Edson Jr escreveu:André escreveu:Já eu acho acomodação, resignação, posturas que não contribuem.O questionamento propositivo buscando melhores soluçoes, inclusive com alteração de principios e prioridades, uma busca fundamental, até para acreditar que é possivel um futuro melhor.Decorrente da preocupação e consideração com a vida e o futuro dos seres humanos.Como eu me importo aceitar calado me parece uma das piores porturas possiveis.
1)Andre;
O fato de entender o capitalismo como o único sistema viável e possível, não o isenta de críticas que possam aperfeiçoá-lo, a ponto de diminuir as desigualdades e aumentar a justiça social.
E só o fato de apontar os defeitos e buscarmos possíveis soluções já faz com que não sejamos acomodados, como você imagina.
André escreveu:Sem alteraçoes fundamentais, não somente exclusão, valorização do capital acima da vida vai continuar, como a não preocupação com o futuro, tem tudo para levar a humanidade a perdas terriveis principalmente por sua relação predatoria e desequilibrada para com a natureza do nosso planeta.
2)O problema é que não há como excluir os pilares que sustentam o capitalismo, pois tais pilares são regidos pela própria natureza humana. O máximo que podemos fazer é moldar, lapidar o sistema, a ponto de ser menos agressivo do que é. O mundo, assim, pode não ser perfeito, mas seria bem menos sofrível.
André escreveu:Ah e Capitalismo é social não é natural.Egoismo não é uma marca imutavel de todos os seres humanos, nem altruismo.
3)Discordo completamente!
Até mesmo porque o altruísmo não existe, pois o ser humano é incapaz de fazer algo sem ter alguma expectativa de recompensa. É o egoísmo que nos move e nos impele a crescer e se aperfeiçoar. E o Capitalismo surge quase que espontaneamente através de trocas egoístas entre as pessoas. O grande problema é quando o egoísmo existe em excesso, a ponto de machucar e subjugar o outro, de forma muitas das vezes covarde. Mas para isso é que existem a leis! Para coibir os excessos do sistema!
André escreveu:São caracteristicas de comportamento existentes, e socialmente construidas, e o ser humano pode desenvolver formas de convivencia baseadas na cooperação, na contribuição para o coletivo, muitos fazem individualmente e disso sou testemunha, se esses são capazes não há pq imaginar que seja impossivel.É apenas dificil, pois o status quo é outro.Mas quem conhece de história sabe que status quo não é para sempre, e rupturas acontecem.Infelismente muitas vidas e tragedias acontecem, e gostaria que evitassem isso,mas essa não é uma missão facil, e teria que ser de todos que se importam para ter melhores possibilidades.
4)A cooperação precisa ser espontânea, não imposta. E é ilusão pensar que todos serão espontaneamente cooperativos, solidários uns com os outros. É, ao meu ver, bem mais próximo da realidade, aceitarmos os contrastes e conflitos existentes nas relações entre as pessoas e, a partir disso, buscarmos medidas realistas que minimizem o conflito, sem a ingênua pretensão em neutralizá-lo por completo!
Vamos que vamos.Atualmente vou tentar escolher os debates que valem mais a pena.Acho que esse vale.
1)Se fizer isso e buscar aperfeiçoar realmente foge da acomodação.Porém pensar o capitalismo como unico viavel é um pensamento estreito e determinista, como o ser humano não fosse capaz de alterar.
Ah talvez vc não saiba mas Marx pensava o socialismo como um aperfeiçoamento do capitalismo.E entendia o capitalismo como um aperfeiçoamento do feudalismo e como importante pela sua capacidade de gerar uma classe trabalhadora.
Os socialistas democraticos e social democratas não querem a destruição do que o capitalismo tem de melhor, mas a alteração de prioridades para que responsabilidade social e ambiental estejam acima da geração de lucros.Logo é um aperfeiçoamento dentro do regime democratico, que é mutavel, atraves de reformas e participação popular.
2)Negativo.Não é a natureza humana que determina o capitalismo.O capitalismo não é inescapavel.Existem milhoes de pessoas pelo mundo que acreditam em alternativas e com isso vc disse que a luta deles é em vão.Procure pensar na dimensão disso.Para além disso, achar explicaçoes biologicas para fenomenos sociais é algo que nas ciencias sociais é considerado um dos piores erros imaginaveis.Vc parece reproduzir o darwnismo social, uma das piores formas de pensar que já passou pelas ciencias humanas.
3)Negar a existencia de altruismo.Bem ai fica dificil.Eu já fiz coisas sem ter qualquer tipo de recomensa apenas para ajudar outros e já ví gente fazer o mesmo.Mais do que isso eu já me prejudiquei para ajudar outros pois entendia que valia a pena, e pessoalmente perdi tempo, dinheiro, para poder ajudar alguém.Se vc falar da recompensa psicologica, bem egoismo se basea para mim em recompensas concretas, e se a recomepnsa for apenas psicologica é altruismo, especialmente se concretamente a pessoa se prejudicou ou teve custo para a ação.
4)Não existe apenas algo espontaneo e algo imposto, existe aquilo que pode ser estimulado.Para mim deve haver liberdade, e os melhores comportamentos, que forem considerados melhores pela maioria, devem ser estimulados, de diversas formas, inclusive com algum tipo de recompensa que não precisa necessariamente ser financeira.O senso de contribuição para o coletivo é algo a ser estimulado, para gerar o bem comum, cabe a cada um escolher se deseja agir fazer sua contribuição que pode ser da sua forma particular e individual.
Detalhe não acho que todos sejam naturalmente espontaneos, para mim são naturalmente diversificados, a humanidade é por natureza heterogenia por isso explicaçoes naturais são insuficientes.Não que elas não tenham um papel, mas esse é menor que as construçoes sociais, políticas,economicas e culturais.
Outra tb acho que os conflitos devam ser minimizados e é impossivel neutraliza-los por completo.Mas o melhor caminho para isso, ao meu ver, são as reformas políticas, a alteração de principios governantes do sistema, primeiro(de preferencia) na forma de governo e administração do Estado, e depois nas prioridades que regem essa administração sendo isso decidido democráticamente como um requisito fundamental.