Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada. E contra ter alguma síndrome?
E por que citou? A propósito, muitas síndromes são incapacitantes. Como diz a Najma, se pudesse escolher, o que você escolheria? Que tamanho tem o seu amor e a sua capacidade de entrega?
Citei para dizer que, não duvido de, num futuro próximo, quando a manipulação genética de embriãos for viável, os casais brigarem pelo direito de praticar aborto quando os filhos não tivessem o padrão estético desejado. Não ficou claro? E quanto a escolher, posso dizer, com absoluta certeza, que apesar de minha filha ser saudável (seu único problema de saúde é respiratório), se ela sofresse um acidente incapacitante eu não desejaria matá-la.
Você desejaria continuar vivo se sofresse um acidente incapacitante, em tamanho grau que obrigasse sua mulher e sua filha a cuidarem de você o tempo todo, sem chance razoável de recuperação?
Se fosse tal modo incapacitante, eu sequer possuiria consciência para desejar ou não...
Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada. E contra ter alguma síndrome?
E por que citou? A propósito, muitas síndromes são incapacitantes. Como diz a Najma, se pudesse escolher, o que você escolheria? Que tamanho tem o seu amor e a sua capacidade de entrega?
Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada. E contra ter alguma síndrome?
Uma síndrome degenerativa? Uma que você vê seu filho atrofiando dia a dia? Ou daquelas que o impedem de ser normal a vida toda? Aquela que faz o filho ficar dentro de casa, numa cama, entrevado o resto de seus dias só porque o amor dos pais foi maior do que o desejo de evitar a dor de uma criança incapaz de brincar normalmente como as demais?? Aquela que não vai permitir você deixar descendência na terra? Aquela que vai consumir sua vida inteira cuidando desesperadamente e implorando a deus para que a morte do filho chegue mais rápido?
Acorda!!
Abortar um filho nestas condições não permitiria, igualmente, deixar descendência na terra. Não entendí a lógica torta...
E se a síndrome for de down? Não perguntei sobre a possibilidade de ter um filho assim, devolvi a pergunta, questionando se você tem algo contra quem possui.
Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada. E contra ter alguma síndrome?
E por que citou? A propósito, muitas síndromes são incapacitantes. Como diz a Najma, se pudesse escolher, o que você escolheria? Que tamanho tem o seu amor e a sua capacidade de entrega?
Citei para dizer que, não duvido de, num futuro próximo, quando a manipulação genética de embriãos for viável, os casais brigarem pelo direito de praticar aborto quando os filhos não tivessem o padrão estético desejado. Não ficou claro? E quanto a escolher, posso dizer, com absoluta certeza, que apesar de minha filha ser saudável (seu único problema de saúde é respiratório), se ela sofresse um acidente incapacitante eu não desejaria matá-la.
Você desejaria continuar vivo se sofresse um acidente incapacitante, em tamanho grau que obrigasse sua mulher e sua filha a cuidarem de você o tempo todo, sem chance razoável de recuperação?
Se fosse tal modo incapacitante, eu sequer possuiria consciência para desejar ou não...
Mas você deve ter uma opinião atual. Eu tenho. Toda a minha família sabe que eu prefiro não continuar a viver, pois não penso que haja a tão falada "dignidade humana" nessa vida.
Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada. E contra ter alguma síndrome?
E por que citou? A propósito, muitas síndromes são incapacitantes. Como diz a Najma, se pudesse escolher, o que você escolheria? Que tamanho tem o seu amor e a sua capacidade de entrega?
Citei para dizer que, não duvido de, num futuro próximo, quando a manipulação genética de embriãos for viável, os casais brigarem pelo direito de praticar aborto quando os filhos não tivessem o padrão estético desejado. Não ficou claro? E quanto a escolher, posso dizer, com absoluta certeza, que apesar de minha filha ser saudável (seu único problema de saúde é respiratório), se ela sofresse um acidente incapacitante eu não desejaria matá-la.
Você desejaria continuar vivo se sofresse um acidente incapacitante, em tamanho grau que obrigasse sua mulher e sua filha a cuidarem de você o tempo todo, sem chance razoável de recuperação?
Se fosse tal modo incapacitante, eu sequer possuiria consciência para desejar ou não...
Mas você deve ter uma opinião atual. Eu tenho. Toda a minha família sabe que eu prefiro não continuar a viver, pois não penso que haja a tão falada "dignidade humana" nessa vida.[/color]
Me lembro de uma notícia recente de alguém que acordou de um coma, em situação semelhante à de Terri.
Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada. E contra ter alguma síndrome?
E por que citou? A propósito, muitas síndromes são incapacitantes. Como diz a Najma, se pudesse escolher, o que você escolheria? Que tamanho tem o seu amor e a sua capacidade de entrega?
Citei para dizer que, não duvido de, num futuro próximo, quando a manipulação genética de embriãos for viável, os casais brigarem pelo direito de praticar aborto quando os filhos não tivessem o padrão estético desejado. Não ficou claro? E quanto a escolher, posso dizer, com absoluta certeza, que apesar de minha filha ser saudável (seu único problema de saúde é respiratório), se ela sofresse um acidente incapacitante eu não desejaria matá-la.
Você desejaria continuar vivo se sofresse um acidente incapacitante, em tamanho grau que obrigasse sua mulher e sua filha a cuidarem de você o tempo todo, sem chance razoável de recuperação?
Se fosse tal modo incapacitante, eu sequer possuiria consciência para desejar ou não...
E se tivesse consciência e muito sofrimento? Você aceitaria que a Lei o impedisse de dar o fim ao sofrimento?
Apocaliptica escreveu:Não isso plausível. Se fosse possível manipular assim, um contrato resolveria as discrepâncias quanto à insanidade de alguns. Isso é exagero.
Num fututo a médio prazo será possível. Nossas escolhas de hoje com relação a aborto irão influir lá à frente.
Nem eu. Mas se eu puder escolher antes e com segurança, antes de ter algum vínculo, eu gostaria que minhas difuculdades ( minha e das pessoas envolvidas ), pudessem ser levadas em consideração.
Nunca se pode escolher antes. Quando se engravida a criança já teria o problema.
A escolha possível é não ter filhos.
Obrigada, Apo! Eu simplesmente não aguento esse pessoal que confunde bom senso com eugenia...
Sinceramente, eu acho essas acusações muito sérias. Mas nem ligo. Tem muita ideologia política por trás disso. Não são apenas intenções humanas.
Pois é...
Não faz muito tempo, eu assisti um programa sobre genética no Discovery. Narrou o caso de um casal que viu seu primeiro e único filho morrer com uma síndrome degenerativa antes de completar 2 anos. E como hoje em dia há recursos para diagnosticar precocemente essa síndrome, eles recorreram a uma clínica especializada, doaram óvulos e esperma para fecundação e foram escolhidos apenas 4 embriões saudáveis para implante dos 15 que foram criados dentro da clínica. Obviamente os outros 11 foram inutilizados.
Será que eles foram eugenistas ou simplesmente não quiseram padecer a dor de perder outro filho com o mesmo problema?
Alter-ego escreveu:Um dia defenderão ser ético aos pais matar no ventre uma criança cuja gravidez fugiu ao controle genético que a ciência já será capaz de proporcionar, por esta não ser branca, alta, loira, de olhos azuis...
E o que você tem contra ser branco, alto, loiro e de olhos azuis?
Absolutamente nada. E contra ter alguma síndrome?
E por que citou? A propósito, muitas síndromes são incapacitantes. Como diz a Najma, se pudesse escolher, o que você escolheria? Que tamanho tem o seu amor e a sua capacidade de entrega?
Citei para dizer que, não duvido de, num futuro próximo, quando a manipulação genética de embriãos for viável, os casais brigarem pelo direito de praticar aborto quando os filhos não tivessem o padrão estético desejado. Não ficou claro? E quanto a escolher, posso dizer, com absoluta certeza, que apesar de minha filha ser saudável (seu único problema de saúde é respiratório), se ela sofresse um acidente incapacitante eu não desejaria matá-la.
Você desejaria continuar vivo se sofresse um acidente incapacitante, em tamanho grau que obrigasse sua mulher e sua filha a cuidarem de você o tempo todo, sem chance razoável de recuperação?
Se fosse tal modo incapacitante, eu sequer possuiria consciência para desejar ou não...
Mas você deve ter uma opinião atual. Eu tenho. Toda a minha família sabe que eu prefiro não continuar a viver, pois não penso que haja a tão falada "dignidade humana" nessa vida.
Me lembro de uma notícia recente de alguém que acordou de um coma, em situação semelhante à de Terri.
Um caso em quantos milhões? Eu não correria o risco, nem submeteria minha família ao sacrifício e, por que não, às despesas.
Apocaliptica escreveu:Não isso plausível. Se fosse possível manipular assim, um contrato resolveria as discrepâncias quanto à insanidade de alguns. Isso é exagero.
Num fututo a médio prazo será possível. Nossas escolhas de hoje com relação a aborto irão influir lá à frente.
Um contrato resolveria o problema. Já se assinam contratos para cirurgias e reprodução assistida.
Nem eu. Mas se eu puder escolher antes e com segurança, antes de ter algum vínculo, eu gostaria que minhas difuculdades ( minha e das pessoas envolvidas ), pudessem ser levadas em consideração.
Nunca se pode escolher antes. Quando se engravida a criança já teria o problema. A escolha possível é não ter filhos.
Algumas síndromes são detectáveis logo nas primeiras semanas. E algumas são adquiridas, por exemplo ao contato da mãe com determinadas substâncias químicas.
Editado pela última vez por Apocaliptica em 06 Fev 2007, 22:22, em um total de 1 vez.
Najma escreveu:É uma loteria para quem se sujeita à vontade de deus, Igor... Para quem tem recursos, não é mais.
Não? Já é possível saber, a priori, se o fruto do nosso sexo terá problemas congênitos? Massa!
Várias síndromes já são diagnosticáveis através de exames de sangue, exames dos embriôes antes de serem implantados... e muitas mais serão diagnosticáveis no futuro.
A síndrome de Down, por exemplo, é diagnosticada precocemente. Cabe à mãe decidir entre levar a gestação a termo ou optar por um aborto clandestino neste país católico.
Ateu Tímido escreveu:Um caso em quantos milhões? Eu não correria o risco, nem submeteria minha família ao sacrifício e, por que não, às despesas.
Eu não sei o que minha esposa faria comigo, nunca conversei sobre isso com ela.
Mas posso garantir que se fosse com ela, ou com minha filha, eu não hesitaria em dedicar o resto de minha existêncian física a cuidar de alguém que amo, estando incapacitado.
Pelo visto, fui o único sincero naquele tópico sobre da a vida por alguém que se ama.
Isso também é dar a vida...
Najma escreveu:É uma loteria para quem se sujeita à vontade de deus, Igor... Para quem tem recursos, não é mais.
Não? Já é possível saber, a priori, se o fruto do nosso sexo terá problemas congênitos? Massa!
Várias síndromes já são diagnosticáveis através de exames de sangue, exames dos embriôes antes de serem implantados... e muitas mais serão diagnosticáveis no futuro.
A síndrome de Down, por exemplo, é diagnosticada precocemente. Cabe à mãe decidir entre levar a gestação a termo ou optar por um aborto clandestino neste país católico.
Continua sendo após a concepção, ou seja: loteria.
A única opção de não cair na loteria é não ter filhos...
AH! Falta pouco os padres implorarem para que se evitem exames pré-natais a fim de permitir que crianças doentes nasçam mais facilmente para ajudarem as famílias a alcançarem o paraíso mais rápido... vamos ver...
Najma escreveu:AH! Falta pouco os padres implorarem para que se evitem exames pré-natais a fim de permitir que crianças doentes nasçam mais facilmente para ajudarem as famílias a alcançarem o paraíso mais rápido... vamos ver...
A idéia de que se chega a algum aperfeiçoamento pelo sofrimento é espírita, não católica.
Najma escreveu:É uma loteria para quem se sujeita à vontade de deus, Igor... Para quem tem recursos, não é mais.
Não? Já é possível saber, a priori, se o fruto do nosso sexo terá problemas congênitos? Massa!
Várias síndromes já são diagnosticáveis através de exames de sangue, exames dos embriôes antes de serem implantados... e muitas mais serão diagnosticáveis no futuro.
A síndrome de Down, por exemplo, é diagnosticada precocemente. Cabe à mãe decidir entre levar a gestação a termo ou optar por um aborto clandestino neste país católico.
Continua sendo após a concepção, ou seja: loteria. A única opção de não cair na loteria é não ter filhos...
Mas existe a opção de levar a termo ou interromper...
Apocaliptica escreveu:Não isso plausível. Se fosse possível manipular assim, um contrato resolveria as discrepâncias quanto à insanidade de alguns. Isso é exagero.
Num fututo a médio prazo será possível. Nossas escolhas de hoje com relação a aborto irão influir lá à frente.
Um contrato resolveria o problema. Já se assinam contratos para cirurgias e reprodução assistida.
CONTRATOS!?!? E a liberdade, tão pregada neste tópico? Um filho ariano, ou o dinheiro de volta!
Nem eu. Mas se eu puder escolher antes e com segurança, antes de ter algum vínculo, eu gostaria que minhas difuculdades ( minha e das pessoas envolvidas ), pudessem ser levadas em consideração.
Nunca se pode escolher antes. Quando se engravida a criança já teria o problema. A escolha possível é não ter filhos.
Algumas síndromes são detectáveis logo nas primeiras semanas. E algumas são adquiridas, por exemplo ao contato da mãe com determinadas substâncias químicas.
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Como já disse, continua sendo após o início da gravidez...
Ah! Quanta falta faz uma bola de cristal!
Najma escreveu:É uma loteria para quem se sujeita à vontade de deus, Igor... Para quem tem recursos, não é mais.
Não? Já é possível saber, a priori, se o fruto do nosso sexo terá problemas congênitos? Massa!
Várias síndromes já são diagnosticáveis através de exames de sangue, exames dos embriôes antes de serem implantados... e muitas mais serão diagnosticáveis no futuro.
A síndrome de Down, por exemplo, é diagnosticada precocemente. Cabe à mãe decidir entre levar a gestação a termo ou optar por um aborto clandestino neste país católico.
Continua sendo após a concepção, ou seja: loteria. A única opção de não cair na loteria é não ter filhos...
Mas existe a opção de levar a termo ou interromper...
Loteria, ainda.
Interromper pode inviabilizar uma futura saudável gestação.
Bem como, conheço mais de um caso (evidência anedota, tudo bem), de crianças que foram dadas como mortas ou com problemas graves e que nasceram absolutamente normais.
Ateu Tímido escreveu:Um caso em quantos milhões? Eu não correria o risco, nem submeteria minha família ao sacrifício e, por que não, às despesas.
Eu não sei o que minha esposa faria comigo, nunca conversei sobre isso com ela. Mas posso garantir que se fosse com ela, ou com minha filha, eu não hesitaria em dedicar o resto de minha existêncian física a cuidar de alguém que amo, estando incapacitado. Pelo visto, fui o único sincero naquele tópico sobre da a vida por alguém que se ama. Isso também é dar a vida...
Como eu disse lá atrás, isso para mim é masoquismo. Amor envolve reciprocidade. Necessariamente. Não faria, não poderia exigir e nem admiro quem faça tal coisa, por alguém ou "algo" que nunca poderia retribuir nada.