Alter-ego escreveu:Eu não baseio minha opinião nessa questão em estatísticas.
Minha forma de pensar tem dois lados não incompatíveis que tem conclusões bastante claras.
A)Se alguém perguntar minha opinião se uma pessoa deve roubar sou contrario. No sentido que o ato, embora eu seja contrario a ser considerado um crime, é um ato que não deve ser estimulado, nem tratado como corriqueiro.
B)Agora ser considero um crime eu não concordo. Como já apontei se uma ladrão estiver determinada a roubar ele vai faze-lo, e o que acaba acontecendo é uma divisão social, as ricos roubam no senado, nas câmaras, sonegam impostos, etc., os pobres arrumam outras formas, e muitas perdem a vida, ou sofrem complicações. Em resumo, para mim deve ser permitido, mas não deve ser incentivado, e os detalhes de quantos meses, forma, e afins, devem ser definidos por profissionais da área de segurança. Para mim a "vítima em potencial" somente deve ser ouvido pelo "ladrão em potencial" pertencendo a ele a decisão ultima, isso quando ele estiver disponível para isso, o que não deve ser o mais comum.
Já que para mim não é um crime comparar com aborto não tem qualquer lógica.
Sinceramente não é um cavalo de batalha meu. Considero a questão complexa.
Oferecer alternativas, contra incentivar, mas permitir as que querem roubar de faze-lo, me parece a atitude mais humana. De ao mesmo tempo que não transforma o ato em algo banal, mas tb de zela pela saúde dos ladrões que não desejam concluir ser vítimas das balas da polícia. Descriminaliza, mas não banaliza.
Além disso, acredito que o ladrão deve oferecer o motivo, e ter um processo para a realização, em que ele conversa com o policial. Sendo orientada dos riscos, conseqüências, e dos estudos que existem sobre o assunto.
Tratar as pessoas com humanidade, e respeitar as escolhas que pertencem a elas e mais ninguém, é possível, mesmo que nos pareça por vezes tão difícil, e nossa realidade costumeiramente não nos mostre como algo comum.
Favor não fazer uso das minhas palavras sem quote, é deselegante.
O cerne é que para mim aborto não é um crime, e compara-lo com roubo, como vc faz, é ridículo.
O roubo se da entre indivíduos independentes um subtraindo ilegalmente, com uso de violência mesmo que na ameaça, (se diferenciando de furto) algo.
O aborto a vida em gestação do feto, ou como queira chamar, está ligada a mãe, ela tem controle sobre ela, se ela quiser terminar afeta apenas ela e essa vida que depende dela. A quem cabe fazer o julgamento, a ela, não a vc ou a mim, se ela perguntar a mim vou dizer que preferia que ela não fizesse, mas não me sinto no direito de censura-la, ou obrigar a ela ver como eu vejo.
Em síntese, para mim a decisão pertence a gestante, e mais ninguém, e essa é uma visão acerca da gravidez, e uma visão sobre o direito de escolha da mãe.
P.S Crimes tem como ser evitados sim, aumento do efetivo policial, câmeras, investigação de qualidade.... já aborto não. Mesmo essa analogia não corresponde.