[Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Pedro Reis
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Pedro Reis »

Apo escreveu:O que menos eu respeito no espiritismo é que eles, ao contrário das demais crenças, apelam para uma intimidade com a Ciência como se quisessem mesmo se diferenciar da crença cega. Não ousam dizer jamais que se trata de doutrina de fé. Trazem relatos enormes de experimentos, botam cientistas e testemunhas no meio, mas sempre fazendo questão de ficar restritos à relatos e provas documentais que eram aceitas ( ou dizem que eram, porque havia quem discordasse de tais "métodos" no passado também) há 100 ou mais anos. Quanto mais distante se encontra do presente, mais eles usam, pois assim tentam escapar de uma averiguação presente que comprovaria que tudo aquilo é fraude. Fora as condições que eles impõe ( eles, não os espíritos!) para que haja algum tipo de contato.

E invertem desta forma o ônus da prova. Penso que ficam imaginando que com isto, nos deixam sem argumentos e com cara de bobos. E então, isto alimenta e reforça a doutrina deles.

Pelo menos as demais religiões assumem que é questão de fé.


Mas eles não estão sozinhos nisso. Virou moda, tem muita gente usando linguagem pseudo-científica para iludir os incautos.

Vc já viu um o documentário "What bleep are you talking about?"

Mas agora acabou de ocorrer um fenômeno paranormal com o meu PC e este fórum na hora em que eu fui responder a sua mensagem.

Fui jogado para uma tela completamente diferente, com outros recursos, outra diagramação, era branca e não preta. Quando voltei o fórum todo tinha mudado. Estava tudo diferente, e a tela tinha ficado branca, e diagramação da página era completamente diferente... Credo!!!

Será que foi um fenômeno mediúnico?????

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Anna
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Anna »

Sim. Tirou uma foto pra provar? :emoticon33:
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Botanico
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Botanico »

Anna escreveu:Cara, eu já refutei TUDO que o botânico esta REPETINDO nesse tópico sobre repetibilidade e reprodução de um experimento, e ele SABE bem. Isso foi em 2006 ou 2007!

Então por amor aos novatos refute tudo de novo ou coloque os links dos tópicos com as devidas refutações.

Anna escreveu:Gente pra que perder tempo com o botânico?

Dê o motivo e siga-o.

Anna escreveu:é o mesmo que perder tempo com o Erivelton ou caro colega. Ele não quer a verdade! Como os criacionistas, vai sair pela tangente, não vai responder os questionamentos, e ser desonesto intelectual tentando confundir com posts enormes que não respondem os questionamentos, por estar cego, por vontade própria. Tão cego que está pagando esse mico ridículo aqui. Ainda bem que ele esconde a ID dele, ia ser bizarro pros colegas da USP ver um cientista e formador de outros, desacreditar, e tentar confundir o caminho usado por nós, pra tentar validar fotos forjadas, com testemunhos dos próprios envolvidos no golpe.

Ah! Isso não me preocupa: para o que os meus colegas me formaram, até que me saio bem. Agora para situações envolvendo ações humanas, aí não é a praia deles... e acho que não é de muito cético também.

Anna escreveu:O Bobó sabe que para a botância e zoologia apesar de não haver experimentação ou montagem de um teste APENAS em alguns casos (como as listas de espécies, descrições de novos táxons ou revisões taxonômicas e sistemáticas) é necessário o depósito do material testemunho em instituição fiel depositária, e o mesmo pode ser consultado por qualquer um que queira checar a validade das informações publicadas, usados para dar suporte as premissas erigidas.

E onde eu arranjo um fiel depositário de um fenômeno mediúnico? Como é que faço um experimento mediúnico que convença aos que nunca viram nada? Horra! Esse pessoal vive invocando a filosofia científica, mas o que eu quero são exemplos simples e claros, protocolos mastigadinhos, pois não estou a fim de perder o meu tempo para imaginar um experimento que agradasse aos céticos, uma vez que não estou na cabeça deles...

Anna escreveu:Ninguém aceita foto, nem de mamífero, se for descrição de espécie. Os unicos levantamentos , e não descrição de táxon ou revisão, onde não se usa MAIS o depósito de material testemunho é o de mamíferos de grande e médio porte, por motivos óbvios. Os mamíferos dos locais abundam nas coleções do mundo, e são vistos em abudância pra qualquer um que vá ao local.

No mais até mesmo quando estabelecemos a relação de parentesco entre os bichos ou plantas que estudamos nós temos que submeter a testes filogenéticos, cladísticos, e moleculares.

Ou seja está novamente saindo pala tangente, e tentando confundir aqueles que desconhecem ciência. Típico de retórica crente em debates criacionistas.

Pois é Anna. Que posso fazer além disso, uma vez que não me dão retorno para aquilo que eu peço? Aqui me pedem médiuns dos bons (que eu não conheço) mas não me dizem o que farão com eles, nem como isso convencerá aos outros céticos...

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Anna
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Anna »

Botanico escreveu:E onde eu arranjo um fiel depositário de um fenômeno mediúnico? Como é que faço um experimento mediúnico que convença aos que nunca viram nada? Horra! Esse pessoal vive invocando a filosofia científica, mas o que eu quero são exemplos simples e claros, protocolos mastigadinhos, pois não estou a fim de perder o meu tempo para imaginar um experimento que agradasse aos céticos, uma vez que não estou na cabeça deles...


Bobó, não use essa técnica de tentar sair pela tangente tentando confundir e inverter postulados pois você se desqualifica e diminui sua própria capacidade. E nos envergonha de certa forma. Qualquer pessoa no mundo sabe que a validação de premissas só ocorre mediante a comprovação de fatos.

Esses podem ser padrões ou processos, no caso das linhas descritivas o escopo é evidenciar o padrão, como as morfológicas, estruturais (e.g. taxonomia), para tanto, óbviamente, o objeto descrito tem que estar disponível, OU ser passível de verificação, caso contrário não poderia ter sido descrito e nem pode ser verificado posteriormente abrindo precedentes para premissas equívocas, confusões e/ou inverdades. Os diferentes objetos, para tanto, devem ser evidenciados atarvés da criação de técnicas explícitas que os evidencie e/ou equipamentos que os acessem.

Se a linha almejada não for descritiva ela é experimental. Como é o caso de processos químicos, físicos e biológicos, e também os paranormais (espíritos ou toda sorte de lendas). Portanto, é tão patético bradar sobre depósito de espíritos como seriua patético e imbecil bradar sobre o depósito da umidade, da longitude, da gravidade, da temperatura, da eletricidade, etc. Até hoje eu não depositei em coelção fiel depositária o efeito da longitude ou da umidade sobre a comunidade ou sobre o padrão de distribuição dos meus bichos, lógico.

Então Bobó pare de fazer confusões retóricas rasas e sem sentido, confusas, e que incluem coisas óbvias, porque fazendo isso vc abre precedentes pra que passemos a suspeitar que certos profissionais são completamente desqualificados para executarem as funções que professam, por não terem conhecimento mínimo das bases e resitos para o cargo. E que certas contratações acadêmicas deveriam ser revistas com urgência pois podem estar pondo em risco a formação dos futuros profissionais do país.
Editado pela última vez por Anna em 28 Abr 2009, 16:07, em um total de 4 vezes.
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Botanico
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Botanico »

Pedro Reis escreveu:Ah meu caro, agora tô entendendo porque o sujeito não se interessou pelo seu experimento "científico"...

Eu tenho certeza que quando se trata de Botânica você faz ciência de uma maneira muito mais lúcida do que essa. Mas quando chega nos seus dogmas espiritistas aí vem a tal da irracionalidade seletiva...


O teu experimento é sim inversão do ônus da prova e em si não prova nada!

Veja bem, você fez uma alegação extraordinária. Por nenhum outro motivo além da fé cega você resolveu aceitar como verdade inquestionável os relatos lidos em alguma obra DE ORIENTAÇÃO ESPÍRITA sobre o testemunho de pessoas que teriam presenciado certos fenômenos de umas auto alegadas médiuns.

Você não sabe se estes livros são confiáveis, você não sabe se o autor foi seletivo na hora de colher os testemunhos, não sabe se foi tendencioso, não sabe se foi vigarista consciente ou inconsciente. A sua distorção do que é Ciência já começa quando você assume como um fato, dá o peso de um fato, a um relato de supostos eventos que não podem ser reproduzidos nem verificados. Mais grave ainda, relatos influenciados pela orientação religiosa e os interesses pessoais de indivíduos que estão RELATANDO OS RELATOS de outros também religiosamente influenciados.

Na lógica da sua argumentação estas premissas já surgem sempre quase como fatos indisputáveis e todo o seu raciocínio já parte daí para invariavelmente chegar às conclusões que mais lhe agradam, não importando todos os indícios e improbabilidades em contrário.

É meu caro. Esse é outro motivo pelo qual já desistimos de perder tempo com os que se dizem cientistas ou céticos: os relatos de "descobertas de fraudes" serão sempre considerados idôneos e seus emitentes "nunca teriam motivos para mentir".

Quer um exemplo? O jornalista Jules Bois escreveu um artigo em 1912 (três anos após a morte da Florence Cook) dizendo ter sido amante dela e que ela lhe revelara em seus tórridos encontros os truques bobos e infantis que usou para enganar o William Crookes. E Bois até diz testou esses truques e confirmou a viabilidade deles. Outro, Francis Anderson, disse coisas parecidas. Procure o artigo What Kate King did?, de Peter Brookesmith e verá este autor cético afirmando que a médium confessara a dois dos seus amantes (ele indiretamente afirma com isso que haveria outros!) os truques que fizera. Está vendo como o autor cético NÃO COLOCA em dúvida essa confissão ao estilo "ele confessa que eu..."? Agora quais foram os truques bobos e infantis com os quais ela enganou o cientista? Bois não disse, Anderson não disse, ninguém disse e NENHUM CÉTICO JAMAIS SE LEMBROU DE PERGUNTAR.

Agora quando chega a vez dos relatos feitos por cientistas QUE NEM MESMO ERAM ESPÍRITAS, não acreditavam em espíritos (e muitos continuaram não acreditando, como o próprio Crookes), mas que confirmam os fenômenos mediúnicos que observaram, aí emerge o espírito cético: os relatos são suspeitíssimos, os cientistas eram suspeitíssimos, o que eles descreveram são coisas impossíveis de acontecer... Dois pesos e duas medidas, meu caro?

[quote=]
Há coisas mais além da fotografia em si, que é o relato de pessoas tanto
quanto eu saiba nunca acusadas de inidoneidade, que testemunharam e
registraram o evento... Mas pelo que vejo, bastou terem feito isso para
serem consideradas vigaristas pela comunidade cética. Certo?
[/quote]
Pedro Reis escreveu:Não, é que a gente acha estranho... porque se o Pixotinho pudesse mesmo tirar assombração do nariz faria isso na frente de todo mundo, ele e outros fariam na tv e ao vivo, fariam a qualquer hora, e não só para uma meia dúzia de espíritas "idôneos" em cujos relatos os que se inclinam para esta doutrina
sempre irão confiar cegamente.

Se algum dia você vier a se informar devidamente sobre materialização, quem sabe entenda porque os médiuns desse tipo de mediunidade não seriam loucos de fazer isso, independente do rigor adotado. Crookes foi rigoroso nos seus experimentos com os médiuns... mas tudo se liquida com a simples declaração: é só um relato. certo?

Pedro Reis escreveu:Mas voltando ao seu "experimento"...

É uma total perda de tempo. Novamente você está partindo da premissa furada de que os relatos são confiáveis. Tanto o das médins fajutas, como o testemunho dos incautos que iam lá dispostos a obter a confirmação de algo em que já querem acreditar.

Enquanto não se pode imaginar nenhuma razão plausível para as tais irmãs Fox terem confessado uma fraude que não fizeram não podemos ter o mesmo grau de confiança nos testemunhos das pessoas inclinadas a acreditar em fantasmas e que compareciam a este tipo de sessão justamente por serem inclinadas a crer em fantasmas.

Suprimi o resto, pois não vem ao caso.
Bem, um breve histórico das Fox para você:
Perto delas aconteciam fenômenos de pancadas, cuja origem ninguém sabia dizer qual era. Então se formou uma comissão para investigar a coisa. A conclusão foi que nem todas as respostas eram certas, nem todas erradas, mas de qualquer forma não conseguiram achar a causa dos ruídos. Fez-se uma segunda comissão, que notou a vibração causada na mobília quando os sons vinham delas, mas também não descobriu como tal fenômeno se dava. Aí, o exasperado público altamente cristão da localidade exigiu uma terceira comissão rigorosíssima. Um dos seus membros jurou que se atiraria nas cataratas de um rio próximo se não descobrisse a fraude. As meninas (eram crianças nessa época) foram despidas, examinadas, amarradas em cadeiras e seus pés descalços colocados sobre almofadas. De novo vieram os sons, variados, até as perguntas mentais foram respondidas... E de novo a comissão não pôde concluir como elas faziam aquelas coisas. Tá na cara que só podia ser coisa do Demo e como o Deus dos cristãos não pode proteger sua gente do Demo, o jeito é liquidar com quem está em contato com o Demo. Elas quase foram linchadas.

Um ano depois, uns médicos da Universidade de Buffalo falaram que tinham descoberto a causa: elas estalavam o osso da rótula. E elas responderam com um desafio para que demonstrassem ser isso mesmo, pois não queriam passar por impostoras. E os médicos arregaram.

Bem, para resumir, elas passaram os anos seguintes, uns 38 anos, atuando como médiuns pagas e tanto quanto eu saiba, nunca houve processo judicial por fraude contra elas. Suponho que a clientela ficou satisfeita. Mas aí em 1888, Margareth se desentendeu com Leah e, cansada de tudo aquilo, resolveu jogar tudo pro alto. Subornada por autoridades católicas (ela se batizara católica por influência do marido), ela aceitou confessar fraude por tudo.

Um dos motivos de eu sugerir aquele experimento foi que, ao contrário do que você afirmou sobre obra espírita suspeita, ela fez essa confissão num jornal. O jornalista que estava colhendo o depoimento viu-se subitamente cercado de sons de pancadas, que ocorriam na porta, janela, paredes, chão e até na mesa onde escrevia o depoimento dela. Ele perguntou assustado:
_ É tudo fraude?
E ela respondeu:
_ Inteiramente! Não é tão fácil enganar?
E caso não saiba, o relato do jornalista é reproduzido em vários livros anti-espíritas. Mas como disse, ELA NÃO DEMONSTROU COMO FAZIA ISSO. Foi marcada uma data onde ela iria a um teatro e faria a confissão pública e a demonstração de seus poderes. Falam os autores cristãos que no teatro havia numerosos espíritas chorosos, que imploravam a ela que mudasse de idéia (considera você suspeito isso ou não?). Mas ela se manteve firme e fez a confissão (que foi publicada no jornal) e demonstrou seus poderes: subiu num tamborete e estalou os artelhos. Foi só o que ela fez (está na reportagem, viu?). Não demonstrou como fazia esse estalo repercutir longe de seus pés, nem produzir sons variados. E é lógico, nenhum cético se atreveu a pedir isso. Como eu disse, entornaria o caldo. Mas hoje em dia, a comunidade cética está satisfeita só com isso.

Entendeu agora a cobrança que fiz daquele experimento? Se os céticos acham que os estalos de articulação explicam tudo, então que me provem isso. Agora se vão fazer como você, ou seja, aquilo que não puderem explicar então é porque não houve, o relato é suspeito, aí então é melhor a gente dizer para a comunidade cética: vão rezar pro Carl Sagan.

Pedro Reis escreveu:Mas olha só que curioso... você está disposto a ter todo este trabalho apenas pela inutilidade de demonstrar que episódios narrados em algum livro de algum autor espírita não podem ser mimetizados pelo som de ossos estalando, (no que muito provavelmente vc está certo), mas não demonstra o menor interesse em escrever o seu nome tanto na história do espiritismo quanto da ciência ao ser o primeiro a registrar o processo de materialização de um espírito.

Aí você diz que é perda de tempo... que não vai provar nada, que os céticos não se convencem com isso...

Certo, mas seria então este seu trabalhoso e furado experimento que provaria alguma coisa?

Olha, meu caro, se eu pudesse ter um médium de materialização a meu serviço, eu ia buscar fazer um outra pesquisa, caso ela fosse possível. E não vai ser para repetir mais do mesmo, pois eu sei que isso não vai convencer a ninguém. Os médiuns que ainda fazem isso (soube de um centro no Rio que ainda faz disso) se dedicam a dar conforto espiritual a quem precisa. É a tarefa que decidimos que seria nossa e nos restringimos a ela.

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Botanico
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Botanico »

Apo escreveu:As tais testemunhas ( que eles saibam) nunca foram acusadas de falta de idoneidade. Os tais vídeos eles não sabe se existem e nunca viram, mas para que mostrar se céticos vão dar um jeito de ver algo que não se encaixa? Os tais 200 cientistas era "renomados" na época. Por que os céticos iriam aceitar que tudo é real e honesto? Céticos são céticos porque nasceram para ser do contra. Logo, que apresentem as provas em contrário e não fiquem exigindo que as pessoas e os espíritos se submetam às suas pirraças!


:emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23:


Pois é. A mentalidade cética é: Hay gobierno neste país? Yo soy contra!
Sem problemas, ser contra não é desdouro. Eu apenas gostaria de um motivo mais consistente para ser contra. Ser contra apenas por gosto é incômodo, pois gosto não se discute, lamenta-se.

Ah! A propósito, no caso do Brasil: Hay gobierno neste país? No hay.

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Anna
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Anna »

Botanico escreveu:Pois é Anna. Que posso fazer além disso, uma vez que não me dão retorno para aquilo que eu peço? Aqui me pedem médiuns dos bons (que eu não conheço) mas não me dizem o que farão com eles, nem como isso convencerá aos outros céticos...


Bobó, mais patético ainda é você ficar agarrado a essa tara por convencer ateus e céticos. Porque lhe incomoda se uma minoria irrisória em fóruns céticos não aceita essas fotos?
Vc deveria estar preocupado com o resto da massa crítica do mundo, heterogênea, e que não está convencida de que essas fotos patéticas e os experimetos velhos sejam minimamente plausíveis e deva ser considerados como nada. Há espíritas, espiritualistas, budistas, umbandistas, evangélicos, católicos e toda uma outra ordem enorme de gente, muito mais numerosos que esta que vc enche a boca e faz parecer uma poderosa organização cética.
Editado pela última vez por Anna em 28 Abr 2009, 17:24, em um total de 1 vez.
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Botanico
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Botanico »

Anna escreveu:
Botanico escreveu:E onde eu arranjo um fiel depositário de um fenômeno mediúnico? Como é que faço um experimento mediúnico que convença aos que nunca viram nada? Horra! Esse pessoal vive invocando a filosofia científica, mas o que eu quero são exemplos simples e claros, protocolos mastigadinhos, pois não estou a fim de perder o meu tempo para imaginar um experimento que agradasse aos céticos, uma vez que não estou na cabeça deles...


Bobó, não use essa técnica de tentar sair pela tangente tentando confundir e inverter postulados pois você se desqualifica e diminui sua própria capacidade. E nos envergonha de certa forma. Qualquer pessoa no mundo sabe que a validação de premissas só ocorre mediante a comprovação de fatos.


E pela enésima vez: como é que eu comprovo um fato mediúnico? Não sei se reparou, mas NENHUM cético até hoje me disse. O que me disseram para fazer foram as mesmas coisas que os antigos cientistas fizeram (e que declaram ser evidência anedota) e tudo fica como dantes no quartel dos Abrantes.

Anna escreveu:Então Bobó pare de fazer confusões retóricas rasas e sem sentido, confusas, e que incluem coisas óbvias, porque fazendo isso vc abre precedentes pra que passemos a suspeitar que certos profissionais são completamente desqualificados para executarem as funções que professam, por não terem conhecimento mínimo das bases e resitos para o cargo. E que certas contratações acadêmicas deveriam ser revistas com urgência pois podem estar pondo em risco a formação dos futuros profissionais do país.

As minhas confusões retóricas derivam do fato que essa tal comunidade cética quer fazer da experimentação mediúnica uma coisa como ciências matemáticas e outras exatas, onde tudo é perfeitamente previsível. Só que pessoas não são previsíveis e não são duráveis como os teoremas matemáticos.

Quanto às questões acadêmicas acima, olha, fiquei lisonjeado, pois vejo então que posso estar prestando um grande serviço nessa contratação rigorosa de pesquisadores.

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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Anna »

E por fim, fora aqueles que têm algum tipo de problema mental, nenhuam criatura sã vai achar por bem, e plausível, exigir que pessoas aceitem um material ruim e de qualidade duvidosa como comprovação irrefutável de um fenômeno com a justificativa de que auqeles reais interessados em validar o fenômeno não querem perder tempo pra criar uma forma de demosntrar o mesmo.
Assim o fosse continuaríamos a fazer sangrias.
:emoticon197: :emoticon165:
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Anna »

E pela enésima vez: como é que eu comprovo um fato mediúnico? Não sei se reparou, mas NENHUM cético até hoje me disse. O que me disseram para fazer foram as mesmas coisas que os antigos cientistas fizeram (e que declaram ser evidência anedota) e tudo fica como dantes no quartel dos Abrantes.


Ah claro, o cientista, professor da graduação e pós da USP não sabe que cabe ao proponente da hipótese que comprová-la? Não foi um advogado ou um juíz que me contou num fórum a forma para comprovar e captar o efeito da longitude, umidade, e temperatura, eu e meu orientador criamos.

Bobó, pare com isso, é ridículo. Vc não vê que não é interessante ver um homem versado, que se diz pesquisadsor, ficar intencionalmente confundindo e tecendo parâmetros comparativos sem o menor sentido como se fosse um idiota? Se vc quer acreditar em espíritos ótimo! Vc quer acreditar quie o mundo inteiro está sofrendo de um surto coletivo e não aceita o óbvio dessa foto de má qualidade. É sua escolha cara.
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Anna »

Botanico escreveu:As minhas confusões retóricas derivam do fato que essa tal comunidade cética quer fazer da experimentação mediúnica uma coisa como ciências matemáticas e outras exatas, onde tudo é perfeitamente previsível. Só que pessoas não são previsíveis e não são duráveis como os teoremas matemáticos.


Ótimo Bobó, o qeu afirma então é não tem como comprovar através de método algum, a não ser na sala escura do centro , dentro da jaula, que espíritos sematerializam. Legal, vc acredita nisso, a gente não.

Quanto aos céticos eu repito:


Anna escreveu:Bobó, mais patético ainda é você ficar agarrado a essa tara por convencer ateus e céticos. Porque lhe incomoda se uma minoria irrisória em fóruns céticos não aceita essas fotos?

Vc deveria estar preocupado com o resto da massa crítica do mundo, heterogênea, e que não está convencida de que essas fotos patéticas e os experimentos velhos sejam minimamente plausíveis e deva ser considerados como nada. Há espíritas, espiritualistas, budistas, umbandistas, evangélicos, católicos e toda uma outra ordem enorme de gente, muito mais numerosos que esta que vc enche a boca e faz parecer uma poderosa organização cética.


Quanto às questões acadêmicas acima, olha, fiquei lisonjeado, pois vejo então que posso estar prestando um grande serviço nessa contratação rigorosa de pesquisadores.


Bobó, se você usar essa mesma lógica curva cheia de voltas malucas e sem sentido, maluquice, que está fazendo nesse tópico infelizmente nnehum de nós vai poder ter essa certeza. Teremos medo de matricular filhos na USP.
Portanto para com isso, pelo amor de Allah!!!!
Editado pela última vez por Anna em 28 Abr 2009, 17:24, em um total de 1 vez.
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Apo »

Pedro Reis escreveu:
Apo escreveu:O que menos eu respeito no espiritismo é que eles, ao contrário das demais crenças, apelam para uma intimidade com a Ciência como se quisessem mesmo se diferenciar da crença cega. Não ousam dizer jamais que se trata de doutrina de fé. Trazem relatos enormes de experimentos, botam cientistas e testemunhas no meio, mas sempre fazendo questão de ficar restritos à relatos e provas documentais que eram aceitas ( ou dizem que eram, porque havia quem discordasse de tais "métodos" no passado também) há 100 ou mais anos. Quanto mais distante se encontra do presente, mais eles usam, pois assim tentam escapar de uma averiguação presente que comprovaria que tudo aquilo é fraude. Fora as condições que eles impõe ( eles, não os espíritos!) para que haja algum tipo de contato.

E invertem desta forma o ônus da prova. Penso que ficam imaginando que com isto, nos deixam sem argumentos e com cara de bobos. E então, isto alimenta e reforça a doutrina deles.

Pelo menos as demais religiões assumem que é questão de fé.


Mas eles não estão sozinhos nisso. Virou moda, tem muita gente usando linguagem pseudo-científica para iludir os incautos.


Eu sei que agora virou moda e eles chegam a usar o termo "casamento" da religião com a Ciência. Culpa de alguns cientistas que parece que estão cansados do que escolheram como trabalho e resolveram dar uma desmunhecada para vender livro ou chamar atenção na mídia.

Vc já viu um o documentário "What bleep are you talking about?"


Já ouvi falar.

Mas agora acabou de ocorrer um fenômeno paranormal com o meu PC e este fórum na hora em que eu fui responder a sua mensagem.

Fui jogado para uma tela completamente diferente, com outros recursos, outra diagramação, era branca e não preta. Quando voltei o fórum todo tinha mudado. Estava tudo diferente, e a tela tinha ficado branca, e diagramação da página era completamente diferente... Credo!!!

Será que foi um fenômeno mediúnico?????


Acontece. Não é coisa do capeta e nem a Irmã Josefa. :emoticon33:
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Pedro Reis »

Como já haviam me alertado essa discussão é infrutífera. Mas tô descobrindo que é também muito cansativa.

"Mais do mesmo", expressão que ele adora, deveria ser o nome do meio do Botânico.

Não tenho nada contra debater mas é um saco se o outro finge o tempo todo que não entende, que não conhece e que não sabe o que na verdade tá careca de saber. Tudo a gente tem que repetir três vezes, no mínimo. Não que ele admita ter entendido na terceira mas é que antes da quarta qualquer um desiste.

Mas ele resmunga: "É mais do mesmo.", sem se dar conta que isso acontece porque ele continua empacado no mesmo lugar.

A crítica que eu fiz ao seu experimento, Botânico, é muito simples. Eu não sei que parte você conseguiu não entender.

Baseado em um livro simpático ao espiritismo escrito em 1800 e caquerada você concluiu que o testemunho talvez não muito confiável do livro sobre o episódio da confissão da senhora Fox é incompatível com os testemunhos ainda menos confiáveis que descreveram certos fenômenos segundo a versão pouco confiável do livro do autor simpático a doutrina espírita.

Eu disse que você estava partindo de pressupostos muito duvidosos e que o pior era o seu raciocínio
implícito de que se não eram artelhos então só podiam ser fantasmas. Uma lógica maravilhosa e um
jeito de fazer ciência mais maravilhoso ainda.

Nunca tinha ouvido falar deste caso mas imaginei que você tivesse lido sobre isto em literatura de cunho
espírita, afinal, nada mais natural, já que você é espírita e este é o tipo de caso que estes autores
costumam explorar. Porém fiquei curioso e procurei saber um pouco mais, especialmente buscando referências ao que foi publicado nos jornais da época.

Mas olha, diferentemente da sua versão, o que eu comecei a descobrir foi uma história típica de assombração, tão mal contada, com tantas inconsistências, que rapidamente cheguei a conclusão que não valia a pena ficar aqui perdendo meu tempo com essa besteira. Esse caso é em tudo análogo a estas fotografias que deram origem a toda esta discussão. Onde qualquer pessoa não perturbada vê um vigarista com um pano na boca você enxerga um ectoplasma. O caso Fox também não é das farsas mais coerentes que já vi mas descobri que os espíritas o vêem como um marco, tendo sido o episódio responsável pela difusão do movimento espiritualista nos EUA e na Europa.

Resumindo até onde apurei antes de perceber que estava bancando o idiota pesquisando sobre esta bobagem:

No pequeno povoado de Hydesville uma moça, Lucretia Pulver, gostava de entreter os amigos com a história de que um dia um caixeiro viajante havia se hospedado na casa em que ela trabalhava, do Sr. e Sra. Bell, porém no dia seguinte o homem teria desaparecido. Lucretia insinuava que seus patrões poderiam ter assassinado o mascate e escondido o corpo em algum lugar.

Possivelmente a história se tornou bastante popular naquele minúsculo povoado onde as pessoas não tinham muito o que fazer, especialmente depois que Lucretia começou a acrescentar o detalhe interessante de que era possível, à noite, escutar estranhos ruídos naquela residência.

Mas nada foi muito além disso até que um novo casal se mudasse para a casa que a esta altura já tinha
reputação de assombrada. Os Weekman, que muito provavelmente souberam destes boatos antes de se mudarem, começaram a relatar a ocorrência de misteriosos ruídos à noite. Embora, até então, os antigos proprietários nunca tenham se queixado de nada.

Mas a nossa história só começa a esquentar mesmo em 1847, quando a família Fox compra a casa. Na verdade só esquenta em 1948, porque, por algum motivo que talvez o Botânico saiba explicar melhor, o fantasma que antes atormentava os Weekman resolveu dar uma trégua de um ano aos novos moradores e só então começa a perturba-los com aquele repertório típico dos fantasmas. À noite batem nas paredes, arrastam os pés no corredor, abrem e fecham portas e janelas, produzem muitos ruídos, especialmente em sótãos e porões, enfim, aquelas coisas que fantasmas costumam fazer para passar o tempo e espantar o tédio.

A coisa foi progressivamente aumentando em intensidade (talvez o Botânico tb pudesse explicar isso) e os
Fox já estavam bastante assustados com estes estranhos fenômenos, quando numa noite, a jovem Kate Fox, na inocência dos seus 7 anos, resolve desafiar a entidade:

- "Senhor Pé Rachado, faça o que eu faço!"

E começou a bater palmas. Segundo relato da Sra. Fox cada palma da menina era seguida por uma batida,
em perfeita sincronia, mas como era noite de 31 de março a doce e esperta Kate concluiu, com ingenuidade infantil, que fosse alguém brincando de 1 de abril.

A partir daí é a senhora Fox, e não as meninas, quem começa a desenvolver um código de comunicação com o espírito. Uma pancada para SIM, duas pancadas para NÃO, um número de pancadas para cada letra do alfabeto e logo estavam todos íntimos e batendo o maior papo. Assim ficaram sabendo tudo do fantasma, seu nome era Charles B. Rosma, vendedor, tinha 31 anos quando foi assassinado com uma facada, e isto teria ocorrido há quatro anos, seu corpo arrastado pela casa e enterrado na adega. Deixou mulher e quatro filhos. Pela data concluíram que o assassino teria sido mesmo o Sr. Bell, mas não entendo porque o Charles não disse isto com todas as letras, já que podia se comunicar perfeitamente com este sistema inteligentemente bolado pela Sra. Fox.

Inteligente porém trabalhoso, e eu na verdade fico confuso, sem entender porque era necessário, já que
segundo o Botânico várias pessoas relataram que podiam obter respostas mentais para a suas perguntas,
numa espécie de telepatia espiritual, porém os Fox continuaram utilizando o método tradicional de
de comunicação contando pancadas. Mas é interessante isso, assim que um número maior de pessoas
fica sabendo e começa a interagir com o fantasma, passam a surgir testemunhos de fenômenos cada vez
mais impressionantes e sofisticados. Quando tudo começou com os Weekmam, que apenas ouviam ruídos que segundo eles podiam ser de vento ou ratos. Bom, mas se você ainda se lembra no meu último post eu
comentei que esse tipo de coisa sempre acontece.

E o pior é que logo eram muitas pessoas, havia uma multidão, porque ao contrário do que disse o Botãnico
eles não foram perseguidos mas eram os próprios Fox que chamavam os vizinhos, e aparentemente adoravam ser atração, iam buscar até pessoas que estavam pescando no ribeirão para presenciarem o fenômeno.

"Então perguntei: Continuará a bater se chamarmos os vizinhos para que também escutem? A resposta afirmativa foi alta."

"Desse modo, foram chamados vários vizinhos, os quais, por sua vez, convocaram outros, de maneira que, mais tarde e nos dias subseqüentes, o número de curiosos era enorme. Naquela noite compareceram o Sr. Redfield, o Sr. e a Sra. Duesler e os casais Hyde e Jewell."


Aparentemente os Fox estavam adorando tudo mas não devem ter parado pra pensar que os mais crédulos iriam realmente tentar esclarecer o suposto crime, e como o falecido tinha contado com detalhes as circunstâncias e até o lugar onde havia sido enterrado ( "dez pés abaixo do solo" ) logo curiosos estavam escavando a adega da casa à procura dos restos mortais do pobre Charles. Pobre Sr. Fox também, que ficou sem adega.

Mas muito estranhamente, apesar de terem indicações precisas fornecidas pela própria vítima nada encontraram. Mais estranho ainda foi meses depois, quando David Fox, apesar de já ter tido cada polegada da sua adega revirada, resolve retomar a busca e rapidamente encontra restos de carvão, cal, algum cabelo e pequenos fragmentos de ossos. Os ossos foram identificados por um médico amigo da família como humanos mas inexplicavelmente não era um esqueleto inteiro.

Um cético, recusando-se a aceitar todas estas provas irrefutáveis maldosamente insinuaria que o carvão
foi posto ali para sugerir que o corpo havia sido queimado pelo assassino, e assim tentar justificar o
sumiço do resto do esqueleto. Foi queimado mas ainda tinha cabelo cinco anos depois de enterrado, e o
assassino foi gentil a ponto de providenciar uma pá de cal no enterro da sua vítima. Pior ainda, o
cético cabeça dura iria perguntar porque o espírito, que contou em detalhes como foi morto com uma
facada na garganta, onde aconteceu e por onde foi arrastado até o lugar exato em que foi enterrado
esqueceu de mencionar este detalhe de ter tido seu corpo queimado.

Mas nenhum cético poderia ignorar a magnitude deste fenômemo. Sim, porque a coisa cresceu. O que começou com uma casa timidamente assombrada por um fantasma que à noite gostava de imitar o ruído de ratos e do vento logo acabou se transformando num fenômeno mediúnico que não estava mais restrito à casa, mas que acompanhava e acontecia em todos os lugares onde estivessem as filhas mais novas do casal, agora adolescentes. E a elas, coisa curiosa, se juntou depois uma outra filha mais velha que até então vivia em uma cidade próxima, que depois ganhou dinheiro escrevendo livros sobre os poderes paranormais de seus antepassados.

Foi como uma epidemia, de repente outras famílias da pequena Hydesville e da cidade próxima de Rochester estavam desenvolvendo também poderes mediúnicos. Famílias que, segundo o Botânico, eram fanaticamente cristãs. Mas o que fazer se o espírito multitarefa de Charles B. Rosma subitamente estava em todos os lugares ao mesmo tempo?

"Era como uma nuvem psíquica, descendo do alto e se mostrando nas pessoas suscetíveis. Sons idênticos
foram ouvidos em casa do Reverendo A. H. Jervis, ministro metodista residente em Rochester. Poderosos
fenômenos físicos irromperam na família do Diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de Rochester. Pouco
depois a Sra. Sarah A. Tamlin e a Sra. Benedict de Auburn, desenvolveram notável mediunidade (...)."


E o caso ficou famoso, ganhou projeção nacional e internacional. Logo só se falava das irmãs Fox na
América, que passaram a viver de consultas psíquicas e foram muito bem sucedidas nisto porque, como
bem observou o perspicaz Botânico, nunca foram processadas por fraude. Muito embora eu também não
conheça casos de astrólogos, tarólogos, numerólogos, que também tenham sofrido este tipo de processo.
Ainda mais em 1800 e caquerada...

De qualquer forma, graças ao auxílio dedicado do espírito de Charles B. Rosma, tiveram uma próspera
e bem remunerada vida "profissional" por muitos anos até que tudo terminou quando Margareth Fox se
converteu ao catolicismo que diz que espíritos não existem (apesar de ter visto espíritos a vida toda)
e resolveu contar a um jornal que tudo não passou de uma farsa.

Talvez ela tenha mentido ao jornalista e a prova, como quer o Botânico, é que o som de artelhos não
poderia explicar tudo isso mas eu na verdade não consigo imaginar nada, muito menos o som de artelhos,
capaz de explicar uma história tão absurda e cheia de contradições, inclusive a maior delas, que eu
nem mencionei ainda.

Apesar de toda a repercussão que teve o caso na época nunca apareceu um parente ou conhecido de
Charles B. Rosma, que supostamente teria morrido apenas quatro anos antes de Rochester ficar
conhecida no mundo todo. Teria deixado viúva e quatro filhos, segundo ele mesmo contou, mas nunca
uma senhora Rosma, ou sequer um dos órfãos, apareceu para confirmar a história. Ele deve ter sido
péssimo pai e pior ainda marido porque não havia sequer um boletim de ocorrência registrando o
seu desaparecimento. Talvez não tivesse nem amigos, já que ninguém nunca declarou ter conhecido
nenhum Charles B. Rosma, uma coisa espantosa para quem teria vivido não como recluso mas como
caixeiro viajante.

Mas talvez o Botânico tenha uma boa explicação para isso, assim como ele tem para explicar porque
ectoplasmas parecem feitos de pano e fantasmas de cartolina, ou porque os registros de materializações
diminuem na proporção inversa em que aumentam a qualidade das câmeras fotográficas, ou porque ninguém nunca se interessou em documentar a extraordinária materialização de um espírito, etc, etc, etc...

Quem sabe os artelhos sejam a chave de tudo porque para quem quer acreditar o destino reservou mais
uma prova bombástica! Quando poucos se lembravam do caso, em 1904, meninos brincando na antiga adega encontraram um esqueleto. Não enterrado a dez pés de profundidade como o espírito tinha dito (talvez ele tenha se confundido) mas emparedado, onde ninguém tinha pensado em procurar antes. Junto botaram uma latinha de um produto que os caixeiros costumam vender na época, e que hoje se encontra em exposição na sede regional dos Espiritualistas Americanos como mais uma prova irrefutável da realidade da atividade mediúnica, somando-se a tantas outras provas irrefutáveis como estranhas formas observadas em chuviscos de televisão e fotografias de médiuns mordendo pedaços de pano.


Meu caro Botânico, isto era para ser um resumo, mas eu sou como você, começo a escrever e esqueço de parar, ainda mais quando estou me divertindo.

Mas nem precisava ter ido tão longe para mostrar que um espírita que se preze, que tenha vergonha na cara, nem menciona uma história dessas.

Que palhaçada!

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Lordakner
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Lordakner »

Espíritos são brincalhões...
Fermat deixou um enigma conhecido como "O Último Teorema de Fermat".

O Último teorema de Fermat, ou teorema de Fermat-Wiles, afirma que não existe nenhum conjunto de inteiros positivos x, y, z e n com n maior que 2 que satisfaça

O teorema deve seu nome a Pierre de Fermat, que escreveu às margens de uma tradução de Arithmetica de Diofanto, ao lado do enunciado deste problema:
"Cuius rei demonstrationem mirabilem sane detexi. Hanc marginis exiguitas non caperet."
"Encontrei uma demonstração verdadeiramente maravilhosa disto, mas esta margem é estreita demais para contê-la."
Após ter sido objeto de fervorosas pesquisas durante mais de 300 anos (a nota acima insinuava que uma demonstração elementar era possível — o que atiçou a curiosidade de todos), ele foi finalmente demonstrado em 1994 pelo matemático britânico Andrew Wiles.


Entretanto o "Espritú" de Fermat guardou segredo por todo o tempo.
(apesar de haver uma boa soma em dinheiro para quem o resolvesse, Fermat não contou nem para seus descendentes...)
Assim como diversas coisas interessantes que os "Espritús" preferem ocultar, dando-se ao desfrute de - apenas - mandar mensagens melosas do tipo: - Sejam boas pessoas e amem-se como pardais.
Gostaria de ver uma psicografia de Hitler explicando o fracasso das SS na Rússia...
Ah, tenham paciência.

Pedro Reis
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Pedro Reis »

A Confissão de Margaret Fox

Minha irmã Katie foi a primeira a descobrir que por esfregar os dedos podia produzir certo ruído com as juntas e que o mesmo efeito podia ser produzido com os artelhos. Descobrindo que podíamos criar ruídos com nossos pés - primeiro com um pé, depois com ambos - praticamos até poder fazer isso com facilidade quando a sala estava às escuras. Ninguém suspeitava de que fosse um truque nosso pois éramos crianças ainda tão novas. . . . todos os vizinhos julgavam que havia algo, e desejaram descobrir do que se tratava. Estavam convencidos de que alguém havia sido assassinado na casa. Perguntaram-nos a respeito, e praticávamos as pancadas, sendo uma para "sim", três para "não", como passamos fazer daí por diante. Nada sabíamos sobre espiritismo então. O assassinato, concluíram, devia ter sido cometido na casa. Finalmente, encontraram um homem chamado Bell e disseram que o pobre inocente havia cometido um assassinato na casa, e que aqueles sons procediam dos espíritos das pessoas assassinadas. O pobre Bell passou a ser evitado e visto como assassino por toda a comunidade. No que tange a espíritos, nem eu nem minha irmã pensávamos a respeito disso. . . . Tenho visto tanto engano danoso que estou disposta a prestar assistência o quanto puder e positivamente declarar que o espiritismo é uma fraude da pior descrição. Faço isso perante Deus, e minha idéia é denunciá-lo. . . . Estou convicta de que esta declaração, partindo solenemente de mim, a primeira e mais bem sucedida nesse engano, romperá a força do rápido crescimento do espiritismo e comprovará ser tudo uma fraude, hipocrisia e engano".


New York World Newspaper, 21 de outubro de 1888.

Tudo indica que Margareth Fox tenha dado esta declaração em troca de recompensa financeira. Porém
isso já indica a índole e a confiabilidade dessa pessoa. Além do mais é difícil conceber que alguém que
tenha convivido com os espíritos a vida toda aceite, por uns trocados, dizer que "o espiritismo é uma fraude da pior descrição".

Pedro Reis
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Pedro Reis »

Lordakner escreveu:Espíritos são brincalhões...
Fermat deixou um enigma conhecido como "O Último Teorema de Fermat".


Eu já tinha comentado sobre este teorema de Fermat e outras provas semelhantes que espíritos poderiam fornecer melhor do que se deixarem fotografar parecendo lençóis, mas eles simplesmente me responderam que não é missão dos espíritos o desenvolvimento da Ciência.

A cara de pau dessa gente não têm limites.

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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Botanico »

Anna escreveu:
Botanico escreveu:Pois é Anna. Que posso fazer além disso, uma vez que não me dão retorno para aquilo que eu peço? Aqui me pedem médiuns dos bons (que eu não conheço) mas não me dizem o que farão com eles, nem como isso convencerá aos outros céticos...


Bobó, mais patético ainda é você ficar agarrado a essa tara por convencer ateus e céticos. Porque lhe incomoda se uma minoria irrisória em fóruns céticos não aceita essas fotos?


Anna, EU NÃO ESTOU QUERENDO CONVENCER CÉTICO ALGUM! Quero na verdade é que eles me convençam de que estão certos em seu posicionamento. Só fica difícil para mim ser convencido com argumentos do tipo: as fotos não valem porque são feias; ou não valem porque são em preto & branco; etc e tal. Se o cético não me diz porque se convenceria com uma foto bonita e nem porque motivo ela teria de ser colorida, senão não vale, eu também fico sem entender os motivos céticos, sacou?

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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Botanico »

Anna escreveu:E por fim, fora aqueles que têm algum tipo de problema mental, nenhuam criatura sã vai achar por bem, e plausível, exigir que pessoas aceitem um material ruim e de qualidade duvidosa como comprovação irrefutável de um fenômeno com a justificativa de que auqeles reais interessados em validar o fenômeno não querem perder tempo pra criar uma forma de demosntrar o mesmo.
Assim o fosse continuaríamos a fazer sangrias.
:emoticon197: :emoticon165:


Mas Anna, quem foi que disse que não se aceita material ruim quando a coisa agrada? Se não fosse assim, não teria havido eugenia, nem as consequências que dela surgiram... Ô! Mas falar que os brancos eram superiores às outras raças era charmoso nos séculos XIX e até os anos 1970, certo? E tanto que os políticos, tais como Hitler & Cia Bela fizeram bom proveito desse posicionamento altamente científico, certo?

Mas quer dizer então que o problema é a qualidade do material? É aí que está a restrição sua? O problema para mim é que conhecendo as argumentações céticas, tenho a forte impressão que materiais de muito boa qualidade farão o mesmo efeito na mente cética que os materiais ruins...

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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Botanico »

Anna escreveu:
Botanico escreveu:As minhas confusões retóricas derivam do fato que essa tal comunidade cética quer fazer da experimentação mediúnica uma coisa como ciências matemáticas e outras exatas, onde tudo é perfeitamente previsível. Só que pessoas não são previsíveis e não são duráveis como os teoremas matemáticos.


Ótimo Bobó, o qeu afirma então é não tem como comprovar através de método algum, a não ser na sala escura do centro , dentro da jaula, que espíritos sematerializam. Legal, vc acredita nisso, a gente não.

Quanto aos céticos eu repito:

Mas Anna, eu já disse aqui mais de uma vez: se a comunidade científica chegar a um consenso de que é IMPOSSÍVEL estudar o ser humano cientificamente, tal estudo só seria possível quanto ao corpo, mas não quanto à psíquica humana, então tudo bem: o Espiritismo não é efetivamente científico pois seu objeto de estudo não é passível de estudos científicos.

Aí liquida-se o assunto. E até sugeri que fossem à FFLCH e mandassem que tirassem o CH daí, pois não existem Ciências Humanas...


Anna escreveu:Bobó, mais patético ainda é você ficar agarrado a essa tara por convencer ateus e céticos. Porque lhe incomoda se uma minoria irrisória em fóruns céticos não aceita essas fotos?

Vc deveria estar preocupado com o resto da massa crítica do mundo, heterogênea, e que não está convencida de que essas fotos patéticas e os experimentos velhos sejam minimamente plausíveis e deva ser considerados como nada. Há espíritas, espiritualistas, budistas, umbandistas, evangélicos, católicos e toda uma outra ordem enorme de gente, muito mais numerosos que esta que vc enche a boca e faz parecer uma poderosa organização cética.


Quanto às questões acadêmicas acima, olha, fiquei lisonjeado, pois vejo então que posso estar prestando um grande serviço nessa contratação rigorosa de pesquisadores.


Bobó, se você usar essa mesma lógica curva cheia de voltas malucas e sem sentido, maluquice, que está fazendo nesse tópico infelizmente nnehum de nós vai poder ter essa certeza. Teremos medo de matricular filhos na USP.
Portanto para com isso, pelo amor de Allah!!!!

Ah! Matricular seus filho na USP? Está com medo? Como já dizia um filme tosco por aí: "Tenha medo, tenha muito medo!"
Há uns 20 anos atrás, em comemoração ao aniversário de uma professora do Departamento de Botânica, um dos palestrantes comentou que há gente por aí que diz que a USP é uma m... (merda - para quê ser pudoroso nessa hora?). E o comentário dele foi mais ou menos assim:
_ E daí? Que querem esses críticos? O que eles pensam que é uma universidade? Universidade é um poço de mediocridades, onde de vez em quando brotam algumas cabeças inteligentes.

Concordo com ele. Portanto os seus filhos vão ter o mesmo problema tanto na USP, como em qualquer outro lugar. Só lhe resta desejar que tenham sorte de escolher uma área e um departamento onde haja mais cabeças inteligentes do que medíocres.

Ah! E a propósito, não sou professor na USP e sim fui aluno de lá (o ambiente ficou mais seguro para os seus filhos agora?)

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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Botanico »

Pedro Reis escreveu:Como já haviam me alertado essa discussão é infrutífera. Mas tô descobrindo que é também muito cansativa.

Quem vai jogar a toalha primeiro? Você ou eu?

Pedro Reis escreveu:"Mais do mesmo", expressão que ele adora, deveria ser o nome do meio do Botânico.

Não tenho nada contra debater mas é um saco se o outro finge o tempo todo que não entende, que não conhece e que não sabe o que na verdade tá careca de saber. Tudo a gente tem que repetir três vezes, no mínimo. Não que ele admita ter entendido na terceira mas é que antes da quarta qualquer um desiste.

Mas ele resmunga: "É mais do mesmo.", sem se dar conta que isso acontece porque ele continua empacado no mesmo lugar.

Considerando o que escreveu abaixo, digo o mesmo de você. Você também não entendeu nada do que escrevi.

Pedro Reis escreveu:A crítica que eu fiz ao seu experimento, Botânico, é muito simples. Eu não sei que parte você conseguiu não entender.

Baseado em um livro simpático ao espiritismo escrito em 1800 e caquerada

Que livro foi esse? Até agora foi você que falou em livro e nem dá o título, autor, editora e nem a data correta. É assim que funciona o seu pensamento cético? Entra na cabeça do debatedor e já sai dizendo o que ele pensa ou acha? Por que não debate consigo mesmo então?

Pedro Reis escreveu:você concluiu que o testemunho talvez não muito confiável do livro sobre o episódio da confissão da senhora Fox é incompatível com os testemunhos ainda menos confiáveis que descreveram certos fenômenos segundo a versão pouco confiável do livro do autor simpático a doutrina espírita.

Estou no aguardo do nome do tal livro e dos dados pertinentes sobre ele.

Pedro Reis escreveu:Eu disse que você estava partindo de pressupostos muito duvidosos e que o pior era o seu raciocínio implícito de que se não eram artelhos então só podiam ser fantasmas. Uma lógica maravilhosa e um jeito de fazer ciência mais maravilhoso ainda.

Você deve ter um problema grave de leitura. Assim este debate, que já está, vai ficar pra lá de patético. Melhor eu ir chamar os três patetas para debater com você... O que eu disse é que a causa dos sons produzidos NÃO FOI DESCOBERTA (é muito diferente de atribuí-la a fantasmas). Que os médicos da Universidade de Buffalo disseram que a causa seriam estalos de articulações e que as Fox lançaram um desafio a eles para provar que era isso mesmo e eles não conseguiram. Que em 1888, por problemas familiares e saco cheio, a Margareth Fox resolveu jogar tudo pro alto e confessou fraude. Que para explicar como fazia a fraude, demonstrou ser capaz de estalar os artelhos. Que os céticos aceitaram isso SEM QUESTIONAR, mesmo havendo disponíveis depoimentos de pessoas não espíritas que relataram ouvir sons variados, em locais variados e que produziam vibrações. E aí eu propus um experimento para verificar se de fato os estalos de artelhos poderiam produzir os efeitos que as pessoas disseram ter observado. E aí vem você dizer que isso é inversão do ônus da prova... Claro! Tudo aquilo que puser em risco de entornar o caldo cético sempre será acusado de ser inversão do ônus da prova.

Pedro Reis escreveu:Nunca tinha ouvido falar deste caso mas imaginei que você tivesse lido sobre isto em literatura de cunho espírita, afinal, nada mais natural, já que você é espírita e este é o tipo de caso que estes autores costumam explorar. Porém fiquei curioso e procurei saber um pouco mais, especialmente buscando referências ao que foi publicado nos jornais da época.

Mas olha, diferentemente da sua versão, o que eu comecei a descobrir foi uma história típica de assombração, tão mal contada, com tantas inconsistências, que rapidamente cheguei a conclusão que não valia a pena ficar aqui perdendo meu tempo com essa besteira. Esse caso é em tudo análogo a estas fotografias que deram origem a toda esta discussão. Onde qualquer pessoa não perturbada vê um vigarista com um pano na boca você enxerga um ectoplasma. O caso Fox também não é das farsas mais coerentes que já vi mas descobri que os espíritas o vêem como um marco, tendo sido o episódio responsável pela difusão do movimento espiritualista nos EUA e na Europa.

É... não foi a fundação do Espiritismo, mas foi o ponta-pé inicial.

Pedro Reis escreveu:Resumindo até onde apurei antes de perceber que estava bancando o idiota pesquisando sobre esta bobagem:

Já vi que você não tem jeito para ser historiador, tanto por falta de paciência, como por espírito preconceituoso e por já ter idéias fixas.
Uma pena.

Pedro Reis escreveu:No pequeno povoado de Hydesville uma moça, Lucretia Pulver, gostava de entreter os amigos com a história de que um dia um caixeiro viajante havia se hospedado na casa em que ela trabalhava, do Sr. e Sra. Bell, porém no dia seguinte o homem teria desaparecido. Lucretia insinuava que seus patrões poderiam ter assassinado o mascate e escondido o corpo em algum lugar.

Possivelmente a história se tornou bastante popular naquele minúsculo povoado onde as pessoas não tinham muito o que fazer, especialmente depois que Lucretia começou a acrescentar o detalhe interessante de que era possível, à noite, escutar estranhos ruídos naquela residência.

Já que não citou as fontes de consulta, diga-me: o escrito acima é o que disseram ou é o que você deduziu?

Pedro Reis escreveu:Mas nada foi muito além disso até que um novo casal se mudasse para a casa que a esta altura já tinha reputação de assombrada. Os Weekman, que muito provavelmente souberam destes boatos antes de se mudarem, começaram a relatar a ocorrência de misteriosos ruídos à noite. Embora, até então, os antigos proprietários nunca tenham se queixado de nada.

Chute? Quando o chute é dado pelo cético, aí ele vale?

Pedro Reis escreveu:Mas a nossa história só começa a esquentar mesmo em 1847, quando a família Fox compra a casa. Na verdade só esquenta em 1948, porque, por algum motivo que talvez o Botânico saiba explicar melhor, o fantasma que antes atormentava os Weekman resolveu dar uma trégua de um ano aos novos moradores e só então começa a perturba-los com aquele repertório típico dos fantasmas. À noite batem nas paredes, arrastam os pés no corredor, abrem e fecham portas e janelas, produzem muitos ruídos, especialmente em sótãos e porões aquele chalé tinha mais de um sótão e mais de um porão?, enfim, aquelas coisas que fantasmas costumam fazer para passar o tempo e espantar o tédio.

A coisa foi progressivamente aumentando em intensidade (talvez o Botânico tb pudesse explicar isso) e os Fox já estavam bastante assustados com estes estranhos fenômenos, quando numa noite, a jovem Kate Fox, na inocência dos seus 7 anos, resolve desafiar a entidade:

- "Senhor Pé Rachado, faça o que eu faço!"

E começou a bater palmas. Segundo relato da Sra. Fox cada palma da menina era seguida por uma batida, em perfeita sincronia, mas como era noite de 31 de março a doce e esperta Kate concluiu, com ingenuidade infantil, que fosse alguém brincando de 1 de abril.

A partir daí é a senhora Fox, e não as meninas, quem começa a desenvolver um código de comunicação com o espírito. Uma pancada para SIM, duas pancadas para NÃO, um número de pancadas para cada letra do alfabeto e logo estavam todos íntimos e batendo o maior papo. Assim ficaram sabendo tudo do fantasma, seu nome era Charles B. Rosma, vendedor, tinha 31 anos quando foi assassinado com uma facada, e isto teria ocorrido há quatro anos, seu corpo arrastado pela casa e enterrado na adega. Deixou mulher e quatro filhos. Pela data concluíram que o assassino teria sido mesmo o Sr. Bell, mas não entendo porque o Charles não disse isto com todas as letras, já que podia se comunicar perfeitamente com este sistema inteligentemente bolado pela Sra. Fox.


Inteligente porém trabalhoso, e eu na verdade fico confuso, sem entender porque era necessário, já que segundo o Botânico várias pessoas relataram que podiam obter respostas mentais para a suas perguntas, numa espécie de telepatia espiritual, porém os Fox continuaram utilizando o método tradicional de de comunicação contando pancadas. Mas é interessante isso, assim que um número maior de pessoas fica sabendo e começa a interagir com o fantasma, passam a surgir testemunhos de fenômenos cada vez mais impressionantes e sofisticados. Quando tudo começou com os Weekmam, que apenas ouviam ruídos que segundo eles podiam ser de vento ou ratos. Bom, mas se você ainda se lembra no meu último post eu comentei que esse tipo de coisa sempre acontece.

Como, para variar, não leu direito, então vou tentar deixar mais claro, apesar de saber o resultado final: Na terceira comissão de investigação, PERGUNTAS FORMULADAS MENTALMENTE foram respondidas através de pancadas, ou seja, qualquer que fosse a causa do fenômeno, ela respondeu desse jeito e não entrou na mente dos interrogadores para lhes responder mente a mente.

Pedro Reis escreveu:E o pior é que logo eram muitas pessoas, havia uma multidão, porque ao contrário do que disse o Botãnico eles não foram perseguidos mas eram os próprios Fox que chamavam os vizinhos, e aparentemente adoravam ser atração, iam buscar até pessoas que estavam pescando no ribeirão para presenciarem o fenômeno.

Eu disse que quando a terceira comissão não apresentou um laudo conclusivo sobre a causa das pancadas, aí o povão quis linchar as moças. Não disse que isso foi logo durante a ocorrência dos fenômenos na primeira vez. Leia o que você mesmo escreveu abaixo.

"Então perguntei: Continuará a bater se chamarmos os vizinhos para que também escutem? A resposta afirmativa foi alta."

"Desse modo, foram chamados vários vizinhos, os quais, por sua vez, convocaram outros, de maneira que, mais tarde e nos dias subseqüentes, o número de curiosos era enorme. Naquela noite compareceram o Sr. Redfield, o Sr. e a Sra. Duesler e os casais Hyde e Jewell."


Pedro Reis escreveu:Aparentemente os Fox estavam adorando tudo mas não devem ter parado pra pensar que os mais crédulos iriam realmente tentar esclarecer o suposto crime, e como o falecido tinha contado com detalhes as circunstâncias e até o lugar onde havia sido enterrado ( "dez pés abaixo do solo" ) logo curiosos estavam escavando a adega da casa à procura dos restos mortais do pobre Charles. Pobre Sr. Fox também, que ficou sem adega.

Mas muito estranhamente, apesar de terem indicações precisas fornecidas pela própria vítima nada encontraram. Mais estranho ainda foi meses depois, quando David Fox, apesar de já ter tido cada polegada da sua adega revirada, resolve retomar a busca e rapidamente encontra restos de carvão, cal, algum cabelo e pequenos fragmentos de ossos. Os ossos foram identificados por um médico amigo da família como humanos mas inexplicavelmente não era um esqueleto inteiro.

Um cético, recusando-se a aceitar todas estas provas irrefutáveis maldosamente insinuaria que o carvão foi posto ali para sugerir que o corpo havia sido queimado pelo assassino, e assim tentar justificar o sumiço do resto do esqueleto. Foi queimado mas ainda tinha cabelo cinco anos depois de enterrado, e o assassino foi gentil a ponto de providenciar uma pá de cal no enterro da sua vítima. Pior ainda, o cético cabeça dura iria perguntar porque o espírito, que contou em detalhes como foi morto com uma facada na garganta, onde aconteceu e por onde foi arrastado até o lugar exato em que foi enterrado esqueceu de mencionar este detalhe de ter tido seu corpo queimado.

Esses dados acima são novidade para mim. Não estão no meu livro que você menciona. De onde os tirou? Só sabia que na escavação havia sido encontrado cabelos e um osso apenas. Nada de conclusivo.

Pedro Reis escreveu:Mas nenhum cético poderia ignorar a magnitude deste fenômemo. Sim, porque a coisa cresceu. O que começou com uma casa timidamente assombrada por um fantasma que à noite gostava de imitar o ruído de ratos e do vento logo acabou se transformando num fenômeno mediúnico que não estava mais restrito à casa, mas que acompanhava e acontecia em todos os lugares onde estivessem as filhas mais novas do casal, agora adolescentes. E a elas, coisa curiosa, se juntou depois uma outra filha mais velha que até então vivia em uma cidade próxima, que depois ganhou dinheiro escrevendo livros sobre os poderes paranormais de seus antepassados.

Acho que o São Pedro está contando a história de orelhada, porque não gosta de ler coisas que o desagradam e por isso está se perdendo todo. Leah Fox, por volta de 1888, escreveu UM ÚNICO LIVRO contando os episódios vividos, mas que teve POUCA DIVULGAÇÃO E VENDAGEM. Acho que gastou mais dinheiro do que ganhou.

Pedro Reis escreveu:Foi como uma epidemia, de repente outras famílias da pequena Hydesville e da cidade próxima de Rochester estavam desenvolvendo também poderes mediúnicos. Famílias que, segundo o Botânico, eram fanaticamente cristãs. Mas o que fazer se o espírito multitarefa de Charles B. Rosma subitamente estava em todos os lugares ao mesmo tempo?

Deixarei que você responda se algum dia souber ler a respeito com mais calma.

"Era como uma nuvem psíquica, descendo do alto e se mostrando nas pessoas suscetíveis. Sons idênticos foram ouvidos em casa do Reverendo A. H. Jervis, ministro metodista residente em Rochester. Poderosos fenômenos físicos irromperam na família do Diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de Rochester. Pouco depois a Sra. Sarah A. Tamlin e a Sra. Benedict de Auburn, desenvolveram notável mediunidade (...)."


Pedro Reis escreveu:E o caso ficou famoso, ganhou projeção nacional e internacional. Logo só se falava das irmãs Fox na América, que passaram a viver de consultas psíquicas e foram muito bem sucedidas nisto porque, como bem observou o perspicaz Botânico, nunca foram processadas por fraude. Muito embora eu também não conheça casos de astrólogos, tarólogos, numerólogos, que também tenham sofrido este tipo de processo.
Ainda mais em 1800 e caquerada...

De qualquer forma, graças ao auxílio dedicado do espírito de Charles B. Rosma, tiveram uma próspera e bem remunerada vida "profissional" por muitos anos até que tudo terminou quando Margareth Fox se converteu ao catolicismo que diz que espíritos não existem (apesar de ter visto espíritos a vida toda) e resolveu contar a um jornal que tudo não passou de uma farsa.

Há uma diferença entre astrólogos e tarólogos: esses dizem umas coisas que o consulente só vai saber se errou depois de uns tempos. E acho que um juiz riria na cara de alguém que dissesse que o um astrólogo o enganou... Mas no caso das Fox a coisa era aqui e agora. A idéia de que se podia falar com o espírito de falecidos atiçou a coisa. Agora, se um cara paga a consulta e elas não conseguiam saber nada do falecido... Será que iam ficar quietos o iludidos? E não teríamos aí padres e pastores louquinhos para desacreditar as fulanas? Acho que o raciocínio cético não chegou até aí...

Pedro Reis escreveu:Talvez ela tenha mentido ao jornalista e a prova, como quer o Botânico, é que o som de artelhos não poderia explicar tudo isso mas eu na verdade não consigo imaginar nada, muito menos o som de artelhos, capaz de explicar uma história tão absurda e cheia de contradições, inclusive a maior delas, que eu nem mencionei ainda.

É... Mas fico ressabiado com o fato da comunidade cética aceitar a confissão dos estalos de artelhos como explicação suficiente. O que mostra que o ceticismo também tem os seus limites...

Pedro Reis escreveu:Apesar de toda a repercussão que teve o caso na época nunca apareceu um parente ou conhecido de Charles B. Rosma, que supostamente teria morrido apenas quatro anos antes de Rochester ficar conhecida no mundo todo. Teria deixado viúva e quatro filhos, segundo ele mesmo contou, mas nunca uma senhora Rosma, ou sequer um dos órfãos, apareceu para confirmar a história. Ele deve ter sido péssimo pai e pior ainda marido porque não havia sequer um boletim de ocorrência registrando o seu desaparecimento. Talvez não tivesse nem amigos, já que ninguém nunca declarou ter conhecido nenhum Charles B. Rosma, uma coisa espantosa para quem teria vivido não como recluso mas como caixeiro viajante.

Bem, você que se queixa de ter de ir à uma biblioteca para se informar de coisas que não estão na internet talvez não saiba que naqueles tempos não existia internet e que em lugares remotos nem sempre os jornais chegavam com notícias assim. E aliás, seria interessante saber mesmo o quanto isso foi divulgado além daquela localidade e das proximidades. Muito que bem, um caixeiro viajante... Um caixeiro viajante viaja para fazer suas vendas. Nem sempre fica mandando cartas à família em todo o lugar que vai. De repente ele sumiu e não deu mais notícias. Num país do tamanho dos Estados Unidos, onde você começaria a procurar o sujeito? E pessoas somem todos os dias, não se esqueça disso.

Outro detalhe é a questão do nome. Há uma discrepância no registro. Uns autores falam em Charles Rosma e outros falam em Charles Rayn. Há quem diga que houve um erro de registro e que o nome seria Charles Ross. Assim, se o nome foi divulgado errado...

Pedro Reis escreveu:Mas talvez o Botânico tenha uma boa explicação para isso, assim como ele tem para explicar porque ectoplasmas parecem feitos de pano e fantasmas de cartolina, ou porque os registros de materializações diminuem na proporção inversa em que aumentam a qualidade das câmeras fotográficas, ou porque ninguém nunca se interessou em documentar a extraordinária materialização de um espírito, etc, etc, etc...

Quem sabe os artelhos sejam a chave de tudo porque para quem quer acreditar o destino reservou mais uma prova bombástica! Quando poucos se lembravam do caso, em 1904, meninos brincando na antiga adega encontraram um esqueleto. Não enterrado a dez pés de profundidade como o espírito tinha dito (talvez ele tenha se confundido) mas emparedado, onde ninguém tinha pensado em procurar antes. Junto botaram uma latinha de um produto que os caixeiros costumam vender na época, e que hoje se encontra em exposição na sede regional dos Espiritualistas Americanos como mais uma prova irrefutável da realidade da atividade mediúnica, somando-se a tantas outras provas irrefutáveis como estranhas formas observadas em chuviscos de televisão e fotografias de médiuns mordendo pedaços de pano.


Meu caro Botânico, isto era para ser um resumo, mas eu sou como você, começo a escrever e esqueço de parar, ainda mais quando estou me divertindo.

Mas nem precisava ter ido tão longe para mostrar que um espírita que se preze, que tenha vergonha na cara, nem menciona uma história dessas.

Que palhaçada!

Ao menos diverte, né? Mas sinceramente não tenho a menor confiança em você como historiador.

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Lordakner
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Lordakner »

Pedro Reis escreveu:
Lordakner escreveu:Espíritos são brincalhões...
Fermat deixou um enigma conhecido como "O Último Teorema de Fermat".


Eu já tinha comentado sobre este teorema de Fermat e outras provas semelhantes que espíritos poderiam fornecer melhor do que se deixarem fotografar parecendo lençóis, mas eles simplesmente me responderam que não é missão dos espíritos o desenvolvimento da Ciência.

A cara de pau dessa gente não têm limites.

Não teria nenhuma lógica um cientista morto parar de contribuir para o avanço da Ciência e ficar mandando mensagens açucaradas...
Seria o equivalente a dizer que Jimmy Hendrix, depois de morto ia parar de tocar guitarra...
Ou Picasso ia parar de pintar.
O que mais me incomoda é que uma lógica tão simples assim fica vedada até para pessoas inteligentes, devido ao fanatismo.

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Botanico
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

Mensagem por Botanico »

Lordakner escreveu:Espíritos são brincalhões...
Fermat deixou um enigma conhecido como "O Último Teorema de Fermat".

O Último teorema de Fermat, ou teorema de Fermat-Wiles, afirma que não existe nenhum conjunto de inteiros positivos x, y, z e n com n maior que 2 que satisfaça

O teorema deve seu nome a Pierre de Fermat, que escreveu às margens de uma tradução de Arithmetica de Diofanto, ao lado do enunciado deste problema:
"Cuius rei demonstrationem mirabilem sane detexi. Hanc marginis exiguitas non caperet."
"Encontrei uma demonstração verdadeiramente maravilhosa disto, mas esta margem é estreita demais para contê-la."
Após ter sido objeto de fervorosas pesquisas durante mais de 300 anos (a nota acima insinuava que uma demonstração elementar era possível — o que atiçou a curiosidade de todos), ele foi finalmente demonstrado em 1994 pelo matemático britânico Andrew Wiles.


Entretanto o "Espritú" de Fermat guardou segredo por todo o tempo.
(apesar de haver uma boa soma em dinheiro para quem o resolvesse, Fermat não contou nem para seus descendentes...)
Assim como diversas coisas interessantes que os "Espritús" preferem ocultar, dando-se ao desfrute de - apenas - mandar mensagens melosas do tipo: - Sejam boas pessoas e amem-se como pardais.
Gostaria de ver uma psicografia de Hitler explicando o fracasso das SS na Rússia...
Ah, tenham paciência.

Sabe seu Senhor Escuro, eu traduzi uns textos para o Vitor Moura e entre eles estavam o de Michael Prescott (sobre dinossauros e fantasmas). Nele o autor cita outro, dizendo que os espíritos não se comportam como se esperam deles: não dizem o número do bilhete a ser premiado, não dizem quando vai haver um terremoto na falha de San Andreas, não resolvem o teorema de Fermat... Quando consultei o original vi que na verdade Prescott distorceu a fala do autor. Coisa que não mais me surpreende vinda de um cético militante.
Porque os espíritos deveriam se comportar assim e relevar as coisas sugeridas não me disseram e eu também não sei. Se Fermat só queria atiçar a curiosidade dos que tentavam resolver o seu teorema, acho muito improcedente que ele viesse em espírito para resolvê-lo.
E nós espíritas nada teríamos a ganhar com isso. Diriam os céticos: _ No que é mais lógico acreditar? Que o matemático espírita conseguiu achar a solução do teorema por seus próprios meios ou que o espírito de Fermat lhe revelou o segredo?

Quanto ao Hitler, se houver alguma psicografia dele admitindo erro em alguma coisa vinda dele, pode descartar que seja o verdadeiro Hitler (Hitler se achava Deus, Deus não erra...). Já para o fracasso das SS, ele só precisava de uma palavra para explicar tudo: Traição!

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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

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Botanico escreveu:
Pedro Reis escreveu:A Confissão de Margaret Fox

Minha irmã Katie foi a primeira a descobrir que por esfregar os dedos podia produzir certo ruído com as juntas e que o mesmo efeito podia ser produzido com os artelhos. Descobrindo que podíamos criar ruídos com nossos pés - primeiro com um pé, depois com ambos - praticamos até poder fazer isso com facilidade quando a sala estava às escuras. Ninguém suspeitava de que fosse um truque nosso pois éramos crianças ainda tão novas. . . . todos os vizinhos julgavam que havia algo, e desejaram descobrir do que se tratava. Estavam convencidos de que alguém havia sido assassinado na casa. Perguntaram-nos a respeito, e praticávamos as pancadas, sendo uma para "sim", três para "não", como passamos fazer daí por diante. Nada sabíamos sobre espiritismo então. O assassinato, concluíram, devia ter sido cometido na casa. Finalmente, encontraram um homem chamado Bell e disseram que o pobre inocente havia cometido um assassinato na casa, e que aqueles sons procediam dos espíritos das pessoas assassinadas. O pobre Bell passou a ser evitado e visto como assassino por toda a comunidade. No que tange a espíritos, nem eu nem minha irmã pensávamos a respeito disso. . . . Tenho visto tanto engano danoso que estou disposta a prestar assistência o quanto puder e positivamente declarar que o espiritismo é uma fraude da pior descrição. Faço isso perante Deus, e minha idéia é denunciá-lo. . . . Estou convicta de que esta declaração, partindo solenemente de mim, a primeira e mais bem sucedida nesse engano, romperá a força do rápido crescimento do espiritismo e comprovará ser tudo uma fraude, hipocrisia e engano".


New York World Newspaper, 21 de outubro de 1888.

Tudo indica que Margareth Fox tenha dado esta declaração em troca de recompensa financeira. Porém
isso já indica a índole e a confiabilidade dessa pessoa. Além do mais é difícil conceber que alguém que
tenha convivido com os espíritos a vida toda aceite, por uns trocados, dizer que "o espiritismo é uma fraude da pior descrição".


É... também acho difícil conceber que um pai que diz que ama o seu filhinho resolva matá-lo e a si mesmo depois... Viu esse caso recentemente? Não achou nada estranho? Pois é: Margareth Fox e a irmã foram toda a vida de médiuns exploradas por empresários e no fim teve um desentendimento com a Leah e aí resolveu jogar tudo pro alto. Simples assim.
Mas eu acho hilariante as histórias inventadas pelos céticos e eles acharem que são consistentes que os relatos da época. Neste mesmo ano em que a Margareth fez sua confissão, um autor lançou um livro contando o caso dos sons estranhos. Lá é dito que Margareth e a irmã queriam assustar a tola e crédula mãe e aí elas amarram maçãs em seus pés e na cama faziam com que elas caíssem ao chão e depois as suspendiam de volta e as faziam cair novamente cada vez que queriam produzir o barulho. A mãe estava junto delas e o autor quer que se acredite que ela não via nada, só ouvia e se assustava com o barulho... Imagine se um cético verdadeiro irá duvidar da descoberta deste autor, né?
Quando começou a encher de gente para ver a coisa, aí o truque das maçãs ficou impraticável e elas então tinham que... bater com os pés na guarda da cama. Só bem mais tarde é que Leah Fox as ensinou como estalar os artelhos.

Lá no dia 31 de março de 1848, diante da barulhada na casa, a mãe e as meninas saíram e foram dormir na casa da Leah, a 16 quilometros longe dali. Mas na casa A BARULHEIRA CONTINUOU. Acho que nenhum cético verdadeiro duvida de que as meninas estavam com barbantes de 16 quilometros de comprimento amarrados aos pés e assim continuavam produzindo os sons...

E assim caminha o ceticismo.

Ah! Em 1889, a mesma Margareth DESCONFESSOU TUDO. Admitiu que fora subornada, que estava puta da vida com a irmã, etc e tal. Disse que não ia mais fazer sessões e ela e a irmã morreram pobres pouco tempo depois.

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Botanico
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Re: [Vídeo] "Fantástico" Explica Fantasmas Em Fotos.

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