Vulto escreveu:Evidências anedóticas são inúteis.
Não são inuteis, dependendo dos casos, serve como ponto de partida para iniciar uma pesquisa.
Depois, as evidências anedóticas tem papeis MUITO diferentes quando estamos falando sobre provar algo, ou quando falamos sobre comprovar algo.
Uma comprovação de um fato, não é nada inútil.
Vulto escreveu:Por não poder ser provado o individuo corre sérios riscos de não estar praticando comprovação pessoal e sim uma ilusão pessoal.
Sim, isso sempre será um risco, por isso é necessário o ceticismo e a busca por outras fontes de comprovação ou refutação de tal fato.
O problema aqui, é olhar de fora e ao invés de uma atitude cética saudável, se convencer de que isso sempre se trata de “ilusão pessoal”, sem ao menos questionar a outra possibilidade.
Depois, todos podem fazer o mesmo, experimentar a mesma coisa e trocar figurinhas.
Porque será que pessoas diferentes como Cristo, Buda, Lao Tsé, Krishna, Confúcio e muitos, muitos outros, ensinam as pessoas a atingir esse mesmo estado?
Por todo o caminho, passo a passo vamos vendo e questionando tudo de forma racional e, conferindo os resultados.
Vulto escreveu:Um exemplo da inutilidade da evidencia anedótica, é importante sabermos que sonhamos, não o que sonhamos.
No caso da meditação isso não se aplica.
Vulto escreveu:Eu entendi o que você quis dizer, mas serviu para salientar o que eu estava dizendo antes, você pode achar que uma evidência anedótica sirva para atiçar a ciência para tentar aplicar métodos científicos e então provar, mas nem pra isso serve pois na maioria das vezes (ou sempre) não se pode aplicar nenhum método científico, logo, é totalmente inútil e improvável, deixando-o no sério risco da ilusão.
É ai que você se engana.
Vocês colocam um peso muito grande na ciência, quase fanático.
O ponto aqui, é entender a lógica, conhecer os argumentos racionais e “se”, você concordar que isso é uma possibilidade plausível, pode praticar e começar a comprovar parte do que está sendo dito e, com isso, entender melhor o que está sendo dito.
É quase como estudar filosofia... Só que na religião não basta questionar, é preciso praticar para poder “entender” parte do que é dito, bem como para comprovar.
Quanto ao risco de auto-ilusão, já estamos todos terrivelmente iludidos e, essas praticas são justamente para eliminar isso. Não há o porque se auto-iludir, é só continuar questionando tudo e procurando respostas as novas perguntas que surgem no caminho.
Muitas vezes praticando religião, cheguei e certas conclusões que não eram verdadeiras, mas por questiona-las e procurar verificar a veracidade delas, corrigi o engano.
O problema da auto-ilusão, não é apenas da religião ou de comprovações pessoais... esse problema está presente SEMPRE,
principalmente em quem cultiva o ceticismo cientifico, mas se esquece de combina-lo a um ceticismo filosófico.Vulto escreveu:NadaSei escreveu:Não, não posso provar e, a única evidência que tenho é anedótica... ou melhor dizendo, só tenho meu testemunho.
Que não vale nada, pois você pode estar apenas iludido.
Não vale nada como PROVA objetiva, pois posso estar iludido, mas também posso estar certo.
Ou seja, não vale nada para os OUTROS, mas vale pra mim, pois eu posso por outros meios, ter verificado e comprovado a veracidade do fato.
É isso que você não está entendendo, a diferença entre provar e comprovar.
Vulto escreveu:NadaSei escreveu:Isso não muda algo que é FATO... ontem eu REALMENTE sonhei com um elefante amarelo e, isso está longe de ser uma superstição, mesmo que eu não possa prova-lo.
É um fato desnecessário de ser averiguado, não tem importância.
Não tem importância do caso dos sonhos... você não percebe que eu os usei como analogia a pratica religiosa e, nesse caso, os fatos comprovados tem sim muita importância.
Vulto escreveu:NadaSei escreveu:Parece simples pra você, mas está longe disso.
A maioria cre em contos imaginarios não por temer, mas apenas por não questionar.
Não questionar abre espaço para a falha, a mentira.
Sim e dai?
Justamente por esse motivo sempre falo sobre a importância do ceticismo e do questionamento.
Vulto escreveu:NadaSei escreveu:E a maioria cre na ciência também, mas creem em superstições sobre coisa que a ciência ainda não explica.
Isso mostra que vocês são sedentos de curiosidade, e o que não conseguem explicar, inventam, isso não é correto, "o homem não explica x, então foi y", basta lembrar dos deuses do trovão.
Vocês uma virgula, eu me referi a postura apontada de alguns teísta apontada por ele.
Nunca disse que esse era o correto, muito pelo contrario e, é isso que vocês não entendem.
A postura de alguns religiosos, não é a postura dos grandes nomes da religião.
Vulto escreveu:NadaSei escreveu:O que você não entende é que na religião nem tudo é superstição, mas tem muito conhecimento, logica e argumentação racional, bem como um meio para se verificar o que é dito.
Por exemplo?
Só um exemplo? Que tal as quatro nobres verdade do Budismo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quatro_Nobres_VerdadesA meditação é outro bom exemplo...
Quer mais?
Vulto escreveu:NadaSei escreveu:O ateismo não segue nenhum tipo de método cientifico.
Tudo é falso até que se prove o contrário, é algo, de certa forma, de origem científica.
Isso é característica do ceticismo, não do ateísmo.
Vocês costumam confundir as duas coisas, depois, também existem diferentes tipos de ceticismo.