dogmas aka "verdades ditadas pelo espírito da verdade", estão certos.
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Não, a definição de dogma não depende da percepção do sujeito em relação à crença, esse é o erro cometido pelos espíritas que negam a existência de dogmas no espiritismo. Eles entendem dogmas como "algo que foi imposto a alguém, e que este alguém é proibido mesmo de perguntar a respeito, tem só que aceitar". Mas nenhum dogma é assim. Não significa que, se você não aceitar um dogma, você será expulso da congregação pelos demais fiéis. A aceitação ou não do dogma implica na aceitação ou não da doutrina por você mesma. O dogma é a crença que dá a "base de sustentação" à doutrina, sem aceitá-lo, sem acreditar neste dogma, a doutrina simplesmente perde todo o sentido para você. É fácil perceber isso:
Tente imaginar que você não acredita em deus, não acredita na existência de espíritos e não acredita na reencarnação. Como você acreditaria em uma doutrina que prega, não importa com que força e lógica de argumentos e com que possibilidade de "discussão racional", que somos espíritos criados por deus que reencarnam sucessivas vezes em busca do conhecimento e evolução espiritual para, um dia, chegarmos a ser espíritos desenvolvidos que compreenderão em sua plenitude os ensinamentos de deus. É impossível. A doutrina perde todo o sentido, porque você não acredita justamente nas bases de sustentação da mesma. E estas bases de sustentação são, justamente, seus dogmas.
Você pode ser espírita e questionar a veracidade das mensagens de Chico Xavier, a veracidade dos livros de Luiz Sérgio, a veracidade da neutralidade de Kardec, a existência de colônias espirituais, a existência do umbral, a validade de praticamente a totalidade das obras básicas e até mesmo a existência de um jesus cristo. Negando tudo isso, com algum esforço de adaptação cognitiva, você ainda poderá acreditar no espiritismo kardecista. Mas você não poderá acreditar no espiritismo kardecista se não acreditar na existência de um deus, na existência de espíritos e na existência da reencarnação. Sem estes dogmas, a doutrina perde toda sua lógica interna. Isto são dogmas. Eles não são impostos a você por agentes externos, eles são aceitos por você para que você possa aceitar uma doutrina.
Afinal, qual seria a finalidade de você aceitar algo que representa para você "os planos de deus", se você não acredita em primeiro lugar que existe um deus para fazer estes planos?
Believe on the power of the dreams, but never on the contents of it.
Ligia escreveu:Então você não tá valendo, Sal, já foi contaminada pelo MEME do RV...
Já nasci assim
Bjs
Tá bom, tá bom... você vai contestar tudo o que eu disser sobre você. Deixa o Encosto aparecer...
Beijos
Apesar do tom de brincadeira, é verdade. Grande parte das pessoas tem uma necessidade prá lá de fóbica de ser o detentor de verdades, sempre belas ( tsc ) e pior ainda, únicas. Não me enquadro nisso, não tenho a menor dificuldade em assumir as bobagens que encontrei na doutrina ou em outras fontes ( pelo menos, na minha opinião ). Sempre afirmei que a considero como uma janela para o conhecimento sobre o mundo espiritual, mais nada. Longe do preceito " perfeição ".
Além do que, aqui tem mais meme fundamentalista do que seria esperado encontrar. Desses, tô fora
Queredo vossa senhoria ou não, o termo espiritismo foi cunhado originalmente, por grupos que "estudavam experiências paranormais", em 1848 nos Estados Unidos. O termo era definido como o estudo de qualquer experiência que envolvessem "manifestações espirituais". Kardec usou o mesmo termo, anos mais tarde, para designar a sua recém criada (ou como preferem os kardecistas, "codificada") doutrina.
Adoraria ver o método científico e as provas apresentadas pelo espiritismo que o classificam como ciência. Frequentei o espiritismo por um bom tempo, e nunca vi nem um, nem outro. Se eu estou errado, está aí uma ótima chance de você demonstrar, apresentando provas dos dogmas espíritas (existência de espíritos, existência da reencarnação, existência de deus, etc...).
Revista de Espiritismo nr. 29 - Outubro/Dezembro 1995
Em matéria de espiritismo ou doutrina espírita, a questão ganha contornos muito especiais.
As imprecisões e as confusões inerentes tornam-se despropositadas. Só ideias muito enevoadas justificarão desfocagens, confusões, imprecisões.
Espiritismo é um neologismo. Ou seja, é uma palavra nova, criada por Allan Kardec para designar um novo sistema doutrinário.
Não tem faltado quem se tente aproveitar dessa palavra, num sentido ou noutro. Por um lado, apareceram e aparecem os detractores e aqueloutros que o ignoram deliberadamente, pelo conteúdo. Estes adoram confundir, no seu reducionismo sistemático, espiritismo ao mediunismo, e aí pretendem torná-lo sinónimo de mediunidade. O que não é verdade, como é óbvio.
Por outro, aparecem os charlatães, os comerciantes da mediunidade ou as correntes espiritualistas em busca de prosélitos e sem identidade intrínseca definida, que gostam de copiar parcelas (as que lhes são mais convenientes) da doutrina espírita numa reedição muito própria.
Contudo, é menos de censurar a quem desconhece o seu desconhecimento, se este for resultado de dificuldades mentais. E tudo isso derivado da responsabilidade implícita e subjacente. De lamentar, isso sim, é a atitude de quem está no espaço do movimento espírita e ainda o identifica com o mediunismo.
Esta doutrina de tríplice aspecto – o espiritismo – é ciência, filosofia e moral. O movimento espírita pode não o ser. Porquê?
Porque é um esforço de adaptação a um ideal, e por isso encerra necessariamente contradições. Na medida em que mais os espíritas desconheçam o espiritismo ou doutrina espírita, mais ensejos surgem de o movimento espírita sem identificação doutrinária espírita.
Mas sobre o tríplice aspecto, não há, de facto, um tri-partidarismo. Na verdade, não há espiritismo científico, nem espiritismo filosófico, e muito menos espiritismo religioso.
Porque a questão doutrinária desses três aspectos não é de fraccionamento, de subdivisão, mas é de unidade, e não depende – facto histórico que é, já consumado desde meados do século XIX – das inclinações de gosto ou de aroma de quaisquer prosélitos.
Por isso, poderemos encontrar certos o movimento espírita, ou certos sectores no seu seio, desfasados num dos três aspectos, porque normalmente elegem aquele com que se afinizem, marginando os outros. Os motivos sobejam.
Mas diante do sistema doutrinário, é na prática um despropósito referir o espiritismo e associá-lo a apenas um ou dois dos seus aspectos.
Porque o espiritismo enquanto doutrina que é, num certo aspecto, terá que ser ciência, um sistema de conhecimentos organizados derivados da experiência; como filosofia indaga, questiona, anima a pesquisa e alimenta-a; enquanto moral conforta, levanta, melhora o horizonte vivencial de quem o estuda, nas alegrias da fraternidade autêntica. A ideia espírita engloba, constitui-se neste tríplice aspecto, unindo-os, e, só assim, na verdade, estaremos a trabalhar com ela.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Queredo vossa senhoria ou não, o termo espiritismo foi cunhado originalmente, por grupos que "estudavam experiências paranormais", em 1848 nos Estados Unidos. O termo era definido como o estudo de qualquer experiência que envolvessem "manifestações espirituais". Kardec usou o mesmo termo, anos mais tarde, para designar a sua recém criada (ou como preferem os kardecistas, "codificada") doutrina.
O que diz a Wikipédia : História A palavra espiritismo (fr. spiritisme) surgiu como um neologismo criado pelo pedagogo francês Allan Kardec, utilizado pela primeira vez na introdução de O Livro dos Espíritos (1857), para nomear especificamente o corpo de idéias por ele sistematizadas, diferenciando-o do movimento espiritualista em geral. É um dos mais antigos neologismos que se conhece.
Adoraria ver o método científico e as provas apresentadas pelo espiritismo que o classificam como ciência. Frequentei o espiritismo por um bom tempo, e nunca vi nem um, nem outro. Se eu estou errado, está aí uma ótima chance de você demonstrar, apresentando provas dos dogmas espíritas (existência de espíritos, existência da reencarnação, existência de deus, etc...).
por Paulo da Silva Neto Sobrinho
Introdução Temos ouvido a opinião desfavorável de algumas pessoas a respeito das provas científicas da sobrevivência da alma, que, seguramente, podemos afirmar que não têm a mínima idéia do que estão falando. Entre os quais encontramos determinados indivíduos que apesar de pousarem como cientistas, verificamos que, na verdade, defendem interesses próprios, já que um cientista honesto só fala do que viu.
E temos, por nós, que o verdadeiro cientista também só afirma que algo não pode ocorrer quando teve o cuidado de pesquisar exaustivamente o assunto. Por outro lado, quando, em ocasiões oportunas, são chamados a dar um parecer sobre determinado tema, só falam do que sabem e nunca tentam ridicularizar os que o pesquisaram. Mas infelizmente, não é o que vemos aí pelas telinhas da TV, onde pseudoparapsicólogo televisivo (vai gostar de aparecer assim mais longe) vive a despeitar a opinião de qualquer pessoa sobre um assunto que efetivamente não pesquisou, ou se pesquisou não o fez como deveria ter feito. É evidente o preconceito que ele carrega, possui muita retórica, mas falta profundidade no que diz e sobra-lhe apenas sorrisos cínicos.
O cientista William Crookes É necessário primeiro dizer de quem se trata esse cidadão, já que poderá acontecer de alguém não saber quem ele é.
“Considerado como um dos mais persistentes e corajosos pesquisadores dos fenômenos espíritas e o maior químico da Inglaterra, William Crookes nasceu em Londres, no dia 17 de junho de 1832 e desencarnou na mesma cidade, no dia 4 de abril de 1919”.
“Estudou no ‘Colégio de Química’, onde foi aluno brilhante, alcançando o cargo de professor substituto no ‘Colégio Real’ e, posteriormente, foi inspetor da Seção de Meteorologia do Observatório de Redcliffe. Aos 23 anos, no ano de 1855, assumiu a Cadeira de Química na Universidade de Chester. Após alguns anos, em 1861, ficou bastante conhecido quando descobriu os raios catódicos e isolou o Tálio, determinando suas propriedades físicas. Em 1872, após prolongados estudos do espectro solar, descobriu a aparente ação repulsiva dos raios luminosos, fato que o levou à construção do Radiômetro, em 1874. Em 1885 descobriu um novo tipo de processamento do ouro. A existência do quarto estado da matéria, a que denominou ‘estando radiante’, foi por ele determinada no ano de 1879. Por essa última descoberta, foi amplamente recompensado pela Academia de Ciências da França”.
“Em virtude de seus feitos científicos, recebeu muitos prêmios como a Medalha de Ouro da Sociedade Real, em 1875; a Medalha Davy, em 1888 e a Medalha de ‘Sir’ J. Coprey, em 1904. Esse último galardão foi pelas suas relevantes contribuições no campo da Física e da Química”.
“Foi nomeado ‘Cavalheiro’ pela Rainha Vitória, da Inglaterra, em 1897. A Condecoração da Ordem do Mérito foi-lhe outorgada em 1910. Fundou os periódicos ‘Chemical News’ e ‘Quarterly Journal of Science’. Foi presidente de diversas sociedades científicas, tais como a ‘Sociedade Real de Química’, ‘Instituto de Engenharia Elétrica’ e da ‘Sociedade de Investigações Psíquicas’”.
“Não é difícil encontrar dados sobre a vida de William Crookes, as mais completas enciclopédias trazem sua biografia e, mais recentemente, a T. Fisher Unwin LTD (Londres) lançou o livro de Fournier: ‘The Life of Sr William Crookes’. Como homem de ciência publicou várias obras: em 1870 saiu ‘Métodos Escolhidos de Análise Química’; em 1880, ‘Fabricação do Açúcar de Beterraba na Inglaterra’; em 1881, ‘Manual de Tintura e Impressão nos Tecidos’; em 1883, ‘Manual de Tecnologia: Solução das Questões dos Enxurros’; em 1885, ‘Maneira de Estabelecer um Sistema de Canalização Vantajosa’. Seguem alguns trabalhos interessantes publicados em diversos compêndios ingleses:
‘Aplicação da Fotografia no Estudo de certos Fenômenos de Polarização’; ‘Sobre a Sensibilidade do Iodeto e Brometo de Prata à Luz Colorida’; ‘Pesquisas Fotográficas sobre o Espectro’; ‘Sobre a Fotografia da Luz’; ‘Sobre a Opacidade da Chama Amarela do Sódio para os Raios desta cor’; ‘Sobre Novos Elementos Supostos da Família do Cálcio’; ‘Sobre um Novo Elemento Pertencente Provavelmente ao Grupo do Enxofre’; ‘Memórias e Notas sobre o Tálio’; ‘Notas sobre a Cristalização da Glicerina’; ‘Pesquisa Experimental sobre uma nova Força’; ‘Novas Experiências sobre a Força Psíquica’; ‘Notas sobre o Radiômetro’; ‘Foco de Calor Produzido pelos Choques Moleculares’; ‘Sobre a Constituição da Matéria e o Estado Ultra-Gasoso’; ‘Sobre a Matéria Radiante’; ‘Dos Espectros Fosforescentes Descontínuos no Vácuo quase Perfeito’; ‘Estudos Espectroscópicos sobre a Matéria Radiante’; ‘Os caracteres Espectroscópicos dos Corpos Simples”. “Essas citações apenas dão uma idéia da capacidade científica de Crookes, sua inteligência, sua dedicação, seus métodos e sua posição de alta respeitabilidade nas sociedades científicas de sua época, além da confiança do povo em suas afirmações após ter pesquisado um assunto, a ponto de afirmarem com grande respeito que, se Crookes iria cuidar dos fatos espiritistas, logo ter-se-ia a verdade dos fatos”. (PALHANO, 1996).
Essas informações são necessárias, pois, volta e meia, aparecem esses pseudocientistas que sem base científica alguma, procuram contradizer as experiências de Crookes. Como diz Kardec “O verdadeiro crítico deve provar não somente erudição, mas um saber profundo no que concerne ao objeto que trate, um julgamento sadio, e de uma imparcialidade a toda prova; de outro modo, qualquer rabequista poderia se arrogar o direito de julgar Rossini, e um aprendiz de pintura o de censurar Rafael”. Deixamos essas informações sobre Crookes para que o leitor possa compará-las com o currículo desses pseudocientistas.
Trataremos neste estudo de suas experiências psíquicas.
Experiências com o médium Home Em “Pesquisas Experimentais Sobre uma Nova Força”, Crookes expõe suas observações a respeito de suas pesquisas com o médium Daniel Dunglas Home. Transcreveremos alguns trechos que julgamos mais importantes para o presente estudo. São eles:
“... Assim, uma vez que as condições convenientes se apresentaram, aproveitei-as com satisfação para aplicar a estes fenômenos a experiência científica cuidadosamente controlada, chegando assim, a resultados preciosos que acho dignos de publicação”.
“De todas as pessoas dotadas do poder de desenvolver essa “força psíquica”, e que são chamados ‘médiuns’ (entre outras teorias sobra a sua origem), o Sr. Daniel Dunglas Home é, sem dúvida, a mais extraordinária. E é principalmente devido às muitas ocasiões em que estive, para fazer pesquisas, em sua presença que tenho sido levado a poder afirmar de maneira tão veemente a existência dessa “força”. Muitas foram as tentativas que fiz; mas devido ao conhecimento imperfeito das condições que favorecem ou contrariam as manifestações da “força”, da maneira caprichosa, aparentemente, como ela se manifesta, e pelo fato de que o Sr. Home está sujeito à inexplicáveis fluxos e refluxos dessa “força”, é que raramente os resultados obtidos puderam ser confirmados e controlados com aparelhos construídos para esse fim em especial”.
“Entre os fenômenos que se produziram sob a influência do Sr. Home, os mais freqüentes e, ao mesmo tempo, os que se prestavam melhor ao exame científico, foram: 1º) a alteração de peso dos corpos; 2º) a execução de melodia em instrumentos de música (geralmente com acordeão, por causa da facilidade de transporte) sem intervenção humana direta, e em condições que tornaram impossível todo contato ou toda manipulação das chaves. Não é senão após ter sido freqüentemente testemunha destes fatos e de os haver escrutado com todo o rigor do qual eu sou capaz, que estou convencido de sua realidade concreta” (grifo nosso). (PALHANO, 1996).
Dentro daquilo que queremos apresentar, iremos, apenas mostrar como foram algumas dessas experiências que Crookes fez com o Sr. Home, notadamente a citada no segundo item: execução de instrumento musical. Vejamos o que nos relata Crookes, acerca dela.
“Minhas experiências foram feitas em minha própria casa, à noite, num amplo espaço iluminado à luz de gás. Os aparelhos preparados com a finalidade de constatar os movimentos do acordeão consistiam em uma gaiola, formada por dois arcos de madeira, respectivamente de diâmetro de um pé e dez polegadas (55,86 cm) e de dois pés (60, 96 cm), reunidos por doze ripas estreitadas, cada uma de um pé e dez polegadas de comprimento, de modo a formar a estrutura de uma espécie de tambor aberto em cima e em baixo. Ao redor, 50 metros e fios de cobre, isolados, que foram enrolados em 24 voltas; casa uma dessas voltas encontrando-se a menos de uma polegada de distância uma da outra (Figura nº 08)”.
“Esses fios de metal, horizontais, foram então solidamente reatados junto com cordas, de modo a formar malhas fechadas. A altura desta gaiola era tal que ela podia passar sob a mesa de minha sala de jantar, mas ela estava muito próxima, pela altura, para permitir a uma mão introduzir-se no seu interior ou a um pé passar por baixo. Em um quarto vizinho, eu havia colocado duas pilhas de Grove, de onde partiam filhos elétricos que conduziam à sala de jantar, para estabelecer a comunicação, se houvesse necessidade, com aqueles que estavam próximos da gaiola”.
O acordeão era novo, eu o havia comprado para essas experiências, em um bazar. O Sr. Home não havia visto ou tocado o instrumento antes do começo de nossos trabalhos...”.
“... Depois de abrir, com minhas mãos, a chave da parte baixa do instrumento, retirou-se de sob a mesa, a gaiola, o quanto bastou para ser nela introduzida o acordeão com as chaves voltadas para baixo. A gaiola foi depois empurrada para debaixo da mesa, tanto quanto permitiu o braço do Sr. Home, mas sem lhe ocultar a mão aos que estavam perto dele. Os que estavam de cada lado viram o acordeão balançando-se de maneira curiosa; depois desprenderam-se dele alguns sons, e, finalmente, muitas notas foram tocadas sucessivamente; meu ajudante agachou-se sob a mesa, disse-nos que o acordeão alongava-se e encolhia-se; ao mesmo tempo podia ser observado que a mão com a qual o Sr. Home segurava o acordeão estava completamente imóvel e que a outra repousava sobre a mesa. Depois, os que estavam dos dois lados do Sr. Home, viram o acordeão mover-se, oscilar, voltear em torno da gaiola e tocar ao mesmo tempo. Então, o Dr. William Huggins olhou para baixo da mesa e disse que a mão do Sr. Home parecia completamente imóvel enquanto o acordeão movia-se, produzindo sons distintos”.
“O Sr. Home manteve ainda o acordeão na gaiola pelo modo mais ordinário, isto é, com o lado das chaves voltado para baixo; os seus pés estavam seguros pelas pessoas sentadas ao lado dele, a outra mão repousava sobre a mesa e, ainda assim, ouvimos notas distintas e separadas, ressoando sucessivamente, e depois uma ária simples foi tocada. Como tal resultado só podia ser produzido pelas diferentes chaves do instrumento postas em ação de maneira harmoniosa, todos os presentes consideraram-no decisivo. Mas o que se seguiu foi ainda mais surpreendente; o Sr. Home afastou a mão do acordeão, retirou-a completamente da gaiola e segurou a mão da pessoa que estava perto dele. Então, o instrumento continuou a tocar, sem contato algum e sem mão alguma perto dele”.
“Eu quis depois experimentar que efeito produziríamos ao passar uma corrente elétrica em torno do fio isolado da gaiola. Para esse fim, meu ajudante estabeleceu a comunicação com fios que partiam das pilhas de Grove. De novo o Sr. Home segurou o instrumento dentro da gaiola, do mesmo modo como já foi descrito anteriormente, e imediatamente ele ressoou, agitando-se de um a outro lado com vigor. Mas não me julgo autorizado a dizer se a corrente elétrica, passando em torno da gaiola, veio em auxílio da força que se manifestava no interior”.
“O acordeão ficou então sem nenhum contato visível com a mão do Sr. Home. Ele retirou-a completamente do instrumento e colocou-a sobre a mesa, onde foi segura pela mão da pessoa que se achava perto dele; todos os presentes viram bem que as suas mãos estavam ali. Dois dos assistentes e eu percebemos, distintamente, o acordeão flutuando no interior da gaiola, sem nenhum suporte visível. Após curto intervalo, esse fato repetiu-se uma segunda vez”.
“Então, Home tornou a pôr a mão na gaiola e tomou de novo o acordeão que começou a tocar, a princípio acordes e arpejos e depois uma doce e melancólica melodia, muito conhecida, que foi executada de modo perfeito e belíssimo. Enquanto essa ária era tocada, peguei no braço do Sr. Home, acima do cotovelo e fiz correr levemente a minha mão, até que ela tocasse a parte superior do acordeão. Não se movia nenhum músculo. A outra mão do Sr. Home estava sobre a mesa, visível a todos os presentes, e seus pés conservavam-se sob os pés dos que estavam a seu lado”.
Oportuno colocar o que Palhano diz: “Os Srs. W. Huggins e Sergente Cox, dois notáveis investigadores científicos da Inglaterra, que auxiliaram Crookes nesses experimentos, escreveram-lhe cartas na ocasião em que Crookes apresentou seu relatório à apreciação deles”.
A seguir são colocadas as duas cartas, que deixamos aos interessados a verificação direta no livro Experimentações Mediúnicas de Palhano, onde eles confirmam as pesquisas de Crookes.
Essa experiência de Crookes, que acabamos de relatar, é irrefutável aos que conseguem ver a sua competência como cientista e sua perspicácia no trato com o fenômeno, buscando fugir da mínima possibilidade de ser iludido. Mas ainda assim, aparecerão os que nunca fizeram esse tipo de experimentação para contestar a pesquisa de Crookes, a eles a única coisa que poderemos dizer é que contestar só por contestar não tem nenhum valor científico, se querem que os outros dêem crédito ao que falam, sigam os caminhos que Crookes seguiu e provem com o rigor científico onde está o erro desse sábio, já que quem pretende provar faz juiz da prova àquele a quem dirige o seu discurso.
Experiências com a médium Florence Cook Muitas vezes são os cientistas que correm atrás dos médiuns para fazer suas pesquisas, entretanto no caso de Florence Cook isso não se deu dessa forma. A própria médium é quem procurou Crookes, conforme ela mesma diz:
“O Sr. Crooks fez um comentário que me atormentou e foi por isso que me decidi a ir procurá-lo. Ele recebeu-me e eu lhe disse:
‘Já que acreditais que sou uma impostora, se quiserdes virei submeter-me a experimentos em vossa própria residência. Vossa esposa poderá vestir-me como quiserdes e deixarei convosco o que tiver trazido. Podereis vigiar-me como vos aprouver; submeter-me-ei aos experimentos que desejardes, de modo que vos contenteis em todos os sentidos. Só imponho uma condição: se verificardes que sou agente de uma mistificação, denunciai-me publicamente, mas, se vos certificardes de que os fenômenos são reais e de que eu mais não sou que um instrumento de forças invisíveis, isso direis ao público de modo que todo o mundo tome conhecimento da verdade’”. (PALHANO, 1996).
Devemos observar que a médium Florence Cook “foi a primeira médium entre os ingleses a obter materializações ou corporificações integrais em plena luz”, segundo nos informa Palhano.
Vejamos o relato de Crookes sobre algumas das aparições do espírito Katie King:
“A sessão foi realizada na casa do Sr. Luxmore, e o ‘gabinete’ era uma sala separada da outra, onde estavam os assistentes, dividida por uma cortina. Efetuada a inspeção da sala e feito o exame de fechaduras, a Srta. Cook entrou no gabinete”.
Depois de algum tempo, a forma de Katie apareceu ao lado da cortina, mas depressa se retirou, dizendo que a sua médium não estava boa e não podia ser levada a um sono suficientemente profundo para que não houvesse perigo em afastar-se dela. Achava-me colocado a alguns pés da cortina, atrás da qual a Srta. Cook estava sentada, tocando-a quase, e eu podia ouvir-lhe freqüentemente as queixas e soluços, como se ela estivesse sofrendo. Esta indisposição continuou, por intervalos, durante quase todo o tempo da sessão, e uma vez, enquanto a forma de Katie estava diante de mim, na sala, ouvi distintamente o som de um gemido, idêntico aos que a Srta. Cook tinha feito ouvir, por intervalos, em todo o tempo da sessão, gemido que vinha de trás da cortina onde ela estava sentada”. (grifo do original)
“Confesso que a figura era surpreendente pela aparência de vida e realidade, e, tanto quanto eu podia vez à luz um pouco indecisa, suas feições assemelhavam-se às da Srta. Cook, entretanto, a prova positiva, dada por um dos meus sentidos, de que o suspiro vinha da Srta. Cook, no gabinete, ao passo que a figura estava do lado de fora, esta prova, digo, é muito forte para ser destruída por uma simples suposição do contrário mesmo bem sustentada”. (grifo nosso).
“No dia 12 de março (1874), durante uma sessão em minha casa, depois de ter andado pelo meio de nós e de ter-nos falado por algum tempo, Katie retirou-se para trás da cortina que separava o meu laboratório, (onde se achavam os assistentes) da minha biblioteca que, temporariamente, fazia o ofício de gabinete. Depois de um momento, ela voltou à cortina e chamou-me, dizendo: ‘Entrai no quarto e suspendei a cabeça da médium, que escorregou’. Katie estava diante de mim, vestida com sua roupa branca habitual e trazendo seu turbante. Imediatamente entrei na biblioteca para levantar a Srta. Cook, quando Katie deu alguns passos de lado para deixar-me passar. Com efeito, a Srta. Cook havia escorregado parcialmente do canapé, e sua cabeça pendia em situação muito penosa. Tornei a pô-la sobre o canapé, e, fazendo isso, tive, apesar da obscuridade, a viva satisfação de verificar que a Srta. Cook não trajava o vestuário de Katie, mas trazia o costumado vestido de veludo negro e achava-se em profunda letargia. Não se havia passado mais de três segundos entre o momento em que acomodei a Srta. Cook sobre o canapé (tirando-a da posição em que se achava) e voltei ao meu ponto de observação, quando Katie apareceu-me de novo e disse que pensava poder mostrar-se-me conjuntamente com a sua médium. O gás foi abaixado, e ela me pediu a minha lâmpada de fósforo. Depois de manifestar-se à sua luz, durante segundos, ela restituiu-ma, dizendo: ‘Agora entrai e vinde ver minha médium’, segui Katie de perto na biblioteca e, ao clarão da lâmpada, vi a Srta. Cook repousada no sofá, exatamente como eu a deixara. Olhei em redor de mim para ver Katie, porém ela desaparecera. Chamei-a e não obtive resposta”.
“Voltei ao meu lugar e Katie, reaparecendo logo, disse-me que estivera de pé junto da Srta Cook. Perguntei-lhe se, por si própria, ela não poderia tentar uma experiência; então, tomando das minhas mãos a lâmpada de fósforo, ela passou para trás da cortina, recomendando-me que não olhasse por enquanto para o gabinete. Passados alguns minutos, restituiu-me a lâmpada, dizendo-me nada ter conseguido, pois havia esgotado todo o fluido da médium, mas que tentaria de novo, mais tarde. Meu filho mais velho, rapaz de quatorze anos, que estava sentado defronte de mim, em posição de poder ver atrás da cortina, disse-me que vira distintamente a lâmpada de fósforo parecendo flutuar no espaço por cima da Srta. Cook e iluminando-a, enquanto ela permanecia estendida imóvel no sofá, mas que não vira ninguém segurando a lâmpada” (grifo do original).
“Passo agora para a sessão de ontem à noite em Hackney. Jamais Katie me apareceu com tão grande perfeição; por espaço de duas horas, ela passeou pela sala, conversando familiarmente com todos os presentes. Muitas vezes tomou meu braço e a impressão produzida em meu espírito foi que a meu lado se achava uma mulher viva e não uma visitante de outro mundo, essa impressão, afirmo, foi tão forte, que se me tomou irresistível a tentação de repetir uma recente e curiosa experiência”.
“Pensando que, se não tinha perto de mim um espírito, eu estava, pelo menos, junto de uma senhora, pedi-lhe permissão para tomá-la em meus braços, a fim de poder verificar as interessantes observações que um experimentador audaz tinha feito conhecer de maneira um tanto prolixa. Essa permissão foi-me graciosamente concedida, e utilizei-me dela- convenientemente – como o teria feito em semelhante circunstância todo homem bem educado. O Sr. Volckman ficará encantado sabendo que posso corroborar a sua asseveração, afirmando que o ‘fantasma’ (o qual não empregou nenhuma resistência) era um ser tão material como a própria Srta. Cook. Mas a continuação mostrará como um experimentador procede mal, por mais cuidadosas que sejam as suas observações, se arriscasse a formular uma importante conclusão quando as provas não existem em suficiente quantidade”.
“Katie disse que desta vez ela se julgava capaz de mostrar-se simultaneamente com a Srta. Cook. Abaixei o gás, e depois, com a lâmpada de fósforo, penetrei no quarto que servia de gabinete. Mas, antecipadamente, pedi a um de meus amigos, hábil estenógrafo, que tomasse nota de todas as observações que ouvisse no gabinete, porque conheço a importância que merecem as primeiras impressões, e não queria confiar na minha memória mais do que convinha. Neste momento tenho estas novas sob os olhos”.
“Entrei no quarto com precauções, estava escuro, e foi às apalpadelas que procurei a Srta. Cook. Encontrei-a agachada no soalho. Ajoelhando-me, deixei o ar penetrar na lâmpada e, à sua luz, vi essa moça vestida de veludo negro, como ela estava no começo da sessão, e conservando toda a aparência de completa insensibilidade. Ela não se moveu quando lhe peguei na mão, segurando a lâmpada bem perto do seu rosto, mas continuou a respirar calmamente. Elevando a lâmpada em torno de mim e vi Katie de pé, muito alva e flutuante, como já a tínhamos visto durante a sessão. Prendendo nas minhas uma das mãos da Srta. Cook, ajoelhando-se outra vez, ergui e abaixei a lâmpada, não só para iluminar a figura de Katie, como para plenamente convencer-me de que eu estava realmente vendo a verdadeira Katie que eu havia apertado em meus braços alguns minutos antes, e não o fantasma de cérebro enfermo. Ela não falou, mas moveu a cabeça em sinal de reconhecimento. Por três vezes diferentes, examinei cuidadosamente a Srta. Cook agachada diante de mim, para certificar-me que a mão que eu segurava era a de uma mulher viva, e, por três vezes diferentes, voltei a lâmpada para Katie, a fim de examiná-la com firme atenção, até que não me restasse a mínima dúvida de que ela estava ali na minha frente”.
“Antes de terminar este artigo, desejo fazer conhecer algumas das diferenças que existem entre a Srta. Cook e Katie. A estatura de Katie é variável; em minha casa eu a vi mais alta seis polegadas do que a Srta. Cook. Ontem à noite, com os pés nus e andando nas pontas dos pés tinha quatro polegadas e meia mais que Cook. Ontem à noite, Katie tinha o pescoço descoberto, a pele era perfeitamente doce (suave) ao tato e à vista, ao passo que Cook tem no pescoço uma cicatriz que, em semelhantes circunstâncias, se vê distintamente e é áspera ao tato. As orelhas de Katie são furadas, enquanto que a Srta.Cook usa sempre brincos. A cor de Katie é muito alva, ao passo que a de Cook é trigueira. Os dedos de Katie são muito mais compridos do que os de Cook e seu rosto também é maior. Nos modos de exprimir-se há também muitas diferenças notáveis. (veja fotos 10, 11 e depois 18 a 25)”.
(...) Vi tão bem Katie pela luz elétrica, que posso acrescentar alguns traços às diferenças que, em artigo precedente, estabeleci entre ela e sua médium. Tenho a certeza mais absoluta de que a Srta. Cook e Katie são duas individualidades distintas ao menos no que diz respeito aos seus corpos. Pequenos sinais que se encontram no rosto da Srta Cook não existem no de Katie. Os cabelos de Cook são de castanho tão escuro que permanecem quase negros; um cacho dos de Katie, que tenho sob os olhos e que ela me permitiu cortá-los acompanhado com meus dedos até ao alto da cabeça e ter verificado que eles haviam nascido ali, é de um belo castanho dourado”.(...)
“As sessões quase cotidianas com que ultimamente a Srta. Cook me favoreceu, prejudicaram suas forças, e eu desejo manifestar publicamente os favores que devo pela boa vontade com que me auxiliou nas minhas experiências. Ela aceitou de boa mente submeter-se a todas as provas que lhe propus; sua palavra é franca e vai diretamente ao alvo, e jamais vi coisa alguma que traísse a mais leve aparência do desejo de enganar. Certamente, não creio que, se ela empregasse a fraude, tivesse sido bem sucedida; e se ela o tentasse, seria prontamente desmascarada, porque tal modo de proceder é inteiramente estranho à sua natureza. E quanto a imaginar que uma inocente colegial de quinze anos tenha sido capaz de conceber e realizar durante três anos, com todo êxito, uma impostura tão gigantesca como essa, e que, durante esse tempo, ela se tenha submetido a todas as condições que exigimos dela; que haja suportado as investigações mais minuciosas; que tenha pedido para ser revistada a qualquer momento, quer antes, quer depois das sessões; que tenha obtido ainda mais êxitos em minha própria casa do que na de seus pais, sabendo que aí veio expressamente para submeter-se a rigorosas provas científicas; quanto a imaginar, digo, que Katie King dos três últimos anos é o resultado de uma impostura, isso faz mais violência à razão e ao bom senso do que acreditar que ela seja o que ela própria afirma”.
(...) “Eu não disse que esses fatos eram possíveis, o que afirmei é que são verdadeiros”.
Além disso, Crookes tirou várias fotografias de Katie King, quando das materializações.
Quem irá se aventurar a provar que William Crookes cometeu alguma falha em suas experiências?
Conclusão Infelizmente o grande público não sabe absolutamente nada sobre as inúmeras experiências científicas que provam a sobrevivência da alma, como essas que acabamos de narrar. Por isso fica fácil para alguns usar de certo prestígio que sua função de religioso traz, para pregar que tudo não passa de produto do inconsciente, só que nunca se propôs a provar, diante das câmaras de TV, como é de seu gosto, essa tese. E aqui podemos fazer um desafio a esse pseudocientista, aos seus discípulos e a todos que pensam como ele, que façam uma contraprova a tudo quanto temos que comprova a sobrevivência do espírito.
No caso do religioso televisivo seria interessante que percebesse que quando lança lama nos outros acaba por se enlamear também. Sua pregação em dizer que os “mortos” não se comunicam o leva a deixar em situação vexatória o livro em que, segundo acredita, está escrita a palavra de Deus. Como? É simples: já que diz do absurdo de Deus proibir a comunicação com os mortos, apesar dela não existir. A proibição que usam contra nós é o maior atestado que ela pode existir, não é mesmo?
Por outro lado, os que comungam de sua crença religiosa ficam fazendo um rosário de pedido aos santos, eles atendem, inclusive muitos foram declarados santos por ter atendido a algum pedido, os fiéis agradecem-lhes pagando a promessa feita. O que fazem na verdade senão pedir aos santos, todos já mortos, para intercederem por eles junto a Deus a fim de obter uma graça particular, se isso não for também uma comunicação com os mortos o que será então? Devemos mudar no dicionário o conceito de comunicação? Ou ficaremos com a hipótese da incoerência deles? Ficamos com essa última.
Foi noticiado há tempos atrás uma manifestação espiritual acontecida dentro de uma igreja católica. Determinado casal celebrando sua bodas de prata participa de uma missa, cujo acontecimento foi gravado em fita de vídeo-cassete. Certo tempo depois, familiares observando bem essa fita, perceberam, que bem ao fundo da igreja, dois jovens saindo do lado direito em direção ao lado oposto.
Um deles foi identificado como sendo um neto do casal que já havia falecido, justamente o que se ajoelha ao chegar ao lado esquerdo. A opinião desse pseudocientista: fruto do inconsciente; algum familiar deveria estar pensando no jovem aí conseguiu imprimir na fita sua presença. Faremos uma pergunta: o jovem não identificado saiu do inconsciente de outra pessoa? Como não apresentou uma prova científica da sua tese de que as imagens dos dois jovens em movimento tenham saído do inconsciente de alguém, pediremos que, mesmo tardiamente, a apresente ao grande público indo a uma emissora de TV e fizesse, pessoalmente ou por outra pessoa, de igual modo ao que sustenta ter acontecido. Seria uma ótima oportunidade da emissora também provar que não está literalmente caindo “no conto do vigário”.
Sabemos ser possível uma pessoa impressionar uma chapa fotográfica com imagens que mentaliza, fato até comprovado cientificamente, mas até agora ninguém fez nenhuma experimentação idêntica com uma fita de vídeo. Pressupomos que para o caso de alguém conseguir fazê-lo, teria que mentalizar inúmeras imagens, num período curtíssimo, de tal forma que pudesse dar movimento a essa imagem. Nas fotos, por ser uma imagem parada, isso não deve ser muito difícil para quem possui esse “dom”. A concentração necessária para o fenômeno é conseguida, apesar de exigir determinado período de tempo para atingi-la, mas colocar em movimento, inclusive, em detalhes mínimos, já que o jovem identificado até mesmo consertou os óculos que estava usando (é no mundo espiritual existem coisas desse tipo), deverá requerer uma concentração muito mais aguçada e o tempo, com certeza, não seria suficiente para tantas imagens desses dois jovens de modo a acompanhar a gravação no exato momento do acontecimento. Deixemos a ele o direito de resposta, não com argumentos, mas com prova incontestável diante da TV, para milhares de pessoas assistirem e assim podermos acabar de vez com essa insana perseguição, pois daí “se tenho razão, os outros acabarão por pensar como eu, se estou errado, acabarei por pensar como os outros” (Kardec).
E, para finalizar, trazemos importante consideração de Crooks. Diz esse sábio:
“... é dever do investigador abster-se de todo o sistema de teorias, até que ele tenha reunido um número de fatos suficientes para formar uma base sólida sobre a qual ele possa raciocinar... É preciso banir completamente as idéias românticas e as supersticiosas; os passos do investigador devem ser guiados por uma razão tão fria e desapaixonada quanto os instrumentos dos quais ele se vale para o seu trabalho”.
Referência Bibliográfica PALHANO Jr., L. Experimentações Mediúnicas, Rio de Janeiro: CELD, 1996
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Editado pela última vez por videomaker em 14 Set 2006, 16:05, em um total de 1 vez.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Video, se o Lord of Dreams for quem eu imagine quem seja, vai ser preciso algo muito mais palpável que um reles textinho proselitista para provar algo para ele.
Spitfire escreveu:Video, se o Lord of Dreams for quem eu imagine quem seja, vai ser preciso algo muito mais palpável que um reles textinho proselitista para provar algo para ele.
Ele pode ser o PAPA do ceticismo ! e vcs parem com essa mania de dizer que todo texto é proselitista .
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Spitfire escreveu:Video, se o Lord of Dreams for quem eu imagine quem seja, vai ser preciso algo muito mais palpável que um reles textinho proselitista para provar algo para ele.
You wanna fuck with me? Okay. You wanna play rough? Okay. Say hello to my little friend! Tony Montana
Mantra diário dos Criacionistas: "Que mal poderia haver se um homem dissesse uma grande mentira para o bem e para a igreja Cristã... uma mentira sem necessidade, uma mentira útil, tais mentiras não seriam contra Deus, ele as aceitaria." Martinho Lutero -----//-----
Spitfire escreveu:Video, se o Lord of Dreams for quem eu imagine quem seja, vai ser preciso algo muito mais palpável que um reles textinho proselitista para provar algo para ele.
Spitfire escreveu:Video, se o Lord of Dreams for quem eu imagine quem seja, vai ser preciso algo muito mais palpável que um reles textinho proselitista para provar algo para ele.
Spitfire escreveu:O que posso fazer se ele é proselitista... mentir? Desculpe, não posso.
Bem, Spatifado, você a Najma e tantos outros céticos mais que freqüentam este fórum poderiam me fazer um favor? Sabe, pelo que já me deixaram claro, se entendi direito, fotografias, vídeos, filmes, descrições escritas de experimentos e apresentação escritas de resultados, câmaras infravermelhas, quaisquer precauções tomadas contra fraudes, etc e tal, FORAM TODAS DESCARTADAS PELA COMUNIDADE CÉTICA E ENTENDIDAS COMO EVIDÊNCIA ANEDOTA.
Então o que eu gostaria é que o pessoal cético então me apresentasse uma nova metologia e novas formas de se coletar e registrar os resultados, de forma que não se possa fazer essa acusação de serem evidência anedota ou lançar dúvidas sobre a moralidade dos envolvidos.
Spitfire escreveu:O que posso fazer se ele é proselitista... mentir? Desculpe, não posso.
Bem, Spatifado, você a Najma e tantos outros céticos mais que freqüentam este fórum poderiam me fazer um favor? Sabe, pelo que já me deixaram claro, se entendi direito, fotografias, vídeos, filmes, descrições escritas de experimentos e apresentação escritas de resultados, câmaras infravermelhas, quaisquer precauções tomadas contra fraudes, etc e tal, FORAM TODAS DESCARTADAS PELA COMUNIDADE CÉTICA E ENTENDIDAS COMO EVIDÊNCIA ANEDOTA.
Então o que eu gostaria é que o pessoal cético então me apresentasse uma nova metologia e novas formas de se coletar e registrar os resultados, de forma que não se possa fazer essa acusação de serem evidência anedota ou lançar dúvidas sobre a moralidade dos envolvidos.
Fico no aguardo.
Botânico,
Descartadas as fotos com a evidência de uso de lençóis, fronhas, rolos de gaze, sujeira na objetiva, reflexo da luz do sol na objetiva, reflexo do flash sobre alguma superfície refletora que incidiu diretamente sobre a objetiva, efeito do dedão sobre a objetiva, auréolas provocadas pela incidência de luz sobre a atmosfera carregada de umidade, perda de foco pelo movimento das "vítimas" a serem fotografadas, me indique alguma foto que possa ser considerada autêntica do ponto de vista de consistir em uma evidência da existência de espíritos...
Najma escreveu:Descartadas as fotos com a evidência de uso de lençóis, fronhas, rolos de gaze, sujeira na objetiva, reflexo da luz do sol na objetiva, reflexo do flash sobre alguma superfície refletora que incidiu diretamente sobre a objetiva, efeito do dedão sobre a objetiva, auréolas provocadas pela incidência de luz sobre a atmosfera carregada de umidade, perda de foco pelo movimento das "vítimas" a serem fotografadas, me indique alguma foto que possa ser considerada autêntica do ponto de vista de consistir em uma evidência da existência de espíritos...