A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

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Anna
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Anna »

Tô coupadíssima hoje, não tá dando pra postar.

Mas ainda bem que eu não fui a unica demonstrar e ver o ferimento laicismo em alianças putridas feitas por representantes do estado com entidades religiosas cristãs pra salvaguardar-lhes interesses, ou a colocar panos quentes e ficar me iludindo com o teor e raiz dos acordos feitos entre governantes e lideranças de extrema religiosa.


Enquanto não posso postar, um link de um conto escrito esses dias pelo meu talentoso, inteligente e competente aluno de doc pra vcs irem se divertindo e não sentirem muito a minha falta :emoticon33: : http://maldito-o-seja.blogspot.com/2010 ... -elea.html
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Anna
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Anna »

A mesma militância que ameaça a liberdade de imprensa, ameaça a presença dos religiosos no debate político, mesmo que não tenham poder suficiente para tornar as ameaças efetivas.


Ameaça onde? Onde no decorrer da campanha e debate político a presença de religiosos está ou esteve ameaçada?

Anna escreveu: ... já o laicismo sim, está sofrendo um atentado nessas eleições.


Vejamos a definição constitucional de laicismo:

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;


Promessas de campanha eleitoral não caracterizam – por si só – que o estado mantenha relação de dependência ou aliança com cultos religiosos ou igrejas.[



A atual se caracteriza em uma relação mais clara que o céu azul de Manaus de aliança com igrejas. firmada embaixo dos nossos narizes publicamente, encabeçadas pelo candidato oponente, que ainda coloca em debate público a crença em deus como um ponto de definição de interesses.


Como citado, o centro da polêmica é a descriminalização do aborto, contra a qual o discurso dos opositores é o direito à vida, que independe de referências à importância divina.
Ocorre que esta oposição é típica de setores religiosos organizados da sociedade, que não por isto devem ter suas convicções políticas ignoradas, como não se ignoram outros setores organizados em sindicatos, associações de classe ou representações populares.


O centro pra você pode ser o aborto, é o assunto que mais lhe interessa, mas ele pouco me interessa, para não dizer que não me interessa em nada, o que me interessa são os mecanismos através dos quais a politica me meu país está andando. Portanto não adianta esconder a velha mentalidade e atitude das igrejas atrás discurso defesa da vida. Com o mesmo discurso em defesa da vida poderiamos nos unir na academia pelo uso de embriões que se amontoam sem fins. O que igualmente não justificaria o suporte ou justificativa de acordos e alianças de nossos representades para impedimento de votações de propostas em congresso, debates, consultas públicas, etc. para prioriozarem nossos interesses, que é exatamente o está ocorrendo aqui.

não há porque excluir apenas os religiosos dos grupos organizados que participam das discussões dos assuntos de seu interesse.


Que eu saiba nunca foram excluídos. Muito pelo contrário, ordenaram a direção da máquina do poder público na história, e seguem tantando.


É como se dissessem que os religiosos podem votar ou debater no processo eleitoral, desde que se dispam de sua condição de religiosos e não se façam representar por suas organizações e lideranças, regra que não é aplicada a nenhum outro grupo.



E quem disse ou defendeu isso? Quando isso aconteceu?
O contrário acontece. O que se exige é que Deus fique fora do debate, apenas, o principio Deus está implicito e presente pela representação dos membros representantes das igrejas, inclusive na política. A regra não aplica para dreito desses representantes imporem suas vontades, com documentos que defendam seus interesses pulando o caminho das leis do país.


O Estado brasileiro legalizou o divórcio nos anos 70 e já naquela época incentivava o controle da natalidade, então chamado de planejamento familiar, mesmo as duas ações sofrendo ferrenha oposição da Igreja Católica.

E 1970 é muito distante por acaso? Pressão religiosa é conhecida antiga. As lideranças religiosas continuaram fazendo pressão para valer seus interesses como o costume. A lei a da discriminalização do aborto para vítimas de violência sexual e risco de vida da mãe já existia desde 1940, pressão de tudo que é lado retardou a normatização até o 1998.

Outros posicionamentos políticos da Igreja são ignorados até pelos próprios católicos, quanto mais pelo Estado.]


Não é não, uma vez que os interesses defendidos pela aliança entre católicos e evangélicos, com o atual governo não se limita ao tema aborto. E não limitará em um futuro também, a esses temas. Alguém tem dúvidas?

Haveria atentado à democracia se religiosos impedissem de algum modo os abortistas de participar do debate, o que não ocorre tanto que o quartel general deles é o Ministério da Saúde.

[/quote]

[color=#BFFFBF]
Que debate? O tema não está em debate por consulta pública, ou plebiscito. O debate está encerrado. A liderança religiosa já exigiu que se encerre o assunto, que não haja votação e que se defenda os interesses religioso cristão pra mais de um tema de interesse da sociedade.
O atentado nessas eleiçãoes não se limitam apenas aos temas aborto e direitos civis dos homossexuais, a violação ocorre quando o tema DEUS e igreja católica e evangélica passou a ser a pauta principal das eleições e alianças públicas são relaizadas.
Religião e politica não se misturam.


Estranho que se considere antidemocrático a defesa de uma posição que a maioria da população brasileira apóia – razão pela qual os abortistas não se atrevem a levar o tema a plebiscito – enquanto órgãos do poder executivo não poupam esforços e recursos para promover a liberalização do aborto, passando por cima da lei e da opinião pública.[


Bem, curiosamente não são os mesmos que não estão poupando esforços e publicamente exigindo encerramento desse assunto, e de outros. São os lideres religiosos.

Até o momento desconheço qualquer lei promulgada por este processo.

Já citei acima.[/quote]

Até aqui tudo que temos é a declaração da candidata oficial – abortista declarada antes da campanha - de que a responsabilidade de legislar sobre o tema cabe ao congresso, o que não viola direitos de ninguém.


Já citei o acordo que impede que o mesmo seja votado, e a exigencia de quetudo seja feito por escrito.

Não sei de onde vem sua referência sobre o nível do debate promovido por anti-abortistas.
Minha referência vem dos debates nas audiências públicas do Supremo Tribunal Federal e garanto que os religiosos que apresentaram sua tese o fizeram de modo extremamente convincente e racional, sem apelar para dogmas doutrinários.



Bem, obviamente vc não entendeu o que eu disse. Que não fez referência a debate no supremo tribunal. Mas imposição e inserção de lideranças e temas religiososs como determinantes nas eleições atuais incluindo em campanha, e nos termos legais das questões aborto e homossexuais.


As bases do debate acadêmico como o conhecemos hoje, foram.

O jogo semântico pouco importa. Seria o mesmo que dizer que evolução como a conhecemos hoje foi inventada pela academia moderna.

Bem..., iniciantes no estudo da filosofia grega tendem a antipatizar com a retórica do debate político ateniense, associado aos sofistas que eram desprezados pelo socráticos. Não me parece comum que esta retórica ofuscasse Aristóteles ou sua fundação científica.


Não ofusca Aristóteles e sua fundação em sua época, óbvio. Tão pouco para nós cientistas de história natural, o legado dele e de Platão é reconhecido exatamente pq influenciou profundamente a escola européia, na ciência pq fomentaram as primeiras discussões sistematizadas que deram forma as inventigações da natureza e o desenvolvimento da razão dedutiva, usada no questionamento e debate científico, Platão introduziu empirismo à discussão cientifica, noção de verdade científica por observação e indução. Mas gregos são lembrados e conhecidos pelo discurso político e frequentemente esquecidos pelas suas fundações científicas.

Vemos realidades diferentes então.

Com certeza!


Como se manifesta esta força e imposição da Fé que realmente desconheço?
Que tipo de intimidação sofrem os abortistas, que como disse, contam com as costas quentes do governo federal?


Não são abortistas ou não abortistas que me interessam. Não estou preocupada com a defesa deles. Essa causa não é minha e não me afeta e nada. Estou preocupada com meus direitos laicos, e que meu país mantenha esses diretos intactos, longe do debate político. O que não está acontecendo no momento.

O único fato novo é que religiosos se fizeram ouvir depois de muito tempo em favor de uma causa de consenso.


Eles fizeram bem mais do que se ouvir, largamente atravessaram essa linha, como pode-se constatar.

O sistema de castas hindu não tem presença no estado indiano moderno, que inclusive mantém programas de ação afirmativa para integrar membros de castas discriminadas na educação avançada e no mercado de trabalho qualificado. Resquícios culturais do sistema ainda imperam em regiões mais atrasadas, mas isto não configura uma tirania no sentido estrito e político do termo.
[/quote]

Não tem presença no estado, mas fazia parte do mesmo, e os problemas relativos a filosofia religios das castas ainda existe, religião é assim mesmo, a coisa pode viarar lei, mas demoooooraaaa a ser normatizado, e vez por outra lideranças religiosas querem impor o ponto de vista na marra.

É teu direito democrático.
Outros vêem diferente.


Ô se vêem,não só vêem e agem beeeem diferente de mim que preso e valoro direitos democráticos.
Editado pela última vez por Anna em 15 Out 2010, 20:06, em um total de 2 vezes.
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

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Eu quero ver qual presidente vai resistir à avalanche que virá pela frente depois de tanta perna aberta a troco de voto! Vejo tempos de anarquia ou pulso de aço pela frente. Olhai e vigiai.
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Anna »

Apo escreveu:O acordo foi pras cucuias:

http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 5257,0.htm


Ótimo!! Agora falat tirar Deus do centro do campanha.
Agora não posso ler porque estou de saida, ainda nem tomoei banho!!! Na volta eu leio.
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Apo »

Expressei-me mal. A democracia foi pras cucuias porque, segundo os meus princípios, se render a grupos para angariar votos, nada tem de democrático.
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

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Achei na Internet. Quem vota na Dilma, vota em deus:

quinta-feira, 21 de maio de 2009
DOENÇA DA DILMA, A CURA VEM DE JESUS

Daniel e demais queridos editores do Blog da Dilma, nós os evangélicos do Brasil, posso colocar no plural por saber que pastores e irmãos de diversas denominações estão orando e intercedendo por ela, estamos confiantes em nosso Senhor Jesus Cristo e orando para que Ele faça uma obra completa em sua vida, mais gostaria de ressaltar e deixar em evidência, de que, a cura vem do Senhor Jesus, NENHUM HOMEM OU MULHER TEM O PODER DA CURA, podemos ser vasos nas mãos do Senhor, pois a glória NUNCA pertence ao homem, e sim somente ao Senhor. Deixo este comentário para que todos nós e a Ministra Dilma possam saber, que a sua cura estará atrelada a orações do corpo de Cristo, onde o cabeça é Ele e não nós. Daniel e equipe, parabéns e fiquemos firmes nas promessas do Senhor. Muito obrigada pela oportunidade. Pra Sandra de Andrade.

http://desabafopais.blogspot.com/2009/0 ... jesus.html


Deus vai ter que decidir quem ganha as eleições pelo jeito.
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Reid »

Apo escreveu:Achei na Internet. Quem vota na Dilma, vota em deus:

quinta-feira, 21 de maio de 2009
DOENÇA DA DILMA, A CURA VEM DE JESUS

Daniel e demais queridos editores do Blog da Dilma, nós os evangélicos do Brasil, posso colocar no plural por saber que pastores e irmãos de diversas denominações estão orando e intercedendo por ela, estamos confiantes em nosso Senhor Jesus Cristo e orando para que Ele faça uma obra completa em sua vida, mais gostaria de ressaltar e deixar em evidência, de que, a cura vem do Senhor Jesus, NENHUM HOMEM OU MULHER TEM O PODER DA CURA, podemos ser vasos nas mãos do Senhor, pois a glória NUNCA pertence ao homem, e sim somente ao Senhor. Deixo este comentário para que todos nós e a Ministra Dilma possam saber, que a sua cura estará atrelada a orações do corpo de Cristo, onde o cabeça é Ele e não nós. Daniel e equipe, parabéns e fiquemos firmes nas promessas do Senhor. Muito obrigada pela oportunidade. Pra Sandra de Andrade.

http://desabafopais.blogspot.com/2009/0 ... jesus.html


Deus vai ter que decidir quem ganha as eleições pelo jeito.


Se o cancer da Dilma matar ela, e ai como que fica? :emoticon26:

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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Apo »

Ela vai virar mártir, pode escrever. Deus e ela ganham de qualquer jeito. E os não petralhas ainda vão ser culpados porque submeteram a coitada a stress, tortura e conspirações. E porque falta gezuis nos nossos corações.Vai vendo.
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Anna »

Apo escreveu:O acordo foi pras cucuias:

http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 5257,0.htm


Foi pra cucuias mais ou menos né? Já que ela disse que não iria enviar pra voto a proposta, nem propor nada e esse acordo está firmado por carta. O acordo tá ai pra quem quiser ver, os homossexuais escaparam por pouco...
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Anna »



Se a coisa continuar escancarada e vergonhosa realmente os ateus terão que se organizar de fato no futuro e pressionar pra que essa palhaçada parar. Qual será a próxima barganha dos religiosos?
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Judas »

Apo escreveu:Achei na Internet. Quem vota na Dilma, vota em deus:



Imagem de um cara vomitando.
Quando vejo um religioso protestando, irritado, exigindo respeito às suas crenças idiotas, penso logo...BOM SINAL! Sinal de que alguém esta fazendo alguma coisa certa.

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Acauan
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Acauan »

Anna escreveu:Ameaça onde? Onde no decorrer da campanha e debate político a presença de religiosos está ou esteve ameaçada?


Forneci as coordenadas para que pesquisasse a rede de contenção da militância petista contra a participação religiosa no debate e você, pelo visto, não quis checar. Está quase tudo lá, caso ainda queira saber.

Fora da Internet há a ação orquestrada da militância esquerdista nos agentes culturais, universidades inclusas. Duas das mais conceituadas faculdades de ciência humanas do país com as quais mantive contato recente apresentam uma militância agressiva de formadores de opinião acadêmica contra a presença de religiosos no processo político democrático.


Anna escreveu:A atual se caracteriza em uma relação mais clara que o céu azul de Manaus de aliança com igrejas. firmada embaixo dos nossos narizes publicamente, encabeçadas pelo candidato oponente, que ainda coloca em debate público a crença em deus como um ponto de definição de interesses.


Citei a constituição e os artigos que definem o laicismo estatal como prova legal de que não há ameaça momentânea contra esta instituição. O céu azul de Manaus, por mais claro que seja, não é referendo de nada.

Anna escreveu:
Acauan escreveu:Como citado, o centro da polêmica é a descriminalização do aborto, contra a qual o discurso dos opositores é o direito à vida, que independe de referências à importância divina.
Ocorre que esta oposição é típica de setores religiosos organizados da sociedade, que não por isto devem ter suas convicções políticas ignoradas, como não se ignoram outros setores organizados em sindicatos, associações de classe ou representações populares.


O centro pra você pode ser o aborto, é o assunto que mais lhe interessa, mas ele pouco me interessa, para não dizer que não me interessa em nada, o que me interessa são os mecanismos através dos quais a politica me meu país está andando. Portanto não adianta esconder a velha mentalidade e atitude das igrejas atrás discurso defesa da vida. Com o mesmo discurso em defesa da vida poderiamos nos unir na academia pelo uso de embriões que se amontoam sem fins. O que igualmente não justificaria o suporte ou justificativa de acordos e alianças de nossos representades para impedimento de votações de propostas em congresso, debates, consultas públicas, etc. para prioriozarem nossos interesses, que é exatamente o está ocorrendo aqui.


O centro da questão é sim o aborto, como provam os rumos das campanhas eleitorais do dois candidatos.

Como o aborto não é questão confessional – é matéria de direito civil – sua defesa não constitui violação do laicismo, uma vez que quando uma Igreja pleiteia questões de direito civil é legalmente considerada uma organização representativa como qualquer outra – ressalvado que nenhum privilégio deve lha ser conferida.

E representações acadêmicas podem pleitear junto a candidatos e seus partidos que se comprometam com determinadas causas, ambientais por exemplo, e isto não viola em nada as instituições democráticas simplesmente porque tais acordos não tem nenhum valor legal.
Se os candidatos ignorarem tais acordos depois de eleitos, o máximo que se poderá fazer é trazer o assunto à pauta na próxima eleição e usá-lo para tentar impedir a reeleição do candidato ou de seu partido.


Anna escreveu:Que eu saiba nunca foram excluídos. Muito pelo contrário, ordenaram a direção da máquina do poder público na história, e seguem tantando.


A História tem suas ida e vindas desde que o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil no século XVIII, passando pelos presidentes positivistas, que eram declaradamente anti-clericais e seguindo para os militares que antipatizavam com o esquerdismo católico da Teologia da Libertação.
Hoje não temos grupos de pressão religiosa tentando impor seus desejos e sim candidatos batendo à porta deles e fazendo promessas para angariar seus votos, o que é muito diferente.


Anna escreveu: E quem disse ou defendeu isso? Quando isso aconteceu?
O contrário acontece. O que se exige é que Deus fique fora do debate, apenas, o principio Deus está implicito e presente pela representação dos membros representantes das igrejas, inclusive na política. A regra não aplica para dreito desses representantes imporem suas vontades, com documentos que defendam seus interesses pulando o caminho das leis do país.


De novo, aborto é questão de direito civil, instituições religiosas que defendem a manutenção da criminalização atuam como organizações representativas com legitimidade idêntica às seculares e o princípio Deus não foi colocado em pauta em nenhum momento no debate político do tema. Se os candidatos a presidente correram para as igrejas se declarando devotos desde criancinha, que se critique a hipocrisia deles, o que é outra questão.

Anna escreveu:E 1970 é muito distante por acaso?


Não há resposta absoluta para esta pergunta. Quarenta anos são duas gerações. A avaliação da significância do intervalo depende do referencial adotado.
No mais, citei questões de hostilidade do estado brasileiro à religião católica desde antes da independência, o que em termos de História do Brasil já configura muito tempo.


Anna escreveu: Pressão religiosa é conhecida antiga. As lideranças religiosas continuaram fazendo pressão para valer seus interesses como o costume. A lei a da discriminalização do aborto para vítimas de violência sexual e risco de vida da mãe já existia desde 1940, pressão de tudo que é lado retardou a normatização até o 1998.


"Pressão de tudo que é lado" é outro modo de dizer que a maioria da população brasileira da época, que era muito conservadora, condenava o aborto irrestritamente, independente de existir ou não pressão religiosa organizada.
Hoje a maioria da população se mostra tolerante e compreensiva com o aborto em casos de estupro ou risco de vida, mesmo a Igreja sendo contra, mas segue se opondo à sua legalização.


Anna escreveu:
Acauan escreveu:Outros posicionamentos políticos da Igreja são ignorados até pelos próprios católicos, quanto mais pelo Estado.


Não é não, uma vez que os interesses defendidos pela aliança entre católicos e evangélicos, com o atual governo não se limita ao tema aborto. E não limitará em um futuro também, a esses temas. Alguém tem dúvidas?


Não há dúvidas porque sua afirmação não tem base nos fatos.
Não há aliança entre católicos e evangélicos. Os evangélicos estão fragmentados em milhares de denominações em uma pulverização que dilui seu poder político. As grandes organizações pentecostais, como Assembléia de Deus são extremamente aversas à idéia de qualquer aliança com a Igreja Católica e a Organização Universal de Edir Macedo, uma grande instituição neopentecostal, já declarou seu apoio ao aborto legalizado e apóia descaradamente a candidata petista.

Minha afirmação anterior sobre os próprios católicos ignorarem outros posicionamentos políticos da Igreja é absolutamente verdadeira, considerando que grande parte dos católicos brasileiros é não praticante e mesmo entre os praticantes nem todos seguem as proibições eclesiásticas quanto a contraceptivos, por exemplo.

Fora aborto não há uma agenda política de consenso entre católicos e evangélicos, exceto a defesa dos direitos e garantias individuais – que é uma causa civil, dado que as questões confessionais entre católicos e evangélicos são antagônicas entre si na maioria dos casos.


Anna escreveu: Que debate? O tema não está em debate por consulta pública, ou plebiscito.


Está em audiência pública no STF, por exemplo.

Anna escreveu: O debate está encerrado.


Não está.

Anna escreveu: A liderança religiosa já exigiu que se encerre o assunto, que não haja votação e que se defenda os interesses religioso cristão pra mais de um tema de interesse da sociedade.


Como se promessa de político em campanha valesse tanto.
O Partido dos Trabalhadores tem agenda declaradamente abortista e trabalha pela legalização. Com maioria no congresso estes planos podem ser adiados por conta da polêmica eleitoral vigente, mas o assunto voltará mesmo que subrepticiamente.


Anna escreveu: O atentado nessas eleiçãoes não se limitam apenas aos temas aborto e direitos civis dos homossexuais, a violação ocorre quando o tema DEUS e igreja católica e evangélica passou a ser a pauta principal das eleições e alianças públicas são relaizadas.
Religião e politica não se misturam.


Voltamos à diferença entre doutrinas confessionais, valores religiosos e direitos civis.

Anna escreveu:
Acauan escreveu:Estranho que se considere antidemocrático a defesa de uma posição que a maioria da população brasileira apóia – razão pela qual os abortistas não se atrevem a levar o tema a plebiscito – enquanto órgãos do poder executivo não poupam esforços e recursos para promover a liberalização do aborto, passando por cima da lei e da opinião pública.


Bem, curiosamente não são os mesmos que não estão poupando esforços e publicamente exigindo encerramento desse assunto, e de outros. São os lideres religiosos.


O ministério da saúde continua sendo o QG dos abortistas e só fez um recuo estratégico para vencer a eleição. Se vencerem erguerão a bandeira da "questão de saúde pública" – ou outra invenção de conveniência - para defender o aborto, independente das promessas de campanha da candidata oficial.

Anna escreveu:
Acauan escreveu:Até o momento desconheço qualquer lei promulgada por este processo.


Já citei acima.


Você não citou nenhuma lei promulgada por este processo.

Anna escreveu: Já citei o acordo que impede que o mesmo seja votado, e a exigencia de quetudo seja feito por escrito.


Que, como dito, não tem nenhum valor legal como compromisso de Estado ou governo. É apenas um compromisso de campanha que o candidato se eleito pode ignorar como quiser, desde que não se preocupe com o impacto na eleição seguinte.
Repetindo o óbvio, políticos mentem em campanha.


Anna escreveu:
Acauan escreveu:Não sei de onde vem sua referência sobre o nível do debate promovido por anti-abortistas.
Minha referência vem dos debates nas audiências públicas do Supremo Tribunal Federal e garanto que os religiosos que apresentaram sua tese o fizeram de modo extremamente convincente e racional, sem apelar para dogmas doutrinários.


Bem, obviamente vc não entendeu o que eu disse.


Improvável.

Anna escreveu: Que não fez referência a debate no supremo tribunal.


A referência foi minha como exemplo de que o debate sobre o tema vai além em amplitude e profundidade à estratégia de marketing político da campanha eleitoral.

Anna escreveu: Mas imposição e inserção de lideranças e temas religiososs como determinantes nas eleições atuais incluindo em campanha, e nos termos legais das questões aborto e homossexuais.


Outra vez, foram os candidatos e seus partidos que bateram à porta com promessas para atrair o voto religioso, não os religiosos que bateram à porta dos políticos exigindo seus interesses.

Anna escreveu:
Acauan escreveu:As bases do debate acadêmico como o conhecemos hoje, foram.


O jogo semântico pouco importa.


Deixar claro o que se disse não é jogo semântico.

Anna escreveu: Não ofusca Aristóteles e sua fundação em sua época, óbvio. Tão pouco para nós cientistas de história natural, o legado dele e de Platão é reconhecido exatamente pq influenciou profundamente a escola européia, na ciência pq fomentaram as primeiras discussões sistematizadas que deram forma as inventigações da natureza e o desenvolvimento da razão dedutiva, usada no questionamento e debate científico, Platão introduziu empirismo à discussão cientifica, noção de verdade científica por observação e indução. Mas gregos são lembrados e conhecidos pelo discurso político e frequentemente esquecidos pelas suas fundações científicas.


É incorreto dizer que gregos são lembrados pelo discurso político e esquecidos pelas fundações científicas.
Até a Wikipédia, a fonte mais popular de informação na Internet dá destaque às fundamentações do método científico definidos por Aristóteles, em especial na física e biologia.
Na filosofia grega a teoria política mais citada é a de Aristóteles, que não ofusca seus trabalhos nos campos da lógica, da poética e da metafísica, por exemplo.
Além disto os socráticos não eram adeptos da democracia ateniense, como deixa claro a execução do próprio Sócrates. O debate político em Atenas era dominado pelos sofistas, que de modo algum obscurecem o trabalho dos socráticos na sistematização das ciências e demais estudos filosóficos.


Anna escreveu:Não são abortistas ou não abortistas que me interessam. Não estou preocupada com a defesa deles. Essa causa não é minha e não me afeta e nada. Estou preocupada com meus direitos laicos, e que meu país mantenha esses diretos intactos, longe do debate político. O que não está acontecendo no momento.


Não há o menor sinal no momento político que doutrinas confessionais serão referendadas pelo Estado. Se forem, qualquer um – você inclusive - pode denunciar ao Ministério Público que encaminhará o caso ao STF para julgamento de violação da constituição.
Os mecanismo do estado democrático vão além do que se fala durante as eleições.


Anna escreveu:Eles fizeram bem mais do que se ouvir, largamente atravessaram essa linha, como pode-se constatar.


A única coisa constatada até aqui é que políticos fazem de tudo para conquistar ou manter o poder, inclusive paparicar grupos que sempre desprezaram.

Anna escreveu:Não tem presença no estado, mas fazia parte do mesmo, e os problemas relativos a filosofia religios das castas ainda existe, religião é assim mesmo, a coisa pode viarar lei, mas demoooooraaaa a ser normatizado, e vez por outra lideranças religiosas querem impor o ponto de vista na marra.


Por isto a democracia representativa com divisão de poderes e estado laico é nossa única garantia da pluralidade democrática.

Anna escreveu:Ô se vêem,não só vêem e agem beeeem diferente de mim que preso e valoro direitos democráticos.


Espero que sim.
Prezar e valorar direitos democráticos implica em, vez por outra, aceitar que pessoas e idéias opostas às nossas devem ter a mesmas oportunidades de expressão e ação que as nossas têm.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Apo »

O "Debate" continua. Vamos bem...

Bispo de Regional da CNBB defende divulgação de panfleto contra Dilma

17/10/2010 18h24 - Atualizado em 17/10/2010 18h47

‘Divulgação continua agora no segundo turno’, diz dom Benedito Beni.
Bispo diz que distribuiu 10 mil panfletos em 31 paróquias de Lorena.

O vice-presidente do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Benedito Beni dos Santos, questionou neste domingo (17) a versão apresentada pelo presidente do regional, Dom Nelson Westrupp, segundo a qual o Regional Sul 1 não patrocina a impressão e a distribuição de folhetos a favor ou contra candidatos.

“O texto é legítimo e foi aprovado no dia 26 de agosto, em São Paulo. A comissão episcopal representativa do Regional Sul 1, que engloba diversos bispos, fez uma nota no dia 26 de agosto, pedindo que esse apelo aos brasileiros e brasileiras tivesse ampla divulgação e isso ficou a critério de cada bispo. A divulgação começou a ser feita antes do primeiro turno e continua agora, antes do segundo turno. De modo que é um documento legítimo assinado pela presidência do Regional Sul 1 em nome do conselho episcopal”, disse ao G1 dom Benedito Beni dos Santos, que é bispo diocesano de Lorena (SP).

Neste sábado, uma gráfica no bairro do Cambuci, em São Paulo, informou que imprimiu 2,1 milhões de folhetos com o texto intitulado "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", assinado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB.

Dom Benedito dos Santos confirmou que o panfleto foi distribuído pela comissão. “Recebemos diretamente da Comissão em Defesa da Vida”, disse. A área de abrangência do Regional Sul 1 da CNBB compreende todo o estado de São Paulo.

O texto relaciona o PT e a presidenciável Dilma Rousseff à defesa da legalização do aborto e recomenda "encarecidamente a todos os cidadãos brasileiros e brasileiras" que, "nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto".

Regional da CNBB diz em nota que não imprime nem distribui folhetos Gráfica informa que imprimiu 2,1 milhões de folhetos contra Dilma No sábado (16), o PT registrou boletim de ocorrência na polícia e fez uma representação à Justiça Eleitoral. Neste domingo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ordenou à Polícia Federal a apreensão dos panfletos na gráfica.

Na nota divulgada neste domingo, o presidente do Regional Sul 1, Dom Nelson Westrupp, e demais bispos afirmaram que "não indicam nem vetam candidatos ou partidos e respeitam a decisão livre e autônoma de cada eleitor".

'Ampla difusão do documento'

Para dom Benedito Beni dos Santos, um dos integrantes da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, que assina o documento "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", distribuídos em igrejas católicas, a nota deste domingo contraria a decisão de “dar ampla difusão do documento”.

“Em nota do dia 26 de agosto, a presidência e a comissão representativa dos bispos do Regional Sul 1 da CNBB, em sua reunião ordinária, acolheram e recomendaram a ampla difusão do ‘Apelo a todos os brasileiros e brasileiras’

Assina a nota o presidente do Conselho Episcopal dom Nelson Westrupp. Então, causou a mim estranheza que essa nota tão clara seja agora, de certo modo, considerada como não autêntica”, disse dom Benedito dos Santos.

O bispo diocesano de Lorena diz que ficou “a critério de cada bispo” do Regional Sul 1 a divulgação do documento em forma de panfleto.

Apenas em Lorena, segundo ele, foram distribuídos 10 mil panfletos nas 31 paróquias da diocese. “Distribuímos para 31 paróquias da diocese e continuamos distribuindo no segundo turno. Estamos sendo fiéis ao que o representativo do Regional 1 pediu”, justificou.

O bispo chama de “oportunismo eleitoral” a carta apresentada pela candidata do PT na qual afirma ser contra o aborto e explica a orientação repassada aos fiéis.

“O documento cita o nome dela [Dilma] como aquela que aprovou o 3º Programa de Direitos Humanos do Governo. A nota não aconselha a votar nela. É uma recomendação de não votar no Partido dos Trabalhadores e em todos os candidatos favoráveis ao aborto”, declarou.

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes- ... dilma.html
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Anna
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Mensagem por Anna »

Forneci as coordenadas para que pesquisasse a rede de contenção da militância petista contra a participação religiosa no debate e você, pelo visto, não quis checar. Está quase tudo lá, caso ainda queira saber.....

Apesar de seu julgamento equivocado na época eu pesquisei e os li. Não encontrei nada que suporte a sua proposta da ampla campanha ou uma orquestração que estaria a ameaçando os direitos civis da maioria religiosa do país. A qual devemos defender. O conteúdo dos sítios, no máximo, caracterizam a opinião pessoal de alguns fundamentalistas de extrema. A amplitude e capacidade de penetração e orquestração dessa campanha também não se comprovaram: utilizando a primeira combinação sugerida, dos cinco primeiros sitios da pesquisa, 2 eram contra o aborto, os outros 3 não eram textos fundamentalistas. Tive que ir até a segunda página para achar um que pudesse ser classificado como mais fundamentalista. Fora da internet não presenciei nas universidades, meu habitat natural, qualquer articulação ou foco de ação de militância agressiva e hostil que sugira expulsão de religiosos.
Como citado, o centro da polêmica é a descriminalização do aborto, contra a qual o discurso dos opositores é o direito à vida, que independe de referências à importância divina.

O centro da questão é sim o aborto, como provam os rumos das campanhas eleitorais do dois candidatos.

Vc pode repetir o quanto quiser que esse é o centro da polêmica, é a sua opinião e visão do assunto, mas as solicitações dos religiosos em todos os meios de comunicação é que juntamente com o pacote do aborto esteja o veto para os direitos civis de homossexuais. Nomeado pelos próprios de interesses religiosos.
Ocorre que esta oposição é típica de setores religiosos organizados da sociedade, que não por isto devem ter suas convicções políticas ignoradas, como não se ignoram outros setores organizados em sindicatos, associações de classe ou representações populares.

tema igualmente já esgotado e repetido, como um tipo de argumento em resposta e defesa para algum outro tipo de ameaça que não foi sugerida ou teve apoio ou concordância por aqui, por mim ou qualquer outro, ou isso tenha ocorrido ou meramente se tornado uma possibilidade em algum local.
Como o aborto não é questão confessional – é matéria de direito civil – sua defesa não constitui violação do laicismo,

ressalvado que nenhum privilégio deve lha ser conferida.

De novo, aborto é questão de direito civil, instituições religiosas que defendem a manutenção da criminalização atuam como organizações representativas com legitimidade idêntica às seculares e o princípio Deus não foi colocado em pauta em nenhum momento no debate político do tema.
.
Foi colocado no meio do debate político, mesmo que vc siga repetind q não, não se fala noutra coisa. E foi além. E o que vem sido defendido por aqui é que gostaríamos que continue sendo matéria de direito civil, juntamente com os direitos dos homossexuais, e não bandeira tema de acordos ilícitos feitos e solicitados por líderes evangélicos ou católicos ou cabresto de voto nos moldes da época de coronelismo.
A única coisa constatada até aqui é que políticos fazem de tudo para conquistar ou manter o poder, inclusive paparicar grupos que sempre desprezaram.

Não. Os religiosos também foram atrás dos políticos cobrar acordo.
E representações acadêmicas podem pleitear junto a candidatos e seus partidos que se comprometam com determinadas causas, ambientais por exemplo, e isto não viola em nada as instituições democráticas simplesmente porque tais acordos não tem nenhum valor legal.

Tanto as causas ambientais como temas éticos relacionados às ciências biológicas sempre são discutidas como todas as demais causas legais do país. Como por exemplo a alteração código florestal, construção de hidrelétricas, etc. Sem acordos específicos com candidatos e partidos que garantem benefícios específicos a castas ou grupos. Passam por laudos técnicos , consulta pública, por votações e normatização de leis.
No mais, as representações acadêmicas biológicas não sugerem acordos em visitas de candidatos ao nossos laboratórios ou salas de aula, para que, em troca de voto nosso, o congresso vote ou o presidente não lance projetos de desenvolvimento do país, ou contra o ensino religioso nas escolas ou favoreça por escrito às comunidades ribeirinhas, árvores, rios, o peixe-boi, ou os bagres, ou a liberação do uso de embriões. Até pq sabe-se que isso é contra a lei e políticos não podem ir a universidade, centros de pesquisa pra fazer campanha ou comprar voto. Se isso ocorrer devem ser punidos, ambos.

Hoje não temos grupos de pressão religiosa tentando impor seus desejos e sim candidatos batendo à porta deles e fazendo promessas para angariar seus votos, o que é muito diferente.

Se os candidatos a presidente correram para as igrejas se declarando devotos desde criancinha, que se critique a hipocrisia deles, o que é outra questão.

Outra vez, foram os candidatos e seus partidos que bateram à porta com promessas para atrair o voto religioso, não os religiosos que bateram à porta dos políticos exigindo seus interesses.

Bem, o que está documentado e o que assistimos nas semanas anteriores são ambas lideranças militantes de extrema religiosa e política se lambendo e se procurando mutuamente em busca de acordos. Por todas as vias, e principalmente as eletrônicas. O que não isenta nenhum dos lados de absolutamente nada.
Não há resposta absoluta para esta pergunta. Quarenta anos são duas gerações. A avaliação da significância do intervalo depende do referencial adotado.

Ainda bem, certeza absoluta é privilégio de mentes não educadas e de fanáticos.
Quanto a estatísticas, nesse caso, prefiro vê-las junto as referências de citações de coleta de dados obtidos, e com discussões embasadas e aprofundadas sobre o processo de legalização do mesmo e sua história.

No mais, citei questões de hostilidade do estado brasileiro à religião católica desde antes da independência, o que em termos de História do Brasil já configura muito tempo.

Caramba. Pobre religião católica, e pobres fiéis sofridos pela ampla hostilidade ao longo da história.
Bem, quanto ao caso citado por mim, história do aborto legal por vitimas de estupro e risco de vida, é fato documentado e há literatura que confirmam a ação das lideranças religiosas e o descaso que acompanha esse tema na histórica política de nosso país. Desde a sua legalização até sua normatização. Mesmo hoje o Estado não faz cumprir a lei a adequadamente. Descaso do Estado sinaliza descaso da sociedade que ele representa.

No mais se não existe apoio de fiéis à políticas religiosas e sua influência histórica na legislação do país, a história e os documentos mentem.

Bem, tá difícil. Documentos, a história e pesquisadores mentem, o oposto não, fiéis nunca apoiaram políticas religiosas no Brasil, essa não tem influência no país, não há ou houve nenhum religioso atrás de político pra tratar de seus interesses, mas existe perseguição aos católicos e a igreja no Brasil.
Eu vou optar pela literatura, fontes primárias, documentos, dados e pesquisas disponíveis para consulta e através de debates diretos com os pesquisadores da fiocruz que trabalham com os temas sociais da saúde.

"Pressão de tudo que é lado" é outro modo de dizer que a maioria da população brasileira da época, que era muito conservadora, condenava o aborto irrestritamente, independente de existir ou não pressão religiosa organizada.

Não. Sofreu pressão religiosa e não foi pouca. Há fontes e bastante literatura sobre isso tanto no tema especifico do aborto, quanto no das demais políticas de assistência familiares.
Hoje a maioria da população se mostra tolerante e compreensiva com o aborto em casos de estupro ou risco de vida, mas segue se opondo à sua legalização.

Hoje a população vem sinalizando que se encontra dividida entre interrupção moderada e a livre escolha para os casos não contemplados pela vigente, e pede tanto debate quanto votação.
Não há aliança entre católicos e evangélicos porque estes estão fragmentados em milhares de denominações em uma pulverização que dilui seu poder político.

Não falei de aliança formal entre as denominações, mas de alianças no sentido de que se apóiam na militância contra aborto e direitos civis dos gays e lésbicas por defesa de interesses religiosos, como eles mesmos assim o chamam.
Está em audiência pública no STF, por exemplo.

Audiência essa que lideres religiosos tentaram impedir com um acordo formal.
O Partido dos Trabalhadores tem agenda declaradamente abortista e trabalha pela legalização.

Contanto que as leis sejam promulgadas sem interferência de acordos religiosos ou acordos abortistas, mas seguido a lei, podem ter opinião que queiram e trabalharem legalmente para o que desejarem.
Voltamos à diferença entre doutrinas confessionais, valores religiosos e direitos civis.

Isso já foi esgotado também
Minha referência vem dos debates nas audiências públicas do Supremo Tribunal Federal e garanto que os religiosos que apresentaram sua tese o fizeram de modo extremamente convincente e racional, sem apelar para dogmas doutrinários.

O oposto jamais foi dito por aqui, ou dirigido a esfera do tribunal. Tanto que desde o começo desse tópico, um tanto circular, venho defendendo que as decisões continuem nessa esfera e me opondo a tentativas de acordos ilícitos e vendas de voto.
O ministério da saúde continua sendo o QG dos abortistas e só fez um recuo estratégico para vencer a eleição. Se venceram erguerão a bandeira da "questão de saúde pública" para defender o aborto, independente das promessas de campanha da candidata oficial.

Que os líderes religiosos e militantes façam denúncias legais e apresentem documentos de que representantes do poder público estejam agindo de forma ilegal. Se um grupo age de má fé não justifica que o outro também haja e que a sociedade deva apoiar. Que eu saiba ficamos satisfeitos de que a votação seja feita no congresso, que o congresso não se venda, e não realize acordos ilicitos pela representação religiosa o abortista e que não apoiemos atos ilegais.
Que, como dito, não tem nenhum valor legal como compromisso de Estado ou governo. É apenas um compromisso de campanha que o candidato se eleito pode ignorar como quiser, desde que não se preocupe com o impacto na eleição seguinte.Repetindo o óbvio, político mentem em campanha.

Não é pq político mente, ou pq Dilma sendo mais esperta do que eles se negou a assinar o compromisso formal solicitado pelos religiosos, e lhes fez uma carta que não possui valor legal, que o pedido e a proposta do acordo firmado por escrito, pelos religiosos de extrema deixou de existir. Muito menos o pensamento por parte deles na direção de impedir que haja votação e que o estado acorde com grupos religiosos, ou o uso da fé religiosa como poder conferido pra aprovar ou desaprovar leis.
Até a Wikipédia, a fonte mais popular de informação na Internet dá destaque às fundamentações do método científico definidos por Aristóteles, em especial na física e biologia.

Sim, óbvio. Não apenas da fundamentação do método como dos princípios do debate de idéias científicas, como fui a primieira a afirmar desde o principio desse tópico:

Mas, a minha profissão é uma das ciências mais antigas do planeta, talvez a mais antiga pois surge antes, sendo apenas formalizada e sistematizada pelo grego Aristóteles, nós ainda a praticamos como eles faziam, incluindo as coleções. A inspeção pela lógica e o debate de idéias e conhecimento não nasce na escola medieval ele é aprimorado e expandido nela.


Em resposta a sua afirmativa de que:
as bases intelectuais do debate de idéias como o conhecemos e como a academia o pratica até hoje foi inventado pelos escolásticos medievais


É incorreto dizer que gregos são lembrados pelo discurso político e esquecidos pelas fundações científicas.

Tanto é incorreto que, para a sua sugestão de que eu estivesse afirmando esse absurdo históricamente, eu respondo claramente que:

Não ofusca Aristóteles e sua fundação em sua época, óbvio. Tão pouco para nós cientistas de história natural, o legado dele e de Platão é reconhecido exatamente pq influenciou profundamente a escola européia, na ciência pq fomentaram as primeiras discussões sistematizadas que deram forma as inventigações da natureza e o desenvolvimento da razão dedutiva, usada no questionamento e debate científico, Platão introduziu empirismo à discussão cientifica, noção de verdade científica por observação e indução. Mas gregos são lembrados e conhecidos pelo discurso político e frequentemente esquecidos pelas suas fundações científicas.


Quem afirma o oposto é vc, delegando-lhes o argumento essencialmente retórico na política e menos importância suas fundações documentadas para o desenvolvimento do debate científico:

o debate acadêmico – tal como o conhecemos hoje – tem suas bases lançadas nas universidades medievais, cuja prática argumentativa era mais desenvolvida que a dos gregos antigos, que era essencialmente retórica nos debates políticos. As academias clássicas em geral viviam uma concordância argumentativa.


E eu me refiro diretamente ao sua resposta e suaidéia, e não a história da ciência e filosofia quando lhe digo diretamente que:

A prática essencialmente retórica política que dá a fama aos gregos acaba ofuscando a fundação científica de Aristóteles, utilizada pelos medievais, difundida e melhorada, mas quem a sistematiza rudimentarmente com a criação do primeiro sistema dentro de uma estrutura acadêmica científica, que é usada por nós até hoje, é ele.


Eu dou aula desse tema na pós e não é a primeira vez que vejo a importância dos gregos vista de maneira periférica ou secundária na construçao e sistematização da ciência e seu debate. Porém, óbvio q não poderia vir da academia científica-filosófica, mas em geral dos amadores ou que ainda estão começando os estudos no tema.

Na filosofia grega a teoria política mais citada é a de Aristóteles, que não ofusca seus trabalhos nos campos da lógica, da poética e da metafísica, por exemplo.

Não ofusca Aristóteles e sua fundação em sua época, óbvio.

Como demosntrei acima e já repeti anteriormente eu me referi a suas referência direta e não a historiadores ou cientistas. E afirmo que seu comentário não é uma novidade, sendo comum em aulas de pós lembrarem-se a priori dos gregos pela filosofia política.
No mais, saindo das filosofias políticas e das discussões de ontologia, as fundações e bases intelectuais científicas e do debate científico foram fomentadas e iniciadas pelos gregos, através do uso da lógica, do acumulo do conhecimento por inspeção, dedução, inúmeras conquistas de povos que tb praticavam ciências naturais rudimentares e do desenvolvimento de sua filosofia natural, da qual a história natural deriva mais tarde. O processo começa especialmente na botânica e zoologia, Platão introduz empirismo à discussão cientifica, noção de verdade científica por observação e indução, utilizando-se dessas fundações, e as demais, Aristóteles cria o primeiro sistema de classificação científico de fato. As bases se dão com eles nesse momento, bem como de toda a escola que segue discutindo e propondo novas adições dentro da ótica Aristotélica. O impacto da obra e discussões de Aristóteles é tão grande que durante a era medieval não houve nenhuma mudança de seu arranjo, sua escola, e no debate acerca de história natural, seguiu-se usando basicamente o que ele inventou e propôs em ciências naturais zoológicas e botânicas, principalmente em função da escola estar limitada aos clérigos. Sendo apenas no séc XVIII que uma mudança factual é proposta e apenas ali há refutação definitiva do fixismo e essencialismo Aristotélico. Porém o fixismo ainda é usado na tipologia, e esta permanece na escola taxonômica até hoje.

Não há o menor sinal no momento político que doutrinas confessionais serão referendadas pelo Estado.

Onde há fumaça há fogo. Tem também o orai e vigiai da Apo, que tb concordo. Se a cultura de pressão e ganho de causas realizado por troca de voto, cabresto etc se instala perdemos muito com isso.
Se forem, qualquer um – você inclusive - pode denunciar ao Ministério Público que encaminhará o caso ao STF para julgamento de violação da constituição. Os mecanismo do estado democrático vão além do que se fala durante as eleições.

Sim. Enviamos um documento à candidata semana passada referente a assinatura de documentos legais.
Prezar e valorar direitos democráticos implica em, vez por outra, aceitar que pessoas e idéias opostas às nossas devem ter a mesmas oportunidades de expressão e ação que as nossas têm.

Aceitar que as idéias oposta sejam debatidas SEMPRE, é o principio do debate da escola científica, aceitar que elas sejam impostas, como a tentativa ocorrida nunca. Se são impostas não é democracia.
Editado pela última vez por Anna em 26 Out 2010, 11:47, em um total de 12 vezes.
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Anna »

Apo escreveu:O "Debate" continua. Vamos bem...

Bispo de Regional da CNBB defende divulgação de panfleto contra Dilma

17/10/2010 18h24 - Atualizado em 17/10/2010 18h47

‘Divulgação continua agora no segundo turno’, diz dom Benedito Beni.
Bispo diz que distribuiu 10 mil panfletos em 31 paróquias de Lorena.

O vice-presidente do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Benedito Beni dos Santos, questionou neste domingo (17) a versão apresentada pelo presidente do regional, Dom Nelson Westrupp, segundo a qual o Regional Sul 1 não patrocina a impressão e a distribuição de folhetos a favor ou contra candidatos.

“O texto é legítimo e foi aprovado no dia 26 de agosto, em São Paulo. A comissão episcopal representativa do Regional Sul 1, que engloba diversos bispos, fez uma nota no dia 26 de agosto, pedindo que esse apelo aos brasileiros e brasileiras tivesse ampla divulgação e isso ficou a critério de cada bispo. A divulgação começou a ser feita antes do primeiro turno e continua agora, antes do segundo turno. De modo que é um documento legítimo assinado pela presidência do Regional Sul 1 em nome do conselho episcopal”, disse ao G1 dom Benedito Beni dos Santos, que é bispo diocesano de Lorena (SP).

Neste sábado, uma gráfica no bairro do Cambuci, em São Paulo, informou que imprimiu 2,1 milhões de folhetos com o texto intitulado "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", assinado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB.

Dom Benedito dos Santos confirmou que o panfleto foi distribuído pela comissão. “Recebemos diretamente da Comissão em Defesa da Vida”, disse. A área de abrangência do Regional Sul 1 da CNBB compreende todo o estado de São Paulo.

O texto relaciona o PT e a presidenciável Dilma Rousseff à defesa da legalização do aborto e recomenda "encarecidamente a todos os cidadãos brasileiros e brasileiras" que, "nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto".

Regional da CNBB diz em nota que não imprime nem distribui folhetos Gráfica informa que imprimiu 2,1 milhões de folhetos contra Dilma No sábado (16), o PT registrou boletim de ocorrência na polícia e fez uma representação à Justiça Eleitoral. Neste domingo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ordenou à Polícia Federal a apreensão dos panfletos na gráfica.

Na nota divulgada neste domingo, o presidente do Regional Sul 1, Dom Nelson Westrupp, e demais bispos afirmaram que "não indicam nem vetam candidatos ou partidos e respeitam a decisão livre e autônoma de cada eleitor".

'Ampla difusão do documento'

Para dom Benedito Beni dos Santos, um dos integrantes da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, que assina o documento "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", distribuídos em igrejas católicas, a nota deste domingo contraria a decisão de “dar ampla difusão do documento”.

“Em nota do dia 26 de agosto, a presidência e a comissão representativa dos bispos do Regional Sul 1 da CNBB, em sua reunião ordinária, acolheram e recomendaram a ampla difusão do ‘Apelo a todos os brasileiros e brasileiras’

Assina a nota o presidente do Conselho Episcopal dom Nelson Westrupp. Então, causou a mim estranheza que essa nota tão clara seja agora, de certo modo, considerada como não autêntica”, disse dom Benedito dos Santos.

O bispo diocesano de Lorena diz que ficou “a critério de cada bispo” do Regional Sul 1 a divulgação do documento em forma de panfleto.

Apenas em Lorena, segundo ele, foram distribuídos 10 mil panfletos nas 31 paróquias da diocese. “Distribuímos para 31 paróquias da diocese e continuamos distribuindo no segundo turno. Estamos sendo fiéis ao que o representativo do Regional 1 pediu”, justificou.

O bispo chama de “oportunismo eleitoral” a carta apresentada pela candidata do PT na qual afirma ser contra o aborto e explica a orientação repassada aos fiéis.

“O documento cita o nome dela [Dilma] como aquela que aprovou o 3º Programa de Direitos Humanos do Governo. A nota não aconselha a votar nela. É uma recomendação de não votar no Partido dos Trabalhadores e em todos os candidatos favoráveis ao aborto”, declarou.

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes- ... dilma.html


Virou a maior pouca vergonha generalizada, como de costume na babilônia Brasil.
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Re: A fome pelo poder faz a bandida virar anjinho verde

Mensagem por Apáte »

Acauan escreveu:A sociedade é representada pelas organizações que falam pelos diversos segmentos e seus membros. Se não há prevaricação do Estado quando um candidato promete acatar sugestões sindicais para conquistar o voto de trabalhadores ou promete verbas para esta ou aquela obra pública para angariar apoio de populações específicas, não há porque excluir apenas os religiosos dos grupos organizados que participam das discussões dos assuntos de seu interesse.

É como se dissessem que os religiosos podem votar ou debater no processo eleitoral, desde que se dispam de sua condição de religiosos e não se façam representar por suas organizações e lideranças, regra que não é aplicada a nenhum outro grupo.

Perfeito.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi

Trancado