Ontem na GNT: Homossexualismo e Islamismo

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O ENCOSTO
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Re.: Ontem na GNT: Homossexualismo e Islamismo

Mensagem por O ENCOSTO »

Só uma coisa:

Não coloquem a culpa toda nos arabes. O Maometanismo é uma religião patriarcal.
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Pug
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Flavio Costa escreveu:
Pug escreveu:A regra moral existe e é parte do islão, só é muçulmano quem o desejar, por aqui tem-se uma ideia diferente do que significa evoluir, e do que é modernidade.

Islão moderno não passa por alterar a moral nem os preceitos islamicos.

Perfeitamente compreensível. Se você ler minha participação em outro tópico, vai ver que eu até concordo com você. Quem não gosta das regras muçulmanas, que não seja muçulmano. Mas aí pergunto: o Corão diz que lesbianismo é punível com morte? Você acha que tal punição, ainda que desagradável, é a vontade de Allah?

Pug escreveu:O proselitismo de que falei, refere-se á levar novas ideias que até então eram desconhecidas em certos meios islamicos...como exemplo,
certas práticas sauditas não têm base islamica, mas são rsultado de uma sociedade patriarcal...e a divulgação da "cultura islamica" em outros países nem sempre é desejável, porque é promoção cultural em lugar de religiosa...

E o pior é quando isso procura implementar valores moralmente questionáveis em sociedades pacíficas...



Tem razão quanto á implementação de determinados valores em sociedades pacificas.


Quanto á lei, o julgamento e pena é decisão humana ela pode mudar, diria mesmo deve mudar. Todos sabem o que penso da pena da pena de morte.

Penso que estamos de acordo!
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Pug
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Flávio, esta questão da homossexualidade está a revelar-se bem mais interessante.

Nunca havia parado para refletir o que pensava realmente sobre o tema. Sendo uma questão moral, nada demaisque o perguntar-me se considero imoral a homossexualidade e a resposta mais honesta que encontrei até agora foi, não.


Enquanto queimo meus neurónios com esta questão...

Aconselho a verem Brokeback Mountain, tem tudo a ver com a homossexualidade.
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Res Cogitans
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Re: Re.: Ontem na GNT: Homossexualismo e Islamismo

Mensagem por Res Cogitans »

Samael escreveu:Prefiro tentar entender a julgar de forma tão simplória. Você, como ser humano, também nasceu, viveu e vive sob determinado contexto ideológico, sendo o seu arbítrio limitado pelo seu contato com o mundo.


Posso compreender sem deixar de considerar asqueroso um determinado grupo de pessoas. Não se deve subestismar o contexto ideológico tão pouco superestimá-lo.
Se nascesse na Alemanha nazista você colocaria crianças na câmara de gás?
Se fosse um Cézar, se divertiria assistindo pessoas sendo devoradas por leões?
Se fosse criado num mosteiro na época da Inquisição, você queimaria hereges em nome de Deus?

São perguntas cuja resposta é imposível de ser dada, até porque a própria pergunta não faz muito sentido, uma vez que "você" nada mais é do que a interação contínua entre sua predisposições inatas com as experiências que a vida lhe apresenta.

Posso compreender que um serial killer seja um serial killer, pois tinha genes com propensão a violência, uma infância traumática etc. mas isso não deixa seu comportamento menos asqueroso.

A religião X promove Y.
Y é asqueroso.
Fulano segue a religião X.
Então fulano promove uma coisa asquerosa.

Não vejo maiores problemas com esta argumentação. Tirando, é claro, que existem diversas maneiras de "fulano seguir a religião X". Exemplo:

O livro sagrado da seita Michael Jackson diz que devemos abusar de crianças.
Samael é seguidor da seita MJ, mas é contra a prática de abusar de crianças.

Se o motivo de eu considerar a seita MJ asquerosa é o abuso de crianças, poderia considerar todos os praticantes desta seita asquerosos se não houvesse o problema de que alguns seguidores sejam contra a prática do abuso.

A generalização só é incorreta porque nem todos os islâmicos são dementes o suficiente pra seguir aquele manual tribal ASQUEROSO chamado Corão.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Pug escreveu:http://www.myciw.org/modules.php?name=Forums&file=viewtopic&p=4218#4218


E?

A propósito, já respondi a mensagem.
O ENCOSTO


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Re: Re.: Ontem na GNT: Homossexualismo e Islamismo

Mensagem por Pug »

Res Cogitans escreveu:
Samael escreveu:Prefiro tentar entender a julgar de forma tão simplória. Você, como ser humano, também nasceu, viveu e vive sob determinado contexto ideológico, sendo o seu arbítrio limitado pelo seu contato com o mundo.


Posso compreender sem deixar de considerar asqueroso um determinado grupo de pessoas. Não se deve subestismar o contexto ideológico tão pouco superestimá-lo.
Se nascesse na Alemanha nazista você colocaria crianças na câmara de gás?
Se fosse um Cézar, se divertiria assistindo pessoas sendo devoradas por leões?
Se fosse criado num mosteiro na época da Inquisição, você queimaria hereges em nome de Deus?

São perguntas cuja resposta é imposível de ser dada, até porque a própria pergunta não faz muito sentido, uma vez que "você" nada mais é do que a interação contínua entre sua predisposições inatas com as experiências que a vida lhe apresenta.

Posso compreender que um serial killer seja um serial killer, pois tinha genes com propensão a violência, uma infância traumática etc. mas isso não deixa seu comportamento menos asqueroso.

A religião X promove Y.
Y é asqueroso.
Fulano segue a religião X.
Então fulano promove uma coisa asquerosa.

Não vejo maiores problemas com esta argumentação. Tirando, é claro, que existem diversas maneiras de "fulano seguir a religião X". Exemplo:

O livro sagrado da seita Michael Jackson diz que devemos abusar de crianças.
Samael é seguidor da seita MJ, mas é contra a prática de abusar de crianças.

Se o motivo de eu considerar a seita MJ asquerosa é o abuso de crianças, poderia considerar todos os praticantes desta seita asquerosos se não houvesse o problema de que alguns seguidores sejam contra a prática do abuso.

A generalização só é incorreta porque nem todos os islâmicos são dementes o suficiente pra seguir aquele manual tribal ASQUEROSO chamado Corão.




O grande problema dessa argumentação toda é basear-se em seu conceito de asqueroso ( possivelmente de uns quantos), tirando isso até que não é má.


Depois resta lembrar a lei "Deus vence" :emoticon12:
também conhecida por Godwin :emoticon7:

nazismo é uma referência quase universal para asqueroso.
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O ENCOSTO escreveu:
Pug escreveu:http://www.myciw.org/modules.php?name=Forums&file=viewtopic&p=4218#4218


E?

A propósito, já respondi a mensagem.




Já vi.
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Flavio Costa
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Pug escreveu:Flávio, esta questão da homossexualidade está a revelar-se bem mais interessante.

Nunca havia parado para refletir o que pensava realmente sobre o tema. Sendo uma questão moral, nada demaisque o perguntar-me se considero imoral a homossexualidade e a resposta mais honesta que encontrei até agora foi, não.

Como não estou cadastrado no fórum islâmico, vou lhe responder em MP.
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Samael
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Re: Re.: Ontem na GNT: Homossexualismo e Islamismo

Mensagem por Samael »

Res Cogitans escreveu:
Samael escreveu:Prefiro tentar entender a julgar de forma tão simplória. Você, como ser humano, também nasceu, viveu e vive sob determinado contexto ideológico, sendo o seu arbítrio limitado pelo seu contato com o mundo.


Posso compreender sem deixar de considerar asqueroso um determinado grupo de pessoas. Não se deve subestismar o contexto ideológico tão pouco superestimá-lo.
Se nascesse na Alemanha nazista você colocaria crianças na câmara de gás?
Se fosse um Cézar, se divertiria assistindo pessoas sendo devoradas por leões?
Se fosse criado num mosteiro na época da Inquisição, você queimaria hereges em nome de Deus?

São perguntas cuja resposta é imposível de ser dada, até porque a própria pergunta não faz muito sentido, uma vez que "você" nada mais é do que a interação contínua entre sua predisposições inatas com as experiências que a vida lhe apresenta.

Posso compreender que um serial killer seja um serial killer, pois tinha genes com propensão a violência, uma infância traumática etc. mas isso não deixa seu comportamento menos asqueroso.

A religião X promove Y.
Y é asqueroso.
Fulano segue a religião X.
Então fulano promove uma coisa asquerosa.

Não vejo maiores problemas com esta argumentação. Tirando, é claro, que existem diversas maneiras de "fulano seguir a religião X". Exemplo:

O livro sagrado da seita Michael Jackson diz que devemos abusar de crianças.
Samael é seguidor da seita MJ, mas é contra a prática de abusar de crianças.

Se o motivo de eu considerar a seita MJ asquerosa é o abuso de crianças, poderia considerar todos os praticantes desta seita asquerosos se não houvesse o problema de que alguns seguidores sejam contra a prática do abuso.

A generalização só é incorreta porque nem todos os islâmicos são dementes o suficiente pra seguir aquele manual tribal ASQUEROSO chamado Corão.


Mas eu não disse que deve ser relevada a influência da religião, não deve mesmo. Mas, "Y é asqueroso" não é um juízo universal e esse é o ponto central. Tanto eu quanto você, Leo, consideramos determinada prática asquerosa, mas, se ela veio a existir e se tornou regra, em determinado contexto histórico, de asquerosa ela não tinha nada.

Esse nosso preceito de "Liberdade individual" é recente demais para condenarmos sociedades inteiras a partir deles. Isso não indica, entretanto, que não devamos defendê-lo como um valor universal a todo custo.

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Mensagem por Res Cogitans »

Samael escreveu:Mas, "Y é asqueroso" não é um juízo universal e esse é o ponto central. Tanto eu quanto você, Leo, consideramos determinada prática asquerosa, mas, se ela veio a existir e se tornou regra, em determinado contexto histórico, de asquerosa ela não tinha nada.


Cara, você tá tirando da lei a moralidade mas é da moralidade que deve sair a lei.
Bem, vou usar uma nomenclatura pessoal só para fim de argumentação neste tópico.

Agente moral: aquele que pode emitir juízos de valor sobre suas ações

Ente moral: qualquer ente que faça sentido dizer que sofreu um mal ou um bem moral
Ex: uma pedra não seria um ente moral mas um inseto sim.

Desde do nascimento da consciência na humanidade temos agentes morais.

Relações morais: qualquer relação entre um agente moral e um ente moral (que pode ou não ser um agente moral)

Diversos povos classificaram as relações morais como certas, erradas, indiferentes, toleráveis etc. Mas a moral não deve ser reduzida a juízos de valor arbitrários acerca de hábitos de uma sociedade.

As teorias morais servem para nos guiar nas considerações de que valor deve ser atribuído a uma relação moral. Elas nos guiam de maneira absoluta? Não, mas isso não é tão importante quanto se pensa.

Vou fazer uma analogia:

A ciência de determinada época diz que o fenômeno X é causado por Y.

A ciência de nossa época diz que o fenômeno X é causado por W e tem dados suficientes para tornar a hipótese da causação por Y ridícula.
EX: a tese da abiogênese forte (moscas nascendo de carne)

O fato da abiogênese ter sido considerada certa, não significa que ela foi certa.

As teorias científicas estão para os fenômenos naturais como as teorias morais estão para as relações morais.

Podemos sim analisar através da razão que teoria científica descreve melhor os fenômenos naturais e qual teoria moral descreve melhor as relações morais.
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Acho ainda que essa é uma tentativa de "cientificizar" relações abstratas e subjetivas.

O fato simples é que não há nada que legitime o nosso juízo moral como verdadeiro e universal, a não ser nossa própria opinião. E isto se deve simplesmente ao fato de juízos de valores serem fatalmente relativos e abstratos.

Eu concordo que a nossa moral deva ser imposta no intuito de proteger o indivíduo (ideário tão pregado em nossos tempos), mas não vou revestir isso com uma capa de "teoria moral que melhor descreve as relações morais" porque para mim não há nada que "melhor descreva" relações morais.

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Mensagem por Res Cogitans »

Samael escreveu:Acho ainda que essa é uma tentativa de "cientificizar" relações abstratas e subjetivas.


Não vejo problemas delas serem abstratas. E não são em todo subjetivas.

O fato simples é que não há nada que legitime o nosso juízo moral como verdadeiro e universal, a não ser nossa própria opinião.


Você diz que a moral se reduz ao conjunto pessoal de certo e errado que não pode ser confrontado com outro conjunto. Isso te deixa inapto para qualquer discussão sobre moral. Se moral é mera opinião é como convencer a alguém a gostar ou não de jiló.


Eu concordo que a nossa moral deva ser imposta


Porque? Se ela não pode ser considerada melhor nem pior? Capricho?

no intuito de proteger o indivíduo (ideário tão pregado em nossos tempos),


Porque devemos proteger o indivíduo? Só porque é sua opinião moral sobre o assunto?

mas não vou revestir isso com uma capa de "teoria moral que melhor descreve as relações morais" porque para mim não há nada que "melhor descreva" relações morais.


Então nada justifica suas posições morais e isso te desabilita a propor a substituição de um comportamento por outro.
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Res Cogitans escreveu:Não vejo problemas delas serem abstratas. E não são em todo subjetivas.


Nem eu. Mas não vejo como tecer regras determinadas a isto.

Res Cogitans escreveu:Você diz que a moral se reduz ao conjunto pessoal de certo e errado que não pode ser confrontado com outro conjunto. Isso te deixa inapto para qualquer discussão sobre moral. Se moral é mera opinião é como convencer a alguém a gostar ou não de jiló.


Fazer o quê, né? Mas eu não vou procurar nenhum padrão universal para poder caracterizar a moral para que, só então, eu possa discutir valores morais. Até porque, como já disse, não acredito nesses padrões.

Res Cogitans escreveu:Porque? Se ela não pode ser considerada melhor nem pior? Capricho?


Não, por ser nossa. A nossa moral sempre deriva dos nossos conceitos pessoais de "certo" e "errado". Se não tentarmos impô-la (putz, isso soa mal pra cacete), vamos ser coniventes com o que consideremos "mal".

Um exemplo disso é a pedofilia. Eu condeno, você condena. Mas não há nenhuma lei universal que considere isso certo ou errado. Algumas culturas, inclusive, a praticaram com freqüência, sem impedimentos morais relevantes.

no intuito de proteger o indivíduo (ideário tão pregado em nossos tempos),


Res Cogitans escreveu:Porque devemos proteger o indivíduo? Só porque é sua opinião moral sobre o assunto?


Porquê é nossa moral intrínseca, nossa própria concepção de "certo" e "errado". É um fragmento subjetivo atirado ao tempo, é mero reflexo do pensamento de uma época, é algo que muitos podem até considerar irrelevante, mas, para alguém que considera a moral relativa, como eu, ou se faz isto, ou se cai num niilismo crônico.

Res Cogitans escreveu:Então nada justifica suas posições morais e isso te desabilita a propor a substituição de um comportamento por outro.


Não exatamente. Se nada justificasse minhas opiniões morais, elas nem existiriam. Elas derivam de uma consciência de época, de valorações pessoais e de altruísmo. Elas simplesmente não são valores universais e instransponíveis, como os adeptos da "moral universal" tanto pregam.

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Res Cogitans
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Mensagem por Res Cogitans »

Samael escreveu:Fazer o quê, né? Mas eu não vou procurar nenhum padrão universal para poder caracterizar a moral para que, só então, eu possa discutir valores morais. Até porque, como já disse, não acredito nesses padrões.


O padrão não precisa ser universal, tão pouco absoluto. Ele precisa ser generalista, conseguir embasar o maior número possível de relações morais. Poderíamos deixar de fazer ciência pq nossos modelos de descrever o mundo não são ideias, absolutos, perfeitos ou que quer que seja, mas a maioria não faz isso. Podemos ter opiniões sobre o mundo ou tentar conhecê-lo, ter alguma espécie de conhecimento mesmo que imperfeito sobre ele. Daí nascem as teorias.
O que digo é que podemos fazer o mesmo com as relações morais, podemos tentar descrever, conhecer como a coisa funciona ou simplesmente ter uma coleção desconexa de opniões sobre o que é certo e o que deixa de ser.

A nossa moral sempre deriva dos nossos conceitos pessoais de "certo" e "errado".


é justamente para inverter esta ordem que existem as teorias morais. Através de alguns princípios básicos podemos deduzir o que é certo e o que é errado. Você está parecendo um adepto do emotivismo.

Um exemplo disso é a pedofilia. Eu condeno, você condena. Mas não há nenhuma lei universal que considere isso certo ou errado. Algumas culturas, inclusive, a praticaram com freqüência, sem impedimentos morais relevantes.


Cara, o que uma cultura faz ou deixa de fazer pouco importa, pq não é a cultura que define o que é ético. A Ética está acima de qualquer cultura. Nossos costumes são ditados por nossa cultura, se nossos costumes são morais ou não são outros 500.

Porquê é nossa moral intrínseca, nossa própria concepção de "certo" e "errado".


Se é intrínseco é uma coisa que faz parte da minha essência.

é mero reflexo do pensamento de uma época


Se é mero reflexo, não é intrínseco.


Não exatamente. Se nada justificasse minhas opiniões morais, elas nem existiriam. Elas derivam de uma consciência de época, de valorações pessoais e de altruísmo. Elas simplesmente não são valores universais e instransponíveis, como os adeptos da "moral universal" tanto pregam.


Se lembra das questões discursivas do vestibular? "Justifique sua resposta". Opinião não precisa de justificativa. Já afirmações sim, e se você não tem nenhum conjunto de princípios para justificar suas posições morais, as mesmas são vazias.
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Res Cogitans escreveu:O padrão não precisa ser universal, tão pouco absoluto. Ele precisa ser generalista, conseguir embasar o maior número possível de relações morais. Poderíamos deixar de fazer ciência pq nossos modelos de descrever o mundo não são ideias, absolutos, perfeitos ou que quer que seja, mas a maioria não faz isso. Podemos ter opiniões sobre o mundo ou tentar conhecê-lo, ter alguma espécie de conhecimento mesmo que imperfeito sobre ele. Daí nascem as teorias.
O que digo é que podemos fazer o mesmo com as relações morais, podemos tentar descrever, conhecer como a coisa funciona ou simplesmente ter uma coleção desconexa de opniões sobre o que é certo e o que deixa de ser.


Concordo plenamente, mas não acho que se possa tirar algum caráter científico disto, nem que possa ser arbitrada uma moral universal. Se devemos tentar impôr uma moral absoluta aos seres, que ela se baseie unicamente nos direitos pessoais e na liberdade de ação até onde essa não infrinja o direito alheio.

é justamente para inverter esta ordem que existem as teorias morais. Através de alguns princípios básicos podemos deduzir o que é certo e o que é errado. Você está parecendo um adepto do emotivismo.


Longe de mim. Só que se mesmo certo e errado são padrões relativos e variantes, que princípios básicos são esses que podem deduzí-los?

Cara, o que uma cultura faz ou deixa de fazer pouco importa, pq não é a cultura que define o que é ético. A Ética está acima de qualquer cultura. Nossos costumes são ditados por nossa cultura, se nossos costumes são morais ou não são outros 500.


Defina ética. E já disse que não considero que moral possua um padrão absoluto acima dos outros para que os costumes possam ou não ser morais.

Se é intrínseco é uma coisa que faz parte da minha essência.

Se é mero reflexo, não é intrínseco.


A existência da moral é intrínseca, a forma como se configuram os padrões morais em cada indivíduo são variantes.

Se lembra das questões discursivas do vestibular? "Justifique sua resposta". Opinião não precisa de justificativa. Já afirmações sim, e se você não tem nenhum conjunto de princípios para justificar suas posições morais, as mesmas são vazias.


Mesmo a ciência trabalha dentro de um sistema, um contexto sob a qual ela possa funcionar. Daí falsearmos aquela velha dicotomia entre "ciência x religião", por exemplo. Obvio que se um dos dois se meter em terreno alheio, será refutado.

E, para mim, "justificar a resposta", nada mais é do que dar uma opinião, embasada sobre os preceitos da chamada ciência, mas, ainda assim, uma opinião.

E eu já afirmei acima sob o que se embasam meus princípios morais, mas isso não significa que eles não sejam meramente opinativos, como penso ser os de qualquer um, queira esse indivíduo ou não dar "cientificidade" a estes padrões.

Dante, the Wicked
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Mensagem por Dante, the Wicked »

Discussão sobre moral! :emoticon19:

Pra começar, este raciocínio relativista que é falacioso:

- As pessoas divergem acerca das questões morais.
- Logo, moral é subjetiva e todas morais são válidas, não havendo uma superior a outra.

Isto tem a mesma estrutura do raciocínio pelo qual os pós-modernistas afirmam que ciência é tão válida quanto mito:

- Cada cultura tem sua visão de mundo.
- Logo, visão de mundo é subjetivo e todas são válidas, não havendo uma superior a outra.

Quem vier com argumentos desta estrutura já é pós-modernista.

Também não vale dizer que é abstrato. Números também não são coisas concretas. São abstrações. Ou alguém aqui já viu o número 2 pairando no ar ou o 3 em repouso sobre uma mesa? Aliás, números nem existem por si mesmos, fora como idéia. Eles são propriedades das coisas. Ex: Existe concretamente 7 cores do arco-íris, 7 pessoas numa sala etc. Mas o 7 em si só existe como idéia. E para termos a idéia de uma coisa em si, sendo que ela sequer existe neste estado no mundo real, temos que abstrair esta coisa, no caso, desvincular 7 de cores do arco-íres, pessoas na sala etc.
E abstraindo podemos ver que eles tem propriedades objetivas. Não é porque as pessoas erram contas, que as contas são subjetivas.

Assim, se podemos abstrair o conceito de "7" de infinitos conjuntos cuja cardinalidade é 7 (sete cores, sete pessoas, sete reais etc.) porque não poderíamos abstrair o ético e o justo das ações das pessoas?
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Dante, the Wicked escreveu:Quem vier com argumentos desta estrutura já é pós-modernista.

:emoticon12:
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Mensagem por Samael »

Flavio Costa escreveu:
Dante, the Wicked escreveu:Quem vier com argumentos desta estrutura já é pós-modernista.

:emoticon12:


Droga...

Dante, the Wicked
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Mensagem por Dante, the Wicked »

Flavio Costa escreveu:
Dante, the Wicked escreveu:Quem vier com argumentos desta estrutura já é pós-modernista.

:emoticon12:


Olha como eu acabei com a argumentação pós-modernista:
http://www.clubecetico.org/forum/viewto ... c&start=24
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Mensagem por Flavio Costa »

Dante, the Wicked escreveu:Olha como eu acabei com a argumentação pós-modernista:
http://www.clubecetico.org/forum/viewto ... c&start=24

Seu argumento de que a natureza é quem decide a sobrevivência também me parece uma arbitrariedade, principalmente porque nós, como seres humanos, somos capazes de interferir na natureza (pela medicina, por exemplo) para produzir bens ou males artificiais. A "natureza" não tem autoridade sobre nós e seus "desígnios" podem ser violados quando for possível e conveniente.
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Mensagem por Dante, the Wicked »

Flavio Costa escreveu:
Dante, the Wicked escreveu:Olha como eu acabei com a argumentação pós-modernista:
http://www.clubecetico.org/forum/viewto ... c&start=24

Seu argumento de que a natureza é quem decide a sobrevivência também me parece uma arbitrariedade, principalmente porque nós, como seres humanos, somos capazes de interferir na natureza (pela medicina, por exemplo) para produzir bens ou males artificiais. A "natureza" não tem autoridade sobre nós e seus "desígnios" podem ser violados quando for possível e conveniente.


Sim. O argumento foi fraco. Mas olha eu aqui destruindo o pós-modernismo:

Dante, the Wicked escreveu:
AMON escreveu:
Dante, the Wicked escreveu:
Não. O tempo é relativo em relação às massas e ao movimento. E isto é um fato objetivo.

Acontece que se alguém viajar na velocidade da luz para alguem lugar longe daqui e depois voltar, para ele terá passado digamos dois anos (equivalente a viagem) já qui na terra já se teria passado muitos anos a mais, para os sujeitos que aqui vivem. Assim o tempo também é relativo para os sujeitos.


NÃO! O fenômeno que você descreve ocorre INDEPENDENTEMENTE dos sujeito. Se a nave não conter qualquer passageiro, o fenômeno ocorrerá da mesma forma, bastando verificar o relógio de bordo quando ela chegar.
Você está cometendo uma falácia ampliando o significado de "relativo ao sujeito". Algo só é relativo ao sujeito se depender de condições psicológicas, sociológicas, antropológicas etc. Não é o caso da natureza relativa do tempo. O tempo é relativo em relação às massas e às velocidades. Não a como o sujeito que viaja próximo à velocidade da luz se sente em relação a isto.

AMON escreveu:
Dante, the Wicked escreveu:Não. Se todos interpretam o objeto de X de maneira Y, ele continua sendo um X mesmo que interpretado de forma errada.
Se você é um homem de cabelo comprido e alguem de olhando de costas pense que você é uma mulher, você continua tendo propriedades masculinas e quam fez o juízo está equivocado.


É claro que o objeto que é X continua sendo sempre X, não importa o que pensem a respeito dele. Agora para efeitos práticos, ele pode passar a ser Y se todos acharem que de fato ele é Y. É isso que quero dizer, se todos acham que ele é Y, ele trás as consequências de ser Y. Se não houver nenhum ser racional, é claro que o objeto ainda é X, mas não faz a mínima diferença, se não existe ninguém apra interpretá-lo é como se não existisse. Só valoramos as coisas porquanto nós existimos e as interpretamos, se não, não faz a mínima diferença como as coisas são e apra que servem. Por isso, para efeitos práticos, da influência que exerce sobre os seres racionais, a interpretação pode exercer efeitos contrários ao que o objeto é de fato, pois no conceito de quem interpreta ele passa a ser Y e não X.


Para efeito prático, as coisas podem acontecer mesmo que as pessoas acreditem que não venha a acontecer, ou não acontecer mesmo que as pessoas acreditem que venha a acontecer. Ex: Um casal pode ter certeza absoluta que transar de pé seja um método anti-concepcional infalível. Para efeito prático, a moça engravidará independentemente de sua certeza.
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Res Cogitans
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Mensagem por Res Cogitans »

Samael escreveu:Concordo plenamente, mas não acho que se possa tirar algum caráter científico disto, nem que possa ser arbitrada uma moral universal. Se devemos tentar impôr uma moral absoluta aos seres, que ela se baseie unicamente nos direitos pessoais e na liberdade de ação até onde essa não infrinja o direito alheio.


Como pode dizer "concordo plenamente" com o que eu falei e ainda insistir nesse lance de moral absoluta?

Longe de mim. Só que se mesmo certo e errado são padrões relativos e variantes, que princípios básicos são esses que podem deduzí-los?


São príncipios da razão humana, Kant usa o IC, o utilitarismo usa outros princípios. O Importante é que uma teoria moral não é uma coleção de costumes arbitrariamente certos ou errados. Uma teoria moral deve ter "axiomas morais" de onde possam der deduzidos o que é e o que deixa de ser moralmente válido. Moral absoluta? Não, não é isso. É apenas ter uma teoria moral que consiga dar conta quantitativamente e qualitativamente de um maior número de relações morais.

Defina ética.


É o que regula como devem ocorrer as relações morais.

E já disse que não considero que moral possua um padrão absoluto acima dos outros para que os costumes possam ou não ser morais.


O relativismo moral é contraproducente à própria filosofia moral. Pois se a moral é relativa, ou subjetiva, não existe sequer motivo para argumentar porque meu sistema moral é melhor que outro.
Para termos uma moral objetiva não precisamos que bem e mal seja uma caracterítica imanente das coisas ou relações. Mas que possamos trabalhar com modelos racionais para descrever e prescrever as relações morais. Essa idéia de objetividade moral sem apelar para o realismo moral é descrita por Hare da seguinte forma:
"A ética poderia ser objectiva no sentido em que os problemas morais podem ser resolvidos por métodos racionais. Estes métodos mostrariam que algumas perspectivas morais são aceitáveis e outras não."

Com o relativismo nem isso há. Apenas troca de opiniões como se Rolling Stones é ou não uma merda.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Samael
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Mensagem por Samael »

Res Cogitans escreveu:Como pode dizer "concordo plenamente" com o que eu falei e ainda insistir nesse lance de moral absoluta?


Moral absoluta? Eu hein...concordo que devamos arbitrar uma moral que embase um sistema de leis aos indivíduos, mas não acho que essa moral vá ser melhor ou pior do que as outras. Apenas mais uma, contextualizada segundo as ideologias de tal época.

São príncipios da razão humana, Kant usa o IC, o utilitarismo usa outros princípios. O Importante é que uma teoria moral não é uma coleção de costumes arbitrariamente certos ou errados. Uma teoria moral deve ter "axiomas morais" de onde possam der deduzidos o que é e o que deixa de ser moralmente válido. Moral absoluta? Não, não é isso. É apenas ter uma teoria moral que consiga dar conta quantitativamente e qualitativamente de um maior número de relações morais.


Ah, agora sim estamos falando a mesma lingua. :emoticon14:

Mas você não acha que o problema persiste? Pode haver uma regra geral que arbitre a maioria das relações morais? Você não acha que a questão das relações morais consiste em um sistema contingencial que não pdoe ser abordado por uma regra específica?

É o que regula como devem ocorrer as relações morais.


E esta não pode sofrer variações a partir de comportamentos morais individuais? Se pode, como algum princípio pode regular tais relações?

O relativismo moral é contraproducente à própria filosofia moral. Pois se a moral é relativa, ou subjetiva, não existe sequer motivo para argumentar porque meu sistema moral é melhor que outro.
Para termos uma moral objetiva não precisamos que bem e mal seja uma caracterítica imanente das coisas ou relações. Mas que possamos trabalhar com modelos racionais para descrever e prescrever as relações morais. Essa idéia de objetividade moral sem apelar para o realismo moral é descrita por Hare da seguinte forma:
"A ética poderia ser objectiva no sentido em que os problemas morais podem ser resolvidos por métodos racionais. Estes métodos mostrariam que algumas perspectivas morais são aceitáveis e outras não."

Com o relativismo nem isso há. Apenas troca de opiniões como se Rolling Stones é ou não uma merda.


Eu sei que é contraproducente, tanto é contraproducente que estou aqui há postagens e postagens contigo fazendo uma mistureba pra conseguir embasar meus argumentos. O problema é que eu não consigo ver as coisas de outra forma.

Concordo que não só podemos como devemos arbitrar uma moral segundo princípios uteis e que protejam a liberdade individual, mas eu duvido muito que essa moral poderia abarcar um número grande de contextos históricos e sociais e que fôsse realmente um padrão abrangente à maioria dos indivíduos.

Só acho que o utilitarismo não é padrão para se legitimar uma regra moral universal, por mais que seja o mais próximo disto que possamos alcançar.

Dante, the Wicked
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Mensagem por Dante, the Wicked »

Res Cogitans escreveu:São príncipios da razão humana, Kant usa o IC, o utilitarismo usa outros princípios. O Importante é que uma teoria moral não é uma coleção de costumes arbitrariamente certos ou errados. Uma teoria moral deve ter "axiomas morais" de onde possam der deduzidos o que é e o que deixa de ser moralmente válido. Moral absoluta? Não, não é isso. É apenas ter uma teoria moral que consiga dar conta quantitativamente e qualitativamente de um maior número de relações morais.


Se bem que a Ética kantiana não dá conta do "grau de moralidade". Contar uma mentira é tão imoral quanto matar várias pessoas para Kant.
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